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A factura dos juros

9 Julho, 2012
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Os Louçãs deste País (e não só), de uma forma recorrente, vão destilando a sua raiva contra a Troika e a Banca nacional e internacional que, supostamente, nos vão esganando com o aperto cada dia mais forte do garrote dos juros.

Como já demonstrei, os juros vêm apresentando um peso residual na Despesa Pública – menos de 7% entre 2001 e 2010. A taxa de juro média implícita (juros suportados em cada ano em % do stock médio de dívida em circulação, valores tirados da mesma fonte aqui referida) tem denotado uma tendência nitidamente decrescente, como se pode aferir no gráfico, desmentindo a agiotagem de que os adeptos do laxismo acusam os nossos credores. A partir de 1995, o autêntico maná que representou a descida das taxas de juro com o advento do Euro, foi aproveitada no aumento do endividamento e não a fazer a consolidação orçamental que já na altura se exigia.

Naturalmente que não há taxa de juro, por insignificante que seja,  que compense um stock de dívida a subir quase na vertical. Não admira pois que a nossa factura de juros tenha começado a subir de forma acentuada a partir de 2005 e esteja agora a evoluir quase a pique, com as duas variáveis que a projectam a conjugarem-se da forma mais perversa: stock da dívida a subir e respectiva taxa com tendência também de subida a partir de 2011. O financiamento da Troika – pouco acima dos 3,5% – impedirá uma subida mais rápida da taxa média. Mas se e quando regressarmos ao mercado, dificilmente se conseguirá emitir nos prazos longos – entre 5 e 10 anos – a taxas inferiores a 5%.

Em suma, a política orçamental terá tudo menos folgas. Terá 2 variáveis não controláveis a forçarem o aumento inexorável da despesa: os juros e as PPPs, que até 2018 representarão uma factura anual da ordem dos 1.500 milhões / ano.

Saídas? Estancar a subida da dívida, só possível com excedentes orçamentais. E estes não são imagináveis sem cortes brutais na despesa. Não podendo mexer em salários e pensões, onde se corta?

71 comentários leave one →
  1. Portela Menos 1 permalink
    9 Julho, 2012 13:43

    Sempre à defesa! Os perigosos esquerdistas dizem branco, nós dizemos preto. Com a economia a ir pelo cano os nossos mais papistas que o cónego de Braga têm uma solução: corte nas remuneraçoes e desemprego; ajustamento, dizem eles. Roubo dizem muitos cada vez mais.

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  2. ricciardi permalink
    9 Julho, 2012 13:49

    A pergunta certa seria:
    como êh q vamos por a economia privada a gerar mais riqueza e ao mesmo tempo obter superavites no défice externo?
    .
    Despedindo todos os Macro-economista seria uma excelente opção e substitui-los por gestores.
    .
    Mas pode-se desde já antecipar o inevitavel e declarar aquilo que somos: falidos. Depois desta declaração, que não êh mais do que o reconhecimento da realidade, mais endividamento será impossível por um prazo de, digamos, 10 anos… e o tal stock da divida será pago de acordo com as possibilidades do pais falido. Integrar o sistema target para garantir pagamentos com o exterior e sair da zona euro, convertendo as dividas publicas denominadas em euros para escudos.
    .
    Quanto mais tempo Demorarmos a reconhecer a situação de falência, pior será.
    .
    Êh como na vida empresarial. Há negócios q correm mal… e quanto mais cedo os fecharmos, melhor. Esta êh a grande caractristica dos bons empresários. Quem arrasta os maus negócios pelo tempo rapidamente perde o património todo.
    .
    Recomeçar a restruurar a economia da base para o topo sem um stock de divida e respectivos juros q inibem qualquer veleidade para crescer.
    .
    Repor o controlo de capitais, bem como repor o controlo de bens importados.
    .
    Assim de repente, parece-me ser a melhor solução para um pais absolutamente incapaz de sair da situação de falência em q se encontra. Quando se chega ao ponto dos juros a pagar ser, como alguém disse, o maior Ministério em termos de despesa, não há nada a fazer.
    .
    O governo não quer governar. Não quer mexer nas gorduras. A ser assim, vão ser necessários abduzir 5 salarios de cada trabalhador para obter matematicamente um défice zero. Matematicamente apenas, porque na realidade o impacto de retirar aquele nível de salarios depressiona a economia ainda mais.
    .
    Rb

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  3. 9 Julho, 2012 14:22

    identificam-se todos os organismos que há que não acrescentam nada que faça falta , manda-se o pessoal para casa com ordenado menos os subsidios disto e daquilo , fecham-se os edificios , apaga-se a luz , metem-se os carros na garagem , rescindem-se os contratos de arrendamento milionários ; não há tb inaugurações pra ninguém na próxima década nem commemorações festivas à nossa conta ; zero euros para “estudos e pareceres” , ponto final nas avenças com escritórios de advogados ; acabem tb com as 35 horas semanais da fp ( trabalham menos mês e meio que os demais à pala disso ) e quando se reformar um já não precisam de meter outro ; and so on . o que não falta é desperdícios onde cortar.

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  4. 9 Julho, 2012 14:38

    As PPPs não são controláveis mas os salários e pensões são?
    Contratos escondidos do Tribunal de Contas são pagos e salários e pensões não são?
    Suspensão geral dos pagamentos das PPPs no próximo ano. Se for inconstitucional, em 2014 retoma-se o pagamento mas esquece-se o de 2013. Entretanto em muitos contratos haverá base para cortes, como já foi admitido pelo Tribunal Constitucional.
    Há realmente muito trabalho a fazer e contas a equilibrar mas não desta maneira.

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  5. 9 Julho, 2012 14:44

    Ricciardi,
    .
    “como êh q vamos por a economia privada a gerar mais riqueza e ao mesmo tempo obter superavites no défice externo?”
    .
    Aí até estamos a corrigir muito bem. E se as exportações não desacelerarem muito mais, temos boas hipóteses de chegar ao final deste ano com a BTC equilibrada. Ou seja, teremos resolvido, muito mais depressa do que se pensava, a restrição externa. Fica a faltar o défice público. E este, ou se equilibra pelo corte da despesa ou se insistir na via da receita, o crescimento económico será uma miragem.

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  6. PMP permalink
    9 Julho, 2012 14:50

    Cortar na despesa superfula do sector publico, fundindo entendidas e acabando com chefias em pelo menos 30%
    .
    Cortando nos fornecimentos externos em 30%
    .
    Cortando 30% nas PPP’s
    .
    Concessionando a gestão empresas publicas com contratos de 5 anos como no Metro do Porto.
    .
    Alargando a ADSE que tem menores custos que o SNS.
    .
    Emitindo divida interna, de forma a que os juros fiquem cá dentro, aumentando os juros dos certificados de aforro de 1% para 4%.

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  7. 9 Julho, 2012 15:00

    CA,
    .
    A melhor negociação que você conseguir nas PPPs não lhe garante poupanças muito superiores a 2.000 milhões, a repartir por mais de 20 anos. Ou seja, menos de 100 milhões / ano. Mesmo que por hipótese académica você decidisse “ferrar o calote” por completo, você pouparia, até 2018 como afirmo na posta, qualquer coisa como 1.500 milhões / ano, sendo que, cerca de metade daquele valor, são encargos adicionais face aos valores actuais. Entretanto, o défice continua nos 13.000 milhões. Em que outras rubricas corta?
    Pode ver a estrutura da despesa aqui.

