Estado ladrão

Quando chamo “ladrão” a este Estado que nos governa, estou a ser muito simpática. Porque na verdade ele é muito mais do que isso. Além de ladrão: é corrupto, é mentiroso, é criminoso, é aldrabão, é arrogante, é ditador, é manipulador, é incompetente, é falso, é negligente e por isto tudo, extremamente perigoso.

Chocado com o que acabo de escrever e acha que exagerei? Eu explico melhor:

É ladrão porque cobra impostos a quem trabalha mas não os devolve, como é o seu dever, em prestação de serviços qualidade e apoios suficientes, quando necessários, aos cidadãos que deles precisam;

É corrupto porque usa os dinheiros públicos, que deveria canalizar para a prestação de serviços e apoios à comunidade, para satisfazer agendas próprias;

É mentiroso porque finge estar a trabalhar para o bem comum mas só está preocupado com a sua vidinha e de seus amigos e parentes;

É criminoso porque mesmo sabendo que está a lesar gravemente os cidadãos, vende-se aos interesses instalados, sem quaisquer escrúpulos;

É aldrabão porque diz hoje uma coisa que amanhã desmente com toda a desfaçatez;

É arrogante porque nunca admite FALHAS mesmo falhando sistematicamente, “a granel” e aos olhos de todos.

É ditador porque unilateralmente decide contra as liberdades da população, salvaguardadas na Constituição, alegando ser para o bem comum.

É manipulador porque sabe que está a divulgar informação falsa, mas usa o seu poder, através dos media vendidos, para controlar a população.

É incompetente porque nunca resolve quaisquer problemas estruturais do país, apenas os alimenta;

É falso “como Judas” porque diz uma coisa pela frente, aos cidadãos, e diz outra nos bastidores, aos seus comparsas, que riem como doidos dos crentes que os perpetuam no poder;

É negligente porque sabe o que tem de fazer para evitar tragédias mas ao invés disso, continua a fazer os mesmos erros para obter os mesmos resultados;

É perigoso pelos motivos, todos, apontados anteriormente.

Voltando ao Estado ladrão, é inconcebível o que este governo de metralhas quer fazer com as leis do arrendamento. Como se não bastasse há uns anos destruir este segmento com o congelamento de rendas – graças a esta medida “espectacular” o meu pai, que trabalhou arduamente nos bosques do Canada com temperaturas de -30 graus, para investir no imobiliário, em 1993 recebia 1000 escudos de renda de uma casa t2, rés-do-chão, com pequeno quintal e jardim frontal, frente ao mercado municipal de Póvoa do Varzim – eis que agora, estes iluminados avançam com o arrendamento coercivo de casas de habitação não permanente.

O Estado, ao fazer o estudo para resolver os problemas de habitação, por acaso lembrou-se de, PRIMEIRO, fazer um levantamento rigoroso do seu património, DEVOLUTO, para arrendamento social, dando prioridade a esta medida antes de qualquer outra? Disponibilizou verbas (que até podiam ser do fundo social europeu, já que é roto até dizer chega porque gasta mal gasto os impostos colossais da sua colecta) para lançar concursos para a construção de bairros sociais, como no tempo da “outra senhora”? Não. Porque o Estado ladrão não usa o que é da nação para resolver questões da nação. Rouba a privados. Pois, segundo o conceito destes metralhas, o que é da nação é deles, o que é dos outros, também.

O que diz então o famoso “Mais Habitação” destes metralhas:

Leia mais aqui:

https://www.noticiasaominuto.com/economia/2238488/arrendamento-obrigatorio-de-casas-devolutas-em-12-perguntas-e-respostas?fbclid=IwAR2a_DBag6Ix6savf77F5gyxhJkJW8pE5nVaL1D66lDmRsT9f9KV67gteJA

https://www.dinheirovivo.pt/literacia-financeira/pergunte-ao-advogado/arrendamento-coercivo-como-vai-funcionar-15933946.html?fbclid=IwAR3iPp_BUP2N0Xo4Oj7nwuiy53UN5RYrtq_jyqcxWfYXG9sOPVRmw4Z09gM

https://cnnportugal.iol.pt/habitacao/casas/estado-vai-subarrendar-casas-saiba-quem-e-elegivel-e-as-condicoes/20230306/6405a30a0cf2dce741ae33c0?fbclid=IwAR0OicieQt-7kUQfTRjfbIKOnKIeIwAde5LYrc-RA_OsqUpMz05iqhN_tqY

