Jornalismo
No passado Sábado, grupos de jovens andaram à pancada na Praia de Santo Amaro de Oeiras, atacaram os poucos polícias presentes quando estes os tentaram separar e receberam os reforços policiais que entretanto chegaram ao local com uma chuva de garrafas de cerveja e pedras. Um jornalista da SIC, em directo no telejornal, não pareceia muito interessado nestes detalhes. Não se preocupou em saber quem eram os jovens, fez um tremendo esforço para não explicar as origens étnicas dos grupos em confronto, ignorou a questão do álcool, não se interessou pelas pessoas que foram obrigadas a fugir do local e que perderam os seus pertences. Nada disso era importante. As grandes questões, o problema crucial, as dúvidas tremendas eram outras.
A polícia actuou bem? Terão cometido excessos? Usaram de força desproporcionada?
Os entrevistados, um após outro, respondiam que não, que a polícia esteve bem. “Que aborrecimento”, lia-se na cara do jovem repórter. Isto assim nem é notícia.
Eram Obamas?
GostarGostar
Eram betinhos de Cascais?
GostarGostar
Ou sao os pobres da Ferreira Leite?
GostarGostar
ai que horror, pretos que batem em betinhos…
GostarGostar
qual seria o interesse jornalístico de identificar a origem étnica dos meliantes? Explique por favor.
GostarGostar
como não houve policias mortos o jornalista perdeu o seu tempo
GostarGostar
@jpt
O interesse em explicar a etnia dos meliantes era unicamente confirmar que não havia qualquer desordem legal.
As minorias étnicas e os excluídos sociais têm o direito (constitucional!) de fazerem o que quiserem. E quem disser o contrário é racista!
GostarGostar
A etnia é importante para construir o facto político. É para saber se falam do caso até à exaustao ou nao. Se nao foram da etnia certa nao vale a pena politizar o caso.
GostarGostar
jcd,
Qual era afinal a origem étnica dos deles? É que ainda não entendi se eram africanos residentes em Portugal ou se eram portugueses pretos. O jornalista percebeu ou não?
GostarGostar
jcd,
Tens que dizer ao Gabriel que tem que ser mais explícito quando postar. Não é que ele se esqueceu da origem étnica destes https://blasfemias.net/2008/06/23/estao-em-guerra/?
GostarGostar
Não estou a ver qual é a relevância das etnias numa briga de praia. Também não vi o JCD preocupado em saber de que etnia eram os fulanos que incendiaram o autocarro do FCP.
GostarGostar
“fez um termendo esforço para não explicar as origens étnicas dos grupos em confronto”
Era relevante?
(Além do que me pareceu que as imagens eram claras).
GostarGostar
“… as imagens eram claras.”
Sofia,
Claras é capaz de ser um understatement.
GostarGostar
Se um grupo de europeus em Luanda, fizesse o mesmo, qual seria o teor da notícia lá?
Quem diz Luanda, diz Maputo.
O politicamente correcto, pretende sempre apresentar a realidade com as cores do hiper-realismo, o que suplanta a própria realidade, para se trasmudar em quadro de idílio.
GostarGostar
Também faltou perguntar aos jovens qual era o clube deles.
GostarGostar
Triste é o que se passa na Africa do Sul e Zimbabwé
Nao é o que se passa na Europa. A violencia nao tem cor.
Sabiam que na Africa do Sul por lei os chineses foram considerados negros para nao ser discriminados? Vejam lá a paranóia que por lá vai. Ó Mandela, como deve estar triste. Agora é racismo de novo em sentido contrário.
GostarGostar
Tonibler Diz:
23 Junho, 2008 às 11:46 am
Grande Tonibler!
GostarGostar
“EMS Diz:
23 Junho, 2008 às 11:51 am
Não estou a ver qual é a relevância das etnias numa briga de praia. Também não vi o JCD preocupado em saber de que etnia eram os fulanos que incendiaram o autocarro do FCP.”…Nem era necessário é consabido que o Benfica está coiado de pretalhada, ciganos, Algarvios e Alentejanos!!!
GostarGostar
“Se um grupo de europeus em Luanda, fizesse o mesmo, qual seria o teor da notícia lá?”
O que é que é interessa? Se calhar até invocam a cor e apelavam ao ódio racial, nao sei. Mas nao estamos na fase de olho por olho dente por dente. A civilizaçao cresceu. É pena que existam pessoas que nao cresceram o suficiente para saber isso e continuem no troglodismo.
GostarGostar
José Diz:
23 Junho, 2008 às 12:09 pm
Se um grupo de europeus em Luanda, fizesse o mesmo, qual seria o teor da notícia lá?
No dia em quisermos nivelar os nossos media pelo exemplo de alguns países africanos (alguns Estados ditos democráticos) onde a censura é a regra, algo vai – mesmo – muito mal.
GostarGostar
«fez um tremendo esforço para não explicar as origens étnicas dos grupos em confronto»
não vi, mas se assim foi, fez bem.
«não se interessou pelas pessoas que foram obrigadas a fugir do local e que perderam os seus pertences.»
Se assim foi, fez mal, isso era notícia.
É aliás, infelizmente, muito comum as notícias sobre roubos e outros crimes incidirem com especial enfoque no larápio/criminoso e muito raramente sobre a vítima. Mas o sistema judicial/policial também funciona assim.
GostarGostar
“Não se preocupou em saber quem eram os jovens, fez um termendo esforço para não explicar as origens étnicas dos grupos em confronto, ignorou a questão do álcool, não se interessou pelas pessoas que foram obrigadas a fugir do local e que perderam os seus pertences”
Lamento mas não posso deixar de concordar com o jcd, apesar da tentativa de camuflar o assunto aqui abordado pela razão étnica,o que o jcd implica é a falta de vontade da jornalista em reportar uma notícia. E se lerem bem a posta o jcd diz “(a jornalista)…fez um termendo esforço para não explicar as origens étnicas…”, mas porque razão não havia de descrever os jovens em questão, quando são brancos, amarelos, vermelhos não faz mal, mas quando são pretos é tabu?
Ela é uma repórter, o seu dever é reportar!
GostarGostar
É que às vezes é difícil entrevistar a vítima.
Especialmente quando morre.
GostarGostar
O Reporter Caramelo esteve lá e relata, com seriedade e isenção, para satisfazer o jcd e o José:
“Eram trinta e três jovens na praia. Apurámos que cinco deles eram de etnia Fula; dois eram mandingas, embora não puros, pois era patente alguma miscigenação com o mandjaco, e os restantes eram bantus, kioco nhanheca e bacongo, sendo que um dos bacongos tinha alguma miscigenação com a etnia algarvia da serra do caldeirão, por parte da mãe, e outro tinha traços de celtibero de Barcelos. Tudo aconteceu quando o bantu deu com uma garrafa de cerveja na cabeça do mandjaco…”
GostarGostar
“«não se interessou pelas pessoas que foram obrigadas a fugir do local e que perderam os seus pertences.»
Se assim foi, fez mal, isso era notícia.”
Mas se tinham fugido, a jornalista ia procurá-los onde?
GostarGostar
«««fez um tremendo esforço para não explicar as origens étnicas dos grupos em confronto»
não vi, mas se assim foi, fez bem.»»
Gabriel,
Uma das perguntas básicas do jornalismo não é o “Quem?”. Quem? Onde? Quando? Porquê? Como?
GostarGostar
«fez um tremendo esforço para não explicar as origens étnicas dos grupos em confronto»
não vi, mas se assim foi, fez bem.”
Ou seja.
Dois grupos andam em guerra.
Se fossem do Benfica e do Sporting, podiam dizer (como o fazem, sempre que há confrontos de claques).
Se fossem de duas escolas diferentes, podiam dizer.
Quando eram os de Crestuma contra Lever, podiam dizer.
Quando eram polícias contra polícias, podiam dizer.
Quando são skins contra bloquistas, podem dizer.
Quando são croatas contra turcos, podem dizer.
Quando a única distinção é étnica, lá se vai o direito à informação.
GostarGostar
“Uma das perguntas básicas do jornalismo não é o “Quem?””
Quem – um grupo de meliantes que, apesar de tudo, não se definem pela sua cor da pele.
Caro JM, leia qualquer dovimento de boas práticas jornalísticas (nacional ou internacional) e verá que todos advertem para a desonestidade que é associar o autor de qualquer prática criminosa ou desonrosa a uma etnia.
Eu, por exemplo, sou a Sofia. E, se me der uma paradinha, não lembra a ninguém associar a minha conduta à minha raça.
GostarGostar
“Ou seja.
Dois grupos andam em guerra.
Se fossem do Benfica e do Sporting, podiam dizer (como o fazem, sempre que há confrontos de claques).
Se fossem de duas escolas diferentes, podiam dizer.
Quando eram os de Crestuma contra Lever, podiam dizer.
Quando eram polícias contra polícias, podiam dizer.
Quando são skins contra bloquistas, podem dizer.
Quando são croatas contra turcos, podem dizer.”
Já reparou que deu exemplos de situações em que os intervenientes são antagonistas?
Se os factos oposessem um grupo de sujeitos de raça negra a um grupo de sujeitos de raça branca, o seu argumento até colhia. Mas, tanto quanto percebi, tratou-se de confrontos entre sujeitos da mesma raça.
Portanto, o jornalista ia apontar o quê ao avançar (aquilo que, de resto, já era evidente pelas imagens)? Qual é a relevância para se perceber os contornos dos afrontamentos?
0
GostarGostar
“dovimento de boas práticas jornalísticas”
Era documento. Sorry
GostarGostar
««Quem – um grupo de meliantes que, apesar de tudo, não se definem pela sua cor da pele.»»
A Sofia ainda vai defender que a mafia italiana não se distingue pela origem nacional.
««Caro JM, leia qualquer dovimento de boas práticas jornalísticas (nacional ou internacional) e verá que todos advertem para a desonestidade que é associar o autor de qualquer prática criminosa ou desonrosa a uma etnia.»»
Se um crime for cometido pela mafia italiana, o jonalista deve poder dizê-lo?
Se, no europeu, os adeptos alemães atacarem os turcos, o jornalista deve poder dizê-lo?
GostarGostar
Outra forma de identificar os meliantes é pela altura e o pelo peso.
Os mais baixos são os piores.
GostarGostar
“Já reparou que deu exemplos de situações em que os intervenientes são antagonistas?”
E neste caso, não eram?
GostarGostar
««Se os factos oposessem um grupo de sujeitos de raça negra a um grupo de sujeitos de raça branca, o seu argumento até colhia. Mas, tanto quanto percebi, tratou-se de confrontos entre sujeitos da mesma raça.»»
Ou seja, se existirem confrontos entre dois gangs negros, o jornalista não pode dizer de que cor são os gangs, apesar de a raça indicar o contexto social e o contexto social ser relevante para a compreensão da notícia?
GostarGostar
“A Sofia ainda vai defender que a mafia italiana não se distingue pela origem nacional.”
Salvo o devido respeito, não estou a ver a analogia entre a origem etnica de uma pessoa e o facto de qualquer pessoa (independentemente da sua etnia) fazer parte de uma associação criminosa.
GostarGostar
Sim, o «quem» é obviamente elemento essencial. A questão é de saber se neste caso em concreto a origem étnica ou a cor da pele tinham alguma coisa a haver com os factos. Pelo que li, não tiveram qualquer relevância.
Na minha opinião, quando se introduz um classificativo/característica pessoal que não tenha tido relevância no ocorrer dos factos, desvia-se o cerne da notícia para outras áreas, desvirtuando o facto noticiado, o qual corre o risco de assumir contornos que nada tiveram a ver com os factos. Isso é desinformar.
GostarGostar
««Salvo o devido respeito, não estou a ver a analogia entre a origem etnica de uma pessoa e o facto de qualquer pessoa (independentemente da sua etnia) fazer parte de uma associação criminosa.»»
Logo, não devem ser feitas referências à origem étnica dos membros de uma máfia, certo?
GostarGostar
pior ainda: o funcionário da SIC não quis saber o motivo da agressão aos agentes de autoridade.
Sim, senhor. Estes marginais, por serem quem são (pretos), podem agredir a polícia. Se fossem skins ou do FCP, prisão com eles.
GostarGostar
” jcd Diz:
23 Junho, 2008 às 12:52 pm
“Já reparou que deu exemplos de situações em que os intervenientes são antagonistas?”
E neste caso, não eram?”
Não no sentido que lhe deu nos exemplos que precederam o meu comentário. Nesse sentido, divulgar a etnia dos intervenientes só poderia ter relevância se os opositores foissem de uma etnia diferente.
Aí a etnia poderia ganhar revelância noticiosa, na medida em que permitisse inferir que se tratavam de confrontos com base em motivos raciais. Não foi, obviamente, o caso.
GostarGostar
Gabriel Silva Diz:
23 Junho, 2008 às 12:55 pm
O Gabriel acabou se ser promovido à categoria de “herói por uma dia”.
GostarGostar
“Logo, não devem ser feitas referências à origem étnica dos membros de uma máfia, certo?”
Certo.
Mas para que não faça aproveitamentos do que disse (sou um bocadinho para o desconfiada), deixe-me explicar que já é revelante a zona geográfica em essas associações criminosos operam.
GostarGostar
Também acho este muito giro:
“Segundo o CM apurou, a confusão começou cerca das 17h30, quando um grupo de jovens rodeou outro. “Rapidamente se juntaram centenas à confusão. Dois agentes da PSP – que faziam serviço na zona – foram chamados, mas, quando chegaram à areia e tentaram controlar a confusão, a multidão avançou para cima deles. “Tiveram que recuar enquanto ‘choviam’ garrafas de cerveja sobre eles”, relatou ao CM um funcionário do bar O Amarelo.”
“A multidão avançou para cima deles”. A multidão. Até parece que era o ‘povo’ contra a polícia.
GostarGostar
Sofia:
Ainda não percebi muito bem porque é que não se pode dizer a verdade numa notícia e porque é que vê nessa ocultação um acto de heroismo. Soa-me a censura.
GostarGostar
Sofia,
«Se os factos oposessem um grupo de sujeitos de raça negra a um grupo de sujeitos de raça branca, o seu argumento até colhia. Mas, tanto»
exacto, nesse caso ou no inverso, a questão racica poderia ser um indiciador dos motivos do confronto, pelo que seria relevante para explicar o evento.
Num escaramuça entre dois bandos da mesma raça a questão rácica não se me afigura relevante de per si. Outros elementos sobre o «quem» poderiam até eventualmente ser relevantes, como seja se eram gangs de diferentes bairros com historial de rivalidade, ou mesmo étnicos se por exemplo se caracterizavam, por embora da mesma «cor», serem rivais em termos de origem (por exemplo de origem «saotomenses contra caboverdianos».
GostarGostar
jcd Diz:
23 Junho, 2008 às 1:01 pm
Você vai buscar um jornaleco como exemplo e, ainda assim, a coisa corre-lhe mal.
Peço-lhe que faça o seguinte exercício: adapte o parágrafo que transcreveu, de modo que lhe pareça rigoroso, do ponto de vista noticioso.
GostarGostar
“Ainda não percebi muito bem porque é que não se pode dizer a verdade numa notícia e porque é que vê nessa ocultação um acto de heroismo. Soa-me a censura.”
Censura? Por Deus! Qualquer jornaleco é livre de publicar uma versão sensacionalista dos factos (com a hipérbole do costume – daí o meu espanto da cobertura serena do CM).
A minha censura é daquelas que vocês gostam – não compro!
Se for honesto percebe que não estou a defenmder que se oculte absolutamente NADA que seja relevante do ponto de vista noticioso; o que defendo é que não se deve dar crédito ao jornalismo da “pseudo-notícia” – cria-se notícia onde ela não existe, se for caso disso, com custos sociais.
GostarGostar
««Sim, o «quem» é obviamente elemento essencial. A questão é de saber se neste caso em concreto a origem étnica ou a cor da pele tinham alguma coisa a haver com os factos. Pelo que li, não tiveram qualquer relevância.»»
Gabriel,
A origem étnica ´relevante neste caso porque permite ao leitor avaliar os factos usando os seus próprios raciocínios. A raça é um elemento informativo. Permite ao eleitor relacionar estes factos com outros de que tem conhecimento. Permite ao leitor fazer juízos sobre o nível de integração social dos visados etc. Sem a informação sobre a raça, ou sobre a origem social, ou sobre a origem geográfica dos envolvidos, estes factos ficam a pairar num limbo. Não são compreensíveis. Porque é que os veraneantes que se encontram calmamente na praia se viram à porrada entre si e contra a polícia? Nas praias que frequento nunca aconteceu. Parece evidente que este grupo tinha alguma organização interna, ainda que informal, que resulta de uma identificação entre os seus membros. Parece também evidente que a etnia pode ser um factor explicativo fundamental.
Se um fenómeno semelhante ocorresse aqui no Porto, a notícia seria totalmente incompreensível se não incluísse informação sobre a origem geográfica dos envolvidos. A maior parte das pessoas deduziria que seriam pessoas dos bairros sociais mais problemáticos. O jornalista teria que incluir a informação para que a notícia fosse compreensível. E se não fossem membros de bairros problemáticos, então estaríamos perante um fenómeno novo.
No caso desta notícia, se a origem étnica não estiver incluída na notícia o leitor não sabe como a interpretar. É o velho fenómeno da violência étnica? É um fenómeno novo? O leitor não deve ser obrigado a ler nas entrelinhas para perceber o que se está a passar.
GostarGostar
E os policias agredidos eram de que etnia?
Ninguém se importa em saber?
GostarGostar
Da mesma forma e independentemente de terem descartado a etnia (facto menos importante para mim e julgo para outros) acho que por esse facto mesmo toda a reportagem não passou de um tentar lavar da situação.
Ele foi declarações minimizadoras e até se deram ao luxo de encontrar pessoas que disseram que não iam alterar os seus habitos de frequencia da praia epelo que se poderia ser induzido a que o que lá se passou teria sido de somenos.Curiosamente todos estes disseram que até ás 14h a paraia era calma. Depois das 14h é que não encontraram ninguem e muito menos deixaram as pessoas dizer porque até a essa hora.
Assim como assim e no mesmo sentido deste tipo de reportagem a mesma SIC relatou que o fogo posto no autocarro dos adeptos do FCP teria sido um acto de vandalismo isolado e que…pasme-se…. até a policia teria informado o condutor que não seria aconselhável estacionar ali.Culpa do motorista será?
Se fosse no Porto os vandalos teriam nome, filiaçao clubistica côr e entidade.
O jornalismo “tem dias”.
GostarGostar
Outra questão importante é que uma notícia serve como registro dos factos. A relevância dos factos pode não ser imediatamente compreendida. Só pode ser compreendida a posteriori. Se os factos não ficam todos registados, será impossível avaliar correctamente a notícia à luz de acontecimentos futuros. Imagine-se que em julho se descobre que está em curso uma guerra de gangs entre diferentes grupos de africanos. Como é que um leitor poderá em Julho relacionar essa nova informação com o que se passou na praia de Santo Amaro de Oeiras em Junho? Só pode se a raça dos envolvidos ficar registada na notícia de Junho.
GostarGostar
“relevante neste caso porque permite ao leitor avaliar os factos usando os seus próprios raciocínios.”
Neste caso, seria mais fabular com base em informação que, se passou, só poderia ter algum relevo.
“A raça é um elemento informativo.”
Nem sempre. Em casos como este seria desinformação.
