Estádio-Nação

Telmo AFernandes,
oportuno post.

Ora bem, este desgoverno:
1) Não tem Secretário de Estado do Desporto. Refém de poderes coloridos extra-secretaria de estado, auto-relegou-se para o “deixa andar” com uns telefonemas para saber como opinar, dirigir, actuar. Por conselho doutrem preferiu ausentar-se, só assina o ponto. Há meses numa cerimónia escutei o ainda titular da pasta e nem quis acreditar na ligeireza e palavreado primário como se desenrascou.
2) O ministro “da tutela”, porque controlado, inócuo e temeroso de colocar sal na ferida futeboleira, nunca teve nem terá estratégia alguma para o futebol, só anteontem acordou para o que tem acontecido fora das quatro linhas, porque um dos corruptores pediu a intervenção do governo…
3) Pode e deve o Estado pedir “pacificação” ? Sem Dúvida. Faz o seu papel, para dar sinal de vida, é o mínimo e, certamente o máximo.
4) Prefere não saber quem, não sendo futebolista, treinador ou agente, se governa no mundo do futebol e por causa de estatutos sociais, económicos e até políticos(!) adquiridos em clubes e por causa de clubes — vidé quase todos os comentadores televisivos e não só, mais uns quantos jornalistas, muitos políticos…
5) O desgoverno ainda não pressentiu que o futebol tuga está quase todo descredibilizado e poderá perder (ainda muitos mais) espectadores. Nem entendeu que há muito dinheiro (receitas) em questão a partir de Maio — só o vencedor da Liga tem entrada directa na Champions.
6) Este vigente caso de corrupções e influências várias ultrapassa-o, tem enorme e tentacular poder, é assunto criminal — toda a Verdade seja tornada pública ! Se houve ou não vouchers, mails, telefonemas, etc, que influenciaram árbitros, delegados, e não só.
7) Prefere meter a cabeça na areia em vez de tentar perceber porquê a influência de alguns árbitros nos resultados de jogos, que o VAR é manobrado por homens e não por uma entidade superior e robotizada (nunca acreditei na sinceridade do VAR em Portugal).
8) O Estado não tem moral nem força alguma para imiscuir-se na corrupção e muito menos para punir — como ? Aconselho estes desgovernantes a fazerem-se de mortos, de nada saberem, porque se alguém destapa a panela de pressão, alguns dos seus membros ficarão queimados.
9) Se quer contribuir decisivamente para “pacificar o futebol”, marque umas reuniões e/ou manjares para tentar (mas não consegue) retirar de cena alguns dirigentes, árbitros, personagens sinistras. Comece por limpar a sua tendenciosa secretaria de estado.
Etc., etc.

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Todos sabemos que o futebol em Portugal está minado pela corrupção. Muitas vezes confunde-se futebol com tráfico de estupefacientes.

É preciso acabar com esta pouca vergonha.

O Estado tem que repor a ética no Desporto.

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