O seu orgasmo será televisionado
Foi decidido pelas autoridades que as pessoas devem permanecer em casa. É compreensível que muitas não entendam a decisão, que a temam, assim como é compreensível que muitos a tentem furar saindo para passeios fora dos parâmetros estipulados para as vindas à rua. As considerações sobre o que considero de quem fura o isolamento deixo para mim próprio. O que não consigo deixar para mim próprio é o que penso das demonstrações de “virtude” que todo e qualquer um sente que deve impor aos seus “amigos” via esse cancro incurável que são as redes sociais.
Se não quereis ficar em casa, ide onde quiserdes, mas poupai-nos as considerações sobre a vossa imensa virtude de epidemiologista de internet. Já me basta que uma especialista em saúde pública com imensa responsabilidade política, a doutora Graça Freitas, apareça no início do mês de Março – com a crise italiana em plena aceleração – a dizer que devemos ir visitar os velhinhos ao lar, coisa que sinto que acabo por fazer todos os dias em que a doutora Graça Freitas nos aparece na televisão a demonstrar o conceito de pré-senilidade.
Quereis ir à praia? Ide. Se vos julgais melhores que os outros, ide, força, fight the system e toda essa treta de adolescente tardio. Contudo, fazei-o com a descrição que o individualismo egoísta de Rand defende. Anunciar ao mundo inteiro que se vai à praia é que é em tudo semelhante a televisionar o orgasmo e eu gosto de escolher a pornografia que consumo.
O problema é que ficar em casa, embora seja boa ideia, só torra a economia e não trava a pandemia. Senão vejamos: 5ª feira, por volta das 22.30, na SIC dizia-se que 95% dos doentes estão a “recuperar” em casa. Ou seja estão em casa a infectar a família. As pessoas que fazem teste e dá positivo, diz-se que ficam de quarentena, mas não se diz onde. Se se fazem poucos testes as pessoas podem estar infectadas em casa e a infectar a família. Fazer operações stop faz com que policias e publico tenham que interagir espalhando o vírus se alguém estiver infectado. Para já não falar nos lares de idosos. Os idosos se estavam nos lares não apanharam o vírus por andarem a passear, mas já estão todos infectados. A resposta nestes casos é tardia e confusa denotando que o governo não sabe o que fazer. Ninguém usa máscara ao contrário da China onde todos usam máscara.
Ficar em casa é importante, mas nestas circunstâncias, estão muitas pessoas a infectar-se umas às outras em suas casas e ninguém parece perceber isso. Vai ser fatal.
GostarGostar
Discordo da sua opinião.
GostarGostar
ao ver PR e pm juntos recordo os filmes de bucha e estica
GostarGostar
Isto não é a peste negra. Recolher obrigatório, controlo da população por causa disto é ridiculo. Não estamos a falar de uma doença com 95% de taxa de mortalidade e que, segundo relatos da época, se uma casa tivesse um infectado, todos morriam no prazo de 9 dias.
Mas o povinho acredita nas tretas que a tv martela e que lê no facebook.
Quando isto acabar, boa parte da liberdade que ainda susbsistia vai estar perdida para sempre.
GostarGostar
Pode até ser, mas se incluir a liberdade de ir para as redes sociais dizer que vai para a praia porque é seguro uma vez que os outros não vão, nessa tal liberdade não se perde nada.
GostarGostar
Isso não sei. Não tenho redes sociais, nem gosto de praia. Acredito que seja como diz, e essa liberdade não é importante.
Já a liberdade de ir tomar um café, ir trabalhar sem a polícia querer saber onde vou, ou não ter o Estado a saber dos meus movimentos através de GPS no telemóvel (como alguns países já fizeram, e o portugês é de modas, prepare-se)…
Custa-me um bocadinho mais abdicar dessas.
GostarGostar
Meu Caro Vítor Cunha,
É claro que me ri, mas preferia não ter rido; nem lido; Aliás, desconfio que você, pensando bem, talvez tivesse querido não ter escrito a parte final do 2º parágrafo…
A estupidez e a incompetência merecem ser vergastadas a golpes de sarcasmo; mas ninguém tem culpa da quantidade de anos que já dobrou. De resto, não é o Vítor quem tem visitado a velhinha, ela é que o tem visitado a si. Desconfio que, por detrás da S/ má-vontade, está o facto dela não lhe ter levado uns bolinhos ou um frasquinho de compota caseiros.
Pedro Cruz
GostarGostar