“Não são compreensíveis. Porque é que os veraneantes que se encontram calmamente na praia se viram à porrada entre si e contra a polícia?”
está a ver? Tem muita razão. Afinal, porque é que aqueles dois grupos de sujeitos se viraram uns contra os outros? ISTO é que é notícia. E ISTO é que o bom jornalismo não nos deixa imaginar. Investiga e dá informação.
“Parece também evidente que a etnia pode ser um factor explicativo fundamental.”
Porquê?
Desculpe lá, a evidência passou-me ao lado.
“a notícia seria totalmente incompreensível se não incluísse informação sobre a origem geográfica dos envolvidos.”
Eu sabia que a pergunta da máfia era rasteira. Diga lá que não tenho um sexto sentido desgraçado…!
Reitero: origem geográfica não é etnia.
“o leitor não sabe como a interpretar.”
E se fossem dois grupos de individuos de raça brança, já sabia?
GostarGostar
“Nesse sentido, divulgar a etnia dos intervenientes só poderia ter relevância se os opositores foissem de uma etnia diferente.”
A confusão começou assim. Um grupo atacou pessoas de uma origem étnica diferente. Depois, esse grupo atacou a polícia.
Diga-me lá quais destas frases não devem ser ditas por um jornalista:
1. Adeptos do Sporting apedrejaram jovens de claque rival.
2. Grupo de jovens nacionalistas provoca confrontos com a polícia.
3. Grupo de skins envolvido em confrontos com jovens africanos.
4. Ucranianos agridem brasileiros.
5. Brasileiros causam distúrbios na Costa da Caparica.
5. Grupo de camionistas ameaça cidadãos.
6. Camionistas espanhóis apedrejaram camiões portugueses.
7. Cidadãos de Crestuma causam desacatos.
8. Grupos de habitantes do Alto da Loba atacam grupo de braileiros.
9. Ciganos apedrejam polícia.
10. Jovens negros provocam desacatos.
11. Grupo de cabo-verdianos envolve-se em confrontos com brasileiros.
12. Claque do FCPorto assalta área de serviço.
13. Adeptos do Benfica queimam autocarro.
GostarGostar
“A relevância dos factos pode não ser imediatamente compreendida.”
A modos que o conhecimento de que os sujeitops eram negros não tem prazo de validade, JM.
Se o jornalista (e todos nós – vimos as imagens) sabe que os sujeitos eram negros se, mais tarde, essa informação se revela relevante, passa-a. Qual é o stesse?
GostarGostar
stresse. sorry, again
GostarGostar
Ó.. mas os grupos eram mistos. Havia pretos e brancos dos dois lados.
GostarGostar
.. e acho que até vi um chines.
GostarGostar
Há uns meses atrás ocorreram uns problemas, creio que em Sintra. Um jovem foi assassinado e temia-se retaliação. A raça dos envolvidos não foi divulgada. Também não foi divulgado outro factor explicativo para uma eventual retaliação. Não foi feita nenhuma menção a gangs porque o fenómeno de gangs seria incompreensível sem a revelação da raça dos envolvidos. Ora, o habitual leitor de jornais não percebe esta notícia sem o elemento “raça”. A notícia não bate certo com o que sabemos da sociedade portuguesa. Os gangs costumam aparecer ligados à etnia, à droga, aos bairros sociais etc. Não estando presente na notícia nenhum destes factores o leitor nã tem meios para a compreender e até pode pensar que se está perante um fenómeno novo. Mas em Sintra não havia fenómeno novo nenhum.
GostarGostar
jcd Diz:
23 Junho, 2008 às 1:17 pm
5
7 (com base no título não se chega a uma conclusão. Depende do teor da notícia. Mas pode ser incorrecto)
9
10
GostarGostar
JCD
Respondi ao seu desafio. Fico à espera que responda ao meu (comentário 45)
GostarGostar
««Se o jornalista (e todos nós – vimos as imagens) sabe que os sujeitos eram negros se, mais tarde, essa informação se revela relevante, passa-a.»»
3 problemas:
– essa informação a posteriori descredibiliza o jornalista
– o impacto na formação da opinião e na formação de um corpo informativo é muito menor
– confirmações de teorias a posteriori são muito mais fracas
GostarGostar
“Não foi feita nenhuma menção a gangs porque o fenómeno de gangs seria incompreensível sem a revelação da raça dos envolvidos.”
Não é verdade!
GostarGostar
“- essa informação a posteriori descredibiliza o jornalista”
Como?
“- o impacto na formação da opinião e na formação de um corpo informativo é muito menor”
Por isso é que lhe disse que esse tipo de tratamento você encontra no CM, não (tendencialmente) nos jornais ” de referência”.
Há critérios objectivos, alguns deontológicos que se sobrepõem ao aspecto comercial.
O diferimento de infoemação deve acontecer SEMPRE até que se possa confirmar a sua veracidade e relevância.
“- confirmações de teorias a posteriori são muito mais fracas”
E muito mais sérias, também.
GostarGostar
“A modos que o conhecimento de que os sujeitops eram negros não tem prazo de validade, JM.
Se o jornalista (e todos nós – vimos as imagens) sabe que os sujeitos eram negros se, mais tarde, essa informação se revela relevante, passa-a. Qual é o stesse?”
Mas acha que não é relevante saber quem são os grupos que passam a vida à pancada, quem são e de onde vêm os grupos que afugentam as pessoas das praias com insultos, pequenos assaltos, má-criação, música alta, que se alcoolizam nas praias da linha, que deixam centenas de garrafas enterradas na areia (por vezes proposiitadamente partidas), que não respeitam ninguém que frequente a praia? São grupos homogéneos que vivem em bairros conhecidos. Mas por que carga de água se deve esconder esta informação?
GostarGostar
««“Não foi feita nenhuma menção a gangs porque o fenómeno de gangs seria incompreensível sem a revelação da raça dos envolvidos.”
Não é verdade!»»
A Sofia está a dizer que não há nenhuma correlação entre gangs e origem étnica? Está a dizer que o nível de integração numa sociedade não é relevante para a formação de gangs?
GostarGostar
João,
«Se um fenómeno semelhante ocorresse aqui no Porto, a notícia seria totalmente incompreensível se não incluísse informação sobre a origem geográfica dos envolvidos. A maior parte das pessoas deduziria que seriam pessoas dos bairros sociais mais problemáticos. O jornalista teria que incluir a informação para que a notícia fosse compreensível. E se não fossem membros de bairros problemáticos, então estaríamos perante um fenómeno novo.»
De acordo.
«No caso desta notícia, se a origem étnica não estiver incluída na notícia o leitor não sabe como a interpretar. É o velho fenómeno da violência étnica? É um fenómeno novo? O leitor não deve ser obrigado a ler nas entrelinhas para perceber o que se está a passar.»
Parcialmente de acordo.
Apenas substituiria o termo «origem étnica» (no sentido rácico) por localização geográfica/social.
No caso presente poderia e certamente se deveria ter indicado «jovens do bairro 6 de Maio», «da Damaia», da «Buraca», de onde fossem, para compreensão e enquadramento das possíveis origens do conflito/notícia.
Tal como não se escreve normalmente «bando de brancos» não vejo onde se pudesse utilizar «bando de pretos».
E a expressão de «origem africana» como substituto da designação da cor é enganadora, pois Carlos Queirós, Carlos Cruz ou Emídio Rangel são, como muitos milhares de portugueses, também de «origem africana».
GostarGostar
“Mas acha que não é relevante saber quem são os grupos que passam a vida à pancada”
Cá está!
O JCD deixou-se trair pelos seus impetos justiceiros.
Afinal o JCD só acha relevante adiantar a raça dos sujeitos porque, tanto quanto sabe os eles que compõem os “grupos que passam a vida à pancada”. Mas então, dois pontos:
1. O JCD tem de ter em conta que essa é a sua interpretação.
2. O JCD tem de negar a regra básica do jornalismo (notícioso) de que ao jornalista não cabe fazer interpretações, mas relatar os factos.
GostarGostar
JoaoMiranda Diz:
23 Junho, 2008 às 1:31 pm
Acho que é absolutamente relevante a criação de gangues.
Acho que, a etnia dos membros dos gangues, nem sempre é notícia. Mais, por regra, não é.
O gangue A anda à bulha com o gangue B – é a notícia.
GostarGostar
“E a expressão de «origem africana» como substituto da designação da cor é enganadora, pois Carlos Queirós, Carlos Cruz ou Emídio Rangel são, como muitos milhares de portugueses, também de «origem africana».”
HA! HA! HA! E quem é que diz que não são perigosos?
Já alguém se lembrou de usar esse argumento no julgamento da casa pia, por exemplo?
GostarGostar
Dando de barato que a informação sobre a etnia dos participantes poderia ser relevante para a notícia, pedia-se um pouco mais de rigor, como o comentário 24. sugere:
“Eram trinta e três jovens na praia. Apurámos que cinco deles eram de etnia Fula; dois eram mandingas, embora não puros, pois era patente alguma miscigenação com o mandjaco, e os restantes eram bantus, kioco nhanheca e bacongo, sendo que um dos bacongos tinha alguma miscigenação com a etnia algarvia da serra do caldeirão, por parte da mãe, e outro tinha traços de celtibero de Barcelos. Tudo aconteceu quando o bantu deu com uma garrafa de cerveja na cabeça do mandjaco…”
GostarGostar
Piscoiso Diz:
23 Junho, 2008 às 1:38 pm
E vão dois, para a categoria de “herói por um dia”.
Brilhante, Piscoiso. Muito bom!
GostarGostar
” As grandes questões, o problema crucial, as dúvidas tremendas eram outras.
A polícia actuou bem? Terão cometido excessos? Usaram de força desproporcionada?”
O JM nao acha importante referir que essas perguntas surgem porque uma jovem entrevistada antes acusava a policia de ter agredido os jovens em luta e daí justificar a agressao à policia? Nao acha que está a ser injusto com o jornalista?!?
GostarGostar
Quanta energia se gasta neste blogue para defender ou atacar o “politicamente correcto”. A conclusão que retiro é que o tema e o termo “raça” – que não significa automaticamente descriminação – ainda está (e continuará a estar, não haja ilusões) muito vivo na sociedade portuguesa. Que cada um tome o partido que melhor entender.
GostarGostar
É obvio que é fundamental referir a origem etnica dos delinquentes. Isto para que os portugueses se consigam aperceber de quais são as reais e desastrosas consequencias da imigração africana em larga escala para Portugal. E é precisamente para evitar que os portugueses se apercebam disso, que a comunicação social tenta encobrir as origens etnicas dos delinquentes.
GostarGostar
“Mas por que carga de água se deve esconder esta informação?”
Posso adivinhar a resposta:
a) Porque têm direito à privacidade
b) Porque dizer Preto em Portugal é racismo
c) Porque em Portugal parte-se do princípio que por associar um desacato a uma étnia todas as pessoas dessa étnia não têm inteligência suficiente para se distinguir de pessoas da mesma raça mas com atitudes deploráveis.
(afinal quando o Movimento Skin matou um jovem de raça negra eu senti-me ultrajada por serem brancos, engano, senti-me ultrajada por serem humanos – mas pouco, diga-se)
GostarGostar
E os ucranianos ?
E os ciganos ?
E os judeus ?
E os coxos ?
GostarGostar
A forma como referenciam os jovens é importante, mas é preciso escolher bem a problemática da questão. Penso que o ideal é que todos em Portugal sejam portugueses ou estajem em vias de se tornar parte da comunidade nacional. É por isso que o fenómeno observado é preocupante, pois ele indica que a sociedade está a se fragmentar em grupos tribais, balcanizando o país. É preciso integrar para destruir as tendências centrífugas que podem criar em Portugal uma situação inédita, igualando o que era uma sociedade que tendia à homogeneização da identidade numa só e dava total liberdade de movimentos para o indivíduo às sociedades anglo-saxónicas, onde os indivíduos devem se juntar ao seu grupo étnico.
Portanto, é preciso combater todos os que promovem o racismo, seja ao afirmar que o problema é racial, seja ao negar que o problema não existe. É o que faz a esquerda nas suas vertentes comunistas e nacional-socialistas. É hora da direita reagir contra isso e defender a honra de Portugal.
GostarGostar
Quanto ao problema da imigração, penso que é importante aceitar que a capacidade de absorção de novos elementos no país se esgotou. Já temos trabalho para umas três gerações. E para os que pensam em termos economicistas, lembrando da necessidade de mão-de-obra, a resposta é pôr em causa o estado providência, pois ao substituir a família em vários dos seus papéis tradicionais como o ensino de valores às crianças, o apoio ao desemprego e o amparo à velhice, desincentivou a natalidade. Não penso que um país deva viver com as portas fechadas, mas aceitar mais gente do que pode absorver é também uma política suicida.
GostarGostar
Sofia dixit:
5 – (5. Brasileiros causam distúrbios na Costa da Caparica.)
Neste caso, pelos menos uma televisão noticiou desta maneira e a notícia estava correcta. Foi na sequência de um jogo do Brasil. Qual seria a motivação para a Sofia esconder a nacionalidade dos causadores dos desacatos?
7 (Cidadãos de Crestuma causam desacatos.)
Mas se eram cidadãos de Crestuma, porque razão escondê-lo? Qual a lógica de deixar dizer que eram Sportinguistas, skins, camionistas (factor de união clubístico, político ou profissional) e não poder dizer que eram de Crestuma (geográfico)
9 (Ciganos apedrejam polícia.)
Não se pode dizer que são ciganos, mesmo que sejam???
10 (Jovens negros provocam desacatos.)
Podem ser do Sporting, do Porto, camionistas, espanhóis. Negros, brasileiros ou ciganos é que não.
De qualquer maneira as suas opções são quase sempre óbvias porque são absolutamente ditadas pelo politicamente correcto dos tempos que correm. Se as notícias são todas verdadeiras, a sua escolha é puramente censória.
GostarGostar
Até parece que nunca viram putos ao banano
GostarGostar
JoaoMiranda Diz:
23 Junho, 2008 às 1:09 pm
««Sim, o «quem» é obviamente elemento essencial. A questão é de saber se neste caso em concreto a origem étnica ou a cor da pele tinham alguma coisa a haver com os factos. Pelo que li, não tiveram qualquer relevância.»»
“….Se um fenómeno semelhante ocorresse aqui no Porto, a notícia seria totalmente incompreensível se não incluísse informação sobre a origem geográfica dos envolvidos. A maior parte das pessoas deduziria que seriam pessoas dos bairros sociais mais problemáticos…”
É óbvio!!! De quaisquer bairros sociais uma vez que são quase todos problemáticos!!! Ou poder-se-ia pensar que eram de Etnia Cigana, que é a etnia dominante nos bairros sociais “problemáticos”!!!
Tudo isto não é novidade para ninguém!!!
Não é necessário informar acerca da etnia para se saber a etnia dos envolvidos na rixa de praia, nem é necessário ver as imagens….pela rádio, sabendo-se ser no Sul de Portugal, qualquer ouvinte conseguiria saber de imediato que se tratavam de pessoas de raça negra, jovens e desocupados!!!
GostarGostar
Sofia dixit:
JCD
Respondi ao seu desafio. Fico à espera que responda ao meu (comentário 45)
Em vez de
“a multidão avançou para cima deles.”
escreva-se
“Os jovens avançaram para cima deles.”
Não era a multidão. Essa tinha-se posto em fuga. Restavam os que fizeram os desacatos e os seus grupos. A multidão, naquela tarde, queria era muito mais polícias.
GostarGostar
O jornalista da SIC usou aquilo a que se chama “jornalismo subliminar”. Não precisa de referir qual a etnia. Basta informar que se passou na praia de Santo Amaro e que se tratavam de gangs que qualquer leitor/espectador atento percebe logo do que se trata.
Muito importante para este assunto é a posição do BE. Já se pronunciou? É que às tantas, tal como no “Arrastão” aquilo nem aconteceu. Foi tudo virtual.
GostarGostar
Mais uma razão para deixar de ver televisão… Quantas mais querem? 🙂
GostarGostar
Havia algum ribatejano? Ouvi dizer que os ribatejanos são danados pra porrada….
GostarGostar
Sofia dixit:
“Cá está!
O JCD deixou-se trair pelos seus impetos justiceiros.
Afinal o JCD só acha relevante adiantar a raça dos sujeitos porque, tanto quanto sabe os eles que compõem os “grupos que passam a vida à pancada”. Mas então, dois pontos:
1. O JCD tem de ter em conta que essa é a sua interpretação.
2. O JCD tem de negar a regra básica do jornalismo (notícioso) de que ao jornalista não cabe fazer interpretações, mas relatar os factos.”
Mas quais ímpetos justiceiros? Se há grupos que causam sistematicamente desacatos, não devemos saber quem são? Mas pensa que isto é a primeira vez? Sabe de que falam os pais desta zona? Se devem ou não deixar os filhos irem à praia. Não é um problema de raça. É um problema de falta de protecção policial em relação a um conjunto de desordeiros que possuem uma característica comum.
Se fossem meia dúzia de meliantes skins de Carcavelos, já os tinham apanhado hà muito tempo. Neste caso, a impunidade é total. É proibido levar garrafas para a praia. Toda a gente vê a quantidade de garrafas que entram nas praias e a polícia também. Ninguém actua. Mas se for eu a passar com uma garrafa de vidro ao pé de um polícia, no acesso à praia, chamam-me a atenção.
Há 2 anos, na saída do túnel da praia de Carcavelos, miúdos assaltavam outros miúdos. Roubavam carteiras e telemóveis a quem passava. Não faziam nada aos adultos. Telefonei à polícia. Responderam-me que não valia a pena, que quando chegassem já se tinham ido embora. Ofereci-me para identificá-los (era facílimo, num caso o penteado era excêntrico, outro era um aluno de uma escola da zona que alguém presente conhecia). As resposta que me deram foi “Quer mesmo meter-se nisso?”, “Eles fogem, não conseguimos apanhá-los.”, “agora não temos ninguém” e outras desculpas. A polícia foge destes casos “étnicos”. E é fácil perceber porquê. Se actuarem, vão ser acusados de excessos, racismo, uso de força desproporcionadal, como o jornalista da TV logo procurou fazer.
Na verdade fazem mal. É que é esta impunidade que acaba por fazer renascer os ânimos racistas. Como distinguir os bons cidadãos dos maus se os deixam andar misturados? Como não se actuam sobre os prevaricadores o que acontece é que toda a comunidade fica referenciada.
GostarGostar
“Havia algum ribatejano? Ouvi dizer que os ribatejanos são danados pra porrada….”
Nos que fugiram da praia haveria certamente ribatejanos.
GostarGostar
Para o politicamente correcto, o preto não existe. Só existe o branco.
Querem maior racismo?
GostarGostar
“É que é esta impunidade que acaba por fazer renascer os ânimos racistas. Como distinguir os bons cidadãos dos maus se os deixam andar misturados? Como não se actuam sobre os prevaricadores o que acontece é que toda a comunidade fica referenciada.”
Completamente de acordo, jdc.
GostarGostar
jcd Diz:
23 Junho, 2008 às 2:54 pm
1. “Foi na sequência de um jogo do Brasil.”
Esta parte não disse. Não lhe parece que faz toda a diferença?
Pelo resto do comentário, retiro que não conseguiu provar a sua tese.
GostarGostar
jcd Diz:
23 Junho, 2008 às 2:59 pm
Ah… era só um problema de estilo, portanto.
GostarGostar
“Mas quais ímpetos justiceiros? Se há grupos que causam sistematicamente desacatos, não devemos saber quem são? Mas pensa que isto é a primeira vez?”
O JVD volta a dar-me razão. Quantas vezes é que os desacatos são provocados por gente de raça branca? São sempre noticiados? Deve-se reiterar sempre que os indivíduos são de raça branca?
