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Os abrantes não têm emenda

24 Agosto, 2010
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Sócrates inventou, este fim-de-semana, mais uma mentira sobre a terrível proposta de revisão constitucional do PSD. Esta, assegurou, acabaria com a progressividade do IRS. Apesar de eu entender que a Constituição não tem de estabelecer este tipo de regras, a verdade é que o PSD não é da minha opinião e manteve, na íntegra, a regra da progressividade fiscal.
Os abrantes tratam agora de vir em socorro do chefe intimidando jornalistas que o desmentiram. Contando com a preguiça e a ignorância dos seus leitores, o que diz bem da indigência de quem posta naquela latrina mal frequentada.
Postam eles que “no projecto de revisão constitucional do PSD, o artigo 104.º é suprimido, sendo o artigo 103.º ornamentado com umas flores, deixando-se cair a questão de o imposto sobre o rendimento das pessoas singulares ter de ser progressivo”. Vai-se ver e o artigo 103.º do dito projecto integra, na íntegra, as quatro alíneas do actual artigo 104.º da Constituição, a primeira da quais reza assim: “O imposto sobre o rendimento pessoal visa a diminuição das desigualdades e será único e progressivo, tendo em conta as necessidades e os rendimentos do agregado familiar”. No projecto passaria a ser a alínea 4 do artigo 103.º. Os abrantes acham que, ao passar do artigo 104.º para o artigo 103.º, essa norma transmuta-se numa “flor”…
Se se quisesse encontrar um exemplo de como o PSD até nem toca em disposições constitucionais que estão a mais, como esta relativa ao sistema fiscal, podia-se escolher este exemplo. Os abrantes, os socretinos e o líder máximo resolveram fuçar em direcção contrária, inventando e mentindo, mas apostando no preconceito e na intimidação. É sinal de que já perderam a cabeça e nem sequer têm esperanças de a reencontrar.

25 comentários leave one →
  1. 24 Agosto, 2010 12:46

    Não têm emenda e estão obviamente em desespero a tentar agarrar cada pedaço de osso.

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  2. 24 Agosto, 2010 13:15

    Oh Fernandes, então a latrina é mal frequentada? Como é que o Fernandes soube o que estava lá escrito?

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  3. 24 Agosto, 2010 13:26

    Boa piroca

    Os “Abrantes” são uns malvados.

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  4. JJ Pereira permalink
    24 Agosto, 2010 13:39

    Uns merdas a tentarem limpar a merda produzida pelo bardamerda…
    Não vale a pena perder tempo com essas merdas…

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  5. Francisco Colaço permalink
    24 Agosto, 2010 14:51

    #3, Ricardo Ferreira,

    Os ataques ad hominem e as meias verdades são características de quem perdeu o suporte da realidade. Sugiro-lhe que se guarde de emitir esses insultos infantis à laia de desafio, e que, se tiver inteligência suficiente para contrapor, o faça de modo consequente e inteligente.

    Para olhar para o umbigo e julgar que tem um elefante no lugar de uma pulga, temos o José Sócrates Pinto de Sousa.

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  6. 24 Agosto, 2010 18:33

    Há Sempre Um JN À Espera De Si…

    Hoje é o dos Negócios…

    Educação representa 31% da subida dos gastos do Estado
    A despesa do Estado não pára de crescer, apesar de o ano ser de consolidação orçamental. E cerca de um terço deste crescimento – que atingiu os 3,8% em Julho – vem da educação, em parte devido à melhoria das remunerações de professores, no seguimento do processo de avaliação.

    Acredito que antes de 31 de Dezembro não nos voltem a congelar, mas já estive mais convencido disso. Tudo isto é a aplainar terreno. Só espero mesmo que não pensem em lixar ainda mais quem já teve 2,5 anos de suspensão e ainda não conseguiu mudar de escalão em 2010, ao fim de 7 anos e mesmo mais para um escalão que durava 3 e agora 4, mesmo com a avaliação ditada pelo ME (para que conste, não me refiro a mim…).

