Eleitoralismo irresponsável
27 Outubro, 2008
Sócrates anunciou a subida do salário mínimo para 450 euros (+5,6%) para vigorar já a partir de Janeiro, numa manobra típica de compra de votos com o dinheiro de quem produz. Na conjuntura que atravessamos, a última coisa que necessitávamos era de medidas deste género, potenciadoras do desemprego e de maiores desigualdades regionais.
Daqui a poucos meses, iremos ser confrontados com a dura realidade: despedimentos colectivos ou descidas salariais da ordem dos 20% ou superiores. Nessa altura, os portugueses concluirão tardiamente que andaram durante 4 anos iludidos com a lábia de um vendedor de banha da cobra.
76 comentários
leave one →
«a última coisa que necessitávamos era de medidas deste género, potenciadoras do desemprego e de maiores desigualdades regionais.»
Sinceramente, qual é a viabilidade de um empresa para a qual pagar € 450 pelo trabalho de alguém é passível de a obrigar a fechar (presumo que seja disso que está a falar quando diz que este tipo de medida potencia o desemprego)?
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“…compra de votos com o dinheiro de quem produz.”
Ninguém produz com o salário mínimo ?
Talvez produzam se aumentarem mais !
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Caro amigo LR,
Sabe que em política os factos não contam.
Joaquim Sá Couto
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Sofia Ventura,
“Sinceramente, qual é a viabilidade de um empresa para a qual pagar € 450 pelo trabalho de alguém é passível de a obrigar a fechar (presumo que seja disso que está a falar quando diz que este tipo de medida potencia o desemprego)?”
Obrigar a empresa a aumentar o custo com a sua força laboral menos qualificada a uma taxa superior à do crescimento das receitas que se irão contrair na generalidade. Os menos qualificados reforçarão o seu estatuto de elos mais fracos: não arranjarão emprego ou perdê-lo-ão.
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Se os menos qualificados vão para o desemprego, a limpeza do escritório passa a ser feita pelo licenciado em finanças e detergentes.
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Não concluirão nada. O governo vai explicar-lhes que o problema foi não se terem tomado mais medidas desse género.
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A brigada socretina está sempre à coca. A Desventura e o Pegajoso correram logo a lamber o sim-senhor do inginheiro.
Chiça!
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Vai ser giro, vai…
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Lá vai o patronato ficar sem os BMW e sem os Mercedes + o apartamento da ” querida “…. É que tou cheio de pena… !
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Claro, o que era bom era serem permitidos ordenados de miséria.
Eu tenho escrito várias e várias vezes que os técnicos superiores e empresários produzem muito mas muito mais que os trabalhadores não qualificados. Mas não uso essa linguagem do “quem produz”. Tenham paciência.
Subir para 450 euros é um mínimo de exigibilidade. E infelizmente não há condições para já para subir mais.
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Comentário 4.
Caro LR:
Os salários mínimos também são pagos a gente muito qualificada, com formações superiores, que os empresários não são capazes de utilizar mais eficazmente e que se empregam nas caixas dos hipermercados. O salário mínimo é um recado político relativamente à qualidade das empresas que se deseja que os empresários criem em Portugal. Empresa que não seja capaz de aproveitar um trabalhador de modo que possa pagar-lhe mais de 450 € pode ser uma empresa extraordinária num país do terceiro mundo, mas não é em Portugal, porque se esses trabalhadores forem para o Luxemburgo com a mesma formação vão ganhar muito mais do que 450 €.
Os empresários são mais o retrato do país do que os trabalhadores. Se os empresários emigrarem não vão ser melhores empresários do que cá, ao contrário dos trabalhadores que melhorem muito quando emigram.
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Sócrates está já a preparar-se para a descida anunciada no IRC para 2010. De facto, isto de dar folgas aos empresários, por mais pequenas que sejam, não está certo. O que está certo é chulá-los até ao fim. Sócrates que ganhe as eleições em 2009. Acho que os próximos anos vão ser os mais penosos que se possam imaginar, mas se ele acha que é tudo tão fácil ao ponto de tomar medidas destas, então que seja ele próprio a enfrentar as consequências.