Para ajudar o governo nesta intenção e passá-la como “fofinha” e aceitável, eis que a Comunicação Social do mainstream resolve dar um toque de jornalixo à questão COMPARANDO este “subúrbio de gangs plantado à beira mar”, aos países da europa que têm algo semelhante mas que dão aos senhorios excelentes condições para colocar casas para arrendamento, e os apoiam incondicionalmente no cumprimento da lei, pelos arrendatários. Assim, constatamos que não há comparação possível com esses países. Incomparável com este país de metralhas, que, incentivam hoje, para mudar as regras a meio do jogo, pouco tempo depois. Que cria instabilidade, e consequentemente, desconfiança e medo nos agentes económicos e proprietários porque nunca sabem o que virá a seguir com este Estado ladrão.

Entretanto, os cidadãos organizam-se para serem ouvidos e contestar estas medidas draconianas apresentando uma petição – que sugiro que assinem -, com os seguintes fundamentos:

“Pelo atrás exposto, exigimos:

1) que o Estado e afins (incluindo câmaras, organismos públicos, forças armadas, SCM, fundos imobiliários públicos, etc.) procedam a um levantamento exaustivo de todos os imóveis que têm devolutos;

2) que uma vez apurado o correto património público, que se pare de imediato com o ajuste direto de imóveis do Estado e afins a fundos imobiliários e/ou a empresas de capitais públicos como a Estamo, Parpública, Fundiestamo, etc;

3) que se trave de imediato os concursos para venda ou concessão de todos estes imóveis devolutos, sem exceção do tipo de imóvel ou proprietário público detentor do mesmo;

4) que os imóveis públicos, passíveis de reconversão para habitação, sejam de imediato recuperados e alocados ao mercado de habitação de custos controlados e/ou rendas acessíveis;

5) que esta seja a prioridade absoluta antes de avançar com uma controversa e desnecessária legislação de arrendamentos coercivos e/ou medidas progressivas para extinguir o Alojamento Local.”

Diz o governo que já identificou 4000 edifícios devolutos do Estado, mas conhecendo o rigor dos números do PS (da escola de Guterres), serão muitos mais. Num grupo “Grupo Imóveis Devolutos do Estado” do Facebook, a que fui adicionada e que recomendo, podemos ver o extenso património ao abandono de um Estado ladrão. Aqui, apenas alguns, porque senão teria de fazer um texto com mais de 1000 páginas:

Depois há os “especialistas” que defendem esta medida coerciva de arrendamento por afirmarem que não há direito à propriedade privada e as medidas são boas porque o Estado diz que vai pagar o preço justo pelas habitações (cof, cof, cof, cof). Pergunto: o mesmo preço justo que todos conhecemos quando há expropriações? O mesmo preço justo quando há indemnizações? O mesmo preço justo quando há compensações sejam salariais ou outras? Mas esta gente vive onde? Em Portugal não é de certeza.

Esta medida é tão mas tão boa que os ministros-proprietários já tinham, antes de a pôr em prática, um plano de fuga, como convém:

Em países bem governados, não é preciso roubar aos privados para ter uma sociedade funcional. Basta fazer uma gestão responsável, transparente (muito diferente do “traz-parente” português) e rigorosa dos impostos cobrados e aproveitar todos os apoios concedidos pela EU, aplicando-os, também, com os mesmos princípios. “Et voilá!”, o segredo dos países, que funcionam bem, na europa.

Enquanto assim não for, o Estado ladrão, vai continuar a roubar tudo quanto pode para compensar os desvios, e consequente ineficácia da sua governação.