Parar de escavar
Alguns movimentos de independência na Europa
- Albânia
- Épiro do Norte
- Bélgica
- Flandres
- Valónia
- República Checa
- Morávia
- Dinamarca
- Ilhas Faroé
- Bornholm
- Finlândia
- Åland
- Sápmi
- França
- País Basco
- Bretanha
- Córsega
- Nice
- Saboia
- Occitânia
- Alsácia
- Normandia
- Alemanha
- Baviera
- Itália
- Tirol do sul ou integração na Áustria
- Veneto
- Sardenha
- Holanda
- Frísia
- Polónia
- Alta Silésia
- Portugal
- Açores (ver PDA)
- Hungria
- Székelyföld
- Espanha
- Canárias
- Andaluzia
- Aragão
- Astúrias
- Ilhas Baleares
- País Basco
- Cantábria
- Catalunha
- Castela e País Leonês
- Galiza
- Reino Unido
- Escócia
- Cornualha
- Inglaterra
- Mércia
- Wessex
- Yorkshire
- Ulster
- Orkney e Shetland
- Hébridas Exteriores
- País de Gales
- Ilhas do Canal
- Jersey
- Isle of Man
- Gibraltar
O que leva pessoas encantadas com ideias chanfradas como mutualização da dívida a não perceberem a ironia de um post como este, que avança uma ideia mirabolante de fusão de parte da Galiza com Portugal? Nas últimas semanas não faltaram referências à independência da Escócia ou ainda, em pequena escala, notícias sobre o referendo pela independência de Veneto. Houve um referendo na Crimeia pela integração na Rússia; as fronteiras, como as conhecemos, são sempre passíveis de mudar. Aliás, a estabilidade fronteiriça é a excepção e não a norma histórica na Europa, por muito que custe a compreender em países de fronteiras estáveis como Portugal.
Não faltam ideias de independência em várias regiões. Só a Espanha tem vários movimentos, incluindo os que dão o tom de alguma credibilidade à sátira do post. O Acción Galega agrega 5 partidos nacionalistas e o BNG – Bloque Nacionalista Galego, apesar da queda de votos nas últimas eleições municipais, conseguiu obter 16,52% dos votos.
O que une a maioria dos movimentos independentistas é, exactamente, a antítese da ideia mutualista de dívida pública: através da independência procuram a liberdade económica perdida no centralismo das respectivas capitais.
Que os movimentos de independência europeus têm diferentes lastros e dimensões que vão da insignificância à realização efectiva de referendos e organização em partidos com expressão não marginal, isso é dado adquirido; que representam a ideia de canalizarem os seus impostos para causa própria, também o é. Que as propostas dos jarretas e de Seguro funcionam como catalisadores de reacção anti-centralista, só não vê quem apenas frequenta pastelarias lisboetas.

Boa Vítor!
Seja pela independência ou por uma maior autonomia a realidade europeia está em transformação e sabemos que este processo irá beneficiar o mercado livre em detrimento do centralismo.
https://www.facebook.com/portocidadeestado
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Parece que já se esqueceram da génese da União Europeia.
O mundo assitiu a duas guerras mundiais devastadoras, a última terminou há quase 70 anos.
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Foram todas graças a manifestos palermas ou equivalente.
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Convém estudar um bocadinho de História para não fazer figuras tristes.
Talvez nesse capítulo “os jarretas” o possam ajudar.
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Ou ler o que está escrito. Para não se fazer figuras tristes a comentar o que não está.
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Vítor Cunha, uma “picuinhice”: Székelyföld é na Hungria e não na Roménia. O seu argumento toca num ponto essencial (já pareço aqueles analistas de ar sério nos (n)infocanais de tv): a profusão de movimentos independentistas na Europa parecem indiciar que as populações já não se revêem no Estado central, já estão insatisfeitas debaixo do “guarda-chuva”, e pretender que as dívidas nacionais ou – mais aberrante – as despesas resultantes do “excesso” da taxa de desemprego sejam mutualizadas é distorcer/”esticar” o conceito de subsidiariedade aplicado pela União Europeia.
Há uma curta-metragem, “O duche europeu” ou “O banho europeu”, que retrata a situação atual muito bem: enquanto havia água à farta todos se davam bem e se revezavam até; quando ela escasseia todos se empurram para beneficiarem do que ainda vai pingando. Tentar que outros continuem a pagar os nossos erros é enfiar a cabeça na areia.
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Obrigado, vou corrigir.
Esse é aquele do Peter Greenaway? Acho que está online.
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The European Showerbath (2004)
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Sim, é esse mesmo, obrigado.
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O Peter Greenway a fazer documentários por causa dos direitos palestinianos?
Não faço a menor ideia do que poderá ter saído dali.
Ele é todo história da arte. Mas, é estranho que nunca consegui gostar muito daquilo.
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Esta curta é gira. As pessoas estão nuas excepto pela tinta das bandeiras de cada país; durante o banho, à medida que vão ficando mais iguais sem a tinta para distinguir, vão-se afastando para obterem mais espaço.
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Ah é? vou espreitar isso.
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Viva o MIA – Movimento pela Independência do Algarve
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Neste momento pertenço a um movimento que pretende a independência total de Paranhos (linda cidade perto do Porto).
Já somos milhares, e quando pagarmos a dívida em 2035 à “Cervejaria Mundial” seremos milhões.
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Vocês aí têm boa natalidade. Não os deixem sair aí da nação.
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Não fique chateado por eu ler nas entrelinhas.
As pretensões autonomistas e independentistas de muitas regiões da europa têm muito pouco a ver com considerações economicistas como nos quer fazer crer.
Se por absurdo todas aquelas regiões atingissem a independência pode ter a certeza que a Europa, tal como a conhecemos terminaria e jamais viveriamos nesta paz relativa.
Outros problemas se seguiriam como é fácil de prever.
Toda a gente detesta os malefícios do centralismo mas nunca abdica dos seus benefícios.
Se quiser pergunte ao Alberto João que ele explica-lhe como é.
Agora a dívida pública de Portugal e outras países e a sua hipotética mutualização, isso é outro assunto que, ao contrário do Vitor, eu acho que pode ser discutido abertamente por toda a gente, mesmo pelos “jarretas”.
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Quem impediu os jarretas de discutirem o que lhes apetecer? Quero insultar esses indivíduos.
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Se isso o faz feliz, força…
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O que me faz feliz é gente que depois de insinuar coisas é capaz de as manter.
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Um amigo meu gosta de pescar sempre no mesmo local do rio que passa perto e senta-se sempre na mesma rocha. Está a formar um movimento de independência dessa rocha. Diz ele, ali nunca mais ninguém se senta! Alega interesses económicos por causa dos barbos. Egoísta!
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