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E depois, apesar da crise mundial que deve estar aí para durar, aquele Mário Lino aidna insiste no TGV. É um país surreal este. Temos a taxa de crescimento mais baixa do PIB per capita na Europa mas continuamos a gastar como se fossemos ricos. Impõem-se salários mínimos, distribuem-se computadores à borla, vai-se pedir milhões de euros emprestados para construir um comboio de alta velocidade como se o que temos não fosse suficiente. A Helena Roseta gasta 63 000 euros na CML para fazer um debate sobre propriedade. É assim que o dinheiro dos fundos é gasto. Cada um só a pensar no que é seu, visões muito limitadas, estreiteza de vistas.
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Se a empresa não é viável que feche. No meu entender pagar 450 euros a uma pessoa é escravatura.
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Os empresários são os pais dos colegas e amigos dos meus filhos que não têm rendimentos. São os únicos que têm subsídios da Acção Social Escolar. Coitadinhos.
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Já agora seria importante legislar tectos salariais, ou no mínimo definir padrões morais e de boa gestão. Na minha perspectiva, salário máximo não poderá ser 10 vezes superior ao salário mínimo praticado na empresa. Isto deveri ser uma condição para a empresa entrar em bolsa… hum… gostaria jogadores de futebol a pirarem-se para a América do Sul. Lol
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Aliás devem encerrar todas as empresas inviáveis e que só sobrevivem pagando salários de miséria.
Aqueles que defendem os salários da pobreza não vejo que tenham moral para se queixar da emigração, da taxa de desemprego, do sub-emprego. Só podemqueixar-se deles próprios.
Uma economia que apenas produza bens destinados a territórios coloniais, está atrasada 35 anos, pelo menos.
MFerrer
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Não se preocupe MFerrer, um dia vai ser você próprio a ver o seu filho a emigrar porque não haverá nenhumas empresas a serem criadas aqui. Vai tudo sobrar para os grandes monopólios que acabarão por explorar os trabalhadores por falta de concorrência. E nessa altura, o governo até vai ficar agradecido se 400 euros eles pagarem!…
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«Obrigar a empresa a aumentar o custo com a sua força laboral menos qualificada a uma taxa superior à do crescimento das receitas que se irão contrair na generalidade.»
Estamos a falar de um aumento de cerca de € 25. Se este é o momento lógico para que se façam estes aumentos… só do ponto de vista eleitoral, mas não porque não haja viabilidade nos aumentos na ordem dos 5%, mas porque pecam por tardios. E, para que conste, é vergonhoso que alguém (que trabalha) tenha de viver com € 450/mês. Salários mínimos desta ordem são o maior apelo ao recurso ao rendimento mínimo garantido.
Já agora, também se pode sustentar aquilo que caba por ser o inverso da raciocínio do LR que é: há maior desincentivo à produtividade (e desenvolvimento económico) que as discrepâncias vergonhosas dos aumentos salariais entre os gestores e os trabalhadores em tempo de vacas gordas? Eu, falo por mim, cada vez dia que a ideia me ocorre, é um dia que trabalho menos. Sem brincadeira. Cada um luta com as armas que tem.
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LR não está contra o aumento para 450,00. LR está contra é ser o Estado a determiná-lo.
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“a última coisa que necessitávamos era de medidas deste género, potenciadoras do desemprego e de maiores desigualdades regionais”
Se não pagassem nada tinham trabalhadores em barda…
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Mas o que tem o governo de ordenar às empresas o que elas devem pagar ou deixar de pagar aos seus empregados? Porventura o governo consegue conduzir uma política eficaz a fim de que todos esteja empregados? Não. E não é mais importante para alguém ter trabalho do que para outrém ter uma subia de 25 euros no seu salário? É, mas o governo falha tremendamente nessa área. E pode o governos garantir fundo de desemprego indefenidamente àqueles que ficam sem emprego? Não, não pode. Em suma, se o governo não consegue tomar conta das pessoas então como pode ele dar-se a arrogância de ordenar os outros o que fazer, AINDA POR CIMA COM MEDIDAS CONDUCENTES A MAIOR DESEMPREGO? O governo primeiro que crie condições para promover a economia, diminuir o desemprego, assegurar o rendimento dos desempregados. Só depois pode estar em condições de exigir um passo em frente. Afinal, eles são extremamente irresponsáveis com a sua política de gastos desmedidos e altos impostos. Vêm para aqui armar-se em bonzinhos, que os patrões são muito maus, mas afinal são eles próprios que vivem de salários e reformas chorudas.
