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Estado de negação

23 Dezembro, 2010
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Governo diz que corte da Fitch “é difícil de compreender”
 
Dir-se-ia, pelo teor do comunicado do governo, que está tudo bem com as finanças públicas. Eu acho que a culpa deve ser do Tribunal de Contas, esses profetas da desgraça, a cujo relatório a Fitch terá tido acesso.
17 comentários leave one →
  1. Portela Menos 1 permalink
    23 Dezembro, 2010 22:11

    o pessoal do Blasfémias continuar a endeusar as Agências de Rating. Ou não fossem elas empresas Financeiras, suportadas por Bancos, detidas por compradores de dívida soberana dos países, enfim, tudo gente recomendável e que gosta muito do Euro.
    Só me admira que esta malta blogueira não consiga ver para além do seu anti-socretismo. Por um lado, o governo aplica as medidas impostas pelo BCE e FMI, tão de agrado dos nossos “liberais” – por outro lado, não querem admitir que o objectivo das “agências” é, em si mesmo, um ataque mais geral ao EURO.

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  2. 23 Dezembro, 2010 22:25

    Charles Ferguson – Inside Job (2010)
    Watch it and weep.

    Are we supposed to believe that these f#$%k%&s that rated automatically shite as triple A ‘ cos there was money drippin’ for THEIR side became “serious and credible” from this day to the next ?
    A bagful of laughs… rate away kids.

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  3. 23 Dezembro, 2010 22:26

    Portela Menos 1,

    Não sabia que as agências de rating eram empresas financeiras…
    Mas vamos admitir que são suportadas ou detidas pelos bancos compradores de dívida soberana dos países. Estão então a prestar um rico serviço aos seus “sponsors” ou accionistas. É que por cada “downgrading” que fazem da dívida soberana, estão a desvalorizar os activos daqueles. Enfim, deve ser uma estratégia ultra-maquiavélica que eu não atinjo…

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  4. Portela Menos 1 permalink
    23 Dezembro, 2010 22:40

    LR,
    a natureza societária das Agências até pode ser em comandita.
    uma coisa é certa, os bancos/seguradoras/financeiras que foram à falência – não falando da Islândia – nomeadamente nos USA, tinham todos “triple A” . Terá, provavelmente, uma bondosa explicação para isto, mas eu continuo a considerar esta gente como pouco recomendável

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  5. 24 Dezembro, 2010 00:53

    Se quer saber a minha opinião, eu considero que os tipos das agências têm um nível de imperfeição semelhante à maioria dos terráqueos e portanto também erram. Mas os investidores, que põem cá o dinheiro que nos sustenta, acreditam muito mais neles do que em si ou em mim. Se você os conseguir convencer que estamos no reino do equilíbrio macroeconómico, talvez nos emprestem dinheiro mais barato.

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  6. Portela Menos 1 permalink
    24 Dezembro, 2010 09:50

    LR,
    estava para lhe falar da situação actual da Grécia como exemplo acabado de como as as nossas queridas Agências se estão borrifando para os países isoladamente mas mais interessadas em ajustar contas com a moeda europeia mas não vale a pena. Vc dirá sempre que é o mercado a funcionar e eu responderia que os especuladores só estão interessados em ganhar €€€ dinheiro a curto prazo porque “a longo prazo estamos todos mortos”.
    No limite o eixo franco-germanico cria uma moeda própria – MarcoFranco- e exportam para si próprios, porque eles sempre foram muito amigos 🙂

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  7. 24 Dezembro, 2010 10:48

    Portela,

    Não sei que contas são essas que as Agências de Rating têm a ajustar com o Euro, mas deve ser mais uma teoria da conspiração que eu não atinjo. E claro que os especuladores estão interessados nos ganhos de curto prazo. É da sua própria natureza, sempre assim foram, sempre assim hão-de ser. E ainda bem, que a nossa vida sem eles seria bem pior. O que eu acho fantástico, é que não consigamos reflectir sobre os nossos próprios erros e andemos sempre à procura de bodes expiatórios. Tivessemos nós e a Grécia orçamentos equilibrados e dívidas a nível decente, que os especuladores iriam pregar para outra freguesia e as agências iriam fazer downgradings a outrém.

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  8. 24 Dezembro, 2010 12:57

    Simples, ou se preferirem os já desatinados “socialistas”, simpleX: se a economia, as finanças dum país, estão equilibradas ou saudáveis, recomendáveis ou pujantes, as agências de rating não as avaliam negativamente não as apresentam como irrecomendáveis, nem pressionam governos.
    O caso tuga é paradigmático da consabida mentira, da sentida incúria, e fuga-para-a-frente dum PM trafulha, acossado, incompetente e irresponsável.

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  9. PMP permalink
    24 Dezembro, 2010 13:16

    Este governo é tão incompetente e irresponsável que continua a destruir as poupanças de dezenas de milhares de Portugueses, ao pagar pouco mais de 1% ao ano.
    .

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  10. PMP permalink
    24 Dezembro, 2010 13:17

    Este governo é tão incompetente e irresponsável que continua a destruir as poupanças de dezenas de milhares de Portugueses, ao pagar pouco mais de 1% ao ano nos certificados de aforro.