    Como já escrevi na outra semana, adivinha-se uma qualquer borrasca forte para Setembro… ou então após as comemorações do 5 de Outubro.
    http://www.educar.wordpress.com/2010/08/24/ha-sempre-um-jn-a-espera-de-si/

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  7. 24 Agosto, 2010 19:00

    A matilha
    Repare-se na subtileza destas duas capas do Jornal de Notícias. Numa sugere-se que o Estado não consegue controlar as despesistas pensões dos professores, e na outra que estes ganharam um balúrdio em horas extraordinárias. No primeiro caso, parece que há umas irregularidades detectadas na análise de 54 processos de reforma, no segundo o Estado alegadamente pagou 11 milhões de euros a mais em horas extraordinárias num universo de 160 mil professores. Mas em ambas as situações a notícia é muito mais sensacional que isso, fazendo passar o ónus da despesa e da responsabilidade para a classe docente. As letras garrafais dizem claramente que os professores ganharam milhões. Ora a frase ganhar milhões está muito mal vista em Portugal e costuma incitar ódios e invejas. Por isso quando se quer atiçar a populaça contra os docentes a técnica é sempre a mesma: plantam-se manchetes em alguns jornais, relatando que ganham isto ou aquilo. Como são muitos, conseguem-se sempre parangonas espectaculares. Se as intenções não fossem essas, outras classes também seriam notícia, mas nunca de primeira página.
    http://www.lisboa-telaviv.blogspot.com/2010/08/matilha.html

    http://www.antero.wordpress.com/2010/08/19/ferias-extraordinarias/

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  8. 24 Agosto, 2010 19:08

    Mentiras terríveis e monstruosas são veiculadas diariamente por gente sem escrúpulos (ditas jornalistas!), vão já 6 anos, sobre a Educação e os professores.
    O objectivo é atingir em cheio a sociedade, as pessoas.

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  9. 24 Agosto, 2010 19:10

    Só há um grande problema em Portugal, todos os outros derivam dele e serão resolvidos por acréscimo: a educação.
    No entanto, a solução deste problema fundador foi deixada a um grupo de pessoas de duvidosa formação, chocante insensatez, gritante incapacidade de gestão, desígnio ideológico inconfessável. Durante mais de trinta anos. Guilherme Valente

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  10. 24 Agosto, 2010 21:53

    Francisco Colaço: pode dizer-me onde insultei alguém?

    Agradecia…

    Quanto a elefantes e em lugares de pulgas, este mundo está cheio deles…

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  11. Luis Moreira permalink
    24 Agosto, 2010 22:14

    Os professores anónimos a darem lições de moral…têm emprego para toda a vida, vencimento certinho, férias pagas e quem os ouve parece que morrem de fome. Quem não está bem muda-se.Há empregos, pode avançar com o seu próprio colégio, dar aulas lá fora…mexam-se porra! deixem de ganir…

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  12. toni permalink
    24 Agosto, 2010 22:17

    è tão mau tão mau mas estão sempre a ir lá buscar inspiração

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  13. 24 Agosto, 2010 22:43

    sábado, 26 de Junho de 2010
    O problema Carlos Santos e a «malta da pesada» .

    A série de postes que o Carlos Santos vinha publicando no Corta-Fitas sobre a central de
    informações do Governo, mais as notícias no Correio da Manhã, «Campanha com meios
    públicos»), de 17-2-2010, e no Público, «Economista acusa Governo de ter utilizado
    recursos do Estado na campanha do PS », de 18-2-2010, com base nessas denúncias,
    provocaram uma ferocíssima reacção orquestrada do poder socialista e das suas ubíquas
    antenas.

    Porquê?

    Por causa do estrago que fez, num momento crítico actual, na base do poder socratino – as
    informações – e para controlo dos prejuízos sofridos.