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“a última coisa que necessitávamos era de medidas deste género, potenciadoras do desemprego e de maiores desigualdades regionais”
Se não pagassem nadatinham trabalhadores em barda…
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Isto não estava previsto há um bocado de tempo?
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Chi… tanta gente a dar lições de moral com o dinheiro dos outros…
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cretinice!!!!
ligar o aumento do desemprego a um aumento do salário de miséria nacional…
até o iefp foi – finalmente – obrigado a reconhecer o brutal aumento do desemprego…. mesmo sem aumento do smn…
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Hevel Diz:
27 Outubro, 2008 às 10:45 pm
tina Diz:
27 Outubro, 2008 às 10:56 pm
Mas o que tem o governo de ordenar às empresas o que elas devem pagar ou deixar de pagar aos seus empregados? (…) Em suma, se o governo não consegue tomar conta das pessoas então como pode ele dar-se a arrogância de ordenar os outros o que fazer, AINDA POR CIMA COM MEDIDAS CONDUCENTES A MAIOR DESEMPREGO?
A tina está para o Blasfémias, como os deputados da nação que ninguém conhece estão para o Parlamento. A única altura em que damos por eles é quando ouvimos o coro: “Muito bem! Apoiado!”.
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Isso de o dinheiro ser dos outros é complicado. Na verdade o dinheiro é nosso, de todos nós, enquanto sociedade ou mercado. Nós definimos quem vale mais e defimos regras do funcionamento básico em sociedade. Estou de acordo que os vencimentos mínimos são próximos da escravatura e qualquer liberal odeia a escravatura.
A gestão tem deixar de usar a ignorância e a distância dos centros europeus de decisão para baixar salários. Necessitamos de uma gestão à altura dos seus vencimentos. É inaceitável que quem reparte o bolo enche bolsos à custa de salários baixos. É inaceitável, no mínimo.
Se não começar a haver um mínimo de justiça salarial vamos caminhar para um abismo.
Quanto à emigração, não vejo qualquer problema nela. Terei muito orgulho se os meus filhos conseguirem encontrar melhor valorização do seu trabalho, seja onde for.
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comentário 25.
o dinheiro não é dos outros. é nosso. quem quiser viver como bom selvagem terá de ir sozinho para uma ilha deserta.
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As questões base, são estas:
1. O Estado criou um paradigma de aumentos salariais de 5%. Este paradigma encosta o sector privado à parede, numa altura de quebras de receitas generalizadas.
2. O Estado poderia fazer isto desde que impusesse outro tipo de “contra-medidas”, tais como: ordenados do Estado acima de 1.000 euros, deveriam ser congelados durante 2 anos; pensões de reforma acima de 1.000 euros deveriam ser congeladas durante 2 anos; a pensão de reforma máxima passaria a ser de 1.250 euros.
3. Ao impôr as “contra medidas”, poderia-se argumentar o aumento de 5% do SMN, com uma maior diminuição de fosso salarial.
Contudo, não se esqueçam que os 450 euros que se ganham em portugal, não devem ser comparados com a Espanha, França ou Luxemburgo. Portugal está no campeontao da Estónia, eslováquia, Eslovénia, Chipre, Turquia ou Marrocos. E com estes, os 450 euros, é muito….
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comentário 26.
Não pode haver democracia sem capitalismo, nem capitalismo sem democracia. Governo e empresas vivem numa relação mutuamente vantajosa. Podemos discutir é se o ponto de equilíbrio é o que melhor nos serve. Mas, se não é este ponto, é outro ao lado. Literalmente, ao lado.