GostarGostar
“Se fossem meia dúzia de meliantes skins de Carcavelos, já os tinham apanhado hà muito tempo.”
Sim, JCD. Coitados dos Skins são uns perseguidos do sistema…!
GostarGostar
“Na verdade fazem mal. É que é esta impunidade que acaba por fazer renascer os ânimos racistas.”
Tem toda a razão. E o JCD é prova disso.
GostarGostar
O interesse de saber a etnia é para eu poder avaliar a politica de portas abertas deste e de outros governos. Já para não falar nas maravilhas do multiculturalismo. Também gosto de saber a quem anda a ser dada a nacionalidade portuguesa.
Não é o que todos queremos? Eleitores esclarecidos.
GostarGostar
“O JVD volta a dar-me razão. Quantas vezes é que os desacatos são provocados por gente de raça branca? São sempre noticiados? Deve-se reiterar sempre que os indivíduos são de raça branca?”
Em Maputo ou Luanda, não é corrente ( ia escrever normal, mas arrependi-me correctamente) ver um preto loiro ou um branco de carapinha.
Assim, é de todo aceitável e nada tem de racista que os jornalistas locais, escrevessem a este propósito e nessa eventualidade que os desacatos teria sido provcados por brancos europeus.
Nada de racista poderia ser rotulado a tal notícia.
Então, porque não se aceita o mesmo princípio e se evita escrever a palavra “preto”, quando são efectivamente pretos quem pratica desacatos num país maioritariamente branco?
A palavra “preto”, ainda por cima e por cá, não tem conotação pejorativa, como tinha por exemplo “nigger”, nos EUA.
Há pretos e brancos, não é assim? E asiáticos ( porque de facto não são amarelos) e mulatos e loiras e morenas e esquimós e pigmeus e ainda ciganos, judeus e árabes.
Não é esta a diversidade cultural?
Porquê, escondê-la ao suprimir a referência a “pretos”?
Por medo de politicamente se incorrer em xenofobia?
Mas isso não é exactamente o que ocorre, quando se discrimina pelo silêncio e por esse mesmo medo?
GostarGostar
««O JVD volta a dar-me razão. Quantas vezes é que os desacatos são provocados por gente de raça branca?»»
Qualquer leitor de jornais pressupõe que os actores das notícias são de raça branca por omissão. É por isso que a menção da raça branca acrescenta muito pouco à notícia. Do ponto de vista jornalístico, interessa realçar os aspectos disntintivos e não aqueles que já são assumidos como a norma.
GostarGostar
Faz-me lembrar a anedota em que duas senhoras de cor negra( lá vai mais esta concessão), pretendem o mesmo assento no autocarro e uma delas, perdendo o lugar a que se julgava com direito, chama a outra de “preta”, julgando elevar-se socialmente, no meio ambiente.
Uma circunstante, apoiante da vituperada, conforta-a logo a seguir com a tirada: “Deixe lá, minha sehora. Preta, é ela!”
GostarGostar
Muito bem JCD, eu mesmo fiz logo essa observação em casa. Esta mania do politicamente correcto só para o que convém a alguns já mete nojo.
Quem devia ter levado com as garrafas na cabeça era o ministro Rui Pereira,talvez passasse a ser ainda mais desculpabilizador.
Não apreciando a criatura e os seus filmes, verifico agora que para os politicamente correcto, aquele filme do João César Monteiro todo a preto tinha a sua razão de existir. Era o que devia ter feito a SIC com aquela reportagem. Tudo a negro ou branco, como quiserem e só o som de fundo. Assim já não havia melindres para os mais suceptíveis e para os politicamente correcto.
E depois ainda há a esquerda que se indigna pelo uso e imposição das burkas nas mulheres no domínio dos talibans. Então assim é que é poticamente correcto. Quando uma delas for apanhada a roubar lá a televisão deles apenas dirá que foi uma burka que foi apanhada a roubar.
Aquilo que eu julgava que não fazia sentido nenhum, ao ouvir estes politicamente correctos, quase que sou tentado a aceitá-lo, o filme do João César Monteiro e o uso das burkas.
GostarGostar
JoãoMiranda Diz:
23 Junho, 2008 às 4:07 pm
O meu comentário destinava-se a rebater a ideia de que são os negros a “trupe” dos desacatos do costume. É esse o ponto de vista do JCD.
GostarGostar
Sofia Ventura Diz:
“Ah… era só um problema de estilo, portanto.
Não, era mesmo um problema de conteúdo.
GostarGostar
“O JVD volta a dar-me razão. Quantas vezes é que os desacatos são provocados por gente de raça branca? São sempre noticiados? Deve-se reiterar sempre que os indivíduos são de raça branca?”
Mas claro que sabemos sempre quem causa os desacatos. Exceptuando estes casos, é raro uma notícia sobre desacatos que não nomeie os autores, sejam eles ‘skins’, ‘benfiquistas’, ‘camionistas’, ‘alunos de uma escola do Porto’, etc, etc. Brancos, devem ser quase todos, mas nestes casos o factor de união é geralmente outro.
GostarGostar
“Brancos, devem ser quase todos, mas nestes casos o factor de união é geralmente outro.”
Se ser-se branco não é “factor de união” porque é que ser-se negro é?
GostarGostar
Sofia
“O meu comentário destinava-se a rebater a ideia de que são os negros a “trupe” dos desacatos do costume.”
E isso é uma opinião ou uma certeza?
GostarGostar
“Então, porque não se aceita o mesmo princípio e se evita escrever a palavra “preto”, quando são efectivamente pretos quem pratica desacatos num país maioritariamente branco? “ José
Por razões históricas, José. Ainda até bem pouco tempo, pretos eram os escravos dos brancos. Temos que esperar mais uns bons cem anos para essas feridas sararem.
GostarGostar
“Se ser-se branco não é “factor de união” porque é que ser-se negro é?”
1. 20 benfiquistas causam desacatos. A notícia deve ser: Benfiquistas causam desacatos. Não interessam quantos são do Lordelo ou da Damaia, quantos são brancos ou pretos, quantos são meninos ou meninas.
2. 20 raparigas benfiquistas causam desacatos. A notícia deve ser :”Raparigas benfiquistas causam descatos”. Não interessam quantas são do Lordelo ou da Damaia, quantas são brancas ou pretas, mas se há um novo elemento comum, deve ser dito.O que as une é serem meninas benfiquistas.
3. 20 raparigas do Núcleo Benfiquista da Damaia causam desacatos. A notícia deve ser :”Raparigas benfiquistas da Damaia causam descatos”. Não interessa quantas são brancas ou pretas, se utilizam TMN ou Telecel, se são altas ou baixas, mas se há um novo elemento comum, a Damaia, deve ser dito porque faz parte da notícia. O que os une é serem meninas do núcleo benfiquista da Damaia.
4. Pescadores causam desacatos. A notícia deve ser :”Pescasores causam descatos”. Não interessa quantas são brancos ou pretos, se são de Olhão ou de Portimão, se são do Sporting ou do Benfica, se utilizam TMN ou Telecel, se são gays ou hetero, altos ou baixos. Só há um elemento comum, a pesca e deve ser dito porque faz parte da notícia. O que os une é a pesca.
5. Pescadores de Portimão causam desacatos. A notícia deve ser :”Pescasores de Portimão causam descatos”. Não interessa quantas são brancos ou pretos, se são do Sporting ou do Benfica, se utilizam TMN ou Telecel, se são gays ou hetero, altos ou baixos. Mas já há mais um elemento comum ao grupo, a origem e deve ser dito porque faz parte da notícia. O que os une é serem pescadores e de Portimão.
Se o factor de união do grupo for étnico ou de nacionalidade, porque razão não se há-de dizer, sejam pretos, chineses, ciganos, brasileiros ou ingleses?
Aliás, este cuidado não existe com outras nacionalidades. Veja, por exemplo, aqui:
http://www.guiadacidade.pt/portugal/index.php?G=artigos.index&artid=6317&distritoid=11
GostarGostar
O cúmulo do rídiculo é a tv passar um video amador em que se ve numerosa gente na praia de um lado para o outro provavelmente a ver o sucedido, nao se ve uma agressao sequer mas nota-se que há numerosos bronzes e uns loiros que de vez enquando sorriem para a fotografia. Mas para que é que a tv passa aquelas imagens de gente na praia? Pediu autorizaçao a cada uma delas?!?
GostarGostar
“E isso é uma opinião ou uma certeza?”
É a minha interpretação dos seus comentários. Cada um é livre de ter a sua. Naturalmente, concedo (e torço para que seja verdade) que posso estar enganada.
GostarGostar
“Se o factor de união do grupo for étnico ou de nacionalidade, porque razão não se há-de dizer, sejam pretos, chineses, ciganos, brasileiros ou ingleses?”
MAs que a etnia seja, neste caso, factor de união é já uma interpretação. Quem é que me diz a mim que aquilo não foi um grupo de amigos arruaceiro que encontrou outro grupo de amigos igualmente arruaceiros?
GostarGostar
“Eu, por exemplo, sou a Sofia. E, se me der uma paradinha…”
O que é uma “paradinha”?
GostarGostar
m. No PÚBLICO não se faz discriminação sexual ou racial. A cor da pele do suspeito de um crime nunca deve merecer relevância noticiosa, salvo quando subsistirem óbvias implicações raciais. Cf. Casos de violação da privacidade, em Privacidade e Responsabilidade.
Livro de estilo do Público: http://static.publico.clix.pt/nos/livro_estilo/07-informar-m.html
GostarGostar
Sinceramente. Nao acham estupido passarem um video amador e dizerem que sao imagens dos confrontos, quando o que se ve sao pessoas a ver os tais supostos confrontos? Até parece que as pessoas filmadas é que se andavam a agredir. Nao se ve nada.
GostarGostar
“Quem é que me diz a mim que aquilo não foi um grupo de amigos arruaceiro que encontrou outro grupo de amigos igualmente arruaceiros?”
Mas foi mesmo isso. Amigos que tinham algo em comum, para lá de serem arruaceiros.
Não deixa de ter piada que o tema deste post tenha sido a tentativa por parte de um mau jornalista de atirar responsabilidades para a polícia e o debate tenha sido transportado para o PC do que não se pode dizer.
GostarGostar
Bom . Quero ver o next episódio do Jel com o skim salazar . Já me estou a rir .
“VAMOS ACABAR COM A MAMA TODA !!!!! “
GostarGostar
Red Snapper:
Esse é o senso comum que eu entendo. Mas então que se diga mesmo abertamente que ainda não expurgamos o preconceito e que aqueles que omitem deliberadamente a menção a “preto”, fazem-no precisamente por causa desse preconceito e não pelas boas razões.
No fundo, são mais racistas, querendo ser menos…
Lembra-me a crónida de Pacheco Pereira, na Sábado ou num Público da semana que passou: fala na derrota com a Suíça para afirmar que era a esses que deveríamos ganhar, porque daríamos uma satisfação moral aos nossos conterrâneos que lá trabalham por conta de patrões suíços. A vitória, nesse caso, seria uma espécie de moralização de quem está sujeito a trabalho dependente e emigrante. E depois cita, o caso dos imigrantes lituanos ( ou ucranianos que vai dar ao mesmo) para dizer que os Suíços, em relação aos nossos emigrantes, têm a mesma atitude que nós em relação àqueles…
A história da preta ocorreu-me logo.
O racismo e a xenofobia, tem muitas faces, mas o povo português, não é racista no seu todo. Parece-me uma ideia assente.
Só o BE é que julga que sim…vá lá saber-se porquê.
GostarGostar
Sofia Ventura
“o que defendo é que não se deve dar crédito ao jornalismo da “pseudo-notícia” – cria-se notícia onde ela não existe”
“2. O JCD tem de negar a regra básica do jornalismo (notícioso) de que ao jornalista não cabe fazer interpretações, mas relatar os factos.”
Portanto, não é um facto que os envolvidos eram pretos. Tratou-se, com certeza, de uma interpretação do JCD.
JCD, tem que perder a mania de ver uma pessoa de cor negra e interpretar automaticamente que se trata de um preto!
🙂
GostarGostar
“Não deixa de ter piada que o tema deste post tenha sido a tentativa por parte de um mau jornalista de atirar responsabilidades para a polícia e o debate tenha sido transportado para o PC do que não se pode dizer.”
A mim parece-me que tem piada é o jcd achar que foi mau jornalismo, um jornalista ter um documento de uma jovem a dizer que a polícia tinha agredido os jovens que se envolveram na briga o que levou o ataque à policia e achar que ojornalista nao devia tentar ouvir outras opinioes de quem estava na praia para pelo menos ter outras opinioes. Quer dizer ia ficar só com aquele depoimento.
Mau bloguismo é o de jcd neste ponto.
GostarGostar
««MAs que a etnia seja, neste caso, factor de união é já uma interpretação. »»
O leitor tem direito a fazer interpretações. Claro que só as pode fazer se a informação sobre a origem étnica for revelada. O que a Sofia está a defender é que o jornalista deve esconder factos para evitar determinadas interpretações.
GostarGostar
“Pensei que ia morrer”, dizia Renata, de 18 anos, que pretendera passar uma tarde tranquila. Tudo começou mesmo ali ao lado, junto ao Bar Amarelo, por volta das 17.15.Um indivíduo branco e outro negro agrediram-se, provocando imediatamente a reacção de todos os diferentes grupos que se encontravam na praia, oriundos de zonas problemáticas da Grande Lisboa. DN
Estao a ver um era branco outro moreno. Eles tinham dois amores..lalalalala
Eram mistos os “gangues” estais a ver… iam falar de etnia como?!!!
Isto é cada uma. Vai a ver quem atirou a garrafa foi um branco ou um preto… e partiu na mesma a cabeça do policia. Tanto faz ser branco ou preto que nao é por isso que atirar a garrafa deixa de ser mau.
GostarGostar
Havia brancos do lado do amigo preto e pretos do lado do amigo branco e depois zas foi tudo contra os policias. Nao havia etnia , acabai a discussao.
GostarGostar
ideiafixa Diz:
23 Junho, 2008 às 5:02 pm
1.º O seu bonequinho parece um alter ego do meu;
2.º Uma “paradinha” é o efeito que se produz quando os nossos neuróneos entram em curto circuito.
GostarGostar
Um branco e um preto envolveram-se numa briga ali ao lado do bar amarelo.
É poético.
GostarGostar
««Estao a ver um era branco outro moreno. Eles tinham dois amores..lalalalala
Eram mistos os “gangues” estais a ver… iam falar de etnia como?!!!»»
Dizendo que um era branco e outro negro. É informativo e não cria dúvida.
GostarGostar
“Amigos que tinham algo em comum”
Sendo que o tinham em comum não contribuiu – até ver – para nada do que foi notícia. Se não contribuiu, não é notícia; é superfluo.
GostarGostar
“Portanto, não é um facto que os envolvidos eram pretos. Tratou-se, com certeza, de uma interpretação do JCD.”
Vê como sabe…!
O facto dos envolvidos serem de raça negra só pode ter relevância se se pretender daí tirar qualquer tipo de ilação. O JCD tirou: são normalmente os negros que causam distúrbios.
GostarGostar
“O racismo e a xenofobia, tem muitas faces, mas o povo português, não é racista no seu todo. Parece-me uma ideia assente.” José
Correcto. Eu vou mais longe: o povo português é o menos racista do mundo.
GostarGostar
A questão da imigração é uma questão política. A existência de largos grupos que não fazem nada na vida e se dedicam quase exclusivamente a actividades criminosas é uma consequência das políticas de imigração do passado. Aqueles que por razões ideológicas se batem pela vinda de mais imigrantes, para fazer valer os seus pontos de vista têm naturalmente que ocultar, ou tentar ocultar, as consequências negativas da imigração. Para isso recorre-se à censura e às acusações de racismo a todos os que não se auto-censuram.
É evidente que para compreender a notícia se torna necessário dizer quem são os envolvidos. Se é o gang da Damaia contra o da Quinta do Mocho, ou o da Cova da Moura contra o da Azinhaga dos Besouros.
GostarGostar
O que a policia devia ter feito, era disparar balas de borracha, porque ao verem tres ou quatro meliantes feridos, os outros batiam em retirada.
Quanto ao canalha do jornalista que fez as preguntas, gostava que ali estivesse familia, mulher, filhas, irmãs, para serem feridas pelas garrafas e ele então com o a voz estupida preguntava se tinha havido excessos? filho, de uma senhora, que não teve a culpa colocar neste mundo……..
GostarGostar
Mas será que o jornalista foi consultar os dados biográficos dos participantes, ou foi a olho nu que determinou a etnia ?
E se em vez da etnia fornecesse elementos sobre o regime alimentar dos participantes, para que os leitores formassem uma ideia da influência das dietas no comportamento social !
GostarGostar
“Dizendo que um era branco e outro negro. É informativo e não cria dúvida.”
E de certeza que nao havia um amarelo?
Toda a gente sabe que se sao humanos sao pretos ou brancos. Vao dizer a cor dos cabelos? Também pode ser informativo.
GostarGostar
“O facto dos envolvidos serem de raça negra só pode ter relevância se se pretender daí tirar qualquer tipo de ilação. O JCD tirou: são normalmente os negros que causam distúrbios.”
Não é normalmente, é SEMPRE, pelo menos neste tipo de distúrbios.
GostarGostar
Tribunus Diz: “Quanto ao canalha do jornalista que fez as preguntas”
E se o tribunus visse mas é a reportagem?!?
Está a chamar canalha ao jornalista que tentou demonstrar que a policia nao usou de violencia desnecessária, contrarinado o que uma miúda tinha afirmado. É preciso ser mesmo mau.
GostarGostar
“Aqueles que por razões ideológicas se batem pela vinda de mais imigrantes, para fazer valer os seus pontos de vista têm naturalmente que ocultar, ou tentar ocultar, as consequências negativas da imigração. Para isso recorre-se à censura e às acusações de racismo a todos os que não se auto-censuram.”
Nem mais. Esta é a realidade que muitos, na sua demanda interior de higienização de complexos.
GostarGostar
“Dizendo que um era branco e outro negro. É informativo e não cria dúvida.”
Lá se foi a teoria do JCD que os negros é que são responsáveis pela bandalheira. Justiça poética, I tell you.
GostarGostar
««O facto dos envolvidos serem de raça negra só pode ter relevância se se pretender daí tirar qualquer tipo de ilação. »»
Sofia,
Mas afinal eu posso ou não tirar ilações das notícias? Preciso da sua autorização? Só posso tirar ilações de notícias previamente autorizadas? É óbvio que as pessoas usam as notícias para tirar ilações. Essa é uma das funções das notícias. E depois?
GostarGostar
Se existissem praias só para brancos e outras só para pretos, acabava-se com estas discussões da treta sobre o racismo, o politicamente correcto, e a esquerda e mais a direita, o Salazar, o bom ou mau jornalismo, etc.. Houve porrada? Onde? Na praia dos pretos, pá. Assim era muito mais fácil e o pessoal (leia-se brancos) já estava muito mais protegido da arruaça. Até proponho a Praia de Carcavelos só para brancos e a da Cruz Quebrada só para pretos, que tal?
GostarGostar
É claro que os racistas têm direito a que as notícias lhes dêem informações da raça dos noticiados, para daí tirarem ilações racistas. Os jornalistas racistas existem para isso.
Os próprios jornalistas, ao assinarem uma peça, deviam indicar a raça.
GostarGostar
” povo português, não é racista no seu todo.”.