    Começo por uma explicação sumária do socratismo. O socratismo consiste num sistema
    político de poder análogo àquele que vigora na Rússia: é um putinismo brando. A sua
    versão socratina tem um esquema teórico-prático simples: uma super-estrutura política, um
    nível intermédio da Maçonaria, dos media, da finança e das cúpulas judiciais, e uma
    infra-estrutura de informações. A superestrutura tem um círculo interior, ramificações de
    fidelidade e lóbi, e convivas aliados nos agrupamentos adversários (CDS-PP, PSD, Bloco de
    Esquerda e PC). A Maçonaria (a irregular e a regular) no seu culto do poder, comércio de
    favores e agenda radical, providencia uma rede subterrânea de protecção e atenuação de
    tensões. Os media são controlados directa e indirectamente, através de financiamento,
    administradores e editores de confiança. A finança troca o seu patrocínio e dependência
    política pelo saque. E das cúpulas judiciais espera-se que contenham ataques e exerçam a
    acção punitiva sobre os adversários. Mas na base do poder socratino estão as informações.
    É este o segredo do socratismo, que se procura esconder com o máximo esforço e cuidado,
    «por questões de segurança» : as informações são a força de suporte e projecção do seu
    feixe de poder.

    As revelações factuais e documentais do professor Carlos Santos puseram a descoberto o
    comando do poder socratino; a central de informações do Governo, a ordem de batalha e os
    processos desta central.

    No comando do poder socratino está José Almeida Ribeiro, master spy e éminence grise da
    imminence rose, actual secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro e ex-chefe de
    gabinete do primeiro-ministro no mandato anterior.

    Mas vamos analisar com minúcia a central de informações do Governo.

    A ordem de batalha – «identificação, estrutura de comando, força, disposição de pessoal,
    equipamento e unidades da força armada durante as operações no terreno» – da central de
    informações do Governo, integra múltiplos comissários e colaboradores, que o Carlos
    Santos identificou, integrados em diversas unidades, cuja referência também foi
    publicada. As armas da central são as informações. Uma das unidades da central de
    informações é a secção de blogues. A secção de blogues não pode ser reduzida ao
    procedimento já clássico dos blogues institucionais sistémicos (de que a Câmara
    Corporativa é apenas um): chamo-lhe a táctica do Manuelinho: usa-se um tolo (ou mais), a
    quem se promete deferência e compensação, como uomo de paglia de uma hidra de comissários
    com poder de edição e de uma vasta série de intermediários de informação e agentes
    políticos (com eventual recurso a técnicos administrativos para preparação de dossiês
    temáticos), para marcação, identificação, sinalização, recolha de informação e pressão
    mais ou menos subtil, mais ou menos clara. A secção de blogues é uma rede de informação.
    Pois bem, com as revelações do Carlos Santos e a participação de comentadores que
    exploraram o que publicou, a ordem de batalha da secção de blogues da Central – com
    funções de aquisição de colaboradores, organização e logística, distribuição de
    informação, contra-informação e desinformação em blogues e caixa de comentários e recolha
    de informação – foi identificada e publicada. Está, assim, neutralizada. Quando a
    estrutura e os agentes de um serviço são identificados, esses agentes ficam neutralizados
    e têm de ser reciclados, pois já não podem ser usados em operações clandestinas, e a
    estrutura fica queimada, já que a sua existência e o seu funcionamento ficam expostos.

    A parte soft dos métodos da secção de blogues da central de informações também foi
    desmontada, pelo Carlos Santos no Corta-Fitas. Para lá do limiar destes métodos ditos
    suaves da secção de blogues, ficam as outras secções com as negras operações activas
    daqueles que os próprios socialistas chamam a «malta da pesada»… Estas operações são a
    componente dura do sistema e são elas que asseguram os resultados extraordinários nos
    casos mais difíceis. O mando é único e a estrutura interdependente. Não há componente
    suave sem componente dura. Não há socratismo sem a componente dura. Nem inocentes.

