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Mosselen (6)

21 Abril, 2009

penedaSilva Peneda deu especial destaque ás questões económicas. Esclareceu logo que a questão orçamental da UE  é negociada com base em posições nacionais e não partidárias. O que não abona nada em favor do P.E., nem do facto de os eleitores serem chamados a escolher listas partidárias diferentes. Para esse fim, melhor seria um ministro das finanças com o mesmo voto de qualquer outro congénere e não 22 deputados em 750.

Sobre a actual situação económica, indicou algumas das ideias que tem defendido, mas que igualmente deixaram sérias preocupações. Em especial dois pontos: 1) a defesa da «possibilidade de passar a haver, a nível da zona euro, um único emitente central de dívida pública europeia». As chamadas «eurobonds». Afirmou o deputado que tal seria necessário na medida por forma a se obterem melhores condições numa negociação conjunta nos mercados do que aquela que actualmente se obtêm individualmente. Como bem explica Guilherme Diaz-Bérrio: «Uma euro bond é basicamente pedir um “subsidio” aos alemães. Nós pagamos menos em taxas de juro – eles pagam mais, pois os riscos estão agregados – e deixou de haver incentivos para a prudência». Não se pode esquecer que provavelmente os nossos «financiadores» eram bem capazes de querer ter uma «palavrinha» a dizer sobre como se gasta, em quê, quanto e quando…..

Por outro lado e co-relacionado, entende Silva Peneda ser necessário caminhar para uma harmonização fiscal ao nível de todos os estados da UE. O facto de nem os estados mais federais terem tal coisa não o pareceu impressionar de todo. Ainda lhe disse que «harmonização fiscal» nem sequer é federalismo, é estado central e do piorsinho, mas tal não o demoveu na argumentação afrancesada do «evitar situações de concorrência desleal», esquecendo as vantagens  e mesmo óbvia necessidade de uma diferenciação fiscal.

Um assunto que aparentemente estará no futuro próximo em cima da mesa e em que seria bom saber-se de antemão a opinião dos demais candidatos/deputados dos vários partidos.

Foto de Miss Pearls (Outros mosselen123, 4, 5)
10 comentários leave one →
  1. portela menos 1 permalink
    21 Abril, 2009 21:57

    Comemorar o 25 de Abril em Lisboa, só com licença de António Costa e de Sá Fernandes

    Mais uma vez este ano, o sector de Ambiente da CML, da responsabilidade de Sá Fernandes, exige licença de ruído para as actividades de comemoração do 25 de Abril na Praça Paiva Couceiro, na noite de 24 para 25 de Abril.

    comunicado da CDU

    Formalmente, os Serviços pretendem aplicar às manifestações de carácter político as leis da publicidade comercial – o que constitui uma verdadeira aberração, como já foi sobejamente demonstrado.

    Já no ano passado se tinha passado algo de caricato e parecido com isto, mas a «coisa» foi arquivada, depois de denunciada e quase ridicularizada, inclusive em sessão de Câmara.

    Com enorme surpresa, este ano voltamos ao mesmo: a Câmara, liderada por António Costa que nesta matéria está acolitado por Sá Fernandes pois é novamente dos seus Pelouros que tal surge, este ano a CML repetiu a façanha e exige licença de ruído para se poderem comemorar os 35 anos do 25 de Abril.

    Se não for tirada licença, dizem, não haverá apoios da Câmara.

    Portanto, levando a ideia mais adiante, e lá chegarão…, ficamos a saber: com António Costa e com Sá Fernandes, só manifestações silenciosas – e quem não puder pagar, não pode manifestar-se.

    Comemorar o 25 de Abril, só com licença de António Costa e de Sá Fernandes.

    Este é o ponto a que chegaram estes paladinos da Democracia e da Liberdade.

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  2. Pifas permalink
    21 Abril, 2009 22:04

    Penso que nem com liceça deveria haver permissão para fazer ruído. Comemorações sim, mas com música de qualidade. Ruído não.

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  3. The Rake's Progress permalink
    21 Abril, 2009 22:22

    “Morcelas”

    Parece que houve uma ordem interna para desligar a luz ao entardecer no bunker dos globalistas em Bruxelas. Dizem que os senhores deputados entravam às 11h para o café, saíam de seguida para almoço e reuniam-se por volta das 17.30h para comentar a actualidade. Vai daí que a intendência comunicou-lhes que não tinha dinheiro para sustentar playboys e boémios.

    PS:
    Eu sei que você está a tentar passar a ideia que os senhores parlamentares têm ideologia, posições, ideias e sei lá mais o quê. Mas não nos poderia antes brindar com os pormenores escabrosos que ressaltaram no contacto dos excursiunistas das Berlengas com a Europa das elites?

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  4. Amonino permalink
    21 Abril, 2009 23:11

    .
    Aos nossos representantes na UE, esclareçem quem vos elegeu sobre:
    .

    EU trains a new diplomatic corps – without waiting for Lisbon Treaty
    http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/belgium/5144364/EU-trains-a-new-diplomatic-corps—without-waiting-for-Lisbon-Treaty.html
    .
    é verdade ? É mentira ? Que se passa ? Prestar contas a quem representam (para quem trabalham):
    .
    E verde (não é do tinto):

    The Real “Green” InnovationWhy alternative energy depends more on financial wizardry than mechanical wizardry.
    http://www.slate.com/id/2216129/
    .
    é assim ? É mentira ? Que se passa ?
    .

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  5. anti-liberal permalink
    21 Abril, 2009 23:24

    #1

    1. Como é evidente, comemorar o 25 de Abril em Lisboa, só com licença da Câmara.

    2. A CDU barafusta que “se não for tirada licença, dizem, não haverá apoios da Câmara.”
    A CDU já devia ter aprendido que, democraticamente, é feio fazer ruído. Tal como os peidos, deveria ser democraticamente proíbido.

    3. Quando eu mandar, não há Câmara Municipal de Lisboa (tal com está) nem o putativo sector de Ambiente da CML e, muito menos, o António Costa e o Sá Fernandes.

    Nuno

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  6. Luis Serpa permalink
    22 Abril, 2009 04:56

    “Não se pode esquecer que provavelmente os nossos «financiadores» eram bem capazes de querer ter uma «palavrinha» a dizer sobre como se gasta, em quê, quanto e quando…” – Este é o único argumento a favor das Eurobonds.

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  7. 22 Abril, 2009 09:42

    Para quando 1 autoridade da concorrência para fiscalizar o cartel fiscal europeu? Para fiscalizar a concertação de taxas fiscais entre os vários países sempre em prejuízo do consumidor/contribuinte?

    Malhem nas gasolineiras e na Microsoft, nos oligopólios fiscais é que está quieto!

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