Ó josé, os portugueses são na sua maioria, racistas. Só irias saber isso se mudasses de cor durante uma semana. Depois, farias uma experiêcia simples: vai à procura de quarto ou casa para arrendar, por exemplo…
E a palavra “preto” é ainda considerado ofensivo pela maioria das pessoas de origem africana, quer queiras, quer não, precisamente por causa da sua forte carga simbólica que finges ignorar. E é exactamente por ser ofensivo, já agora, que tu, no teu dia a dia, digas o que agora disseres, não utilizas a palavra preto. Estás aqui simplesmente armado em muito politicamente incorrecto e tal, é ou não é? 😉
Quanto à magna importância de se informar da cor da pele dos gajos que estavam à porrada na praia, ainda não percebi bem. Qual era a relação branco/negro, afinal? 90 por cento de jovens negros e 10% de jovens brancos? 80/20? Ou seria outra a relação? Foi um preto ou um branco que rachou a cabeça à policia? O João Miranda e o jcd queriam era uma reportagem desenvolvida da coisa, num programa de uma hora, incluindo bairros de origem, escolas, circunstãncias concretas do que aconteceu, etc, etc. Mau jornalismo era o reporter dizer que foi “um grupo de jovens negros” ou coisa assim, coisa que me parece que o jcd estava á espera.
José, vives na lua. E é óbvio que preto é uma expressão a evitar, por quem tem um mínimo de sensibilidade, exactamnete porque a
GostarGostar
Apesar de se advogar a isenção como condição de legitimidade do jornalismo, a verdade é que, de uma maneira ou doutra, as notícias são produzidas por meio de selecção e classificação dos factos a partir de categorias ideológicas. Muitos já se encarregaram de demonstrar que boa parte das pretensões da objectividade não passavam de ideologia. Neste sentido, o que deve ser seleccionado não deve ser o mais importante mas sim o mais interessante, com maior potencial de entretenimento…)
GostarGostar
Quanto à policia: eu tenho muita pena, mas é óbvio que aos representantes do Estado se exige um comportamento mais irrepreensível. E é por isso evidente que são eles que devem estar sobre um maior foco dos jornalistas. Eu preciso mais de saber se os policias cometem excessos, do que se um grupo de putos comete excessos. A malta da defesa da ótóridade que me desculpe o mau jeito.
GostarGostar
Caramelo:
O povo português não é racista, no sentido corrente e mais adequado da expressão: rejeição do outro por causa da cor da pele.
É uma afirmação minha que mantenho, mas não tenho provas a apresentar. Só as da minha experiência.
Pode haver rejeição por outros motivos, como há em relação aos ciganos, por exemplo.
Mas ninguém discrimina o Quaresma por ser cigano.
Get it?
GostarGostar
Racistas, parecem-me por exemplo…os japoneses.
GostarGostar
“É claro que os racistas têm direito a que as notícias lhes dêem informações da raça dos noticiados, para daí tirarem ilações racistas. Os jornalistas racistas existem para isso.
Os próprios jornalistas, ao assinarem uma peça, deviam indicar a raça.”
Quando falta os argumentos entra-se no insulto.
Parabéns.
GostarGostar
“Lá se foi a teoria do JCD que os negros é que são responsáveis pela bandalheira. Justiça poética, I tell you.”
Sofia, quer mesmo saber quem eram o ‘preto’ e o ‘branco’ que se envolveram na pancadaria? Todos os jornalistas sabem o que se passou e deu um jeitão “aquele” branco ser branco. Note que não era português, mas isso não interessa para a notícia
GostarGostar
A minha conterranea jovem (vulgo miúda) frequentadora da referida praia e testemunha fidigna viu apenas uma confusão (presume-se pequena) aque a polícia acorreu (indevidamente) agredindo (violentamente tb se presume) os autores da simles confusão.
Assim não é de estranhar que num país democratico além do direito a criar confusões não se admita e se revolte com a atitude fascista da polícia.
Na continuação um sul-americano com um sotaque que desconfio que sei donde é mas nao devo dizer a nacionalidade, descreve a situação ao contrario.
A confusão seriam agressões a que a policia teria ocorrido, fazendo o papel deles de impor a autoridade e a calma e que tendo sido atacada pediu reforços pondo fim aos desacatos, sem violencia de maior apesar de um deles ter ficado ferido.
É tudo uma questão de prespectiva.
Ahhh já me esquecia da “miuda” que diz que muita gente ficou sem nada e nem sequer pode voltar para casa.
Com toda a certeza terá sido a policia que depois de ter agredido os jovens confusionistas arrestou ou quiçá terá mesmo roubado (quem sabe?) os bens pessoais de muita gente.
Só pode ……..
GostarGostar
O povo português não é racista, no sentido corrente e mais adequado da expressão: rejeição do outro por causa da cor da pele. É uma afirmação minha que mantenho, mas não tenho provas a apresentar. Só as da minha experiência.”
Em Portugal há mais racismo relacionado com os ciganos do que relativo à cor da pele.
GostarGostar
“Em Portugal há mais racismo relacionado com os ciganos do que relativo à cor da pele.”
E desde quando os ciganos são brancos (caucasóides)!?
GostarGostar
“Mas afinal eu posso ou não tirar ilações das notícias?”
Pode e deve. Por isso é que o jornalista deve ser sério na recolha e publicação da notícia. Se o jornalista diz que foram só negros o leitor infere daí qualquer coisa. O problema é que o facto de serem só negros, em determinada situação, pode ser puramente circunstancial. E quando é, já se desinformou porque se potenciou toda uma série de ilações desajustadas, mas à medida do preconceito.
Não vale a poena escamotear. Eu não digo que não se informe da etnia de alguém quando isso tem qualquer relevancia para a compreensão dos factos; o que digo é que não se pode informar da etnia de alguém por via de regra – já que, na maior parte das vezes, isso é absolutamente irrelevante para a compreensão da notícia; arbitrário, do ponto de vista do visado; e estigmatizante para toda uma comunidade que teve nada a ver com a prática isolada objecto da notícia.
GostarGostar
Existe racismo com os ciganos também por causa da sua cor de pele.
É um afrontamento o que fazem a estas minorias, nunca as deixando ganharem confiança nelas próprias e sentirem-se úteis e necessárias para que houvesse uma plena integração. Eles não merecem serem tratados como animais.
GostarGostar
Sofia Ventura Diz:
23 Junho, 2008 às 3:54 pm
“Na verdade fazem mal. É que é esta impunidade que acaba por fazer renascer os ânimos racistas.”
Tem toda a razão. E o JCD é prova disso.
A Sofia é uma prevaricadora, quer à força sujeitar o direito à informação ao seu politicamente correcto, agarra-se a essa argumentação de punho cerrado ao ponto de acusar outras pessoas que não conhece de racismo. Provavelmente mais racista é a Sofia por sentir lmaldade na pronúncia étnica de um grupo.
GostarGostar
“Quando falta os argumentos entra-se no insulto”
O argumento está nas entrelinhas.
À bon entendeur.
Trata-se de comentário ficcionado com o excesso.
Não creio que alguém assumidamente racista se ache insultado por lhe chamarem racista.
A esses é dirigido o comentário em termos irónicos.
Mas é necessário explicar tudo, caramba ?
GostarGostar
Isto só se resolve se fosse obrigatório todos os casamentos serem entre pessoas diferentes.
Assim daqui a una anos seriamos todos iguais e não existiriam “as raças”. Deixaria de haver racismo e xenófobia. A ONU devia intervir neste sentido.
GostarGostar
“Trata-se de comentário ficcionado com o excesso.”
Ok. Já lhe ouvi chamar muita coisa.
“Não creio que alguém assumidamente racista se ache insultado por lhe chamarem racista.”
Como se diz na minha terra: Ele a dar-lhe e a burra a fugir.
No comment (tb pode ser em gaulês)
GostarGostar
“A Sofia é uma prevaricadora”
Gosto!
Prevaricando é que vamos…
GostarGostar
“E a palavra “preto” é ainda considerado ofensivo pela maioria das pessoas de origem africana, quer queiras, quer não, precisamente por causa da sua forte carga simbólica que finges ignorar.”
A palavra “negro” tambem. E a palavra “branco” nao e racista ou existe dualidade de criterios?
GostarGostar
Ana, a origem do “No comment” não é gaulesa. É atribuida pela primeira vez, com a conotação que se conhece, a Winston Churchil.
E eu a dar-lhe e a burra a fugir.
GostarGostar
Aqui está mais uma versão cuidadosa dos acontecimentos:
http://yesalels.blogspot.com/2008/06/que-susto.html
GostarGostar
«EMS Diz:
23 Junho, 2008 às 11:51 am
Não estou a ver qual é a relevância das etnias numa briga de praia. Também não vi o JCD preocupado em saber de que etnia eram os fulanos que incendiaram o autocarro do FCP.»
Cumpre esclarecer, para os devidos efeitos, que esses energúmenos em concreto eram de etnia benfiquista. Já os que assaltaram diversas áreas-de-serviço, há não muito tempo, eram de etnia portista (não confundir com “portuense”, que não é propriamente uma etnia, antes um acaso geográfico).
«Ana Diz:
23 Junho, 2008 às 6:03 pm
Existe racismo com os ciganos também por causa da sua cor de pele.»
Dou-lhe a minha palavra de honra que não é por causa da cor de pele que existe racismo com os ciganos.
GostarGostar
««Por isso é que o jornalista deve ser sério na recolha e publicação da notícia.»»
Isso inclui relatar os factos como eles são ou omitir factos que podem levar o leitor a determinadas interpretações?
«« Se o jornalista diz que foram só negros o leitor infere daí qualquer coisa.»»
Essa é a ideia da sociedade da informação. A informação circula, as pessoas tiram ilações.
«« O problema é que o facto de serem só negros, em determinada situação, pode ser puramente circunstancial. »»
Cabe ao leitor julgar e não jornalista. O jornalista não se deve substituir ao leitor na interpretação dos factos.
««E quando é, já se desinformou porque se potenciou toda uma série de ilações desajustadas, mas à medida do preconceito.»»
Se o leitor tirou ilações desajustadas o problema é deve. Não cabe ao jornalista controlar esse processo.
««Não vale a poena escamotear. Eu não digo que não se informe da etnia de alguém quando isso tem qualquer relevancia para a compreensão dos factos;»»»
Cabe ao leitor avaliar a relevância dos factos.
«« o que digo é que não se pode informar da etnia de alguém por via de regra – já que, na maior parte das vezes, isso é absolutamente irrelevante para a compreensão da notícia; »»
Se for irrelevante o leitor dirá.
«« e estigmatizante para toda uma comunidade que teve nada a ver com a prática isolada objecto da notícia.»»
Cabe ao leitor da notícia devidir se a comunidade deve ou não ser estigmaitizada.
GostarGostar
“Aqui está mais uma versão cuidadosa dos acontecimentos:”
Nao viu nada. Assustou-se da segunda vez com os tiros da policia.
Grande versao dos acontecimentos.
GostarGostar
Arranjou-a bonita Sofia Ventura … agora não sei o que é “Alter Ego”.
GostarGostar
O racismo tipicamente português, tem a ver com classes sociais, para assim dizer e simplificando.
É um racismo esquerdista…porque dá razão a Marx, que dizia que a História é a história da luta de classes.
Ora, em Portugal, as classes de poder e influência, são mesmo racistas em relação aos pobres e desvalidos, ou em relação aos desfavorecidos. Sejam pretos ou caucasianos.
Por essa razão é que há cada vez mais pobres, em Portugal e cada vez uma maior tendência para retirar benefícios aos pobres.
O RSI é aqui criticado, por razões neo-liberais que defendem ( será que defendem mesmo?) a abolição de subsídios, em, prol da luta evolucionista. Os mais fortes, vencerão, é o mote que se vai lendo por aqui, principalmente defendido pelo João Miranda. Uma espécie de darwinismo social. Um racismo no fim de contas.
Não há genuina preocupação com os mais desfavorecidos e de resto, a miséria social não costuma comover quem assim pensa.
É esse, quanto a mim, o verdadeiro racismo.
PS Qualquer dia recebo um elogio do António Vilarigues…
GostarGostar
ideiafixa Diz:
23 Junho, 2008 às 6:25 pm
Alter ego = outro eu.
Se vir bem os nossos bonequinhos, o meu é uma pêra; o seu é uma pêra com cintura e asinhas.
GostarGostar
“Isso inclui relatar os factos como eles são ou omitir factos que podem levar o leitor a determinadas interpretações?”
Isso inclui omitir factos que sejam absolutamente irrelevantes, mas que, se divulgados, induzem o leitor, erroneamente, a pensar que têm alguma relevância. Sob pena de já não podermos falar em informação, mas apenas de desinformação.
GostarGostar
«« o que digo é que não se pode informar da etnia de alguém por via de regra – já que, na maior parte das vezes, isso é absolutamente irrelevante para a compreensão da notícia; »»
Se for irrelevante o leitor dirá. – JM
É o jornalista (ou o corpo redactorial) que decide o que é relevante ou não para a notícia. Porque o pormenor dos factos é infinito. Desde a etnia, à cor do cabelo, à altura ao peso etc, dos intervenientes. A selecção de alguns desses factos para a notícia, orienta e limita as ilações que possam ser tiradas pelo leitor.
Daí o meu exagerado comentário 137.
GostarGostar
A relevância e as ilações a tirar da raça dos intervenientes é da responsabilidade dos consumidores da notícia. Os jornalistas gostam muito de relatar pormenores insignificantes que muitas vezes nada têm a ver com a notícia e aí ninguém se queixa. Mas quando o assunto são minorias protegidas pelo politicamente correcto da moda, a história é outra. Se a nossa sociedade é maioritariamente branca, heterossexual, católica e falante da língua portuguesa, sempre que um grupo cujos membros sejam todos não pertencentes a qualquer uma destas categorias,esse facto, relevante ou não, consequente ou não, merece ser relatado porque é uma excepção à regra. Normalmente, essa característica comum é relevante, pelo menos sociologicamente. É o caso aqui, penso. Se ela explica ou não a notícia, isso pertence ao domínio da interpretação da notícia, logo o jornalista não deve omiti-la, porque ao fazê-lo está a fazer censura e a impor ‘a priori’ uma interpretação dos factos. Na minha opinião, a raça destes delinquentes é social e sociologicamente relevante. Podem ter uma opinião diferente da minha; o que não podem é impedir-me de tomar conhecimento de informação que eu considero relevante.
O que também é sociologicamente relevante é este esforço enorme que algumas pessoas fazem para esconder a realidade por ser inconveniente à narrativa que se quer impor como uma ortodoxia. E essa narrativa é que as comunidades negras e brancas são igualmente violentas, ou igualmente respeitadoras da lei, etc. Ora, não é possível chegar-se à verdade nessa questão se todas as notícias que furam essa grelha interpretativa são censuradas desses aspectos heterodoxos, digamos assim.
A raça é jornalisticamente relevante. Mas o que eu vejo no jornalismo europeu é que a raça só é relevante quando as vítimas são da minoria do agrado do politicamente correcto. Por exemplo, eu quando vejo a palavra “cigano”, ou outra da mesma família, num título de jornal, já sei de certeza absoluta que se trata de vítimas. Ou foram desalojados, ou foram “vítimas” da polícia, ou foram vítimas de discriminação, etc. Repare-se que no caso do desalojamento ou da polícia, poderíamos dizer, como alguns nesta caixa de comentários, que a raça deles é irrelevante, pois a lei que obriga ao desalojamento é igualmente aplicada a todos e que foram despejados não por serem ciganos, mas por não cumprirem a lei. E o mesmo no caso de perseguição policial. Mas aqui o jornalismo acha a etnia importante e ninguém se queixa. O caso pia mais fino quando os agressores são da minoria protegida. Aqui, mencionar a raça já é considerado irrelevante e sintoma de racismo. E se um grupo de brancos é atacado por um grupo de ciganos ou negros, o facto de as vítimas serem todas da mesma raça também já não é considerado relevante, nem o facto de os agressores serem também todos da mesma raça. Por exemplo, nesta passagem de ano um jovem foi morto com um tiro de caçadeira no Porto. Ouvi a notícia na rádio vários dias. Só dias mais tarde li no JN a notícia. Só lá para o meio, muito escondida, estava a menção à etnia do agressor. Era cigano. Porque esconderam a informação nas rádios? Porque o cigano, jornalisticamente falando, não pode ser agressor, só vítima. Este enviesamento é inaceitável. A raça não pode ser relevante só nos casos em que as vítimas são da minoria e irrelevante nos demais casos.
Soube duma actuação mediática semelhante na Suécia. Tem havido violações sistemáticas de mulheres por parte de muçulmanos. Mas é claro que a origem ou a religião dos agressores nunca é mencionada na imprensa. Com a desculpa do costume, que violador é violador, não tem religião. Na verdade essa censura deve-se à existência da propaganda que catalogaria tais notícias como islamofobia. O facto de muitos responsáveis muçulmanos defenderem que as mulheres são culpadas por serem violadas é considerado irrelevante pela imprensa bem-pensante. Quem segue as notícias acerca das declarações desses muçulmanos fica assim privado da informação da prevalência de violações por parte de muçulmanos, que poderia ser relacionada com aquelas declarações.
Parece claro desta discussão que há uma cegueira ideológica que quer barrar certas notícias e certas verdades. Há muita gente interessada em que não se faça perguntas como estas, por exemplo: Porque é que este tipo de comportamentos são protagonizados por membros de determinadas etnias? Porque é que há tanta prevalência de comportamento de gang nas comunidades negras em todo o mundo ocidental? Porque é que os ciganos se comportam da maneira como comportam? Porque é que muitas vezes são tratados de forma preferencial? Se não houvesse complexos de culpa racial, este tipo de questões seria abordado com naturalidade. Como as coisas são, quem as
fizer é logo rotulado de racista. A intenção é silenciar. E quem atacar quem fizer estas perguntas é chamado de herói, como se viu aqui.
GostarGostar
««Isso inclui omitir factos que sejam absolutamente irrelevantes, »»
Esta discussão com os seus mais de 160 comentários já demonstrou, pela sua própria existência, que h´leitores que consideram a informação sobre a raça muito relevante.
««mas que, se divulgados, induzem o leitor, erroneamente, a pensar que têm alguma relevância.»»
Paternalismos. O leitor é perfeitamente capaz de analisar a relevância da informação a que tem acesso.
«« Sob pena de já não podermos falar em informação, mas apenas de desinformação.»»
Ou seja, incluir informação é desinformação, excluir é informação.
GostarGostar
Tanta patranha José. Até os conceitos são manipulados como típicamente são nas tecnicas de propaganda Comunista.
GostarGostar
Tudo se resume a isto:
Numa Democracia, o jornalista deve apresentar todos os factos de forma idónea e objectiva. Os leitores (ou tele-espectadores) com base nesses factos formulará as suas próprias opiniões.
Numa Ditadura, o jornalista filtra a informação eliminando aquela da qual não deseja que o leitor tome conhecimento, e focando a reportagem em alguns aspectos e ignorando outros, por forma a manipular a opinião do leitor (por exemplo, dando relevo a eventuais excessos policias e ignorando a existência de vítimas).
Ao longo de todos estes comentários há quem tenha defendido a primeira postura jornalística e quem tenha defendido a segunda. Isto não tem nada de estranho, pois há quem prefira viver em Democracia e quem prefira viver em Ditadura.
GostarGostar
Numa Ditadura, o jornalista filtra a informação eliminando aquela da qual não deseja que o leitor tome conhecimento, e focando a reportagem em alguns aspectos e ignorando outros, por forma a manipular a opinião do leitor.