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Caro Sofia,
Um aumento de 25 € por trabalhador representa para a empresa, grosso modo, um aumento de 60 € / mês por trabalhador (contabilizado já 13º mês e subsídio de férias). Numa empresa com 400 funcionários (as tais “exploradoras” dos pobres) isso representam 2400 € / mês de encargos adicionais, ou seja, a empresa tem de lucrar MAIS 2400 € /mês para assegurar os salários. Partindo do príncipio que a empresa não é deficitária (i.e., paga impostos), são 3200 € / mês de lucros antes de impostos adicionais. Em empresas que trabalham com margens de 5% (não, não estou a inventar), isso implica um aumento de facturação mensal de 64.000 €….
Ou seja, para pagar 5 contos a cada funcionário, a empresa tem de vender mais quase 13.000 contos por mês…
É como dizia o outro, é só fazer as contas…
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Vamos lá ver: o argumento liberal de que o homem administra melhor aquilo que é seu, acenta na constatação de que o homem é, essencialmente, um ser egoista. A ser assim, porque razão há-de o empregador distribuir voluntaria e equitativamente os lucros que conseguem com o trabalho de outros (além do seu próprio, isso não está em causa!)?
Nesta perspectiva, a fixação de um salário mínimo é, simultaneamente, duas coisas: a) uma correcção ao mercado (movido por forças egoístas); b) acautelar as necessidades (no nosso caso, MUITO) básicas de qualquer ser humano.
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Carlos Duarte Diz:
27 Outubro, 2008 às 11:50 pm
Carlos,
A fazer fé nas suas contas, pergunto-lhe eu: o que são € 2400 para uma empresa com 400 trabalhadores? É que uma empresa com 400 trabalhadores terá, presume, um volume de negócios considerável.
Mais, não subscrevo esta sua conclusão: «ou seja, a empresa tem de lucrar MAIS 2400 € /mês para assegurar os salários.» -parece-me que, nalguns casos, só se terá mesmo de distribuir a afectação do lucro de forma mais equitativa. É outra perspectiva.
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Estamos cá para ver o número de dempregados a subir, não nas esatísticas oficiais, mas noutras suficientemente credíveis.
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“então que seja ele próprio a enfrentar as consequências”.
Mas ele vai enfrentar o dilúvio?…
E o Manuel Pine, como atrairá os investidores asiáticos com a promessa dos baixos salários com essa subida monstruosa?…
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O olhar atento de duas recentes publicações internacionais sobre Portugal veio chamar-nos à realidade, perturbando a euforia de decimais onde o País parece ter embarcado recentemente. De um lado, a prestigiada revista The Economist, chamando-nos de ‘new sick man of Europe’, veio recordar-nos que Portugal continua a apresentar o mais baixo crescimento, não só da União Europeia, mas de toda a Europa (!) e que em sete anos o nosso PIB per capita perdeu 10 pontos percentuais face à média da UE a 25.
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/opinion/columnistas/pt/desarrollo/968642.html
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LR, este aumento resulta de acordo na concertação social em 2007, que tem como objectivo fazer com que SMN em 2011 atinga os 500 euros.
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Estou inteiramente de acordo com o camarada LR
Eu penso que o país não precisa, aliás nunca precisou, de medidas
Que saudades tenho do meu país nos anos 60
Que saudade que eu tenho daquela pista de corridas que era a A1
Que saudades tenho de levar seis horas até ao Porto aliás, nunca percebi porque tería de chegar lá mais depressa !!!!
Doze horas até Viana do Castelo
E o comboio a vapor ???? Que saudades
Foi um esbanjar de dinheiro
Viviamos tão felizes
E o Algarve ???
Pronto, está bem, hoje andamos mais depressa
E o aumento de salários ???
Naquela altura era uma festa, por vezes até vinha com retroactivos
Desemprego ??? O que era isso ???
Estava tudo feliz espalhado pela europa a passear
E agora ???
Nada disto se passa
Agora esta de pôr o país a trabalhar, criar postos de trabalho, importar mão de obra porque os calões dos portugueses desempregados já não têm lugar nas mãos para mais calos
Valha-me deus
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Já agora, que saudades das partidas do Vera Cruz, carregado de soldados para África a que davam uma ” bela ” G3 ou FN e lhes diziam:
– Vá toca a matar “turras ” !!