    Como as revelações do Carlos Santos eram factuais e tinham bastantes documentos de
    suporte, contagiaram outras pessoas a descobrir antigos insultadores sem nome, alguns com
    pseudónimos reciclados ou duradouros, que finalmente perderam o chinó que lhes cobria a
    careca suja, e o momento actual de translacção do poder é delicadíssimo, importava
    minorar os danos e cortar a infecção. Para tanto, utilizou-se a clássica técnica
    estalinista: isolar o alvo através de uma campanha de insultos e acusações. Os insultos e
    acusações provêm do próprio campo sistémico e também, com maior eficácia, pois enganam
    inocentes, do suposto campo adversário. No campo sistémico, trata-se de acusar de pidesca
    a denúncia de… uma nova Pide, rasgando as túnicas, manchadas pelos métodos que já tinham
    usado com aplauso frenético (publicação de mails e relato de conversas…), e sugerindo que
    o tresmalhe de Carlos Santos, ex-colaborador do blogue Simplex, se deveu a
    descontentamento por falta de recompensa – que este provou ter-lhe sido oferecida,
    mediante a nomeação como assessor de um secretário de Estado e como «conselheiro
    especial» de um ministro e de as ter recusado. E nos supostos campos adversários –
    afinal, parceiros! -, estranhos e violentíssimos insultos e acusações, através de
    colaboradores activados e induzidos por agentes do sistema e do serviço, arranhando a
    cara de vergonha pelos ataques pessoais do Carlos, que pouco depois também usam em caso
    próprio com ainda maior violência… Aliás, chega-se até à finura de despertar
    colaboradores no sector resistente, para que estes tomem a iniciativa de insultos e
    ofensas duríssimas, de inédita e pseudo-espontânea indignação. Dir-se-á que é suave, pois
    alguns apenas acusam o denunciante de doido e não chegam ao cúmulo estalinista do
    internamento compulsivo em clínica siberiana do elemento nocivo. Mas suave é para quem
    não lhes sofre os métodos.

    O caso chegou à patética ameaça de processo (a última coisa que o sistema deseja é
    discutir em tribunal o comando, a ordem de batalha, os meios e os métodos, que utiliza…)
    seguida da consequente expulsão do Carlos Santos do Corta-Fitas, em 24-6-2010, o seu
    denegrimento simultâneo em blogues aparentemente insuspeitos, e tenta prosseguir com a
    habitual táctica de sugestão de despedimento. Mas, tal como em Itália, na eliminação
    física, o isolamento do alvo era indispensável e o ataque decisivo só era feito depois
    desse trabalho preparatório estar feito, em Portugal a eliminação cívica pelo sistema,
    carece da imposição do ostracismo político. Se não for conseguido o ostracismo político
    do alvo, não é possível a sua eliminação cívica.

    O objectivo da campanha orquestrada, que envolveu, como soe, e soa, outros meios, é
    conter a propagação da mensagem, através da pedagógica perseguição e punição dos
    difusores, e isolar e neutralizar o mensageiro, já que a factualidade e documentação da
    mensagem torna impossível a sua contestação. Contida a mensagem pela desacreditação do
    autor e punição dos difusores, a actividade manter-se-ia mais ou menos incólume e os seus
    fins prosseguiriam com o sucesso rotineiro que faz os ingénuos crerem que o êxito
    socratino é a consequência fatídica da conjunção estelar ou o caótico efeito em cadeia
    (salvos sejam!) do esvoaçar errante das borboletas na China. Em vez de um sistema cruel
    de administração do poder baseado nas informações.

    Tudo isto resultaria assim, se o sistema, moribundo, não viesse a ser assado. Carlos Santos não está sozinho.
    http://www.doportugalprofundo.blogspot.com/2010/06/o-problema-carlos-santos-e-malta-da.html

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  14. 24 Agosto, 2010 22:44

    # 14

    Gostas de te armar em engraçadinho, verdade?

    Quem te paga? Conta, conta.

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  15. Francisco Colaço permalink
    25 Agosto, 2010 01:49

    #14, Luís,

    Isso fiz eu, quando dar aulas no Superior não me satisfez. Outros tratam de ganir toda a vida, pois ao português é negada a iniciativa e o valor por um lado; e a possibilidade de se refazer e de voltar a brilhar por outro.

