Da memória
«Numa altura em que alguns políticos portugueses achavam “que não havia nada a fazer” por Timor-Leste, deu-se o massacre de Santa Cruz e “começou tudo a interessar-se muito”, analisa o ex-Presidente da República Mário Soares. “Houve uma altura [em que] políticos portugueses — não vou citar nomes, mas é fácil — chegaram à conclusão que não havia nada a fazer (…), que nada ia acontecer, e eu nunca desisti”, destaca Mário Soares, em entrevista à agência Lusa a propósito dos 20 anos do massacre de Santa Cruz.» –
Esta citação de Mário Soares é um retrato mais ou menos perfeito da táctica de Soares: ele que com a sua falta de preparação e sobretudo muita leviandade foi um dos responsáveis por aquilo que após o 25 de Abril sucedeu em Timor ( e também em Moçambique e Angola) vem agora apresentar-se como um paladino da luta pelos direitos dos timorenses. Mas não só. Mário Soares continua a não perdoar a Cavaco que este seja PR e por isso quando diz que não quer citar nomes quer na verdade chegar a Cavaco. Mas agora com a arca de Pandora dos anos 70 aberta e com o fim do anátema do reaccionarismo que caía sobre todo aquele que questionasse a “descolonização exemplar” se se começam a citar nomes o de Soares virá inevitavelmente à baila. E não por boas razões. Em primeiro lugar porque teve nesse processo uma das mais medíocres prestações de um político português desde a fundação da nacionalidade – o que espanta não é o que Soares fez mas sim precisamente o que ele não foi capaz de fazer – e sobretudo porque o Soares “animal político” revela-se com uma animal tenaz na hora de se salvar a si mesmo e de uma irresponsabilidade total quando se trata dos outros. Ao contrário de tantos outros militares e civis que reflectiram eles mesmos sobre o processo de descolonização ou mais propriamente de trespasse colonial – e que podem ser politicamente tão diversos tão quanto Melo Antunes ou Silva Cardoso – Mário Soares trata o assunto a correr e atira as culpas para outros. Ele é de facto uma óptima companhia para uma festa mas a pior das pessoas para se ter ao lado num momento difícil.
Mário Soares é muitas vezes citado em conversas de retornados (sou um deles) que com suprema candura afirmam que nunca se vão esquecer dele.
E como é que isso seria possível se os “jornalistas” dia sim dia sim correm a colher as suas palavras que sejamos sinceros já não interessam nem fazem qualquer efeito nem em ninguém nem em coisa nenhuma da Tugulândia.
O que faz efeito e muito é aquilo que a Tugulândia lhe paga todos os meses.
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a maioria dos 700.000 portugueses ou mais que tiveram que abandonar africa e regressar a Portugal sem o patrimonio, casa, emprego, carro muitos sem as mobilias de casa, etc conseguiram levantar a cabeça e agarrar uma nova vida ( ouvir alguns a ameaçar com golpes militares por causa de um subsidio de férias ou de natal dá que pensar ). Foram um exemplo pela humildade com que aceitaram o destino ( ou os erros do sr soares e outros como ele ) e pela forma como se integraram na sociedade portuguesa. Eles foram uns heróis porque perderam tudo e não exigiram nem ameaçaram com revoluções que o estado lhes desse de volta. Ao contrário, o rei Soares toda a vida viveu do estado e continua ( ex. Fundação Mario soares e Casa Museu Soares nas Cortes-Leiria ) a viver de benesses e subsidios que são provenientes dos nossos impostos.
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A última frase do seu texto está soberba! Nada mais podia retratar melhor o que foi Mário Soares e o que é! A verdade está espelhada nas suas palavras! A descolonização nunca será desligada da sua incapacidade para se lembrar das pessoas em momentos difíceis. Foi uma descolonização trágica para ambos os países e para quem a viveu! Depois, há uma coisa que Soares nunca deixará de ser: vingativo e ressabiado! São vários os exemplos!
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Estava aqui a pensar nisto:
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http://balancedscorecard.blogspot.com/2011/10/publicidade-descarada.html
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Eu que não conheço o CCZ de lado nenhum, apenas conversas virtuais, mas que considero o seu blogue um dos melhores que há em Portugal, dá-me uma ideia do tipo de país que temos. No Porto já tem a conferência esgotada, em Lisboa ainda não. Porque será?
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Agora analisem o blogue dele e vejam como ele pensa e fala das coisas da economia, empresas e futuro. E comparem com a generalidade do pensamento a sul. Compreendem ou querem que vos faça um desenho?
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PM E eu não sou pago para fazer publicidade a ele e às suas actividades, mas registo a forma como em Portugal existe interesse pelo Valor, o evangelho que ele apregoa. E posso não concordar com muitas coisas que ele escreve, mas em Portugal há poucos como ele.
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E ela a dar-lhe com Soares.
O replay de temas é rebarbativo.
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Esta noite aterrou um OVNI no meu quintal.
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um vaidoso
um incompetente
eis Mario Soares
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“Depois, há uma coisa que Soares nunca deixará de ser: vingativo e ressabiado!”
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O que mostra a pequenez da sua alma. Bom comentário e bom post.
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Convivi de perto com esse sujeito, há umas décadas.
É um dos mais completos fdp que conheci na minha vida. Mas já compôs para a História um retrato falso – e contra isto não há nada a fazer, parece.
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a Historia não mente, os politicos e os jornalistas sim…….
todos sabemos quem foi Hitler
todos sabemos o que foi o comunismo
Oliveira Salazar
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Como foi morto o rei e seu filho a 05 de Outubro
podem justificar muita coisa, … mas o acto em si, não tem justificação
todos irão saber quem é mario soares……. sócrates e acima de tudo a organização mafiosa, corrupta controladora, bandida que é o PS em portugal……
o pior do Portugal é ser controlado por uma quadrilha de bandidos que se chama PS.
digam o contrário…..
