Palavra do dia

É bom lembrar de quem foi a culpa do que sucedeu ao BES. Soares expulsou a família Salgado do País. Mais tarde disse a Ricardo Salgado para voltar do ‘exílio’ pois iria tomar novamente conta do Banco. Salgado respondeu-lhe “mas eu não tenho dinheiro para isso”, resposta do cínico, glutão por dinheiro fácil e traidor à Pátria Soares “… não se preocupe, eu falo com o Mitterrand e com o Schultz e eles resolvem ràpidamente o assunto enviando o que for necessário através do Crédit Lyonnais”.
Este corrupto-mor, falso como Judas, primeiro enviou para o exílio toda a sua família – a mesma cujos membros ligados ao Banco haviam sido da máxima confiança de Salazar pelo prestígio que a Instituição havia granjeado desde o seu início – depois cìnicamente mandou-a regressar. E para quê? Ora, ora, sabendo-a agradecida” pelo seu gesto de ‘grande benemérito’, aproveitou-se desse facto e da ingenuidade de Salgado pensar estar a lidar com alguém honesto e de confiança absoluta… – afinal Soares era filho d’alguém que fôra ministro na Primeira República e dono de um Colégio supostamente um dos melhores do País, dois factores decisivos para fazer dele uma pessoa de bem – e através dele provocar a falência de um Banco que fôra dos mais importantes do País até ao dia em que Soares entrou em cena para, com a preciosa ajuda secreta de Salgado, que inacreditàvelmente não viu a falcatrua em que o maior corrupto de Portugal o havia metido, dar início aos desfalques monstruosos que se foram sucedendo a um ritmo alucinante até à sua queda. Desfalques de que ele, Soares, foi o principal beneficiado (sem esquecer em escala menor mas também lucrando dezenas de milhões, o presunçoso, mentiroso e corrupto Sócrates de quem o mesmo Soares, seu mestre nas traficâncias, só dizia maravilhas… pois pudera!! Imagine-se que até Salgado o elogiou uma vez, teria sido a mando do tutor? Mas esta não foi a última grande fraude em que Soares esteve metido até à ponta dos cabelos, houve outras tão graves quanto esta. O livro do seu ex-sócio e camarada de partido conta tudo.

Quando Salgado começou a ser investigado pelos desfalques de biliões no BES, Soares teve a supina lata de dizer em plena rua para uns jornalistas que queriam saber qual a sua opinião sobre o escândalo BES /Salgado, referindo-se justamente ao Banqueiro (seu pseudo-sócio) vociferou “olhem que ele vai falar, ele vai falar”. Eu, que conheci alguns membros desta nobre família com quem tive a honra de trabalhar, no lugar de Ricardo Salgado tinha denunciado nesse mesmo dia e hora quem havia sido EFECTIVAMENTE o principal culpado da destruição de uma Instituição Bancária centenária cujos presidentes haviam sido desde o seu início do mais prestigiado que tinha havido em Portugal.

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