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  11. lucklucky permalink
    24 Dezembro, 2010 13:20

    “o pessoal do Blasfémias continuar a endeusar as Agências de Rating. ”

    Curioso, você critica as agências de rating e depois quer que elas façam o que critica.

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  12. 24 Dezembro, 2010 14:19

    Ó LR, deixe-me reformular a máxima: não são “os investidores que põem cá o dinheiro que nos sustenta”, somos nós que, apesar da nossa baixa produtividade e enquanto não entrarmos em “default” , lhes pagamos os juros que os sustentam a eles !
    Ou não?
    Quanto aos orçamentos equilibrados, na Europa só o do Pai Natal!
    Ho, Ho, Ho…!

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  13. Tiradentes permalink
    24 Dezembro, 2010 15:01

    Deixem de ser caloteiros para poderem ter moral para chamar agiotas a quem vos sustentou nos desvarios faz trinta anos.
    Ou assumam-se como não pagadores.
    Estes caga- sentenças que andaram a pedir emprestado até à terceira geração seguinte ainda tem moral para chamar nomes aos outros?

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  14. 24 Dezembro, 2010 15:20

    AB,

    “Ó LR, deixe-me reformular a máxima: não são “os investidores que põem cá o dinheiro que nos sustenta”, somos nós que, apesar da nossa baixa produtividade e enquanto não entrarmos em “default” , lhes pagamos os juros que os sustentam a eles !
    Ou não?”
    Claro. Ou você queria que o sustentassem à borla? Eles passam bem sem si, você sem eles passa fome.

    “Quanto aos orçamentos equilibrados, na Europa só o do Pai Natal!”
    Daí a decadência da Europa e do Ocidente.

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  15. 24 Dezembro, 2010 16:34

    Ó LR, não acredite em tudo aquilo que lê. Essa ideia de declínio do Ocidente…

    O Ocidente está em declínio historicamente comprovado desde a queda do Império Romano.

    Uma coisa é certa, a realidade pode estar a mudar, como é sua condição, mas é no Ocidente que os Direitos Humanos e as condições de vida ainda se constituem como paradigmas para o Mundo. E foi o esforço de estender ao maior número dos seus cidadãos a melhoria das condições de vida que provocou a insustentabilidade do sistema.

    A intenção até era boa, mas a forma leviana que o exercício da actividade política assumiu nas sociedades mediáticas lixou tudo.

    É verdade que o excesso de garantias nos está a arrastar para o abismo, mas a Europa, uma velha rica, ainda é capaz de produzir riqueza nova e continua a ser o mercado que em muito sustenta as economias em crescimento.

    Quanto à crise atual, ela é fundamentalmente efeito da libertinagem da “indústria” financeira e do seus excessos e, se é verdade que a Europa tem culpas no cartório, incluindo a que ficou fora do euro, o grosso vem da parte do Ocidente que fica do outro lado do Atlântico.

    Valorizou-se de mais a criatividade irresponsável e promoveram-se adolescentes retardados, deslumbrados pelo fenómeno da globalização, à condição de responsáveis pela chave do cofre, dotando-os de todas as facilidades proporcionadas pelas novas tecnologias.

    Aconteceu o que podia acontecer, segundo a lei de Murfy.

    Mas, mesmo em crise, a Europa e o Ocidente, social e politicamente, ainda são a realidade que o edifício do pensamento criado ao longo de séculos aproxima da ideia de CIVILIZAÇÃO!

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  16. 24 Dezembro, 2010 18:03

    AB,

    Analise a evolução dos PIBs ao longo dos últimos 30 anos e veja o peso crescente que os países emergentes, principalmente asiáticos, vêm assumindo. E ainda bem, que isso significa qua a riqueza se está a distrubuir melhor pelo mundo. Fruto da globalização, é bom realçar. Mas isso provocará, inevitavelmente, o aparecimento e consolidação de outro paradigma civilizacional. Se melhor ou pior do que o actual, o futuro dirá, mas com certeza diferente. O peso económico arrasta inevitavelmente a preponderância cultural e, depois de quase 2 séculos de “american/european way of life” teremos seguramente, daqui a 20 ou 30 anos, o primado do “asian way of life”.
    Bom Natal.

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  17. 25 Dezembro, 2010 23:59

    AB, Analise a evolução dos PIBs ao longo dos últimos 30 anos e veja o peso crescente que os países emergentes, principalmente asiáticos, vêm assumindo. E ainda bem, que isso significa qua a riqueza se está a distrubuir melhor pelo mundo. Fruto da globalização, é bom realçar. Mas isso provocará, inevitavelmente, o aparecimento e consolidação de outro paradigma civilizacional. Se melhor ou pior do que o actual, o futuro dirá, mas com certeza diferente. O peso económico arrasta inevitavelmente a preponderância cultural e, depois de quase 2 séculos de “american/european way of life” teremos seguramente, daqui a 20 ou 30 anos, o primado do “asian way of life”. Bom Natal.

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