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Este velho bochechudo é um emplastro do pior!…
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Desculpe Senhora jornalista mas quando fala em “irresponsabilidade total quando se trata dos outros” devia antes dizer, embora isso possa estar implícito no que escreve, “irresponsabilidade total quando se trata dos outros e, sobretudo, do país”.
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Estou mais preocupado com a entrega de Portugal aos «mercados financeiros» e às potências estrangeiras do que essas peripécias de Timor-Leste.
A verdade é que Timor é independente e Portugal não.
Espero que os nossos irmãos timorenses intercedam por nós nos órúns internacionais.
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Há outros frustrados que descarregam a frustração num saco de boxe.
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Fez-me sempre muita confusão,por não apreciar como positivo o que este senhor fez pela Nação,a aura com que é tratado,muito particularmente, por uma boa parte da comunicação socia.E,até a Helena,talvez distraidamente,não fugiu ao estereótipo da ferrugenta expressão de animal político.
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Como é que Portugal pode ser independente e pode ter uma doutrina nacional se ninguém que está no Governo fez o Serviço Militar Obrigatório?
Alguns nem Serviço Cívico fizeram!
Quanto muito andaram a colar cartazes como foi o casso do PPC e do Relvas.
Óh Otelo, com mancebos destes, não vamos a lado nenhum!
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Do Fulano que, quando ‘era’ dono’ do país, com os amigalhaços e correligionários deu várias vezes a volta ao planeta, com aviões a abarrotar de luzidas comitivas que se instalavam à custa dos nossos impostos em hotéis de luxo e que custavam fortunas, nunca me esquecerei daquela manhã em que, o Sujeito, pronto a partir, com aparatosa comitiva, para uma mais das suas habituais passeatas, debruçando-se da viatura em que seguia, grita, bracejando, histérico, cheio de ódio, ao pobre do polícia, fardado, que ali se encontrava na sua humilde missão de facilitar o trânsito: “Saia daí para fora, oh senhor guarda!”
O Fulano é, de facto, uma criatura ressabiada e vingativa.
E, claro, foi cúmplice (principal) desta desgraça de o país ter chegado a onde chegou…
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Um parasita venal, ignorante e demagogo – que a paróquia considera estadista ( a mesma paróquia que elegeu e reelegeu sócrates, dotado das mesmas qualidades e também um digno representantes do Partido Sarjeta)
Subserviente para com o “grande capital” que diz abominar – tendo sido SEMPRE protegido por esse mesmo capital, mormente nos belíssimos “exílios” a que amiúde faz referência .
Uma capacidade inesgotável para a ingratidão e a traição aos “amigos” , e uma superficialidade e ligeireza no tratamento dos assuntos de Estado – tudo isto foi mais que documentado pelo Rui Mateus e, no entanto, estes escribas amestrados em vez de o confrontarem, prestam-se, servilmente, ao papel de difusores de toda e qualquer vacuidade que este tipo se lembra de soltar.
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Ainda estou à espera que a “comunicação social” lhe pergunte algo sobre as ditaduras da Internacional Soci@lista recentmente derrubadas ou das mortes a tiro em Moçambique num protesto pelo preço do pão, o partido no poder também faz parte da Internacional…
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1 milhão de mortos em Angola com portugueses substituídos por mercenários cubanos pagos a peso de ouro. Uma cleptocracia num país riquíssimo e onde o povo vive das migalhas dos santos e generais.
500 000 mortos em Moçambique e outra cleptocracia.
Um targédia em Timos.
Esta foi a herança de barreirinhas cunhal, mario soares e dos “capitões” de Abril. Nem a reforma merecem.
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Não sei de que goste mais. Talvez da Helena que é de Matos. Houve alguma descolinização que fosse exemplar? E os ajustamentos terriveis a que estamos sujeitos não terá nada a ver com o equilibrar da balança que teimavamos (nós, os ocidentais) em boicotar e que os chineses tão bem souberam aproveitar atraindo-nos para a sua ratoeira de um capitalismo, tão a seu gosto, que ninguém se importou se era estatal.
Toda a gente sabe que o Soares foi e é um desastre, é vaidoso, prepotente, calculista egocêntrico, megalómano, etc., e um excelente actor. Se a Helena prefere-os sisudos compreende-se e aceita-se, até que fica bem para quem fala e fala e fala. É, e Timor, ai Timor, não foi o seu Alberto João quem recusou uma ajuda e que depois…….
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Bem. Além dos roubos perpetrados à vista de todos nós para comprar quintas e casas novas há uma coisa que eu nunca percebi: como é que o “camarada” Mário Soares conseguiu viver no exílio tão bem instalado em Paris?
E poir, como é o filho da mãe conseguiu trabalhar como leitor numa universidade de Paris se o “desgraçado” fala um francês mais rasca que o das docas?
A Internacionalista é um poço sem fundo…
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Bill Cliton já explicou quem foi o plítico português, que o fez acordar de madrugada, para lhe relatar os trágicos acontecimentos de Santa Cruz, e do apelo desesperado e dramático que lhe dirigiu para que interviesse junto da Indonésia, a favor do Povo Timorense. E o seu pedido foi atendido.
António Guterres merece por isso, ser evocado.
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O Bill Cliton é um bronco mas de certeza não entenderia o linguajar de Guterres, o Picareta Falante. :)))
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um timorense questionando: “António Guterres merece por isso, ser evocado”. a sério? mas o tipo na altura era o q no PS? Eu acho que foi o Durão, mas pronto.
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