Em democracia, isto é o pão-nosso de cada dia. Ao sabor do critério da direcção do órgão de comunicação. (Ditador?)
GostarGostar
“Ana, a origem do “No comment” não é gaulesa. É atribuida pela primeira vez, com a conotação que se conhece, a Winston Churchil.
E eu a dar-lhe e a burra a fugir.”
O sr. PICOISO a armar-se em machista hem!! Não acançou a ironia. cê vré…
Sei muito bem o que é que essa expressão significa, não é por ser mulher que tenho algum defeito, tal como as nossas miorias “etnicas”.
GostarGostar
“E ele a dar-lhe e a burra a fugir foi uma expressão utilizada por si, que jamais utilizaria de “motu proprio”, justamente porque não sou machista.
Se a expressão tem essa conotação, é vc a machista.
Por mim, “no comments”
GostarGostar
“Grande versao dos acontecimentos.”
Aquela era cuidadosa. Esta é menos:
http://small-brother.blogspot.com/2008/06/o-arrasto-2.html
GostarGostar
Se o João Miranda acha que o jornalismo não comporta escolhas (e escolhas obrigam a informar de umas coisas e omitir outras) responda por favor:
– O jornalista devia ter informado da temperatura do ar e da água?
– O jornalista devia ter informado da etnia (e não raça já que presumo que seja humana) dos polícias?
– O jornalista devia ter informado do menu do restaurante?
Irá dizer que são perguntas retóricas. É evidente. Mas eu podia /queria ter feitos ilações a partir dessa informação (tenho para mim que quando a água está fria deve haver mais coisas destas a acontecer).
O JCD e o João Miranda queriam a etnia, eu queira o menu do restaurante. O jornalista, vai-se lá saber porquê achou que o essencial da informação não passava nem por contar um nem outro. Ambos pelos vistos ficamos sem perceber o contexto (claro que o JCD tem sempre o CM ao passo que eu se quiser saber o menu tenho que ir lá)
Concluindo: muito provavelmente o jornalista não fez esforço nenhum para omitir essa informação que considerou não relevante. O JCD é que não deve ter feito um esforço muito grande para não escrever este post racista. Está-lhe no sangue.
GostarGostar
Grande versao dos acontecimentos.”
Aquela era cuidadosa. Esta é menos:
http://small-brother.blogspot.com/2008/06/o-arrasto-2.html
Quase que apostava que quem relata isso nao viu nada do que conta. Apenas imagina.
GostarGostar
O fenómeno da multiplicaçao das testemunhas que presenciam incidentes que nem viram e contam tudo como se estivessem lá estado é espectacular.
GostarGostar
Caro Diogo Vasconcelos,
O seu foi o comentário 174. Se a raça não fosse uma informação muito mais importante para o leitor do que a temperatura da água, nem sequer havia discussão. O Diogo Vasconcelos comentaria num post sobre a ausência da informação sobre a temperatura da água? Só um jornalista muito distraído é que não perceberia que a raça é importante para perceber o que se passou.
««eu queira o menu do restaurante.»»
Está no seu direito. Mas duvido que isso dê uma discussão de 174 comentários. Duvido mesmo que o Diogo Vasconcelos perdesse tempo a comentar um post sobre a falta de informação sobre o menu. O facto de no caso da raça haver discussão demonstra que a informação sobre a raça é muito mais relevante.
GostarGostar
O small brother estava lá, viu tudo e disse que quem cascou na polícia era tudo negro e africano. Se ele diz e viu nao há que duvidar. Foi assim. Ele estava lá.
GostarGostar
AH, bom ! A intenção é o número de comentários.
Então tome lá mais um, para ver se engorda.
GostarGostar
O meu deve ser o comentário 178 e já disse isto mais que uma vez. O que me fez comentar foi o destratamento ao jornalista. Nao concordo que ele tivesse ficado com cara de chatice por as pessoas nao contarem violencia policial. Pelo contrário ele tentou ilibar a policia e a sua actuaçao de disparar tiros no meio da praia. Tentou justificar e contrariar o depoimento que dizia que a policia tinha sido violenta com os jovens em briga.
Enfim mais uma historinha de praia de Verao. Nao começam os incendios de vez, surgem arrastoes. E a violencia escolar nao volta?
GostarGostar
“qual seria o interesse jornalístico de identificar a origem étnica dos meliantes”
Factual.
GostarGostar
““A Sofia ainda vai defender que a mafia italiana não se distingue pela origem nacional.”
Salvo o devido respeito, não estou a ver a analogia entre a origem etnica de uma pessoa e o facto de qualquer pessoa (independentemente da sua etnia) fazer parte de uma associação criminosa.”
Pos não Sofia. A “mafia italiana” como o próprio nome indica é composta por rapazes altos e loiros de olhos azuis.
GostarGostar
“AH, bom ! A intenção é o número de comentários.”
O Piscoiso quando quer entende argumentos. Agora, vá-se lá saber porquê, não lhe apetece.
GostarGostar
Anonimo dixit
“Quase que apostava que quem relata isso nao viu nada do que conta. Apenas imagina.”
Quem relatou assinou o que escreveu. Não é um anónimo qualquer.
GostarGostar
Quem relatou assinou o que escreveu. Não é um anónimo qualquer.
Ainda bem. Assim pode ser que seja chamado pela polícia como testemunha. O pior é se depois chega lá e diz que estava a brincar. Se esteve lá bom para ele. lol
GostarGostar
“Assim pode ser que seja chamado pela polícia como testemunha.”
Testemunha de quê? Mas alguma vez estas situações chegam a algum lado? É tudo arquivado. (isto se chegar a ser alguma coisa com registo).
GostarGostar
“Não é um anónimo qualquer.”
Quer saber se sou preto ou branco?
GostarGostar
“Testemunha de quê? ”
Esta´certo, é pouco provável ser chamado pela policia. Mas pode ser que seja chamado pelos media para dar entrevistas, para revistas… é a fama! Depois nao pode dizer que nao estava lá e que nao viu nada.
As pessoas por vezes metem-se em embrulhadas por inventarem coisas… enfim.
GostarGostar
Aquela malta terá pago o bilhete de combóio?É um aspecto que ainda não suscitou dúvidas e como sabem o método científico pressupõe que se questione tudo…
A rapaziada da propaganda na qual a SIC é mestra aliás sem necessidade como diria o outro,só quer que a rapaziada indígena, principalmente a do Portugal profundo,não saiba quantos “irmãos” portuguesíssimos de cor preta andam a ser aumentados á carga, os novos pobres, muitos deles “fresquinhos” com passaporte ao fim de 6 anos dos quais 3 podem ser na prisão ou que tenham passado no “exame” oral da Ministra Lurdes caso seja analfabeto… pois que como sabem o plano tecnológico sem este pessoal extra que nos anima as cidades e agora as praias não teria o êxito decretado…
E ai do polícia que se atreva, mesmo que leve porrada a refilar… que lhe cai tudo em cima, principalmente meia dúzia de organizações pagas pelo OE como o SOS, e “associações” que existem para combater os “excessos” da polícia e dos jornais quando eles chamam os bois pelos nomes… isto é prantam a “raça” omissa em tudo o que é “oficial” para não estragarem as estatísticas.
Não há que ter dúvidas a UE é uma merda e África o destino, só que desta vez será o preto a mandar… para ser tudo “sem colonialismo”, “exploração” e “racismo”
Só tenho uma dúvida… como é que cá é metida a droga que inunda certos PALOP´s mas que é vendiaa por aí… mas vou marcar uma “consulta” com o dr Bambo e como ele resolve tudo…
GostarGostar
“Quer saber se sou preto ou branco?
Para quê?
“As pessoas por vezes metem-se em embrulhadas por inventarem coisas… enfim”
É por isso que há quem goste de se manter anónimo.
GostarGostar
“É por isso que há quem goste de se manter anónimo.”
Mas eu nao me ponho como anónimo a dizer que vi tudo e estava lá..lol
Nem invento coisas.
Sou anónimo na net porque se dissesse o meu nome verdadeiro continuava anónimo ..eheh. Nao sou figura publica nem quero ser. Nem politico, nem artistam, sou um nobody.
GostarGostar
“A raça é um elemento informativo.” Nem sempre. Em casos como este seria desinformação.”
Porquê?
“origem geográfica não é etnia.” Pois não mas dá pistas. Se nos disseram que A é da Suécia, B é do Dubai e C do Mali…
“Foi na sequência de um jogo do Brasil.” Bem, ontem Cabo Verde ganhou 3-1 às Maurícias.
“A Sofia é uma prevaricadora”” . É das paradinhas.
“E desde quando os ciganos são brancos” E desde quando os portugueses são brancos?
Aqui há tempos um velhote tentando ser simpático com um médico negro (mesmo muito escuro) disse: “Oh sr. Doutor lá no meu posto também temos um médico assim como o senhor assim…” Atrapalhado interrompeu a frase e disse “Bem, o sr Doutor não é bem, bem preto”. O médico em questão, meu amigo , encostando a sua alva bata à cara do velhote respondeu “O senhor também não é bem, bem, branco”.
A todos aconselho revisitarem o filme “Crash”.
“Anthony: Look around! You couldn’t find a whiter, safer or better lit part of this city. But this white woman sees two black guys, who look like UCLA students, strolling down the sidewalk and her reaction is blind fear. I mean, look at us! Are we dressed like gang-bangers? Huh? No. Do we look threatening? No. Fact, if anybody should be scared around here, it’s us: We’re the only two black faces surrounded by a sea of over-caffeinated white people, patrolled by the triggerhappy LAPD. So you tell me, why aren’t we scared?
Peter: Because we have guns?
Anthony: You could be right.”
GostarGostar
Mas desde quando ocultaçao de informaçao e ambiguidades dos factos sao pontos positivos numa noticia?
Sra. Sofia Ventura o leitor é livre de fazer o juizo que entender..agora nao venha dizer que não é de interesse publico o máximo de informaçao de um suposto crime ocorrido num espaço publico/aberto ao publico.
GostarGostar
“O JCD e o João Miranda queriam a etnia, eu queira o menu do restaurante. O jornalista, vai-se lá saber porquê achou que o essencial da informação não passava nem por contar um nem outro.”
O próprio Diogo acaba de provar que a etnia é uma informação essencial. Se não o fosse, não escreveria este texto.
GostarGostar
ordralfabeletix Diz:
23 Junho, 2008 às 8:59 pm
Explique lá essa dos rapazes loiros de olhos azuis.
A máfia interessa porque é uma associação criminosa ou porque os seus membros são uns tipos giros, morenos, de olhos verdes (cada um faz os filmes que lhe apetece)?
GostarGostar
Bem… estou a ver que o ordralfabeletix e o Márcio Santos me apanhavam num ermo escuro e me faziam a folha. Será que daria notícia? E, se sim, será que o jornalista seria zeloso o suficiente para vos informar se são brancos, amarelos ou pretos?
GostarGostar
“ordralfabeletix Diz:
23 Junho, 2008 às 8:55 pm
“qual seria o interesse jornalístico de identificar a origem étnica dos meliantes”
Factual.”
Há uma infinidade de pormenores, também factuais, que o jornalista não refere, por considerar aprioristicamente secundários. Deu relevo ao da raça e não deu a outros. Porquê ?
Obviamente para os ordralfabeletixs estejam informados sobre as raças dos desacatos.
GostarGostar
A mim parece-me que o jcd é racista, mas claro que isso é só a minha interpretação dos factos.
Fala de “um conjunto de desordeiros que possuem uma característica comum.”
A verdade é que esses desordeiros têm muitas características comuns; têm dois braços, duas pernas, olhos, nariz, boca. Por que razão o jcd se foca apenas numa característica comum é incompreensível. Se conhecer estudos que indiquem uma relação de causalidade entre essa característica comum e a criminalidade, adorava ver as referências.
“É que é esta impunidade que acaba por fazer renascer os ânimos racistas”
Faz bem em usar a palvra “renascer”, porque é óbvio que a impunidade só pode causar atitudes racistas em quem já seja racista. Não passaria pela cabeça de alguém que não seja racista “referenciar toda a comunidade” pelo crime de alguns.
A relevância jornalística da etnia é nula, a não ser para quem seja racista (está explicado o mistério dos 200 comentários, João Miranda). O comentário 65, do Gabriel Silva, explica muito bem porquê (só li os comentários por alto, mas parece-me que ninguém respondeu a esse comentário 65). Interessa saber de que bairros vêm esses jovens, para contextualizar os acontecimentos, mas a raça é um facto superfluo, como seria dizer que eles bebem água, ou gostam de chocolate, pelo menos à luz dos conhecimentos científicos actuais. Claro que cada um é livre de ser racista e dar importância a esse facto, mas criticar um jornalista por não ser racista já parece o cúmulo do politicamente incorrecto (que alguns estão a tentar transformar no novo politicamente correcto).
GostarGostar
João Miranda e JCD apresentaram argumentos poderosos mas declaro a Sofia Ventura como vencedora do debate.
GostarGostar
Depois de um jogo Croácia-Turquia faz sentido dizer que quem andou à batatada eram turcos e croatas.
Neste caso faz sentido para confirmar ou não suspeitas. Depois do arrastão e de todas as histórias sobre a linha de Sintra e de Cascais e afins uma pessoa ouve esta história e pensa se não serão também jovens de raça negra. É nesse sentido a meu ver que tem importância.
Imaginando que os jovens não eram de raça negra eu, que não vi as imagens, poderia ser levado a assumir uma interpretação errada se o jornalista não me disser a raça dos vândalos.
Não que isso me interesse muito. Sejam brancos, pretos ou amarelos se causam desacatos devem ser detidos. Se resistem à policia e a atacam deve chamar-se o corpo de intervenção e mocada neles.
GostarGostar
Quem lê estes comentários parece que a polícia de choque não foi para cima dos pretos. E parece que, por serem pretos, haveria mais a fazer que mandar com a polícia para cima deles…
GostarGostar
” Anónimo Diz:
24 Junho, 2008 às 12:13 am
A verdade é que esses desordeiros têm muitas características comuns; têm dois braços, duas pernas, olhos, nariz, boca. Por que razão o jcd se foca apenas numa característica comum é incompreensível. Se conhecer estudos que indiquem uma relação de causalidade entre essa característica comum e a criminalidade, adorava ver as referências.”
Deve estar a brincar. Não há um único sítio no planeta com um percentagem de negros significativa na população que não tenha elevados níveis de criminalidade.
Mas se quer referências, tome lá estas:
M. A. McDaniel (2006), “Estimating state IQ: Measurement challenges and preliminary correlates”, Intelligence, Volume 34, Issue 6, 607-619.
J. Philippe Rushton (1998) , The “Jensen Effect” and the “Spearman-Jensen hypothesis” of Black-White IQ differences”, Intelligence, Volume 26, Issue 3, 217-225.
GostarGostar
“A máfia interessa porque é uma associação criminosa ou porque os seus membros são uns tipos giros, morenos, de olhos verdes (cada um faz os filmes que lhe apetece)?”
Por acaso nos filmes do Scorcese são sempre morenos, baixos e gordos. Há até um com bexigas na cara. Os altos e loiros foi para lhe mostrar que quando se fala de mafia italiana se identifica a mafia com uma etnia. Aliás, a comunidade italo-americana queixa-se de ser, injustamente, associada à mafia.
“A relevância jornalística da etnia é nula”
Por isso ouvimos tantas peças que referem ” de etnia cigana”,” de etnia hindu”,”As vítimas eram dee etnia maubere”.”Seremos também racistas em relação aos timorense por dizermos que são de etnia maubere? “Os kikuyus circuncisaram-me à força”, conta o queniano de etnia luo,” Etnia tutsi e hutu. “etnia eslava” “os extremistas de etnia albanesa” “etnia latina”. Eh pá, vão lá dizer a essa gente que isso é irrelevante. Na CNN, no Le Monde, Na Ecomnomist, no NY Times, s´falam de etnias. Cambada de etnistas.
Além do mais estão a confundir etnia com raça. Etnia refere-se a um povo unido por um factor comum, a nacionalidade, a religião, língua, identidades culturais.
“Bem… estou a ver que o ordralfabeletix e o Márcio Santos me apanhavam num ermo escuro e me faziam a folha.”
E eu estou a ver que esse comentário é uma armadilha a pedir um comentário machista para depois me catalogar como racista e machista.Em suma um porco chauvinista. Chame também o capitão Haddock para ele me chamar iconoclasta. Chame-me tudo menos blasfemo ou benfiquista.
GostarGostar
oh Anónimo 202,
Disseram-te que é por causa dos pretos terem um pila grande que as gajas não te ligam? Foi isso?
Está descansado que não é por isso, meu. É só por seres estúpido.
GostarGostar
205. Unfuckingbeliavble, isn’t it?
GostarGostar
“Tonibler Diz:
24 Junho, 2008 às 12:57 am
oh Anónimo 202,
Disseram-te que é por causa dos pretos terem um pila grande que as gajas não te ligam? Foi isso?
Está descansado que não é por isso, meu. É só por seres estúpido.”
Bela argumentação. A sinapse que liga os seus dois neurónios não consegue melhor do que isso?
GostarGostar
207. “…believable.”
GostarGostar
Pelo que vejo, esta questão das raças ainda agita muito bem as águas lusitanas. É raro um tema provocar tantos comentários (207 até agora) como este. Como dizemos lá no Brasil: “Freud explica”.
GostarGostar
209 Há sempre os que dizem NAO quando cheira a racismo e nao se calam.
GostarGostar
Reparem bem: há dois tipos que desatam à porrada em plena praia, a polícia intervem para os separar, de imediato juntam-se vários grupos contra a polícia, a polícia vendo-se apertada dá uns tirinhos para o ar, o pessoal que está na praia entra pânico e baza dali para fora o mais rápido possível deixando os seus pertences na areia, quando a calma volta o pessoal regressa e chega à conclusão que o melhor é voltar para casa em calção de banho e descalço.
Ora o que há aqui é uma forma inteligente de executar um roubo colectivo, com a colaboração involuntária da própria polícia! Racismo??? Isto é simplesmente genial!
GostarGostar
211 vejam lá roubaram t-shirts e baldes de praia para putos. Golpe genial!
E se calhar pensam que quem roubou foi branco, preto ou amarelo?!?
GostarGostar
E as vítimas eram de que cor? Uma pessoa nao é bem informada depois é isto.
GostarGostar
“O facto de no caso da raça haver discussão demonstra que a informação sobre a raça é muito mais relevante.”
Só demonstra que há, até agora, 212 pessoas muito interessadas em discutir a relevância da informação da raça. Nem sequer são 211 pessoas interessadas em ter essa informação. De resto, por essa blogosfera fora, existem grupos de discussão muito maiores, com milhares de comentários, de pessoas interessadas em ter informação sobre a vida sexual das estrelas do mar, e não é por isso que o reporter se deveria ver obrigado a relatar a perturbação causada pelos acontecimentos de Oeiras na vida sexual das estrelas do mar.
GostarGostar
Pretos, brancos, amarelos,
S. João não tem racistas.
É vê-los com os martelos
Martelando os jornalistas.
GostarGostar
“a vida sexual das estrelas do mar”.
A vida sexual das estrelas do mar é manifestamente desinteressante. Pelo menos para elas. É externa, cada uma liberta os seus gâmetas no Oceano e eles lá se encontram.
GostarGostar
“Só demonstra que há, até agora, 212 pessoas muito interessadas em discutir a relevância da informação da raça. Nem sequer são 211 pessoas interessadas em ter essa informação.”