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  8. pedro permalink
    9 Julho, 2012 15:00

    E nós preocupados com o futuro deste país!
    É meter estes comentadores extraordinários à frente do governo, e ficamos com o problema resolvido! Da mesma maneira que um gajo que morre nunca mais ficará doente!

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  9. 9 Julho, 2012 15:07

    PMP,
    .
    Quantos mil milhões / ano acha que pouparia com todas essas medidas que sugere?

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  10. pedro permalink
    9 Julho, 2012 15:25

    As medidas para cortar no orçamento propostas pelo pessoal de esquerda, faz-me lembrar aquela família que quando descobre que não tem dinheiro para as prestações da casa, do BMW e das férias no indico, resolve poupar comprando papel higiénico mais barato. Economia da merda, digo eu.

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  11. PMP permalink
    9 Julho, 2012 15:31

    LR,
    .
    Isso daria uma redução do deficit de 2% mais ou menos, ou seja 3400 milhões por ano, ou seja passaria de 7,5% para 5,5% .
    .
    Abaixo de 5,5% de deficit é impossivel neste momento.
    .
    Se não chegasse cortaria outra vez nos FSE e no numero de entidades, chefias, nas PPP’s, RTP’s até dar o numero pretendido.
    .
    E continuaria a reduzir o IRc e a TSU emitindo divida interna com credito fiscal.
    .
    O tal CHOQUE FISCAL de 2002 !!!

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  12. 9 Julho, 2012 15:32

    Bom artigo, LR.

    Ninguém tem a coragem de dizer o óbvio: o nível salarial da função pública é demasiado alto para o nível da nossa economia. Enquanto uma empresa pivada tem de ajustar o nível salarial à riqueza que gera, o Estado faz habitualmente o ajustamento indo buscar recursos ou ao contribuinte ou ao mercado da dívida. Pela primeira vez, o Estado fez um ajustamento com base na incapcidade de se financiar no mercado e de ter atingido o nível máximo de carga fiscal. O problema é que ninguém gosta de descer o seu nível de vida. Todos estão de acordo com a redução da despesa pública desde que não lhes entre no bolso. De preferência, que sejam outros bolsos a pagar a austeridade. Por isso, anula-se o aumento de despesa conseguido no passado com a suspensão dos subsídios de férias e Natal, compensando-se o aumento da despesa com um aumento da carga fiscal, imputando-se a maior parte do ajustamento ao sector privado. Não era isto que o memorando da troika afirmava: a melhoria do défice devia ser conseguido em dois terços pela redução da despesa.

    Se vamos reduzir despesas na educação, na saúde, e nas prestações sociais para que servem os profissionais que trabalham nesses sectores se deixam de prestar serviços por falta de verbas?

    É muito curioso comparar declarações de determinados comentadores com o seu estatuto profissional. Tiram-se conclusões muito interessantes.

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  13. Nuno permalink
    9 Julho, 2012 15:35

    .
    Antes de mais, porque carga de água estarão as pensões de reforma dos privados, que descontaram toda a vida para sustentar a “mula do estado” e os seus funcionários, equiparadas aos ditos servidores públicos — pagos pelos privados — que passam o tempo a roçar-se pelas cadeiras, de braços cruzados e sempre à espera de se poder baldar ou a ir tomar mais uma bica. Há excepções, é evidente, mas irrisórias…
    Lida esta coisa toda chega-se à brilhante conclusão que pouquíssima gente sabe do que escrevinha e de que os servidores do Estado cerram fileiras em defesa do que, objectivamente, não tem.
    Para já, para já, curiosamente, também quase toda a gente foge da questão central e raros são os que lhe tocam: sendo verdade que é premente recorrer a meios extraodinários e expeditos torna-se necessário e também urgente rever em profundidade e reformular em consequência todo o sistema fiscal. Para além dos fucionários públicos em exagerado excesso e na sua maioria desnecessários e inúteis, esquece-se da cereja que está no topo de um bolo com muitas camadas — o capital e o mundo das finanças — onde residem fortunas e massas monetárias que nada produzem, a não ser os seus lautos rendimentos, e que estão intocáveis pelo fisco onde, está à vista, há muita promiscuidade e corrupção.
    Esta situação tem um tratamento fácil : basta ir à informação disponível e à que resultar de investigações cuidadas e aplicar contribuições fiscais progressivas e, como é evidente, proporcionais.
    Há ainda a questão salarial. São inúmeros os “beneficiários” de rendimentos avultadíssimos que somam aos seus ordenados reformas, pensões e outros provenientes de cargos diversos. Temos todos os funcionários desde o presidente da república e os que por lá passaram ainda vivos aos secretários e assistentes contando ainda com os ministros, presidentes de câmara, freguesias, institutos, bibliotecas, eu sei lá, uma data de gente com pelouros completamente inúteis cada um a ver se ganha mais do que o outro.
    Agora preciso de descansar…
    Querem fazer as continhas de quanto toda esta gente pesa no PIB?
    Ah! Não se esqueçam das fortunas e massas monetárias improdutivas que, sendo resultantes de “trabalho” e exploração, devem ficar sujeitas a uma fiscalidade própria e adequda.
    .

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  14. 9 Julho, 2012 15:50

    PMP,
    .
    A 5,5% de défice, você continua na escalada do endividamento e da factura dos juros. Ainda por cima você propõe aumentar os juros nos CA para 4%, mais do que a taxa média actualmente implícita na dívida. ao ritmo actual, daqui a 2 anos você estará a pagar 10 bi só em juros face aos 6,6 bi que pagou em 2011. Excedentes orçamentais, meu Caro, não tem volta a dar.

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  15. beirão permalink
    9 Julho, 2012 16:38

    Bem eu gostaria de saber aonde os Louçãs e os Jerónimos desta vida iriam buscar o pilim para os salários, as pensões e o resto se, como bolçam a toda a hora, o Memorando da troika fosse para lançar ao lixo e, como o Sócrates defende, os compromissos e a dívida pública não são para ser honrados?
    Não se pagando os juros aos nossos credores, quem julga o Louçã (que até é prof. de Economia) que emprestaria um chavo a um país que, além de estar no ‘lixo’ das agências de ratting, seria,ainda por cima, um refinado caloteiro?
    Será que estes tipos esquerdóides adeptos do laxismo e do rasgar dos compromissos assinados estão mesmo sãos da mona!?

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  16. PMP permalink
    9 Julho, 2012 16:54

    LR,
    .
    Querer colocar o deficit á força abaixo de 5,5% é inutil porque destroi a economia.
    .
    Se a divida for financiada internamente os juros são rendimentos que ficam cá dentro.
    .
    Só não vê quem não quer que o caminho actual é inviável.

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  17. 9 Julho, 2012 17:01

    PMP,
    .
    A economia está a ser destruída pelos défices contínuos e pela dívida crescente. E onde é que você tem poupança interna para financiar a dívida?