    Aqui, um falhado é um falhado para sempre, logo ostracizado e considerado inútil. Eu, que caí e me refiz duas vezes, se aprendi a fazer uma coisa na vida, foi a mandar todos esses brilhantes avaliadores de caracteres e aforistas máximos à Senhora de Maus Costumes que Teve o Azar de os Botar no Mundo.

    Quanto aos nossos professores, acertou na mouche. Falhados por inação (uso o novo acordo nesta palavra) estão a ensinar os nossos alunos a ser iguais a eles.

    Já agora, estando o ensino tão mal, e havendo concerteza professores que nem a ostras ranhosas deveriam dar aulas, porque é que é notícia de televisão que uma professora (incompetente, certamente, pelo pouco que se soube) tenha sido afastada?

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  16. 25 Agosto, 2010 03:18

    # 18

    O conteúdo de # 16 foi-lhe(s) dedicado.
    Por antecipação.

    Somente consegue(m) enganar os papalvos (.)

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  17. Luis permalink
    25 Agosto, 2010 11:03

    O PSD indignado com o aumento da despesa publica depois de ter forçado o governo a aceitar a não existência de quotas na avaliação de cerca de um terço dos funcionários publicos, os professores, que são os que ganham mais, sendo a despesa com os ordenados de longe a maior fatia da depesa publica… Já se esqueceram??

    JMF, não baixe o nível do blogue, por favor, pois se o nível dos comentários já era muitas vezes sofrível, custa ainda mais ver os próprios bloguistas darem o (mau) exemplo.

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  18. Francisco Colaço permalink
    25 Agosto, 2010 11:38

    #20, Luís,

    Amigo, as quotas na avaliação são a coisa pior que existe. Primeiro, porque elas irão ser utilizadas ao extremo, e teremos maus serviços com as suas quotas de funcionários excelentes— quase sempre os mesmos, os disfuncionais de sempre, mas os que conseguem manter as suas mucosas mais próximas dos orifícios excretais dos seus chefes.

    Os serviços deveriam ser avaliados, não os funcionários. Não porque não o devam ser, mas simplesmente porque a avaliação ao funcionário num estado nepotista tem mostrado sistematicamente não funcionar.

    De resto, meu caro, a avaliação é inconsequente: os bem avaliados pelos critérios acima são promovidos, enquanto os que bem trabalham começam a abrir a pestana e a utilizar os mesmos métodos de transferência de fluidos, a bem da sua própria sobrevivência no sistema.

    Como é que a anterior ministra da educação, cujos pergaminhos têm sido gravados em couro de burro, faz uma avaliação de professores assaz risível, à qual felizmente não tenho de me sujeitar. A presente ministra, outra azêmola metafórica, não quer, não sabe ou não pode arrepelar caminho.

    Para mim, um bom professor deve assegurar a aprendizagem, por forma a que os alunos tenham boas notas na disciplina *seguinte* da linha educativa. A avaliação presente obriga os professores basicamente a fazer cursos, a dar boas notas (se estas reflectem os resultados ou mesmo a aprendizagem será totalmente irrelevante), a não faltar e a um quarto critério tão estúpido como os outros dois.

    Não os obriga a ensinar, a transmitir conhecimentos e a desenvolver capacidades aos alunos. Não os obriga a fazer boas actividades extracurriculares. E nós, que pagamos o sistema, temos o dever de dizer sim a uma avaliação que mostra mais uma vez que quando a inteligência foi distribuída, os nossos governantes estavam na casa de banho.

    Querem uma boa avaliação: avaliem os professores pela nota do professor seguinte da linha educativa, e também em exames nacionais exigentes. Pelo menos terá uma boa consequência: se tu és mau professor, e tu vais seguir-me, farei os possíveis— eu, que fui bom professor— para te ver erradicado do ensino, pois é a minha avaliação que prejudicas.

    In suma, o melhor modo de controlar egoístas é colocá-los uns contra os outros.

    Mas, enfim, porque falta rematar com algo contra os socralistas, o espírito de pandilha (oposto ao espírito de corpo) dos socialistas é oposto à cardinalidade singular do conjunto dos neurónios de cada indivíduo.