O que a discussão mostra é que há quem ache que, neste caso, essa informação era relevante e quem ache que essa informação deve ser censurada.
GostarGostar
“Há sempre os que dizem NAO quando cheira a racismo e nao se calam.”
Há sempre quem ache que a informação factual pode ser racista, que a liberdade é má e que o conhecimento é perigoso. Esse tipo de opinião já governou meio mundo, durante muitas décadas.
GostarGostar
“Pelo que vejo, esta questão das raças ainda agita muito bem as águas lusitanas. É raro um tema provocar tantos comentários (207 até agora) como este. Como dizemos lá no Brasil: “Freud explica”.”
Nem sequer a discussão é sobre raças. É mais sobre o paternalismo politicamente correcto.
O que está em causa é, tão só, boa ou má informação.
GostarGostar
A mim parece-me que o jcd é racista, mas claro que isso é só a minha interpretação dos factos.
Nem imagina. Tenho um grande preconceito contra a estupidez. Peço-lhe desculpa.
“Se conhecer estudos que indiquem uma relação de causalidade entre essa característica comum e a criminalidade, adorava ver as referências.”
Qual a relação entre eventuais estudos e o que se passou em Oeiras? Se uma freira cometer um crime, para noticiar o facto é preciso ter estudos sobre a relação entre o hábito e a criminalidade?
“Interessa saber de que bairros vêm esses jovens, para contextualizar os acontecimentos, mas a raça é um facto superfluo, como seria dizer que eles bebem água, ou gostam de chocolate, pelo menos à luz dos conhecimentos científicos actuais.”
Quer dizer que, dependendo do bairro de origem, a notíciia pode deixar de ser censurada? Se eles vieram da Quinta da Marinha, pode dizer-se?
“Faz bem em usar a palvra “renascer”, porque é óbvio que a impunidade só pode causar atitudes racistas em quem já seja racista. Não passaria pela cabeça de alguém que não seja racista “referenciar toda a comunidade” pelo crime de alguns.
Também não percebeu este argumento. Mais um.
GostarGostar
Que confusão. Eu também vi a entrevista em que o repórter única e exclusivamente se preocupou em perguntar sistematicamente se a polícia tinha cometido excessos ou não. Ponto final. Uma anedota de jornalistas que andam por aqui.
GostarGostar
Poste nº 112879
A entrevista está por aí. Alguém acusou a policia de força excessiva inicial justificando a reacçao das pedras e garrafas. O jornalista tinha que contrariar esse depoimento.
Uma anedota de pessoas a ver tv.
GostarGostar
“Há sempre quem ache que a informação factual pode ser racista”
há sempre quem de importancia à cor da pele.
há pessoas que se virem um preto acham que vive em bairro social , é pobre e ainda por cima violento.
GostarGostar
Felizmente com o jornalismo e qualidade dos vários canais, há cada vez menos pessoas a ver a anedota que é a televisão em Portugal.
GostarGostar
Um cara ao defender
Uma posição racista
Não tem ele próprio de ser
Um assumido racista.
GostarGostar
Felizmente com os vários canias e a net é impossível aparecer uns tantos a inventar patranhas na net ou nos media ou seja onde for.
O jcd devia se interrogar a si próprio porque achou que o jornalista cometeu um erro ao nao referir de que etnia eram as pessoas. Podia querer saber se eram portugueses ou estrangeiros, se eram mais homens ou mulheres, ou a idade dos protagonistas… porque é que ao jcd achou que a cor da pele é que importava na notícia?!
Se calhar é para a proxima vez que estiver na praia e um negro estender a toalha perto de si, o jcd fuja pois a cor é disferente.
GostarGostar
“Os altos e loiros foi para lhe mostrar que quando se fala de mafia italiana se identifica a mafia com uma etnia. Aliás, a comunidade italo-americana queixa-se de ser, injustamente, associada à mafia.”
Este seu comentário prova mais o meu ponto de vista que o seu.
GostarGostar
«“Bem… estou a ver que o ordralfabeletix e o Márcio Santos me apanhavam num ermo escuro e me faziam a folha.”
E eu estou a ver que esse comentário é uma armadilha a pedir um comentário machista para depois me catalogar como racista e machista.Em suma um porco chauvinista.»
Nãããã. Era só mesmo uma piada.
GostarGostar
“O que a discussão mostra é que há quem ache que, neste caso, essa informação era relevante e quem ache que essa informação deve ser censurada.”
Perfeitamente, jcd. Rectifico e reconheço que o que esta discussão mostra é que até agora uma imensa multidão de 224 portugueses quer saber a raça da malta que provocou desacatos na praia de Oeiras. Por isso, foi obviamente um acto de censura da RTP não revelar tal coisa. Mais trinta portugueses que deixem aqui comentários, seja com quadras do são joão, seja com outra coisa qualquer, já deve justificar que a CNN abra o noticiário da noite com o assunto.
GostarGostar
“O jcd devia se interrogar a si próprio porque achou que o jornalista cometeu um erro ao nao referir de que etnia eram as pessoas.”
Porque neste caso era relevante uma vez que os incidentes tiveram uma base racial.
“Podia querer saber se eram portugueses ou estrangeiros, se eram mais homens ou mulheres, ou a idade dos protagonistas… porque é que ao jcd achou que a cor da pele é que importava na notícia?!”
Porque neste caso era relevante uma vez que os incidentes tiveram uma base racial.
Se calhar é para a proxima vez que estiver na praia e um negro estender a toalha perto de si, o jcd fuja pois a cor é disferente.
Claro, vou já fugir. De casa, também.
GostarGostar
“Perfeitamente, jcd. Rectifico e reconheço que o que esta discussão mostra é que até agora uma imensa multidão de 224 portugueses quer saber a raça da malta que provocou desacatos na praia de Oeiras.”
Não são 224 porque são sempre os mesmos. E, mais uma vez, o que interessa é que as notícias contem o que se passou, sem censuras apalermadas, politicamente correctas e paternalistas.
“Por isso, foi obviamente um acto de censura da RTP não revelar tal coisa. Mais trinta portugueses que deixem aqui comentários, seja com quadras do são joão, seja com outra coisa qualquer, já deve justificar que a CNN abra o noticiário da noite com o assunto.”
O assunto já está enterrado, até à próxima. Basta ver a reacção de alguns comentadores para perceber que é melhor continuar a censurar a informação. Dá menos aborrecimentos.
GostarGostar
“os incidentes tiveram uma base racial.”
A sério!?! Como sabe tal coisa?
Sabe porque brigavam aqueles dois? Nao diga que acha que foi pela cor da pele!!! oh! Mas havia pretos amigos do branco e brancos amigos do preto.. é racial como?
GostarGostar
“o passado Sábado, grupos de jovens andaram à pancada”
Jovens?!??
Será uma informação mais relevante que a etnia?
Porque é que não houve um coro de protestos por ter sido referida essa características das pessoas envolvidas?
E então como é que ficam todos os outros jovens que não tiveram nada a ver com o assunto e ficaram assim metidos no mesmo saco, sujeitos a todo o tipo de generalizações s suspeitas???
GostarGostar
O jcd explique-me a base racial.
O jcd ve dois tipos à briga, um é preto e outro branco e acha que estou na luta por causa da pele?!?!
Eu desconfio que era pelo futebol. Um era portista outro do benfica.
GostarGostar
“A sério!?! Como sabe tal coisa?”
Realmente é difícil. Pela SIC não foi de certeza.
GostarGostar
“O jcd explique-me a base racial.
O jcd ve dois tipos à briga, um é preto e outro branco e acha que estou na luta por causa da pele?!?!
Eu desconfio que era pelo futebol. Um era portista outro do benfica.”
É fascinante a ginástica que se faz para esconder, minimizar e reescrever o que se passou em Santo Amaro de Oeiras. Que grandes censores davam estes PCs dos tempos modernos.
GostarGostar
Em Nova Iorque, referenciar os porto-riquenhos ( há uns anos), como viveiros de criminalidade, era racismo?
GostarGostar
ó jcd… até já me deu a ideia que pensavam que aquilo era um arrastao. Ora se foi umm arrastao os brancos e os pretos e os amarelos estavam todos combinados. Armaram o desacato para depois roubarem. É uma ginástica do caneco.
Na verdade acho que o jcd nao atinge. Nao chega lá. Talvez um dia consiga entender porque nao é relevante na noticia a cor da pele. Vá meditando. Que já notei que é impossível explicar.
GostarGostar
Mas ó José… acha que o jornalista podia identificar naquela praia quem armou os desacatos tendo chegado depois? Ia inventar? Santo Deus que estas pessoas nao enxergam um palmo.
GostarGostar
Admiro a paciência do JCD para aturar pessoas que não tendo qualquer argumento dão o seu melhor para “avacalhar” a discussão.
GostarGostar
Não é necessário o jornalista dizer a raça dos protagonistas. O relato do episódio é suficiente para qualquer pessoa saber que “jovens” estiveram envolvidos. Os jovens etnicamente portugueses nunca teriam esse comportamento.
GostarGostar
O jcd é um liberal? Acha que o individuo é primazia. Cada pessoa é um indíviduo nao é?
Entao por exemplo imagine que um dia o Manuel, o Tiago e o José um dia incendeiam a casa do vizinho de quem nao gostava. Vai lá a tv filmar o sucedido e em vez de dizer que o Manuel, o Tiago e o José fizeram aquilo, diz um grupo de judeus incendiou a casa da vizinha Maria.
As pessoas escutam a noticia e desatam a dizer umas ás outras os judeus andam a incendiar casas. Malditos judeus. Vamos queimar a casa do judeu Joaquim. A informaçao na tv foi muito relevante.
Enfim…se calhar era melhor fazer um desenho pois se calhar nem com historinhas consegue ser liberal.
GostarGostar
The studio 239, eu admiro é como é que as pessoas conseguem ter tao pouca inteligencia tantos anos depois.
GostarGostar
“Admiro a paciência do JCD para aturar pessoas que não tendo qualquer argumento dão o seu melhor para “avacalhar” a discussão.”
Até eu admiro a minha paciência. E na verdade é perda de tempo. Na verdade não atingem. Nao chegam lá. Talvez um dia consigam entender porque é que a censura é má, quando ela se instalar definitivamente. Já vivemos muitos anos assim. Ou são muito novos, ou já não se lembram ou, provavelmente, apenas querem passar a ser eles os censores.
GostarGostar
O que eu sei é que se apanha mais depressa um liberal falso do que um coxo. Liberais o tanas.
GostarGostar
jcd Diz:
24 Junho, 2008 às 11:21 am
“Blá, blá, blá… e eu é que sei das coisas.” Assim não vai lá, JCD.
GostarGostar
Mas qual censura?! Onde raio é que há censura se o jornalista é acusado de nao ter dito a cor dos meliantes que até eram brancos e pretos, mais pretos que brancos segundo dizem. Também nao disse a cor das vitimas roubadas e das que fugiram. Nao diga que acha que só foram roubados uns de uma cor.
O jcd nao atinge mesmo. No outro tempo é que diziam mal dos pretos que eram turras. Já se esqueceu.
GostarGostar
“Não são 224 porque são sempre os mesmos. E, mais uma vez, o que interessa é que as notícias contem o que se passou, sem censuras apalermadas, politicamente correctas e paternalistas.”
jcd, foi você que invocou a quantidade de comentários neste post para avaliar da relevância jornalistica da coisa. Eu é que disse que isso não era critério. E está a abandonar a discussão com ares de amuo, nem parece seu.
O Studio vem, muito pressuroso, muito compungido, admirar a paciência do jcd para aturar os comentaristas. O mais hilariante é que o jcd, em vez de o ignorar ou mandar passear, vem logo a seguir dizer “ó meu amigo, nem imagina o que eu tenho de aturar” 😉 tadito do jcd.
GostarGostar
O jcd nao consegue entender que as pessoas nao se identificam pela cor da pele. O jornalista podia referir à vontade a cor das pessoas envolvidas mas tinha de as identificar por referencias mais concretas. Se o jornalista relata um incidente nao dá a noticia dizendo que um grupo de brancos andou à pancada. Diz pessoas ou entao identifica as pessoas. Nao as identifica pela cor da pele.
GostarGostar
“O que a discussão mostra é que há quem ache que, neste caso, essa informação era relevante e quem ache que essa informação deve ser censurada.”
Isto sim é o cerne da questão.
E depois cada um tira as suas elações, sejam elas quais forem.
GostarGostar
“Entao por exemplo imagine que um dia o Manuel, o Tiago e o José um dia incendeiam a casa do vizinho de quem nao gostava. Vai lá a tv filmar o sucedido e em vez de dizer que o Manuel, o Tiago e o José fizeram aquilo, diz um grupo de judeus incendiou a casa da vizinha Maria.”
Se o Manuel, o José e o Tiago incendiaram a casa da vizinha, o notícia deve ser que o Manuel, o José e o Tiago incendiaram a casa da vizinha. O Manuel, o José e o Tiago devem ser detidos.
Se 300 judeus incendiarem a casa da vizinha porque ela não é judia, a notícia deve ser que um grupo de 300 pessoas de religião judaica, incendiaram a casa da vizinha por motivos de intolerância religiosa. Os responsáveis pela acção do grupo devem ser investigados e detidos.
Só assim é que os restantes membros da comunidade que não estiveram envolvidos podem andar de cabeça erguida.
“As pessoas escutam a noticia e desatam a dizer umas ás outras os judeus andam a incendiar casas. Malditos judeus. Vamos queimar a casa do judeu Joaquim. A informaçao na tv foi muito relevante.”
Aconselho-a a dar uns passeios na linha de Cascais e perguntar nos cafés da zona o que é que se passou em Santo Amaro. Pensa que alguém ignora o que se passou? E sem TV, amplia-se a história. Quem conta um conta acrescenta um ponto. Eram 100? Agora já são 300.
E como as polícias e a justiça, de há muitos anos para cá, demitiram-se da sua actuação no pequeno crime étnico, (para não incendiar os ânimos dos incendiários, ao que parece), os casos multiplicaram-se. O João chegou a casa com um iPod ou com um telemóvel novo. Na maior, fixe, é muita fácil, não há problema, a polícia vira as costas. O Manuel aprende com o João que é mais fácil arranjar um telemóvel a pedido do que trabalhar para comprar um ou estudar para poder fazê-lo no fituro. Amanhã, o Manuel vai com o João para o túnel da praia da Carcavelos e também traz um telemóvel para casa. Tão fácil, não é? E quantos mais formos, mais fortes somos. É o poder do grupo.
Parece que para alguns, a solução é a da avestruz. Esconder a cabeça na areia. Depois, quando os skins e outros patetas opostos ao seu género fazem manifestações e querem partir tudo, já exigem a TV, a identificação dos meninos com nome em letra de imprensa e todas as medidas possíveis e imaginárias contra a violência racial.
Brilhante estratégia, sem dúvida. A França fez o mesmo, nestas últimas décadas.
GostarGostar
“jcd, foi você que invocou a quantidade de comentários neste post para avaliar da relevância jornalistica da coisa.”
Eu? Onde?
GostarGostar
Pois, há pessoas que discriminam as pessoas conforme a cor da pele e outras nao. Há pessoas para quem a cor da pele é muito importante e outras que nem por isso. É sempre o mesmo cerne da questao e cada um tira as elaçoes. Há pessoas que nao conseguem enxergar qualquer censura o jornalista dizer ou nao a cor das pessoas e outras para quem isso era o que mais lhes interessava saber. Se calhar era para dizerem mal de todas as pessoas parecidas da mesma cor.
Na verdade, nao conseguem ver quem é tem um problema.
GostarGostar
“a identificação dos meninos com nome em letra de imprensa”
Pois claro. Os meninos deviam ser identificados. Nao devem ser identificados como o bando de negros e aos 500. Porque até sao pretos e brancos nos mesmos grupos.
GostarGostar
“Se o Manuel, o José e o Tiago incendiaram a casa da vizinha, o notícia deve ser que o Manuel, o José e o Tiago incendiaram a casa da vizinha. O Manuel, o José e o Tiago devem ser detidos.”
Ora aí está jcd.
Está a ver como consegue discernir. É só fazer mais um esforço.
GostarGostar
“Parece que para alguns, a solução é a da avestruz. Esconder a cabeça na areia. Depois, quando os skins e outros patetas opostos ao seu género fazem manifestações e querem partir tudo, já exigem a TV, a identificação dos meninos com nome em letra de imprensa e todas as medidas possíveis e imaginárias contra a violência racial.”
Totalmente de acordo.
Os responsáveis para que num futuro próximo, ou menos próximo, aumente toda uma especie de atitudes e sentimentos anti-“blacks”, estão bem evidentes.
GostarGostar
Existe muita gente com medo da realidade.
GostarGostar
“França fez o mesmo, nestas últimas décadas.”
Sarcozy teve uma ajuda na soluçao desse problema de mestre. O filho. Que é produtor de hip-hop e precisamente é rei nos bairros sociais cheios da “racaille”
GostarGostar
“Eu? Onde?”
Tem razão. Não foi você, foi o JM.
“Se 300 judeus incendiarem a casa da vizinha porque ela não é judia, a notícia deve ser que um grupo de 300 pessoas de religião judaica, incendiaram a casa da vizinha por motivos de intolerância religiosa. Os responsáveis pela acção do grupo devem ser investigados e detidos.”
Está correcto. E qual é a similitude com a situação presente? Foram n negros que bateram num branco por intolerãncia rácica? Ou, como o jcd e o joão miranda defenderam antes, deve sempre informar-se da raça dos intervenientes, porque afinal competiria aos espectadores avaliar da relevância da informação?
GostarGostar
..Acho até que a familia Sarcozy passou de odiada pela racaille a adorada.
GostarGostar
««Ou, como o jcd e o joão miranda defenderam antes, deve sempre informar-se da raça dos intervenientes, porque afinal competiria aos espectadores avaliar da relevância da informação?»»
Cabe aos espectadores avaliar a relevância da raça em casos de violência. Tal como em tudo em que a raça causa polémicas deste género. O facto de existir polémica é um indicio de relevância para o espectador. A relevância avalia-se do ponto de vista do espectador e não da relevância do ponto de vista do politicamente correcto.
GostarGostar
Há espectadores que acham isso muito relevante. Deve haver outros que acham muito relevante saber quantos deles usavam piercings e tatuagens. O jornalista devia ter informado para os espectadores poderem avaliar. Mas o jornalista só quis saber da actuaçao da policia. Devia ter informado sobre as tatuagens.
GostarGostar
“A relevância avalia-se do ponto de vista do espectador e não da relevância do ponto de vista do politicamente correcto.”
POPULISMO!?!?!?!?!?
GostarGostar
««POPULISMO!?!?!?!?!?»»
Chame-lhe o que quiser. Quem deve decidir a relevância é o espectador.
GostarGostar
Esta troca de ideias já vai longa, comparando com o número de comentários que habitualmente aparecem noutras entradas deste blogue. Porquê?
Reli todas essas opiniões e percebe-se que a polémica é entre o “politicamente correto” e o “politicamente incorreto”. A todos permitir-me-ia dar um conselho desinteressado: normalmente o excesso de argumentação é contraproducente: volta-se contra quem insiste demasiado.
Defendo que mencionar a raça sem motivo para isso pode trazer muito veneno. Mas lendo a Imprensa portuguesa, não deixo de admirar a habilidade dos jornalistas para passarem subtilmente a “mensagem” que quiserem (não há jornalismo 100% isento). “Manuel da Silva, residente no Bairro das Marianas”, ou “Manuel Kafu S.” (S. de Silva), ou mesmo “Manuel S., empregado da construção civil” não dirá já alguma coisa sobre a raça do indivíduo?