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  18. PMP permalink
    9 Julho, 2012 17:08

    LR,
    .
    A realidade é uma chatice , mas é o que é.
    Não adianta chorar continuamente pelos erros do passado, para isso fizeram-se eleições e mudou-se o governo.
    .
    O caminho actual é inviável, porque o deficit pouco baixa, o desemprego sobe, o ânimo é baixo, o investimento privado é baixo.
    .
    Um ano de governo e está tudo na mesma.

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  19. Rodrigo permalink
    9 Julho, 2012 17:26

    Tenho uma fortuna acumulada de várias dezenas de milhares de milhão de euros. Sinto que a nossa pátria necessita de nós, todos, incluindo os intocáveis, como eu, para se libertar do jugo externo e, para finalmente se cumprir. Peço aos iluminados comentadores que me indiquem quem são os nossos credores (da dívida pré-troika) e quanto lhe devemos (em valores nominais). Pretendo ajudar a saldar a nossa dívida, mas sem jogar neste modelo dividocrata (comprar em mercados secundários a dívida pública -que deve estar em saldo e tender para saldíssimo- e destruí-la). Espero que me elucidam para passar o cheque aos nossos abnegados credores. Claro que não me passará pela cabeça que não saibam a quem e quanto devemos, o que seria uma verdadeira tontice e um erro catastrófico.

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  20. Fincapé permalink
    9 Julho, 2012 17:27

    Este era o progresso de Portugal quando se encontrava em 17.º lugar no pagamento de impostos em 30 países!
    http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1567350
    E, na realidade, se Portugal ultrapassa a média da OCDE no pagamento dos impostos, isso deve-se ao seguinte, para “salvar” o país:
    “A OCDE refere que o crescimento da carga fiscal portuguesa no ano passado se deveu sobretudo ao congelamento e eliminação de benefícios fiscais e à sobretaxa extraordinária sobre o subsídio de Natal.”
    http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/impostos-ocde-carga-fiscal-dinheiro-crise/1343620-1730.html

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  21. 9 Julho, 2012 17:46

    O que os Louçãs e MSoares e jerónimos deste país queriam era que a TROIKA não emprestasse os SETENTA E OITO MIL MILHÕES DE €UROS
    exacto
    que NÃO emprestasse os 78 mil milhões
    para quê?
    ora, para haver falta de salários….falta de pensões…falta de medicamentos….falta de bens alimentares essenciais..
    e depois intoxicar o povão de que a culpa era do malfadado capitalismo
    para terem a secreta esperança de conseguir encher o terreiro do paço
    pq está visto que NÃO CONSEGUEM

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  22. Francisco Colaço permalink
    9 Julho, 2012 17:56

    PMP,
    .
    A uma proposta, um número.
    .
    E cá estaremos para ver se o número é verosímil.

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  23. 9 Julho, 2012 18:05

    PMP,
    .
    Oh homem, decida-se. Você por um lado propõe 5,5% de défice e agora queixa-se que o governo não consegue baixá-lo?…

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  24. Francisco Colaço permalink
    9 Julho, 2012 18:07

    CA,
    .
    Se suspender o pagamento às PPP, terá de o pagar depois com juros e multas. Portugal é um estado de direito, onde a lei prevalece. Infelizmente, os fautores dos contratos sabem-no, e blindaram-nos à moda socialista.
    .
    Se deixar de pagar em 2013 será obrigado a isso pelas instâncias comunitárias, e ainda por cima terá de pagar uma multa e juros nada agradáveis. A única saída realizável e sem consequências é que as próprias entidades gestoras das PPP (Paga o Papalvo Povo) abdiquem de parte dos seus rendimentos. Para isso há que as humilhar, até que aceitem por vergonha renegociar em prol do Estado. É claro que estas vão abdicar de um tostão e meio e fazer publicidade a dizer que são patriotas e que abdicaram de milhares de milhão. Mas é isto que os rosinhas choque (1996-2002 e 2006-2011) deste país fizeram: tornaram impossível a renegociação extemporânea sem que no fundo a iniciativa parta dos rendistas.
    .
    Não seja estouvado. Estamos a pagar no presente os erros do passado. Passos de lã e segredo fazem melhor nesta fase que berros e anúncios.

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  25. Francisco Colaço permalink
    9 Julho, 2012 18:09

    «Tenho uma fortuna acumulada de várias dezenas de milhares de milhão de euros.»
    .
    LR, o José Sócrates já comenta no Blasfémias. 😉

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  26. Francisco Colaço permalink
    9 Julho, 2012 18:11

    Rodrigo,
    .
    Os títulos da dívida são transaccionados livremente. O Rodrigo sabe quem os comprou e a que juro. Não sabe nada mais que isso.

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  27. Portela Menos 1 permalink
    9 Julho, 2012 18:22

    (…) Se suspender o pagamento às PPP, terá de o pagar depois com juros e multas. Portugal é um estado de direito, onde a lei prevalece.(…) FColaço dixit
    .
    Caro FC, isto nem parece seu! … por algum acaso um familiar seu terá sido sujeito a cortes salariais/subsídios? O sr acredita mesmo que “Portugal é um estado de direito, onde a lei prevalece” ?

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  28. Ricciardi permalink
    9 Julho, 2012 18:25

    Caro LR,
    .
    O defice publico é de 13 mil milhões.
    .
    Existem cerca de 5 milhões de pessoas a trabalhar. O salario médio é na ordem dos 800 euros por mês.
    .
    Para o reduzir a ZERO o defice deitando a mão aos salários, teria o estado de VILIPENDIAR cerca de 3,25 salarios aos trabalhadores portugueses. A todos.
    .
    Ficariam, portanto, os portugueses a viver com 11 salarios para viver DOZE meses.
    .
    Se v.exa. propõem que sejam os funcionarios publicos exclusivamente a pagar o defice, então como eles são cerca de 600 mil trabalhadores e auferem em média 1.200 euros, precisariamos de 18 meses de salários. DEZOITO. Quer dizer os funcionários publicos tinham de pagar SEIS meses para trabalhar.
    .
    Vc não está a ver o ridiculo da coisa?
    .
    Então eu pergunto, se a massa salarial do FP’s não chega para pagar o defice, nem de longe nem de perto, como é que o caro LR propõe pagar o DEFICE?
    .
    Rb

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  29. PMP permalink
    9 Julho, 2012 18:27

    Os contratos as PPP’s devem ser denunciados por aldrabice.
    .
    Daqui a 10 anos logo se verá quem paga ou então chega-se a um acordo de redução de 30% .
    .
    LR,
    .
    É óbvio que o governo não consegue baixar o deficit para menos de 5,5% porque “Income = Spending”.
    .
    Por isso é melhor assumir essa realidade da vida em vez de andar a teimar e inventar uma nova teoria macroeconomica Passista Coelhista !

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  30. 9 Julho, 2012 18:27

    Portela,
    .
    Será que você ainda não percebeu que ninguém aqui está contra a renegociação das PPP? O problema é que não chega e o melhor resultado possível não excluirá outras medidas que irão afectar a todos, directa ou indirectamente.