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E a petulante Sofia é o exemplo típico daqueles que estão a afundar Portugal até ao último lugar na Europa. Sem experiência do que fala, as ideias contam mais do que os resultados, os resultados para eles não lhes interessa porque já arranjaram um tacho algures, dão-se a ares e a arrogância, que tristeza…
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««Vamos lá ver: o argumento liberal de que o homem administra melhor aquilo que é seu, acenta na constatação de que o homem é, essencialmente, um ser egoista.»»
Porquê? Os seres altruístas administram pior aquilo que é seu?
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««A fazer fé nas suas contas, pergunto-lhe eu: o que são € 2400 para uma empresa com 400 trabalhadores? »»
De que é que a Sofia está à espera para abrir uma empresa e pagar salário mínimos de 500 euros? Se é assim tão fácil, talvez seja melhor. Em vez de a Sofia estar a dizer que é fácil pagar 2400 euros a mais, a Sofia devia ir para o terreno pagar o dobro.
Aliás, eu acho estranho que exista desemprego em Portugal. É tudo tão fácil e o salário nada tem a ver com o caso.
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Cara Sofia,
Não são 2400 € / mês, são 64000 €! A empresa tem de ganhar MAIS 64000 € / mês (admitindo 5% de lucros “líquidos”, que é um número normal)!
E o acréscimo que paga aos funcionários não resulta num aumento de produção, ou seja, encareceu o produto final sem que este tenha (sequer) subido na cadeia de valor.
Numa situação destas quais as opções? Como dizia um certo empresário, o melhor investimento que pode fazer é despedir funcionários… e é isso que vai fazer. E os outros vão ter de trabalhar mais ou a empresa fecha…
Se ainda houver dinheiro para investimento, pode eventualmente investir em novo equipamento, e despedir metade dos funcionários, pagando mais aos melhores (ou seja, ficaria com 200 a ganhar 600 € / mês). Também funciona…
Em qualquer um dos casos, o resultado é um aumento do desemprego. Se isso é positivo…
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Entretanto, hoje no jornal:
“…número de processos de falência em Portugal registou uma subida de 47% entre Janeiro e Setembro face a igual período no ano passado, revela esta terça-feira o Diário Económico.
Citando dados da Coface, o jornal refere que, nos primeiros nove meses do ano, os processos de insolvência pedidos pelas próprias empresas ou pelos credores subiram 44%, abrangendo 2.118 das 437.105 empresas que constam da base de dados da Coface.”
E tudo com o que Governo se preocupa é aumentar o salário mínimo.
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Podemos imaginar uma mercearia no interior do país que podia ter um aprendiz mas não tem. Com que direito se intrometem no que um e outro pretendem acordar livremente?
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«Sem experiência do que fala, as ideias contam mais do que os resultados, os resultados para eles não lhes interessa porque já arranjaram um tacho algures, dão-se a ares e a arrogância, que tristeza…»
Nós conhecemo-nos, tina? Quem a ouve falar até pensa que sim. O que é basicamente o problema dos comentários da tina – gosta de fingir que sabe do que fala. Amiga tina – whom ever you may be – quanto à minha experiência, não tenho de me justificar (e é má política dar importância a quem não a tem); quanto ao tacho, minha amiga, não me dou bem com a subserviência que vem com as panelas, deixo-lhe a si, obviamente muito mais vocacionada que eu, esses expedientes. É que, ainda não tinha acabado o curso e já trabalhava e isso garante-me, no que me importa, o posto para ter a arrogância de a mandar calar, já que, cada vez que abre a boca, só se enterra e corre o risco de dar a impressão que é uma questão de género e, isso sim, seria uma tristeza.
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João Miranda Diz:
28 Outubro, 2008 às 8:55 am
Caro JM, está a perder o discernimento. Conteste os argumentos e não pessoalize. Já agora, até Smith já falava do egoismo como motor da economia.
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Sofia,
O Carlos Duarte acabou de lhe mostrar como está errada. Você nem sequer o rebateu, limitou-se a vir atacar pessoalmente o João Miranda tal como já me tinha feito anteriormente. Intrometida e ignorante é o que você é.
