Faz sentido adiar a venda do Novo Banco?
Tenho lido várias pessoas que defendem que o Novo Banco deve ser mantido até haver condições para o vender mais caro. A ideia desta estratégia é, se bem entendi, valorizar o banco para depois o vender. Gostava que quem defende esta estratégia explicasse um pouco melhor o que tem em mente e respondesse às questões seguintes:
1. O valor actual de um bem, quando colocado à venda, já incorpora o potencial de valorização. Portanto, qual é exactamente o ganho se a valorização for feita antes da venda? Será que o actual gestor tem especiais e únicas condições para o valorizar, ao contrário do potencial comprador?
2. Qual é o plano de contingência se o Novo Banco não valorizar? Imagine-se que dento de 2 anos o valor do banco desceu. A ideia é prolongar ainda mais o tempo em que o Novo Banco permanece no limbo à espera que valorize? Se o raciocínio é válido agora, se se acredita que é melhor esperar para valorizar o banco, daqui a 2, 4 ou 6 anos continua válido. No limite, o banco ficaria sempre à espera de valorizar.
3. Qual é o plano caso se verifique dentro de 6 meses que o banco necessita de um aumento de capital? Quem entra com o dinheiro? O Estado? E se dentro de uns anos precisar de outro e de outro? Quem se responsabiliza?
4. Como lidam com os riscos políticos? Imagine-se que o próximo governo resolve fazer do Novo Banco um novo banco público, para estimular a economia, dirão. Ou que um próximo governo decide privatizar o Novo Banco para criar centros de decisão nacionais, como aliás se fez com o BES original. E que para isso usa a CGD para apoiar um capitalista sem dinheiro. Quem paga a conta e assume o risco?
BLASFÉMIAS 
No fundo,no fundo,se bem entendi,o que está a dizer é que,ainda que aguenta,aguenta,ainda que nos custe e não queiramos acreditar,temos que suportar,sempre os mesmos,mais uns cortes nas pensões e vencimentos? Lindo!Este lindo não é consigo. É com o argumento.
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Há muita gente que diz que o Fundo de Resolução, ou seja, os bancos portugueses, não escapam a um prejuízo de pelo menos mil milhões. E nesse prejuízo estará incluída a parte da CGD, ou seja, de todos nós, porque o respectivo provisionamento vai fatalmente sair do OGE. Por isso achei sempre prematuro as juras do governo de que não haveria neste processo encargos para os contribuintes.
Fazer sentido vender o banco mais cedo ou mais tarde, é uma questão aleatória; depende de tantos factores que o melhor é convidarem o professor Bambo para assessor da administração. Mas se fosse eu a decidir, antes do fim do ano punha o Novo Banco “com dono”, como se costuma dizer.
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Penso que já devia ter sido vendido. Se não for vendido até ao Natal ,vamos ter prenda no sapatinho , o governo vai ter de reforçar os capitais. E se não for vendido, vai ser um BPN vezes 5,é só fazer as contas ,citando o proto candidato à PR.
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Pois opiniões avulsas há para todos os gostos, especialmente se não perdemos nada.
Vender agora em franjas serve para uns fundos despedaçarem o negocio e vender os retalhos, colocando no fundo de desemprego 6000 pessoas diretas, mais alguns milhares de colaterais.
Tem de facto uma vantagem, de percebermos o significado de efeito sistémico. Acho mesmo que quando saírem as contas publicas do 3º trimestre a Sra. das Finanças e o governador do BdP vão ter mesmo caminho que o Ricardo Salgado, ou então não têm um pingo de vergonha.
Para as perguntas do Miranda tenho a resposta possível. Duvido muito que um comprador encontrado à pressa vá valorizar mais que os atuais, principalmente o corpo técnico que fazia os negócios há décadas.
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Há situações em que temos de fazer autocensura
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quem tem de fazer autocensura é o PM passos quando fala.é tão vergonhoso um PM falar em salsichas(como quem enche chouriços) como esquecer-se de 150.000 euros.mas nesta altura já os fanaticos laranjas anda a tentar desviar as atenções,ou seja sai mais uma manchete do pasquim CM com a cara do josé de paris
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João Lopes : deixemos a justiça funcionar e o 1º Ministro pode perfeitamente sair que os partidos da maioria têm gente em condições para assumir o cargo até novas eleições. Nada de dramas. O inimputável de Paris não me interessa nada e ao país também não .
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Não li todo o seu post por falta de tempo mas não posso deixar de dar a minha opinião sobre o tema genéricamente.
O que me faz mesmo confusão, mais do que o timing da venda é o regulador a tomar todas estas decisões, principalmente a de venda que, por todos os disparates que este fez, parece agora inevitável.
O regulador vai deixar o banco ser vendido a um concorrente e assim diminuir drasticamente a concorrência? Não é isto o oposto do papel expectável do regulador?
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Nimguem sabe. Toda a gente fala mas nem sabem do que falam. Ainda ninguem fez um balanco claro, preciso e conciso da situacao deste sarrabulho todo. Podem-se adiantar hipoteses mas, sem dados concretos, seguros e fiaveis, nada se pode garantir. Estas situacoes sao muito fluidas com muitos caracteres que nao merecem a minima confianca (chico-espertos, corruptos, vigaristas, oportunistas, aldraboes e ate cabroes). Podem usar titulos de Doutor mas…coitados, nao passam de carteiristas.
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