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  31. Portela Menos 1 permalink
    9 Julho, 2012 18:32

    LRPosted 9 Julho, 2012 at 17:42 (numa resposta a um comentário, em outro post)
    Mas você sabe o que está a dizer??? Você por acaso sabe que as PPP são financiadas em mais de 75% por bancos estrangeiros, com especial destaque para o BEI? Esse corte que você sugere significaria um default. Sabe os efeitos disso e da acumulação de dívida que você sugere em termos de taxa de juro? Poderia significar taxas de juro de 2 dígitos. Os 5% de défice que você acha conveniente implicariam, por si só, um acréscimo à factura de juros acima dos 800 milhões por ano, pressupondo uma taxa de “apenas” 10%. Só isto, mais que cobria a sua “poupança” nas PPP.
    .
    isto é o quê? estar a favor?

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  32. Ricciardi permalink
    9 Julho, 2012 18:32

    Não é POSSIVEL, mesmo sonhando, reduzir o Defice sem crescimento da economia privada. Vc não pode vir dizer que corta TODO o orçamento da saude e TODO o orçamento da educação de supeton. Não é viavel. Muito menos no prazo acordado. Mesmo não tendo exemplos de saude e educação TOTALMENTE privada em qualquer pais do mundo, os mais liberais tem gastos superiores ao DOBRO daqueles que Portugal incorre.
    .
    O que vc pode dizer é que para resolver o problema do defice deixa de prestar serviços de saude e educaçao ao povo. Ponto. E assume aS CONSEQUNECIAS?
    .
    Parece-me que não.
    .
    Vcs são pessoas inteligentes, mas dogmaticas, e deviam estar a pensar em formas de fazer crescer a riqueza do país.
    .
    Rb

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  33. 9 Julho, 2012 18:42

    Ricciardi,
    .
    O seu exercício é interessante, pois mostra à saciedade que o Estado tem de emagrecer, sob pena de você ter de tirar “ad eternum” os 3,25 meses a todos os cidadãos. Só prova que a correcção tem de se fazer por via da despesa ou ficaremos eternamente pobres. É a tal reforma do Estado de que fala acima o Rui e que ainda não foi feita. Trata-se no fundo de discutir as funções do Estado e elas têm de ser amplamente reduzidas para que a economia que temos consiga sustentá-lo. Quando você tiver um Estado que, em vez de 700.000 funcionários tenha metade ou menos e os excedentes se tiverem integrado na economia real, você passará a ter menos recebedores líquidos de impostos e mais pagadores. Esse ajustamento vai ter de ser feito inevitavelmente se quisermos continuar a ter País.

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  34. 9 Julho, 2012 18:48

    Portela,
    .
    Você gosta de tirar as coisas do contexto para fazer juízos de valor imediatistas. Porque não transcreveu toda a discussão com o PMP? Mas leia esta posta, se quer saber a minha posição.

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  35. Francisco Colaço permalink
    9 Julho, 2012 19:23

    Portela,
    .
    Deixe de tresler. Citando, cite tudo o que disse. Portela, a sua sanha dá-me a impressão de que o Portela é tão honesto como a aventesma de Paris, e confiável na metade.
    .
    Portugal é efectivamente um país de direito e integrado no sistema europeu de justiça. Uma negaça às PPP seria revertida por decisão ulterior e superior de instâncias europeias, e com juros e moras. Graças aos seus amigos esquerdinhas cor-de-rosa, teremos de pagar aos senhores das PPP a menos que os rendeiros abdiquem de parte dos seus direitos contratualizados. Havendo roubo, queixe-se no Largo do Rato.
    .
    Agora diga-me quem rouba mais: se funcionários públicos indolentes à espera da próxima bica e que nunca se integrariam no privado (apesar de todas as suas «superiores qualificações»!) mas recebem salário fixo ao dia 22, ou se um Estado que exige mais e mais dos contribuintes líquidos (como eu e a minha família) para manter os privilégios dos ditos funcionários e de uma legião de recebedores de «prestações sociais», que não são senão um estímulo para não se trabalhar.
    .
    Em economia e na esfera social, nem sempre o que parece é. Tire às pessoas os estímulos à indolência e elas serão mais ricas e mais felizes, mesmo se passarem mal durante o ajustamento. Gostaria que o Estado percebesse que o dinheiro de fora acabou e é tempo de mudar de vida. Miseravelmente, até agora o Estado está mais interessado em fazem com que eu e os outros encangalhados do sector privado paguem os desmandos e os assentos do «clube do dia 22».

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  36. Fincapé permalink
    9 Julho, 2012 19:24

    Espero que LR não pretenda dizer que os contribuintes pagam impostos ao Estado e o dinheiro se esfuma, não voltando à economia.
    É que a questão verdadeira é esta:
    1. Os cidadãos necessitam de serviços de saúde, educação, justiça, segurança, de vias de comunicação, etc. etc. etc.
    2. O Estado oferece esses serviços aos cidadãos a custos muito inferiores àqueles que os privados poderiam prestar. Logo, os cidadãos ganham com isso;
    3. Os cidadãos pagam ao Estado esses vastíssimos serviços que o Estado lhes proporciona;
    4. Depois o Estado pega nesse dinheiro e paga a quem executa esses serviços.
    5. O dinheiro continua em circulação, sempre na economia real.
    O que LR propõe é o seguinte (as alíneas não transcritas são idênticas ou iguais):

    2. Os PRIVADOS oferecem esses serviços aos cidadãos a custos muito superiores àqueles que os privados poderiam prestar. Logo, os cidadãos perdem imenso com isso;
    3. Os cidadãos pagam aos PRIVADOS esses vastíssimos serviços que o Estado NÃO lhes proporciona;
    4. Depois os PRIVADOS pegam nesse dinheiro e pagam a quem executa esses serviços;

    Então, quais as grandes diferenças? Elas aqui estão:
    1. Nenhum PRIVADO conseguiria oferecer a vastidão dos serviços que o ESTADO oferece pelo preço dos impostos, até pela escala envolvida;
    2. O pagamento (impostos) ao Estado garante que o dinheiro é devolvido maioritariamente à sociedade portuguesa, à economia real, não sendo colocado em offshores e bancos manhosos, nem em piscinas, casacos de peles e malas daquelas marcas francesas.
    3. O Estado, organização de todos os cidadãos, tem ou deverá ter órgãos e transparências que os privados poderão não ter;
    4. Os portugueses podem escolher em eleições quem zela pelos seus interesses a longo prazo, isto é, a prazos que muitas empresas não conseguem durar, permitindo maior justiça na redistribução.

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  37. Francisco Colaço permalink
    9 Julho, 2012 19:46

    Fincapé,
    .
    A sua análise mirífica esbarra nas compras aos amigos dos administradores dos hospitais públicos, a preços inacreditáveis, de suprimentos médicos e de aplicações informáticas e nos oligopólios das farmacêuticas. Há tanta transparência na adminsitração hospitalar como no vidro da vigia de uma caldeira a biomassa.
    .
    Caro Fincapé, o «Mundo do Devia Ser Assim» raramente tem contraparte no «Mundo Real». Quando os habitantes do Devia Ser Assim conquistam o poder no Real, o Real lixa-se sempre. Deveria ser assim? Talvez não, mas o Real é mesmo assim.