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  19. 26 Agosto, 2010 00:10

    MLR prestou um grande serviço aos “boys” e aos corruptos portugueses: desviar as atenções para os professores no momento alto da tomada do aparelho de Estado pelos “boys” e da monopolização dos grandes negócios de Estado pela rede que gira à volta do ainda primeiro-ministro. Por isso foi premiada com a presidência da FLAD.
    Álvaro Teixeira

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  20. 26 Agosto, 2010 00:23

    # 21

    Os médicos deram de imediato a devida resposta aos tugas (…)

    A não se alterar totalmente a situação actual, verão os professores – os trabalhadores mais importantes numa sociedade democrática – a dar a devida resposta aos tugas, na sala de aula.

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  21. Francisco Colaço permalink
    26 Agosto, 2010 12:09

    #23, Anonimo, (não há falta de um acento por aí, ou trata-se da primeira pessoa do singular do presente do indicativo do inaudito verbo anonimar?)

    Temos um problema: chamemos-lhe por candura a «consciência de classe». Ou mais correctamente, o labocentrismo.

    Os professores não são os profissionais mais importantes de sociedade nenhuma. Todos são igualmente importantes. Assumindo haver ordem de importância das profissões, os agricultores, os criadores de gado e os pescadores seriam os mais importantes, seguidos dos comerciantes. Nenhuma sociedade, antiga ou moderna, sobrevive um mês sem eles.

    Os professores que temos (e eu fui um, até que me fartei da Função Pública— cujas iniciais FP lembram outras classes maia abastardadas) são uma classe dita reivindicativa, na verdade mimada. A todos os termos, metade deles são incapazes de realizar a sua própria profissão, e recebem o mesmo que os outros, que são excelentes. Fossem as escolas privadas, mesmo se custeadas pelo Estado, teríamos melhores professores. Não tenho dúvidas disso. Afina, tanto se dá a um professor que 50% dos seus alunos passem nas provas de aferição como 95%. Ganha exactamente o mesmo.

    Uma coisa aprendi na indústria: os resultados é que interessam. Floreie-se o mérito, glosem-se os princípios, declamem-se as virtudes à vossa vontade; contudo são os resultados que permitem pagar os salários, e só os melhores sobrevivem. O mérito é premiado e os ignaros, incompetentes, incapazes ou, por vezes, infelizes, são mandados fora. Há, é claro, um código laboral em vigor que desencoraja severamente a flexibilidade e a adaptação da mão de obra. Os resultados são conhecidos e andamos neste momento em crise por causa dessa estupidez; e andaremos enquanto não arrepelarmos caminho.

    Dito isto, admiro os professores de excelência, e tive-os. Prezo-me (e fui prezado por isso) por ter sido um deles. Tive pessoas de outros cursos a pedir para participar nas minhas aulas de laboratório. E nem por isso deixei de ter mais de noventa por cento de aprovações. E todos os anos tinha de preencher relatórios, dizendo porque era o professor que dava mais notas acima de 14 na Universidade.

    Já agora, como é que avaliei os meus resultados? Deste modo: perguntava ao David (o meu sucessor na linha educativa) como é que os meus alunos se portavam. A resposta foi sempre a mesma: «são os melhores que tenho». Continuava dizendo que eram os que resolviam melhor os problemas e os que se mexiam melhor no laboratório. É esta a medida do mérito. Nem sequer eram as notas que dava. Já agora, os meus testes eram considerados mais difíceis do que os de outras disciplinas similares de outras universidades. A boa verdade, tinha a sorte de dar electrónica e robótica, disciplinas extremamente positivas e matemáticas.

    Detesto falar bem em causa própria, mas hoje, enquanto formador industrial, sigo exactamente o mesmo rumo: o formando tem de aprender a fazer qualquer coisa de novo, qualquer coisa melhor ou qualquer coisa correctamente.

    Resultados, meus caros, não carreirismo. Para manadas, bastam os xuxas.

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  22. gui permalink
    15 Setembro, 2010 11:52

    ah ah eh eh ih ih

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