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(1) “limitou-se a vir atacar pessoalmente o João Miranda tal como já me tinha feito anteriormente.” (2) “Intrometida e ignorante é o que você é.”
Minha querida, você é a sua pior inimiga. Só pode ser pecado atacar alguém assim. Bem haja!
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“Caro JM, está a perder o discernimento. Conteste os argumentos e não pessoalize. Já agora, até Smith já falava do egoismo como motor da economia.”
Totalmente de acordo, cara Sofia Ventura. Estou em crer que tudo se prende com os acontecimentos recentes – o João Miranda percebeu que as fundações do edifício ideológico que o alojava abriram fissuras quiçá irreparáveis. Anda, portanto, transtornado. É natural.
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Quanto á Tina, caro Sofia, se me permite um humilde conselho, acho que faz mal estabelecer dialogo. Ademais, uma coisa que me tem deixado intrigado aqui no blasfémias, é que aqueles que mais palmas batem ao JMiranda são justamente os que mais insultos lançam!
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Acho bem, Sofia, baixe a bolinha se não quer ouvir de volta.
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Nuspirit Diz:
28 Outubro, 2008 às 11:10 am
Vai na volta, a tina é o alius do JM. 😉
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««Caro JM, está a perder o discernimento. Conteste os argumentos e não pessoalize.»»
Nada de pessoal. A Sofia defende a tese de que o aumento do salário mínimo é demasiado baixo para afectar o emprego. Eu duvido que essa tese se baseia na teoria económica. Como é evidente, quando existe um contínuo de situações na economia real, qualquer aumento forçado do salário tem impacto no desemprego. Suponho então que a Sofia se baseia no seu instinto empresarial e não na teoria económica. Por isso é que a desafio a substituir todos os empregadores que consideram que um aumento do salário mínimo lhes inviabiliza a actividade. Mas se a Sofia não se baseia na teoria económica nem no seu instinto empresarial, então baseia-se em quê?
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“acho que faz mal estabelecer dialogo”
que patéticos vocês os dois.
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“Mas se a Sofia não se baseia na teoria económica nem no seu instinto empresarial, então baseia-se em quê?”
Deve-se basear no seu instinto feminino, ahahahahaha
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«Eu duvido que essa tese se baseia na teoria económica.»
“o argumento liberal de que o homem administra melhor aquilo que é seu, acenta na constatação de que o homem é, essencialmente, um ser egoista. A ser assim, porque razão há-de o empregador distribuir voluntaria e equitativamente os lucros que conseguem com o trabalho de outros (além do seu próprio, isso não está em causa!)?
Nesta perspectiva, a fixação de um salário mínimo é, simultaneamente, duas coisas: a) uma correcção ao mercado (movido por forças egoístas); b) acautelar as necessidades (no nosso caso, MUITO) básicas de qualquer ser humano.
e
“Mais, não subscrevo esta sua conclusão: «ou seja, a empresa tem de lucrar MAIS 2400 € /mês para assegurar os salários.» -parece-me que, nalguns casos, só se terá mesmo de distribuir a afectação do lucro de forma mais equitativa. É outra perspectiva.”
«quando existe um contínuo de situações na economia real, qualquer aumento forçado do salário tem impacto no desemprego.»
Isto, é uma conclusão que permanece por demonstrar.
«Por isso é que a desafio a substituir todos os empregadores que consideram que um aumento do salário mínimo lhes inviabiliza a actividade.»
UI! Coitadinhos dos trabalhadores, ganhavam todos os seus € 500, mas andavam todos na linha. É que onde o JM acha que se deve exigir que os salários continuem de miséria (e os trabalhadores miseráveis com eles); eu acho que se deve pagar às pessoas condignamente (o que funciona como incentivo), mas exigir correlativamente.
Pense no exemplo do IKEA. Porque é que acha que funciona? Como diz um amigo meu “pau e cenora”.