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  38. 9 Julho, 2012 19:47

    Fincapé, não me quer passar uma parte dos seus rendimentos? Garanto-lhe que o “ponho a circular” e que você ganhará com isso mais do que se o dinheiro ficasse no seu bolso…

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  39. Francisco Colaço permalink
    9 Julho, 2012 19:50

    Fincapé,
    .
    E já agora, nem sou pela extinção da parte pública do Serviço Nacional de Saúde nem veria com bons olhos a extinção dos hospitais públicos. No entanto, a visão do Bom Estado contra o Mau Privado, essa visão Devia Ser Assim, mas o Mundo Real desmente-a.
    .
    Há bons e maus em todo o lado. No Estado, ou quando o Estado está envolvido por manhas e galhos, o Mau é pago por todos os contribuintes líquidos à ponta d’arma.

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  40. 9 Julho, 2012 20:06

    francisco colaço, esta questão nao pode ser vista através de um só prisma.É claro que o mundo comunista em que nao existem privados é completamente inviável, mas dizer que a lei de mercado e os privados substituem cumprem na plenitude aquilo que o estado faz, parece-me igualmente dogmático
    Ora, em determinados sectores(um nao desdenhavel numero deles) os privados desempenham bem a sua função.É assim em portugal, é assim em todo o mundo
    Contudo, há áreas em que a lei do mercado de facto não é capaz de desempenhar o mesmo papel que o estado.Nomeadamente áreas que lidam com a saúde e a segurança dos cidadãos.Arrisco dizer que na segurança publica, defesa,saúde/segurança social, e nas universidades, o estado garante indubitavelmente a manutenção desses serviços do que os privados.Repare que não invalido a presença de privados nesses sectores, mas há que se pensar muito bem antes de se retirar o estado dessas funções, porque os privados aqui nao teem a mesma capacidade do estado.Dito isto, o estatuto juridico das coisas depende de quais foram as coisas.Chama-se a isto o centro.

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  41. Fincapé permalink
    9 Julho, 2012 20:25

    Meus caros,
    Eu sei que o Estado muitas vezes gere muito mal. Tal como muito privado. A ênfase estava na circulação do dinheiro e na forma como funciona a economia, principalmente em relação à ideia implícita de que o dinheiro cai no Estado e desaparece. E também nas garantias dos serviços.
    Eu sou, obviamente, a favor das empresas privadas, conheço muitos pequenos empresários e sei o esforço que fazem para manter as suas empresas.
    Já quanto ao “passar uma parte” dos meus rendimentos a LR para aumentar o pecúlio, não é que não confie, mas mesmo que fosse uma boa parte, deixá-lo-ia certamente dececionado. Não dava para fazer cantar um cego. E depois sou um conservador nessas coisas. Mas agradeço-lhe na mesma. 🙂

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  42. Francisco Colaço permalink
    9 Julho, 2012 20:30

    RR,
    .
    Nos Estados Unidos os melhores hospitais são privados. Em Portugal, não há hospitais dignos desse nome verdadeiramente privados. Essa diferença diz muito mais acerca de Portugal do que do teórico papel dos privados no serviço de saúde.
    .
    Nos Estados Unidos, das dez melhores universidades, a maioria é privada. Em Portugal é o que se sabe. Com a excepção da Católica (que nem é privada, pois deriva da concordata), a universidade privada vale o que vale. Na Inglaterra, as melhores escolas são privadas. Estranhamente, em Portugal também as melhores escolas secundárias são privadas (os cinco primeiros lugares das classificações, e oito nas melhores dez).
    .
    Qual é a diferença? Creio que está no carácter do privado em Portugal, matreiro e rendista, sem um verdadeiro espítito de missão, salvo boas excepções. E estas excepções acabam por sobressair se não forem entretanto esmagados por o mérito (dinheiro) ir todo para os rendistas amigos do orçamento do Estado.

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  43. PMP permalink
    9 Julho, 2012 20:30

    A única forma de negociar cortes valentes nas PPPs é denunciar os contratos por serem aldrabice.
    .
    Vai para tribunal e logo se vê o que da no recurso do recurso durante 10 anos.
    .
    Entretanto negocei-se numa posição de forca.
    .
    O Ministro da Saúde faz isso e resulta !!!!

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  44. Francisco Colaço permalink
    9 Julho, 2012 20:32

    «o dinheiro cai no Estado e desaparece»… algum para Gibraltar, outro para as Ilhas Caimão. Acaba por ser dispendido nos Boulevards de Paris e na Rodeo Drive de Los Angeles.

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  45. PMP permalink
    9 Julho, 2012 20:33

    Sobre o deficit , é hoje obvio que a realidade da macroeconomia e mais forte que o Neotontismo do Passos e Gaspar.
    .
    Sem crescimento economico a divida é impagável, e continua a crescer mais que o PIB !!!!
    .
    O Neotontismo auto-destroi-se

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  46. Francisco Colaço permalink
    9 Julho, 2012 20:35

    PMP,
    .
    Salvo se o tribunal de Contas tiver algum motivo jurídico para invalidar os contratos leoninos, este são de facto válidos, negociados e assinados livremente por representantes acreditados do Estado Português. Isso terá de ser decidido dentro do quadro legal vigente, feito como se sabe para caber nos interesses dos rendistas e das lapas do orçamento.

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  47. Francisco Colaço permalink
    9 Julho, 2012 20:40

    PMP,
    .
    Acredite que nova legislação laboral e a extinção da ASAE fariam mais pelo crescimento económico que mais dívida para construir a décima autoestrada entre menhures e lugar nenhum, ou a milésima ventoinha ou o novo programa de anéis do Lanterna Verde para todas as crianças do ensino básico.

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  48. PMP permalink
    9 Julho, 2012 20:49

    motivos para denunciar as PPPs existem vários , e os tribunais de ultima instancia ao fim de 10 anos decidirão .
    .
    O ministro da saúde explica ao Gaspar e ao Passos como se faz , e qualquer das três
    firmas principais de advogados conseguiria umas centenas de páginas de belíssima argumentação , pode estar certo disso .

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  49. PMP permalink
    9 Julho, 2012 20:53

    F. Colaço,
    A macroeconomia é tramada !
    Essa da legislação laboral para criar emprego já foi chão que deu uvas!
    As empresas estão a despedir !!!
    .
    Sem crescimento economico o deficit nao desce e a divida sobe mais que o PiB.
    .
    O Neotontismo tem os dias contados.
    .
    O Passos ou muda de política económica ou nao chega ao fim do mandato.

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  50. 9 Julho, 2012 21:03

    francisco, são melhores mas pagam-se: que não tem dinheiro parapagá-los fode-se e não tem direito a eles.A sociedade dos EUA é uma sociedade elitista.De qualquer maneira, penso que o modelo que portugal deve seguir é o da alemanha, suécia e holanda onde os sectores coabitam.É preciso uma gestão rigorosa dos dinheiros publicos, mas dai a dizerem que os privados substituem o publico nessas materias isso nao e verdade.O sector publico apesar de tudo tem mais capacidade para lidar com situacoes delicadas do que os privados.Além disso garante-se o mesmo direito a toda a sociedade.