GostarGostar
Para o João Miranda, quem manda é o freguês. Ora, eu sou de opinião de que a raça não é factor relevante nesta notícia em concreto; o JM, acha que sim. Suponho então que o critério jornalistico de escolha dos factos potencialmente a relatar (que são quase infinitos…) passa pelo referendo. É um admirável mundo novo, não haja dúvidas.
GostarGostar
««Para o João Miranda, quem manda é o freguês. Ora, eu sou de opinião de que a raça não é factor relevante nesta notícia em concreto; o JM, acha que sim. Suponho então que o critério jornalistico de escolha dos factos potencialmente a relatar (que são quase infinitos…) passa pelo referendo.»»
É isso caramelo. O caramelo é um génio.
GostarGostar
“Manuel da Silva, residente no Bairro das Marianas”, ou “Manuel Kafu S.” (S. de Silva), ou mesmo “Manuel S., empregado da construção civil” não dirá já alguma coisa sobre a raça do indivíduo?”
E nesses casos, dessas notícias, a raça dos senhores era relevante?
GostarGostar
“E nesses casos, dessas notícias, a raça dos senhores era relevante?”
jcd, isso é pergunta que se faça? É relevante se o cliente acha que é relevante.
GostarGostar
“E nesses casos, dessas notícias, a raça dos senhores era relevante?”
jcd, isso é pergunta que se faça? É relevante se o cliente acha que é relevante.
Claro. Não havendo procura, para que é que serve a oferta?
GostarGostar
Se o cliente é racista
Quer notícias sobre raça
Para ficar com a pista
Onde vai andar à caça.
GostarGostar
Apenas pretendi mostrar que há muitas formas de “sugerir” a raça sem a mencionar explicitamente; por vezes basta apenas referir a profissão (vg. “operário da construção civil”). Se isso é ou não relevante, é uma questão diferente que terá que ver com o teor da notícia em si; num casos é e noutros não. Alguém acredita que haja jornalismo 100% isento? É dificil pois há sempre uma certa margem de discricionariedade, a começar logo na escolha do tema.
GostarGostar
“Apenas pretendi mostrar que há muitas formas de “sugerir” a raça sem a mencionar explicitamente;”
Carlos
A raça é irrelevante para 99,99% dos casos. Só quando um determinado acontecimento está baseado em questões raciais (ou existem fortes indícios que terão sido essas as motivações), é que a raça passa a ser central na notícia. Nestes casos, escondê-la é censura.
GostarGostar
I agree.
GostarGostar
Talvez este link ajude os mais renitentes a compreender porque razão a raça dos envolvidos é uma questão relevante e o uso de piercings não o é:
http://www.guardian.co.uk/politics/2007/apr/12/ukcrime.race
GostarGostar
“Só quando um determinado acontecimento está baseado em questões raciais (ou existem fortes indícios que terão sido essas as motivações), é que a raça passa a ser central na notícia”
É óbvio. Falta então o jcd esclarecer (se não se importa) porque é que acha que o acontecimento relatado no post é baseado em questões raciais, ou que existem fortes indícios disso.
GostarGostar
O não mencionar da “raça” ou da “origem” é de facto uma censura que o ex-comissário das minorias inventou e fez aplicar nos jornais para não provocar sentimentos “xenófobos”
É que é por demais evidente que se todos os incidentes policiais e criminais levassem aquilo , a raça e a origem,como deveria ser, o pessaol, não militante da politica de terra queimada, fazia depressa um juízo positivo ou negativo acerca de determinados grupos que por aqui andam na melhor pela mão desse politicamente correcto sem vantagens para o povo Português.Já cá temos os ciganos para sustentarmos quanto mais agora abrirem, como abriram as portas de par em par aos “pobres” do mundo com quem temos que dividir a miséria…
É bom de ver que quem explora parte dessa mão de obra anda satisfeitíssimo, mas depois são os contribuintes, através da segurança social, das polícias e dos tribunais que pagam a diferença de vencimentos que esses capitalistas não pagam aos nacionais e os obrigam a emigrar para ganhar a vida que aqui lhes foi negada.
As nossas estatísticas e convenientemente não têm “raça” portanto quando se fala de pobreza de coesão social, de bairros sociais, de mais dinheiros para os bébés conviria saber quem de facto os recebe e quem os paga e qual a utilidade geral dessa política sem fronteiras, tão do agrado dos formados no internacionalismo e na fraternidade universal.
Hoje em dia a África persiste em nada dividir connosco, depois de ter “nacionalizado” os bens dos Portugueses que lá viviam e nós os “bons” temos que servir de casa pia?
Se não existem empregos para Portugueses porque é que ainda existem 30000 pedidos de “nacionalização” no SEF? Para em vez de 20 ou 30 serem 100 ou 150?
Só chamo a atenção que os do politicamente correcto que nos “censuram” as más notícias são os mesmos que “entregaram” tudo sem pestanejar e sem salvaguardar os interesses dos seus concidadãos.Este tipo de ditadura tem que acabar pois que quem a paga não são eles.É todo o povo Português!Verdadeiria actos de alta traição são todos os dias cometidos contra a boa governação do povo que se vê esbulhado até da sua dignidade histórica!PQP
GostarGostar
O caramelo já percebeu quase tudo. Só não percebeu a parte da teoria que diz que há questões em que o cliente não está interessado. Por exemplo, a referência à roupa interior dos envolvidos não geraria qualquer debate. A origem étnica gera.
GostarGostar
Declaro solenemente não pertencer a organizações com tons rosa ou vermelha como o boneco dá a entender…
GostarGostar
“É óbvio. Falta então o jcd esclarecer (se não se importa) porque é que acha que o acontecimento relatado no post é baseado em questões raciais, ou que existem fortes indícios disso.”
Ah, já vamos aqui. Grandes progressos. Quer isto dizer que este debate nem existiria se o jornalista em causa não tivesse ocultado o carácter étnico dos acontecimentos. Está a ver porque é que a censura é contra-producente?
GostarGostar
A referência à roupa interior dos envolvidos não gera qualquer debate? Ó meu caro João Miranda, eu já vi debates muito mais participados sobre questões muito mais estranhas e esotéricas, e nem por isso essas questões mereceriam ser abertura de telejornal.
Mas já que pensa assim, o João Miranda é que tem de explicar ao jcd que não é “quando um acontecimento está baseado em questões raciais” que a raça deve ser parte central da notícia, mas sim quando o cliente está interessado que a raça seja parte da notícia.
GostarGostar
Sinceramente não sei se no contexto desta noticia a raça teria alguma relevância.
No entanto sempre achei estranho que a maior parte dos crimes de “gang bangers” negros são noticiados, quando o são, como sendo crimes perpetrados por grupos de jovens.
Da mesma forma quando um grupo de jovens negros agride um branco, a noticia, quando existe, é: “grupo de jovens agride jovem.”
Mas quando um grupo de jovens brancos agride um jovem negro a noticia já será: “grupo de jovens brancos agride jovem negro” com “racismo” na manchete.
Isto faz-me confusão. Serei racista?
GostarGostar
“Mas já que pensa assim, o João Miranda é que tem de explicar ao jcd que não é “quando um acontecimento está baseado em questões raciais” que a raça deve ser parte central da notícia, mas sim quando o cliente está interessado que a raça seja parte da notícia.”
Esta sua fuga para o abismo não o leva a lado nenhum. Tenho a certeza, apesar de tudo o que por aqui tem escrito, até o caramelo consegue perceber esta lógica simples: os ‘clientes’ que querem ser bem informados, estão interssados em saber a raça dos intervenientes se o acontecimento foi baseado em questões raciais. Simples, não é?
GostarGostar
“Isto faz-me confusão. Serei racista?”
Claro que é. Se duvida, pergunte ao caramelo, à Sofia e a uns quantos anónimos que andam por aí.
GostarGostar
Para o jcd era de caracter etnico porque estavam lá muitos pretos. Santo António lhe valha.. lol
GostarGostar
Carlos III, já agora, olhe que “operário da construção civil” não me diz nada sobre a raça. Há pedreiros e serventes de todas as cores e feitios, desde os eslavos aos africanos. Informar que determinado indivíduo é “operário da construção civil” poderá ter utilidade, por exemplo, para sabermos da sua condição socio-económica. Não fico a saber mais se souber que o tipo é negro. Aliás, muito pouco me adianta, a maior parte das vezes, saber se determinado indivíduo é negro ou branco. Às vezes é notícia, outras vezes não é. Um candidato à presidência dos states ser negro, é uma grande notícia, por exemplo.
GostarGostar
Foi assim um incidente etnico entre a etnia preta contra a etnia farda cinzenta.
GostarGostar
Saber se alguém é de cor
É bom a gente saber
Para poder escolher
Que gravata hei-de pôr.
GostarGostar
Se eu fujo para o abismo, o jcd anda às voltas. Ó jcd, a questão aqui em debate é, precisamente, saber se o acontecimento foi, ou não, “baseado em questões raciais”. É óbvio. É isso que está em discussão desde o princípio. Muitos acham que não, incluíndo o jornalista, e outros acham que sim. O anónimo ali em cima está indeciso. E não, não és racista por colocar questões.
GostarGostar
«««Ó jcd, a questão aqui em debate é, precisamente, saber se o acontecimento foi, ou não, “baseado em questões raciais”.»»
Como é que eu sei se um acontecimento é baseado em questões raciais se o jornalista não indica a raça dos envolvidos?
GostarGostar
De todas as maneiras já viram o que poderia acontecer se o problema da integração étnica, exclusão social e imigração fosse tratado de forma séria sem politicamente correctos?
Possivelmente saberíamos com exactidão a quantidade real de imigrantes e de cidadãos sem qualquer mais valia para a sociedade (refiro-me a “gang bangers” com o quinto ano que vivem de assaltos, pequeno tráfico de droga) em Portugal. Seguidamente, e após um processo de legalização sério, veríamos os números referentes à pobreza e imigração aumentar de um dia para o outro e possivelmente ter-se-ia de rever a politica de porta aberta.
Coitadinhos dos nossos empresários que já não poderiam contratar, sub-contratar, sub-sub-contratar, ou sub-sub-…-sub-contratar, ilegais tendo por isso de pagar o quinhão de segurança social e restantes impostos. E isso seria mau para a “Economia”. Como toda a gente sabe, na Novilingua, Economia traduz-se em “Lucros para os que realmente mandam.”
Epah, se calhar alem de racista ainda sou um tolinho da conspiração.
GostarGostar
Miranda,
Não sabes que roubo não tem a ver com raça? Ou tem?
GostarGostar
Não sabes que roubo não tem a ver com raça? Ou tem?
Este corajoso Toni que convide meia dúzia de balantas lá para casa dele para ter a resposta!
GostarGostar
««Não sabes que roubo não tem a ver com raça? Ou tem?»»
Só posso saber se um roubo tem a ver com raça ou não se os factos forem documentados. Se nas notícias sobre roubos a raça for sistematicamente omitida, como é que posso saber? Vocês parecem esquecer-se que a função de um jornalista é informar, não é formar mentalidades.
GostarGostar
“Como é que eu sei se um acontecimento é baseado em questões raciais se o jornalista não indica a raça dos envolvidos?”
Hhmmm…certo… e o João Miranda ficaria a saber se o acontecimento é baseado em questões raciais se o jornalista indicasse a raça dos indivíduos? Está aqui a escapar-me qualquer coisa…
GostarGostar
“Está aqui a escapar-me qualquer coisa…”
Pois está.
GostarGostar
Vamos experimentar assim:
Só posso saber se um roubo tem a ver com a cor das cuecas do ladrão ou não se os factos forem documentados. Se nas notícias sobre roubos a cor das cuecas do ladrão for sistematicamente omitida, como é que posso saber? Vocês parecem esquecer-se que a função de um jornalista é informar, não é formar mentalidades.
GostarGostar
É claro que o jcd também ficaria perfeitamente a saber se os envolvidos nos desacatos tinham motivações raciais se soubesse a raça deles…
GostarGostar
A cor das cuecas teria relevância se 100 tipos envolvidos numa rixa vestissem todos cuecas roxas. Nesse caso, havia um elemento em comum que convinha explorar.
GostarGostar
“É claro que o jcd também ficaria perfeitamente a saber se os envolvidos nos desacatos tinham motivações raciais se soubesse a raça deles…”
A raça já toda a gente sabe, apesar do esforço do jornalista em tentar explicar que a raça dos desordeiros era a raça policial.
GostarGostar
Olhe, desculpe: isto aqui é que é a “sociedade civil”?
GostarGostar
” Há pedreiros e serventes de todas as cores e feitios, desde os eslavos aos africanos”
Caro Caramelo,
Vamos distinguir 2 questões:
Primeira, é ou não relevante mencionar a raça numa notícia?. Eu digo que em princípio não, mas pode haver casos em que sim. O que não aceito é que se proiba radicalmente a menção da raça. Claro que sobrará sempre uma certa zona de transição, que fica ao critério do jornalista. Nada a fazer numa sociedade democrática.
Segunda, haverá maneiras de “induzir” a raça sem a mencionar? Respondo que há muitas, são constantes. São códigos semióticos complexos que os jornalistas sabem manejar à perfeição. Basta ler bem os jornais. Pelo contexto da notícia, se eu introduzir “operário da construção civil” estou a enviar um código que muita gente decifra logo. Por isso, creio ser inútil, na maioria dos casos, proibir as menções à raça. A não ser que se reestabeleça o “Exame Prévio” e os censores consigam ser mais espertos que os jornalistas, o que raramente sucedia.
GostarGostar
“apesar do esforço do jornalista em tentar explicar”
O jcd na verdade nao percebeu o jornalista. O jornalista estava “do lado dos polícias” ou melhor da verdade. Mas o jcd é teimoso. Nem sequer é capaz de rever a peça jornalística. Se o jornalista nao quisesse saber a verdade nao tenha procurado quem respondesse contra a tese de que a policia entrou a matar.
É preciso ser mesmo teimoso e mau para cascar no jornalista. Ou é pessoal e conhece o jornalista?!?
GostarGostar
É a sociedade secreta das cuecas roxas, ó jcd 😉 Pronto, estou esmagado.
GostarGostar
A notícia era perfeita
Se dissesse o jornalista
Que a raça daquela seita
Não vinha na sua lista.
GostarGostar
Estão a ver como a “diferença” nos anima?
GostarGostar
“Caro Caramelo,
Vamos distinguir 2 questões:
Primeira, é ou não relevante mencionar a raça numa notícia?. Eu digo que em princípio não, mas pode haver casos em que sim. O que não aceito é que se proiba radicalmente a menção da raça.”
Nem eu aceito tal coisa, Carlos (e alguém defendeu aqui isso?). Há situações, nomeadamente aquelas, referidas pelo próprio jcd, em que sendo a raça um elemento determinante dos acontecimentos, a mesma deve ser noticiada. E dei o exemplo da candidatura de um negro a presidente dos estados unidos. Eu estava a discutir a relevância da menção à raça neste caso concreto.
E continuo sem perceber essa do “operário da construção civil”. A maior parte dos pedreiros que conheço até são brancos.
“Por isso, creio ser inútil, na maioria dos casos, proibir as menções à raça.”
Além de inútil, é estúpido.
GostarGostar
” jcd Diz:
24 Junho, 2008 às 4:09 pm
“Isto faz-me confusão. Serei racista?”
Claro que é. Se duvida, pergunte ao caramelo, à Sofia e a uns quantos anónimos que andam por aí.”
Se não houver motivação rácica, também não vejo relevância em noticiar a cor do agressor (que por acaso é branco) de um sujeito (que por acaso é negro).
GostarGostar
Bem, vamos lá a outro exemplo para se entender melhor o ponto de vista dos caramelos anónimos. Imaginemos que três skinheads agrediam um negro no Bairro Alto. Qual seria a forma correcta de dar a notícia?
a) Cabeças rapadas agridem negro.
b) Rui, Manuel e Augusto agridem Jacinto.
c) Dois jovens com piecing e um sem piercing agridem jovem com piercing.
Qual das três possibilidades traduz melhor o que se passou, sabendo que o tamanho do cabelo não é um facto relevante?
GostarGostar
“Como é que eu sei se um acontecimento é baseado em questões raciais se o jornalista não indica a raça dos envolvidos?”
Chama-se trabalho de investigação e é prévio a qualquer notícia. Se o jornalista chama que pode haver motivação racial por tras de qualquer crime, deve investigar. Confirmando-se, noticia.
Chama-se a isto jornalismo sério.
GostarGostar
“A cor das cuecas teria relevância se 100 tipos envolvidos numa rixa vestissem todos cuecas roxas. Nesse caso, havia um elemento em comum que convinha explorar.”
Então como é que excluiu a relevância de serem todos homens, todos jovens, terem todos dois bracos e por aí fora?
Admita lá, há aí mais um critério qualquer, certo?
GostarGostar
“a) Cabeças rapadas agridem negro.”
Repito: não vejo a analogia entre associações criminosas e etnias.
GostarGostar
Já agora The Studio,
Gostava muito que me explicasse qual é, exactamente, a similitude entre um bando de atrasados mentais (sem ponta de estilo – digo eu que sou gaja) e toda uma comunidade que, por acaso, é de etnia africana.
GostarGostar
««Chama-se trabalho de investigação e é prévio a qualquer notícia. Se o jornalista chama que pode haver motivação racial por tras de qualquer crime, deve investigar. Confirmando-se, noticia.
Chama-se a isto jornalismo sério.»»
A sofia gosta que a paternalizem. Eu quero que me informem. O jornalista deve reportar o que aconteceu, independentemente da existência de motivações evidentes. O leitor saberá tirar as suas conclusões do que for repotado.
GostarGostar
Se não houver motivação rácica, também não vejo relevância em noticiar a cor do agressor (que por acaso é branco) de um sujeito (que por acaso é negro).
A Sofia é como o algodão : não engana VÍTIMA:o “coitadinho” do preto…
É por isso que nos carjacking de mercedes, Hondas e outros topos de gama feitos por pretos sai como sendo feitos por “jovens”.Aqui as vítimas saõ como todos deduzem brancos , mesmo que o jornalista o não diga, mas ´quanto ao “agressor” para manter o seu perfil de “coitadinho” não é identificado pela raça…
GostarGostar
“O leitor saberá tirar as suas conclusões do que for repotado.”
O Joao Miranda era capaz de se sentir incomodado se tivesse de explicar aos seus filhos porque é que na tv tinham dito que brancos tinham atacado policias e os seus filhos lhes perguntassem se eram maus por serem brancos.
GostarGostar
««Se não houver motivação rácica, também não vejo relevância em noticiar a cor do agressor (que por acaso é branco) de um sujeito (que por acaso é negro).»»
Pois, mas os leitores de jornais normalmente querem saber se os crimes são cometidos por populações integradas ou por populações guetizadas. É a raça é um excelente indicador que permite enquadrar os factos. É por isso que, antes do politicamente correcto, a raça era mencionada. Agora os crimes acontecem, mas ninguém percebe muito bem porquê. Serão populações africanas mal integradas? Não sabemos.
GostarGostar
Já agora convinha acabar com o mito racista do “sexta-feira”.Existe uma lei que é igual para todos.E todos devem ser chamados pelos seus nomes.Ou os pretos têm vergonha de ser pretos?
GostarGostar
««O Joao Miranda era capaz de se sentir incomodado se tivesse de explicar aos seus filhos porque é que na tv tinham dito que brancos tinham atacado policias e os seus filhos lhes perguntassem se eram maus por serem brancos.»»