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“Como é evidente, quando existe um contínuo de situações na economia real, qualquer aumento forçado do salário tem impacto no desemprego.”JM
Como é evidente, diz o JMiranda. Nem agora que todo o edifício se desmoronou o João Miranda consegue enxergar as coisas!! É impressionante que não lhe ocorra sequer a ideia de apenas se poder estar a falar de uma redistribuição mais equitativa !!!Valha-nos Deus.
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“Pense no exemplo do IKEA. Porque é que acha que funciona? Como diz um amigo meu “pau e cenora”.”
Muito simples. O dono do Ikea é o homem mais rico da Europa, pode-se dar ao luxo de ser generoso. Muito provavelmente, no princípio nunca ofereceu estas regalias aos trabalhadores. Em Portugal quer-se distribuir uma riqueza que não há e que nunca haverá porque se começou a distribuir antes de tempo.
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«Muito simples. O dono do Ikea é o homem mais rico da Europa, pode-se dar ao luxo de ser generoso.»
SOCORROOOOOO!!!!! Não aguento!
Ó criatura, acha que o homem ficou rico porque é generoso?????
Fui.
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Eu explico muito devagarinho para você perceber. A Ikea sendo uma companhia muito rica pode-se dar ao luxo de tratar extrememamente bem os seus empregados. No princípio, enquanto ainda estavam a desenvolver, muito provavelmnte não era assim. A Ikea é uma companhia rica devido aos produtos que oferece e não aos seus empregados. Os seus empregados são iguazinhos a quaisquer outros empregados portugueses, há muita incompetência.
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Os empresários que não podem pagar 450 € são gente estimável, mas são como os atletas que não atingem os mínimos. Não é que sejam maus, mas há melhores. Ora, cada prova tem o seu nível. E mantém esse nível, estabelecendo os mínimos adequados. Quando o governo estabelece o SMN está a dizer aos empresários qual é a qualidade mínima das empresas que devem existir em Portugal. Os empresários que não o conseguirem não sobreviverão, mas outros ocuparão o espaço.
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««Os empresários que não podem pagar 450 € são gente estimável, mas são como os atletas que não atingem os mínimos.»»
Estão, basicamente, na categoria dos trabalhadores que não conseguem produzir mais do que 450€ e que por esse motivo nunca vão conseguir encontrar emprego.
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««Como é evidente, diz o JMiranda. Nem agora que todo o edifício se desmoronou o João Miranda consegue enxergar as coisas!! »»
Qual edifício? Gente impressionável. Será que o Nusprit acredita que a partir de agora a lei da oferta e da procura vai deixar de funcionar?
««É impressionante que não lhe ocorra sequer a ideia de apenas se poder estar a falar de uma redistribuição mais equitativa »»
Não vejo como é que a criação de desemprego contribui para uma redistribuição mais equitativa.
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«««quando existe um contínuo de situações na economia real, qualquer aumento forçado do salário tem impacto no desemprego.»
Isto, é uma conclusão que permanece por demonstrar.»»
Será que a Sofia acredita que todas as empresas têm exactamente a mesma margem para subir salários e que essa margem é 5,6%? Não lhe parece que seja mais lógico que essa margem varie continuamente entre uns -10% e uns +10%? Ou entre -20% e +20%? Não lhe parece ainda lógico que entre milhares de empresas existam algumas que não conseguirão suportar aumentos de 5,6%?
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joão miranda
conseguem, se não conseguem cá, conseguem em França… os empresários de lá são melhores e o SMN mais alto
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««conseguem, se não conseguem cá, conseguem em França… os empresários de lá são melhores e o SMN mais alto»»
Se estivessemos em França seriamos franceses, falariamos francês e seriamos produtivos como os franceses e nesse caso poderíamos ganhar o mesmo que os franceses. Mas não estamos em França. Estamos em Portugal onde a produtividade é o que é.
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Os empresários de lá são melhores? Concerteza, se é tudo melhor! Ou acha que os empresários são alguma elite social? Eram todos analfabetos menos os empresários? Os empresários, por definição, são pessoas aventureiras. Só que um aventureiro analfabeto já não pode ser um bom empresário.
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claro, a produtividade é o que é. não que os trabalhadores não consigam produzir mais do que 450 euros. a melhoria passa mais pelos empresários do que pelos trabalhadores. é isso que significa o SMN. senhores empresários, façam melhor.