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  51. 9 Julho, 2012 21:19

    Francisco Colaço

    A desculpa das reforma laboral faz-me lembrar o 25 de Abril quando apareceram escritores a queixarem-se de que a censura lhes tinha cortado a criatividade, nalguns casos, e que tinham montes de livros não publicados nas gavetas. Esperava-se um vendaval de criatividade e resmas de livros a saírem das gavetas e afinal foram poucos os criativos e os livros.

    Andámos anos a falar da reforma laboral e agora que ela aí está, já se fala que só no “médio prazo” (já li algures por aí “longo prazo”) é que faz efeito e já se pede outra, mais outra e outra ainda e essas que ainda não vieram e estão para vir é que são as verdadeiras reformas laborais que vão mudar este país. Quando essas desejadas e futuras reformas chegarem, mais uma vez se dirá que só no “médio prazo” é que funciona e novamente se acha pouco o que se reformou. Infelizmente, não se percebe que há coisas mais importantes para mudar: o mercado de arrendamento para facilitar a mobilidade geográfica, o sistema de ensino para que tenhamos jovens sem medo da matemática e que deixem de ir para ciências sociais escolhendo cursos de engenharia, o sistema de impostos, etc, stc. Tanto para mudar e só se fala na reforma laboral.

    O problema do mercado de trabalho é que não é alavanca para nada. Os nossos empresários até podem ter escravos a trabalhar 72 horas por semana mas se ninguém lhes comprar os produtos que fabricam têm prejuízo, se não tiverem inteligência nem imaginação para ganhar mercado, não há reformas estruturais que lhes valham.

    Devem as leis laborais ser imutáveis? Não, não devem. Mudem-se com bom senso e procurando que a maioria as aceite e as considere justas. Usá-las como desculpa para o que não se consegue mudar é que não me parece bem.

    Cumprimentos,

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  52. Portela Menos 1 permalink
    9 Julho, 2012 22:58

    Francisco Colaço, Posted 9 Julho, 2012 at 19:23 “Se suspender o pagamento às PPP, terá de o pagar depois com juros e multas. Portugal é um estado de direito, onde a lei prevalece. Infelizmente, os fautores dos contratos sabem-no, e blindaram-nos à moda socialista”
    .
    está bem citado? ou ainda falta alguma coisa para FC deixar de entrar a pés juntos cada vez que se questionam os vossos desejos de ESTADO PRIVADO?
    Volto a perguntar – e sem insultos, ao contrário de FC : Portugal, ao cortar salários/pensões/subsídios é um Estado de direito? Não existem contratos que foram violados unilateralmente? Aqui já não se aplica o que defende face aos contratos leoninos das PPP?

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  53. J.Pinto permalink
    9 Julho, 2012 23:03

    Muito bom artigo.

    Como é que calculou a taxa média anual?

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  54. Francisco Colaço permalink
    10 Julho, 2012 08:43

    Parente,
    .
    Maquilhagem nas leis laborais simplesmente não fazem nada. E até agora maquilharam-se as pústulas, não se as extirparam.
    .
    Estou de acordo com o que disse sobre as leis a ser modificadas (e que nunca foram). A lei do arrendamento, as leis fiscais, as leis da falência, as leis do investimento, as leis sobre a propriedade, sei lá quantas mais se podem enumerar. Começando pela obsoleta constituição (esta não é decerto um documento inspirado, se não pelas ideologias que mantiveram milhões no cativeiro e na miséria).
    .
    Necessitamos de uma constituição neutra, que qualquer pessoa possa ler e compreender, e que atire para a lei a maior parte do lixo legislativo. Não pode ter referências nem à reforma agrária nem a direitos que são completamente irrealizáveis por serem indefinidos (o que é uma «habitação condigna»)? Deve encartar os direitos básicos (vida, propriedade, deslocação, associação, reunião, pluralidade política, e outros semelhantes) e os deveres básicos (conduta, colaboração com a autoridade), e deve também elencar quando os direitos podem ser suspensos ou negados (correcção penal ou estado de sítio, por exemplo). E o resto deve ser regulado pela lei.
    .
    Dou-lhe o exemplo das sucatas. Vá a Espanha, aqui ao lado, e veja como as sucatas são primitivas em relação às sucatas portuguesas, lixadas pela diarreia legislativa. Resultado? Se quer aço de sucata irá a Espanha pois as sucatas portuguesas são careiras (pudera!, tiveram de fazer obras de várias centenas de milhar de euros para continuar a funcionar).
    .
    É mesmo por isso que começo a ser de uma forma muito perversa um federalista. Uma constituição europeia minimalista e um código penal europeu, de âmbito europeu começam a ser de sobremaneira úteis, pois terão a vantagem óbvia de anular os vendidos ou covardes ou patetas (escolha uma de três) legisladores portugueses.

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  55. Francisco Colaço permalink
    10 Julho, 2012 08:58

    Parente,
    .
    Já agora, permita-me observar que o Parente tem o óculo da Esquerda, achando que mudando o Estado muda o indivíduo por imposição superior ou por osmose. Creia-me que, observado o Mundo e o seu funcionmento, verá que isso está errado e nunca funcionou. Em vez disso, mude o indivíduo por vontade do próprio indivíduo e mudará o Estado.
    .
    Não é «agindo sobre o sistema de ensino» que despertará toda uma geração para as matemáticas. Se calhar a série «Morandos com Açucar» lixa mais a geração que tivemos que todas as reformas experimentais dos ministérios da educação. Ao contrário, se calhar a série «The Big Bang Theory», um sitcom onde os heróis são físicos, fará com que mais jovens percam os obstos às matemáticas que todas as bem-intencionadas reformas do Ministério da Educação.
    .
    Em 1998 havia uma série chamada Superbebés na RTP (creio que era na RTP), que mostrava os bebés das famosas. Veja a série dos nascimentos em 1998, como se destaca. Agora, veja o que aconteceu quando a série foi cancelada.
    .
    Mude o indivíduo. Dê-lhe escolhas. Faça-o optar. O comunismo e o socialismo têm o tique de achar que o indivíduo é tolo, e que deve ser guiado e espartilhado, para que, coitadinho, não possa escolher contra os seus próprios interesses. Sendo, é claro, a definição de interesses muito conveniente ao corpo ideológico. Estranhamente verá que, em sendo livres, as pessoas serão muito mais produtivas e muito mais inteligentes. E a justiça lá estará para tratar dos que usam mal a sua liberdade.
    .
    Siz-se: Se gosta de alguém, deixe-o livre. Se ela gostar de si, voltará. O socialismo não gosta das pessoas, infere-se.