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«Será que a Sofia acredita que todas as empresas têm exactamente a mesma margem para subir salários e que essa margem é 5,6%?»
Não, não acredito. Mas acho que, nalguns casos, faz todo o sentido sanear a diferença pela correspectiva diminuição da retribuição do empresário.
«Não lhe parece que seja mais lógico que essa margem varie continuamente entre uns -10% e uns +10%?»
Não. Se bem me recordo, é o risco do negócio que justifica a remuneração do investidor, como é o trabalho que justifica o pagamento do salário do trabalhador. Já se o trabalhador puder participar no lucro da empresa…
«Não lhe parece ainda lógico que entre milhares de empresas existam algumas que não conseguirão suportar aumentos de 5,6%?»
Essas não são viáveis e, sobretudo, não são as empresas com 400 trabalhadores.
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Se calhar estamos todos de acordo. Quer o anónimo dizer que um bom empresário consegue pôr um trabalhador a render mais do que um empresário menos bom? Se é isso, está bem.
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Ficam sem saber que há empresários mais rascas do que as coisas que são rascas !
Um dia , disse-me um empresário da nossa praça:
– Veja lá o Sr., que os meus empregados, ( estávamos no pós 25/4/74 ) até já querem papel higiénico nas casas de banho !!
Juro-vos que não é treta !
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Anónimo do comment 63
Não posso estar mais de acordo consigo.
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Eu desafio qualquer dos defensores de que este SMN é um abuso, a viver com 450 Eur mês.
Ainda em relação ao SMN, e aos seus aumentos em concreto, mais do que este ano, mas valido para todos anos, deveria haver uma forma, de empresas em dificuldade poderem não efectuar os aumentos, contudo, haver uma correcta e firme fiscalização para que não haja abusos. Ser uma medida temporária, eventualmente com auxilio de um gestor judicial, etc.
Para mim, mais vergonhoso que este valor, é uma medida encontrada por algumas empresas bem conhecidas de todos nós… Aquilo que eu lhe chamo os 4×6=200 .. traduzindo, 4h por dia, 6 dias por semana, 200 Euros por mês!
Admito que este tipo de situação, pudesse ser usada, e até ser extremamente útil e vantajoso para todos.. se fosse umas vagas residuais, que permitiram às empresas ter um reforço na sua equipa em horas de maior movimento, a serem naturalmente preenchidas por estudantes, 2.os empregos de classes menos favorecidas, ou alturas mais apertadas nas famílias.. mas sempre, sempre, a ser uma ninharia na sua força de trabalho.. E não fazer disto, uma forma de contrato “standard” da empresa.
Ainda em relação ao comentário 45;
Curiosamente encontro-me a meio de uma implementação de um sistema numa PME, que na sua zona tem uma dimensão considerável. Esta PME está com métodos de trabalho muito primários e software arcaico. Irá fazer um enorme esforço, de modernização a todos os níveis.
Sabe-se já, em que áreas haverá um excedente de funcionários, que funções novas irão aparecer, e quais as que necessitaram de ser reforçadas. A titulo de exemplo, só numa função, a actual equipa de 6 funcionários será reduzida para 1, com apoio de outro membro, que partilhará funções em outro sector.
A conclusão por esses métodos que apresenta, é que irá haver despedimentos em massa…
Pois posso assegura-lhe que nem 1 só funcionário será demitido!
Ao invés disso, está em curso desde o inicio deste ano, várias acções de formação para os funcionários, enquanto se preparam concursos internos para as novas colocações.
Ainda assim haverá um excedentário, mas ao invés de despedir, a empresa irá se expandir, estando já em curso a parte burocrática para abertura da nova delegação!
Como já alguém aqui escreveu, também depende da qualidade dos empresários, e da sua visão.
Teria sido muito mais fácil para o novo CFO, efectuar todas estas mudanças, e culminar em despedimentos dos excedentes.
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Se calhar se não for eu a dizer, já não cai em saco roto. Acho que o autor é, mais ou menos, insuspeito.
http://atlantico.blogs.sapo.pt/2175893.html#comentarios
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