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  56. 10 Julho, 2012 10:04

    Francisco Colaço

    Parece-me que não entendeu o meu comentário. Eu não acredito em mudanças sociais nem legislativas que queiram criar o “homem novo”. Foi assim com o comunismo soviético e é assim com alguma direita. As suas últimas frases indiciam isso mesmo: quer mudar o indíviduo; dar-lhe escolhas; fazê-lo optar. O problema é se o “indíviduo” que é objecto do seu carinho pode não querer mudar, aceitar as escolhas que lhe dá e optar. Por motivos muitos simples: considera que a mudança é para pior, as escolhas são más e as opções vão contra os interesses do dito indíviduo. Ao obrigá-lo a mudar, a escolher e a optar está a dminuir-lhe a liberdade. Parece um paradoxo mas é mesmo assim.

    Fico com urticária quando leio “reformas estruturais”. Por isso o meu comentário ao seu comentário. Quanto ao ensino de matemática, discordo, mas já me afastei demasiado do tema do post e fico por aqui.

    Um esclarecimento: não sou de direita nem de esquerda, sou centrista. Não se confunda centrista com CDS (partido em quem votei nas últimas eleições, hoje não sei se o faria novamente) nem com o bloco central. Sou um conservador/liberal/democrata-cristão em doses moderadas.

    Já qeu citou, eu também cito – Ben-Sira, Antigo Testamento:

    O bom e o mau conselheiro
    Todo o conselheiro se vangloria no seu conselho,
    e certos conselheiros só visam o seu interesse.
    Diante de um conselheiro, põe-te alerta;
    vê primeiro quais são os seus interesses
    porque ele pode aconselhar em seu próprio interesse;
    não aconteça que ele lance contra ti a sua sorte
    e te diga: «Estás no bom caminho»,
    enquanto se põe do outro lado,
    para ver o que te acontecerá.

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  57. Francisco Colaço permalink
    10 Julho, 2012 10:46

    Caro Parente,
    .
    «O problema é se o “indíviduo” que é objecto do seu carinho pode não querer mudar, aceitar as escolhas que lhe dá e optar.»
    .
    Parente, devemos ser livres de escolher e de arcar com as consequências das nossas escolhas. O indivíduo até pode delegar a sua escolha a outros (é o que acontece quando, por exemplo, alguém escolhe livremente não votar). Tem de arcar com as consequências da sua escolha.
    .
    Portugal escolheu livremente colocar o José Sócrates no poder. Eu jamais votei PS (quelle surprise!) e certamente nunca o faria. Porém essa foi a escolha dos portugueses, considerada colectivamente. Agora estamos a pagar as consequências das nossas escolhas, dos desmandos daqueles que livremente escolhemos para nos representarem e gerirem a coisa pública.
    .
    A mudança a que alude é para pior, mas é a possível. Ou talvez a menos pior (passe erro semântico)
    de todas as escolhas tétricas que se nos apresentam possível. Ideal seria todos mantermos o nosso nível de vida, aumentar até os funcionários públicos daquilo que se lhes «roubou», aumentar as pensões mínimas e assegurar serviços gratuitos para todos. o Ideal muitas vezes esbarra com o Real. Para mantermos os funcionários públicos esbarraremos no estrangulamento da própria economia que os sustenta. A situação de manutenção desses benefícios (justos ou injustos, é de somenos importância aqui) é simplesmente impossível.
    .
    E voltando à Bíblia, Cristo contou que ninguém começa a construir uma torre sem antes calcular o que vai gastar. (Lc. 14:28) Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?

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  58. 10 Julho, 2012 11:02

    colaço, pode ser a pior ou a impossivel, mas fabricar o homem novo e obrigá-lo a aceitar o que ele nao quer sem a sua iniciativa não deixa de ser um atentado á sua liberdade.

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  59. 10 Julho, 2012 11:20

    Caro Francisco Colaço
    Há umas dezenas de anos que ouço falar em reformas estruturais. Houve várias maiorias absolutas e ninguém ousou pô-las em prática. Só o estamos a fazer porque os nossos credores assim o exigem. Isso é bom? Para mim, é mau. Perdemos a oportunidade única de seremos independentes e de fazermos as nossas próprias escolhas.
    Muitas propostas do memorando ou são importação de modelos externos ou alguém “soprou” aos ouvidos da troika as mudanças que gostaria de ver implementadas. Aceito tudo isto, sou de opinião que devemos cumprir integralmente os compromissos do memorando. Mas sou contra irmos mais além, “custe o que custar”. E sou contra a repetição até à exaustão do tema “reformas extruturais”, “só dão resultado no longo prazo” e expressões deste tipo.

    O discurso das “reformas estruturais” impede-nos de ver os principais escolhos para o nosso desenvolvimento. Só depois de as fazermos e completarmos é que estamos em condições de perceber o que nos impede de termos uma economia competitiva. Se continuamos a insistir em mais e mais “reformas estruturais” continuamos a iludir-nos a nós mesmos. Ninguém parece preocupado em perceber porque é que países da nossa dimensão – Bélgica, Holanda, Luxemburgo e alguns da europa de leste – são casos de sucesso e nós não. Não é só uma questão de “reformas estruturais”.

    Em relação a José Sócrates, votei nele em 2005. Não tenho vergonha de o afirmar. O meu voto muda em função dos líderes partidários e dos programas. Não tornei a votar PS em 2009 nem em 2011. Posso fazê-lo novamente no futuro, mas não em António José Seguro. Tal como poderei votar CDS ou PSD. No momento próprio, face aos líderes e suas propostas logo se verá.

    No que respeita às mudanças, são necessárias e não têm de ser necessariamente para pior. Um dos grandes erros é associar mudanças a dor e sofrimento. Não tem de ser assim mas parece que existe um certo sadismo (não da parte do Francisco Colaço) em apresentar medidas políticas como um castigo e como inevitáveis. É um erro. No futuro vai perceber-se porquê.

    Quanto à citação da Bíblia, é óbvio que estou de acordo. Sou cristão católico.

    Cumprimentos, por hoje terminei a participação no Blasfémias.

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  60. Francisco Colaço permalink
    10 Julho, 2012 11:48

    RR,
    .
    Somos livres de escolher. Mas cada vez que escolhemos estupidamente limitamos a liberdade de escolhas ulteriores. Dou por exemplo esta: se escolher livremente obter um empréstimo da Cetelem a taxas que sabemos para ir de férias a Cancun terá de o pagar depois. As férias já são uma memória distante quando acaba de pagar o dito empréstimo. Mas entretanto o seu rendimento está contraído das prestações do empréstimo (amortizações e juros) e por isso mesmo as suas opções de consumo nos tempos de vigência das prestações estão limitadas.
    .
    Se escolhesse não ir a crédito e esperar até ganhar o dinheiro necessário através de poupança ou então ir de férias à terra dos pais ou ficar em casa, o seu nível de consumo estará incólome, e certamente acrescido da dita prestação da dívida, quando comparado com uma escolha estúpida.
    .
    Neste momento, fruto de escolhas estúpidas, desbaratámos o dinheiro na Rodeo Auto Drives e nas Boulevard Autopistes e nos aumentos pretéritos de funcionários públicos, e somos chamados ao pagamento. Felizmente, a União Europeia, o FMI e o Banco Mundial resolveram adiantar-nos algum (ao Estado, veja-se, não ao país), com o fito de irmos resolvendo os nossos problemas, mas ao que parece os adolescentes da família estão muito reticentes a sair de casa, onde têm papas e mesada assegurada; e nem querem ouvir falar de corte da mesada.
    .
    É imporssível dar tanto a tantos. Pode dar tanto a menos, pode dar menos a tantos. Não pode continuar como está porque a Cetelem já não empresta à família.

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  61. 10 Julho, 2012 17:22

    francisco, nem tudo é austeridade.É necessária, mas se exagerarmos nas medidas, a coisa dá para o torto.Repare: nao rejeito reformas e austeridade.Mas evitemos o radicalismo.Mudar as coisas não é agir como animais selvagens e trogloditas como aqui no blasfemias alguns propoem
    Quanto a adolescentes estou de acordo francisco.Os bancos, as construtoras e concessionarias de ppp, as empresas de energia renovavel esses é que nao querem sair do ninho.São os verdadeiros coveiros de portugal, não os trabalhadores.E sinceramente, estou farto do racisco anti-trabalhadores, anti-classe media e desse elitismo que certas pessoas aqui exalam.
    Dito isto, repito o seguinte: o comunismo é mau, mas o anarquismo de algumas pessoas daqui ainda é pior.Vale a pena ser um democrata cristão com sensibilidade social como sou, e orgulho-me cada vez mais disso.Este é o modelo que os paises ricos na europa adoptaram.Economia social de mercado.Porque o modelo nao pode ser só estado ou só mercado.Viva o centrismo

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  62. Francisco Colaço permalink
    10 Julho, 2012 18:35

    rr,
    .
    Num sentido mais lato, os adolescentes da pretérita analogia são tanto as PPP e a banca como uma parte assinalável dos funcionários públicos. Acredite-me, não há tanto para tantos. Ou são menos ou irão ganhar menos.
    .
    Apenas temo, como já disse que, quando (já não é se) os despedimentos ocorrerem, os mais competentes sejam os despedidos, segundo a eterna fórmula: aquele que faz o menos possível tem tempo para maquinar e lixar o colega.

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  63. 10 Julho, 2012 19:58

    francisco: e porque é que teem sempre de ser os trabalhadores a ceder? o patronato também tem que saber.Eu sei que muitos pretendem fazer voltar o mundo ao seculo XIX ou a idade media, porque direitos sociais é uma coisa chata para alguns sectores da sociedade, convenha-se dizer isto.Os patrões também teem que saber inovar, saber ter em conta a nova sociedade que estamos, saber gerir, saber recrutar , ter consciencia social.Adoptar o modelo economico do bangladesh e da tailandia nao me pareem .E parece-me exagerada a culpa dos funcionarios publicos

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  64. Francisco Colaço permalink
    10 Julho, 2012 20:34

    RR,
    .
    Nesta discussão, não falo em culpa dos funcionários públicos. Falo em impacte.
    .
    O calhau que supostamente extinguiu os dinossauros há 64,5 milhões de ano não teve culpa de ter atingido a Terra. Falta-lhe personalidade para ser culpado do que quer que seja. Mas fez um impacte do caraças. E extinguiu os dinossáurios.

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  65. Fincapé permalink
    10 Julho, 2012 20:41

    “E extinguiu os dinossáurios.”
    Não extinguiu todos. Alguns ainda andam por aí.

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  66. 11 Julho, 2012 00:34

    francisco, não adianta arranjar sinonimos.As pessoas extremistas teem sempre um boneco em quem bater, um bode expiatorio.Os comunistas teem os patrões e ricos, os racistas, os negros,muçulmanos e ciganos, e por fim, alguns radicais liberais, adoram malhar nos funcionários publicos e desempregados, que é como quem diz nos fracos da nossa sociedade, que são sempre os “piegas” os “chulos “porcos”,enquanto que os rendeiros da edp, negreiros e relvas desta vida safam-se.Caramba, só sabem ver as coisas a preto e branco.Onde é que tá a moderação e o bom senso?

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  67. Portela Menos 1 permalink
    11 Julho, 2012 00:47

    para memória futura, acerca de culpas vs impactes … Francisco Colaço, Posted 9 Julho, 2012 at 19:23

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  68. Francisco Colaço permalink
    11 Julho, 2012 07:59

    RR,
    .
    A moderação e o bom senso deveriam ter sido primeiramente aplicados por quem inflou a função pública até ao ponto em que esta se tornou uma canga incomensurável para o país: outros funcionários públicos.
    .
    E se os funcionários públicos fossem os fracos da sociedade teriam ordenados menores (não têm), menos férias (não têm), idade de reforma inferior (não têm tido), piores serviços de saúde (ADSE?) e trabalhariam mais que quarenta horas por semana (raros trabalham). É claro que o RR, como funcionário público e português, toma sempre o pensar que a galinha da vozinha é sempre muito melhor que a sua. Mesmo que não haja galinha do outro lado ou ela seja esquelética, caquética e de carne dura como sola.

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  69. Francisco Colaço permalink
    11 Julho, 2012 08:19

    RR,
    .
    Para que saiba:
    .
    PPP … 2400 milhões de euros anuais (máximo em 2012 ou 2013, não me lembro).
    Funcionarite … 21 mil milhões de euros anuais.
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    15% a menos de funcionarite pagava a totalidade das PPP e sobrava. E não é líquido que, blindados como estão os contratos, possa cortar muito nas PPP, infelizmente e por muito que o desejasse.
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    Tem 11.000 milhões de euros para anular. Pode cortar algo nas pensões, mas não consegue cortar muito (as ditas pensões milionárias são poucas e não contam tanto assim. Pode cortar no máximo setenta milhões de euros anuais se puser un tecto de três mil e quinhentos euros nas pensões. Pode cortar algo nas PPP, mas, como vê, mesmo que cortasse 50% (sonhar não custa) não chegaria a anular muito no défice.
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    Ora, tem uma grande classe de indolentes no Estado, à espera da próxima bica. Não são todos os funcionários os tais preguiçosos, mas pode à vontade despedir 30% dos funcionários públicos sem que o Estado imploda (e acho que os serviços estatais acabariam por melhorar com menos manigantes a atravancar-se entre si). Estes 30% não acabariam com o défice de per si, mas ajudariam muito, já que representam metade dele.
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    Por outro lado, se os funcionários públicos são tão bem formados e se auto-intitulam o escol da nação, bem poderiam deixar de ser parte do problema e se tornar parte da solução, indo para o sector privado. (Ah, não querem!? Imagine-se porquê.)

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  70. 12 Julho, 2012 00:34

    há que haver reforma sim nessa matérias: Mas acho que voce está a ser demagógico qanto a esse assunto dos funcionarios.Hitler está para os judeus e ciganos, como os comunistas estão para os patroes, e voce está para os fucnionarios publicos.
    Já agora, mesmo que pudessem ser despedidos, o estado tinha nesse caso que pagar as indemnizações.Há dinheiro para isso? Não

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  71. 12 Julho, 2012 00:35

    ah e mais uma coisa: eu nao me referia aos funcionarios publicos só.Quando disse os fracos da sociedade, disse os trablhadores das empresas e desempregados.

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