Porque é que me haveria de sentir incomodado? Está a defender que as notícias devem ser dirigidas a espectadores com a idade mental de uma criança?
GostarGostar
caso tenham vergonha de ser pretos qual o grau de responsabilidade do Mugabe?
GostarGostar
“A sofia gosta que a paternalizem. Eu quero que me informem.”
É ao contrário: eu gosto que me informem (de forma rigorosa, isenta, exaustiva); o JM gosta de novelas da TVI.
“O jornalista deve reportar o que aconteceu, independentemente da existência de motivações evidentes.”
Errado. O jornalismo lixívia é coisa de não existe – nenhuma notícia é asséptica; no entanto, o jornalismo pressupõe sempre (e não é paternalismo e trabalho jornalístico) alguma interpretação. Perante determinada situação o jornalista tem de averiguar que factos, atitudes, etc é que são relevantes para compreender os contornos da notícia.
Se está a chover a cântaros pode ser irrelevante se a notícia respeita a um jogo de futebol de salão; mas já é relevante se estamos a falar de um acidente de viação. Se o jornalista não diz, nesta ultima hipótese, que estava a chover, fez mau jornalismo – escamoteou informação importante para compreender os factos e depurtou a “verdade percepcionável” por cada um de nós. O mesmo fenómeno ocorre quando se passa informação absolutamente irrelevante, mas propicia a certo tipo de ilação.
Va lá, JM… o que é que acha que as agências de comunicação fazem para ganhar a vida? Chama-se manipulação – ou, mau jornalismo.
GostarGostar
“É por isso que nos carjacking de mercedes, Hondas e outros topos de gama feitos por pretos sai como sendo feitos por “jovens”.”
Está ver, JM? Point taken.
GostarGostar
“Pois, mas os leitores de jornais normalmente querem saber se os crimes são cometidos por populações integradas ou por populações guetizadas.”
Isto também eu quero saber… não tem é nada a ver com étnia.
Era menos não se a pobreza estivesse associada a uma minoria étnica.
GostarGostar
“Confirmando-se, noticia. Chama-se a isto jornalismo sério.”
Sofia, foi mesmo este o caso. O jornalista sabia e não noticiou. Foi jornalismo a brincar?
GostarGostar
“É a raça é um excelente indicador que permite enquadrar os factos”
Indicador o tanas!
O jornalista se quer fazer um trabalho sério, investiga. Vai saber onde é que moram, conhecer as condições em que vivem, etc. Isso sim é paternalismo e do pior – é paternalismo feito por perguiçosos.
Quer usar indicadores vá trabalhar para o Crime ou para o CM.
GostarGostar
“Serão populações africanas mal integradas? Não sabemos.”
Ai o cinismo…!
GostarGostar
“a) Cabeças rapadas agridem negro.”
Repito: não vejo a analogia entre associações criminosas e etnias.”
Negro? Não é perigoso? Não poderá causar a revolta de toda uma comunidade? Se os seus argumentos fazem sentido, a notícia deveria ser
“Cabeças rapadas agridem jovem.”
E teria que ter a certeza que eram todos cabeças rapadas.
O mais seguro era escrever: “Rixa entre jovens no Bairro Alto” – que é exactamente o que sairia nos jornals se fossem 3 jovens africanos a agredir um skinhead.
GostarGostar
“Sofia, foi mesmo este o caso. O jornalista sabia e não noticiou. Foi jornalismo a brincar?”
Confirmou que aquilo foram atribulações com implicações rácicas?
GostarGostar
«Negro? Não é perigoso? Não poderá causar a revolta de toda uma comunidade? Se os seus argumentos fazem sentido, a notícia deveria ser
“Cabeças rapadas agridem jovem.”»
Vejo que não leu nada do que aqui se disse. Volto a repetir: a informação acrerca da etnia dos sujeitos implicados na notícia PODE ser relevante, logo que esta esteja na origem da notícia. NO exemplo que dá, o sujeito foi agredido PORQUE negro, logo, essa informação é relevante e não passá-la distorce a notícia:
Do mesmo modo, se um grupo de sujeitos negros cerca um grupo de skinheads e agride os sujeitos, obviamente, que o facto de uns serem negros e outros skinheads é relevante e deve ser divulgado.
GostarGostar
Era menos não se a pobreza estivesse associada a uma minoria étnica.
Sofia: Point taken
Basta o mundo “escolher-nos” e depois “nós” somos responsáveis por um abrir e fechar de olhos tratar de os colocar na média de rendimento nacional, mesmo que nem sejam necessários…
Como é isso que tem acontecido é que vêm de canoa e assaltam literalmente a fronteira…
Mas em contrapartida se daqui alguém quer fazer a vida em África nem imagina os problemas que se tem e a total ausência de garantias… para além de aí “brnaco” ser mesmo “alvo”…
GostarGostar
“Então como é que excluiu a relevância de serem todos homens, todos jovens, terem todos dois bracos e por aí fora?
A probabilidade de terem todos 2 braços é próxima dos 100%.
A probabilidade de 50 jovens terem todos cuecas da mesma cor, admitindo uma distribuição uniforme por apenas 5 cores, é de 1,13*10^(-35)
A probabilidade de serem todos da mesma etnia, admitindo que essa etnia represente 5% da população é de 8,9*10^(-66).
A notícia não é o cão que morde no homem.
GostarGostar
jcd Diz:
24 Junho, 2008 às 6:25 pm
Ha! Ha! Ha!
Ó amigo, havia relatos que diziam que cerca de 50% dos veraneantes na praia naquele dia eram negros. O que dá uma uma 50/50 chance.
E agora? Havendo impate técnico, o que é que se fazx? Moeda ao ar?
GostarGostar
Não é de raça a questão
Ou da cor dos salafrários.
É p’ra fazer um chourição
Na caixa de comentários.
GostarGostar
“Confirmou que aquilo foram atribulações com implicações rácicas?”
Que outro ponto de união encontra no facto de descatas terem sido causados por dezenas de jovens com homeogeneidade étnica?
GostarGostar
“Que outro ponto de união encontra no facto de descatas terem sido causados por dezenas de jovens com homeogeneidade étnica?”
Assim de repente, a má criação!
GostarGostar
“Ó amigo, havia relatos que diziam que cerca de 50% dos veraneantes na praia naquele dia eram negros. O que dá uma uma 50/50 chance.”
Sim, mas os relatos também dizem quem é que se envolveu nos confrontos. Veja a descrição do Filipe Melo Sousa:
“(3) A certa altura, jovens africanos (e apenas estes) surgem de todas as partes da praia, arremessando todos os objectos que encontram em direcção aos polícias.”
GostarGostar
“Sofia Ventura Diz:
24 Junho, 2008 às 6:30 pm e
“Que outro ponto de união encontra no facto de descatas terem sido causados por dezenas de jovens com homeogeneidade étnica?”
Assim de repente, a má criação!”
Deve ser um problema do sistema de ensino.
GostarGostar
“por dezenas de jovens com homeogeneidade étnica?”
A amizade? O clube de futebol? O bairro? Sevir um grupo de jovens todos branquinhos conclui que andam todos juntinhos por serem branquinhos?
Se fosse pela cor nao havia grupos rivais, eram todos muito amiguinhos. E existem grupos rivais que nao se distinguem entre si pela cor da pele.
GostarGostar
jcd Diz:
24 Junho, 2008 às 6:33 pm
Mas se é na base do “indicador” como diz o JM, eu escolho que isso é indicador de que nessa zona estavam essencialmente meliantes (por caso) negros. E agora? Não é melhor deixar as indagações e exigir ao jornalista que nos dê a notícia?
Queixam-se, queixam-se, mas Vosmecês são muito pouco exigentes!
GostarGostar
R E C L A M A Ç Ã O
Farto-me de ir á procura dumas pretas bonitas em:
http://edeuscriouamulher.blogs.sapo.pt/
e só mostram brancas!
Não há direito de discriminarem assim pá!
GostarGostar
Venho aqui protestar porque tenho o hábito de cortar o cabelo muitissimo curto, quase com a cabeça rapada.
Como fizeram a associação de cabeças rapadas=associações criminosas quero deixar a minha declaração de interesses dizendo que apenas é um hábito higiénico/pratico para mim e que nem sequer tenho já idade para pertencer a essas associacões ou agremiações clubisticas.
Gostaria que deixassem dessa xenofobia de descriminar tudo e todos que por razões mais que diferentes gostam do cabelo assim da mesma maneira como poderiam gostar dele bem comprido.
heheheheheh
GostarGostar
Das informações que temos
P’ra formar opinião
Falta ainda informação
Da raça dos blasfemos.
GostarGostar
Anda bem inspirado o Piscoiso. Parabéns!
GostarGostar
Racismo em Portugal?
Achei deveras interessante ler a notícia e os comentarios de tanta variedade. Não sei bem dos factos que ocorreram lá. Mas gostaria escrever como um indiano que vive em Goa. Os portugueses, como todos os europeus, nao deixam de ser racistas. Na Índia e em Goa se fala do castismo. Neste caso discutido, acho que o importante é que houve desordem, reinou espatafurdia. A qualquer raça que os maliantes pertençam trata-se duma falta grave e séria. Sem entrar na controvérsia, direi que quando se registam estes factos, ocorre a ‘psicologia da turba’ (mob psychology), e assim a desordem se torna caotica, casa de Antoga…Quando a polícia intervém, há vítimas de todos os lados.
Quanto à menção de etnia ou raça, pode ser necessária, mas isto não deve assumir que só os negros assaltam ou roubam… Uma vez quando estando na Alemanha em companhia duma alemã e a nossa sacola contendo artigos de valor, deixada ao lado numa loja, desapareceu, logo chamei a atenção da senhora alemã. Ela com coragem saiu da loja e topou com o “ladrão” que era um jovem branco, não sei se era alemão. Ela conseguiu recuperar a sacola. Mais tarde, na conversa, a senhora alemã me diz que o ‘ladrão’ era um estrangeiro. Mas eu retorqui que há lá pobreza na Alemanha e que os jovens alemães também não podem resistir a tentação de amigar-se de coisas alheias….
Pode ser necessário discutir se há ou não integração no país, pobreza entre os imigrantes, o nível económico e social, relacionado com a etnia e raça. Como se vê, e um problema complexo, mas também delicado.
GostarGostar
Miranda,
“Se nas notícias sobre roubos a raça for sistematicamente omitida, como é que posso saber?”
Porra, não és tu que assinas como biotecnólogo ou coisa que o valha? E então, faltaste ao inglês técnico, foi?
GostarGostar
“Sofia Ventura Diz:
24 Junho, 2008 às 5:50 pm
Gostava muito que me explicasse qual é, exactamente, a similitude entre um bando de atrasados mentais (sem ponta de estilo – digo eu que sou gaja) e toda uma comunidade que, por acaso, é de etnia africana.”
A similitude é elevada. Como os negros têm uma distribuição de QI com média de 70 pontos [1], metade deles são considerados retardados segundo os padrões Europeus.
[1] Rushton, J. P. and Jensen, A. R. (2005). “Thirty Years of Research on Race Differences in Cognitive Ability”. Psychology, Public Policy, and Law 11: 235–294. doi:10.1037/1076-8971.11.2.235.
GostarGostar
“Ou é pessoal e conhece o jornalista?!?”
E o anónimo conhece o jornalista? Ou é jornalista?
GostarGostar
“a similitude entre um bando de atrasados mentais (sem ponta de estilo – digo eu que sou gaja) e toda uma comunidade que, por acaso, é de etnia africana.”
Esse comentário (sem querer) é insultuoso para a comunidade africana. É que um gang de negros é tão representativo da comunidade negra como os skinheads são representativos dasocedade lisboeta.
GostarGostar
“segundo todo o imbecil de picha pequena”
Isso sim é preconceito, pretender que só por ser preto tem a picha maior que o branco. Afinal, não somos todos iguais?
GostarGostar
ordralfabeletix
Tu é que assumiste isso. A minha é de tamanho próprio para senhoras e não sou preto…
GostarGostar
Ó Anónimo,
Obsessão fálica? Acabei de confessar que a minha é assim pró pequeno, é de um tamanho especial para senhoras. Mas o pensares que sou brochista faz sentido na tua linha de pensamento, embora não entenda de que é que tens medo de mim.
GostarGostar
Mais um exemplo de “bom” jornalismo para que a malta não se torne xenófoba:
A Polícia de Segurança Pública (PSP) de Lisboa apreendeu dez quilos de heroína e deteve quatro suspeitos de tráfico de droga nas zonas de Mem-Martins, Agualva-Cacém, Rio de Mouro e Buraca.
Estes laicos que nos governam mandam tirar cruzes das escolas e dos hospitais mas armam-se em missionários de novo tipo.
Sim porque existem para aí cidadãos do mundo cuja vida é só crime, repetidamente e NADA é feito para os expulsar definitivamente do país e se já nacionais lhes retirar a nacionalidade que obtiveram destes “caridosos” políticos, mas que nos enviam a factura a nós…contribuintes.
GostarGostar
“Agora os crimes acontecem, mas ninguém percebe muito bem porquê. Serão populações africanas mal integradas? Não sabemos.”
João Miranda, é exactamente por não percebermos, que o jornalista deve fazer investigação, saber quais as motivações, quais as causas, etc, coisa a que o JM depois veio a chamar chama “paternalismo” e a que a Sofia Ventura chama, com razão, jornalismo sério. A função do jornalista não é uma mera recolha de factos. Quer perceber? É que você pouco fica a perceber se lhe disserem simplesmente que aqueles jovens eram negros. Apenas fica a saber a sua cor da pele, não a sua origem social, escolaridade, motivações, etc.
Quer que o jornalista “reporte o que aconteceu”, simplesmente? É que aconteceu muita coisa naquele local nesse dia… Começamos por onde? pela temperatura da água? pelo número de cervejas bebidas no bar? pela cor dos calções dos jovens? Há uma infinidade de factos a relatar. Alguém tem que os seleccionar, não é? E não é certamente à caixa de comentários do blasfemias que o jornalista vai buscar orientação. Se fizer jornalismo sério, é claro.
GostarGostar
Gostava de entender é como um grupo ou gangue em que a maioria é negra mas que também tem brancos, o jornalista ia identificar como um gangue de negros e esquecer os branquinhos do grupo.
Segundo a psp até os da briga o branco e o preto inicial eram do mesmo grupo.
GostarGostar
Esta malta é cómica. Se for assaltado ou espancado a primeira coisa que quer saber é a cor do agressor. Se for branco nao lhes deve doer tanto… santa pachorra.
GostarGostar
355 comentários até agora! É coisa rara neste blogue. O “racismo” dá; ninguém quer abrir um negócio? Um jornal “O Racismo”, por exemplo? Anúncios não vão faltar. Como dizemos lá no Brasil “Freud explica”.
… e já agora uma notícia (fictícia, obviamente) “Grupo de surfistas ataca operário da cosntrução civil em Carcavelos”. Não diz nada sobre raças (pelo menos para quem vive na zona), pois não?
GostarGostar
Segundo a Sofia Ventura, o jornalista tem de fazer investigação jornalística e sociológica antes de relatar uma característica dos intervenientes. Sendo assim, o jornalista não poderá referir a idade, o sexo, a profissão, a origem geográfica, etc. de nenhum interveniente em nenhuma notícia sem antes realizar uma investigação aturada para indagar da relevância dessas características. Fantástico. Fosse assim, e não haveria jornalismo. Teríamos notícias como: “Euromilhões sai a ser humano. Ser humano roubou loja de outro ser humano. Grupo de pessoas agride outro grupo de pessoas algures em Portugal (sem ofensa para os portugueses, claro, que são em geral um povo pacífico).” É que, a maior parte das vezes, as características básicas das pessoas não têm relevância do ponto de vista da explicação dos factos e na medida em que não podem ser generalizadas a todas as pessoas que partilham determinada característica. Gostava de saber como a Sofia resolvia o problema…
GostarGostar
Links para as notícias da SIC. Repare-se que os “confrontos (…) provocaram”. Quem serão esses senhores confrontos?
GostarGostar
Nunca ouvi uma noticia a dizer que o euromilhoes tivesse saído a um branco ou a um preto. Também querem saber isso? Se o euromilhoes sai a um preto ou a um branco?!?
O video amador dos confrontos nao se observa nada mas dizem que aquilo sao os confrontos. Aparecem garrafas na areia.
GostarGostar
fiquei nos trinta primeiros comentários e se calhar já alguém referiu o que adianto. Qual era a “origem étnica” dos meliantes, afinal? macua? hutu? Xhosa? zulu? tiv?
francamente, entre um pobre repórter cheio de pruridos em descrever uma cena de pancadaria – não fossem os bes (anacletos, lembra-se?) chamar-lhe racista – e uma série de intelectuais cheios de pruridos chamando “etnia” À cor das pessoas eu, tonto por tonto, ignaros por ignaros, prefiro o concorrente da catarina furtado
o resto, presumo, será a habitual palha dos preconceitos vs preconceitos
cumprimentos (vim via Espumadamente, que tem um belo texto memorialista sobre o assunto)
GostarGostar
LPMachado, tal como o anónimo 358, tmabém não me parece que infoormar a raça do gajo que ganhou a lotaria, tivesse qualquer relevância. Já teria relevância dizer, por exemplo, a sua profissão, para avaliar da sua condição económica. Tem tanto interesse dizer que “um negro ganhou a lotaria” como dizer “que um negro andou à porrada com um branco”, sem mais. Se desconfiar que a raça tem alguma coisa a ver com o assunto, então, nesse caso, o jornalista deve investigar.
Ninguém disse que não se deveria relatar factos. Um jornalista tem é que saber quais os factos que deve relatar, tem de escolhê-los, pois eles são potencialmente quase infinitos. Mas não entende isso?
Estamos a falar de regras do jornalismo, nada de novo; qualquer jornalista lhe explica isto melhor do que eu.
GostarGostar
“Segundo a Sofia Ventura, o jornalista tem de fazer investigação jornalística e sociológica antes de relatar uma característica dos intervenientes. ”
Exacto. Só assim é que sabe se as tais das características são relevantes.
“Sendo assim, o jornalista não poderá referir a idade, o sexo, a profissão, a origem geográfica, etc.”
Mais uma vez, exacto – desde que a revelação (até ver gratuita) da idade, sexo, profissão, etc… possa deturpar a notícia, que perde em rigor ao dar-se a interpretações sem cabimento e sensasionalistas.
Por exemplo, dizer: A Carolina Salgado, ex-menina de alterne, diz que o Pinto da Costa é trafulha. É importante para a notícia que a senhora foi mem«nina de alterne? Não. Então é mau jornalismo, porque está a descredibilizar as afirmações de alguém, e, sem apurar a veracidade das mesmnas, dá azo ao preconceito.
Já se a notícia for que a Carolina Salgado sofre de uma doença venérea (espero, sinceramente, que não se lembrem desta!), essa informação já é relevante.
“Gostava de saber como a Sofia resolvia o problema…”
Primeiro – óbvio – ia saber quem é que ganhou o euromilhões. Depois, 3 hipóteses:
1.º Era alguém da Quinta do Mocho: Bingo! G’anda notícia! Fulano de tal (e não, não diria a raça!), nasceu e creceu na quyinta do mocho, blá, blá, blá, não tinha o que comer e agora vai pagar os estudos aos 40 irmãos;
2.º Era alguém remediado: Shoot! Ia saber o que é que faz para ganhar a vida, como é que vive, como é que reagir, os vizinhos sabem?, o que é que dizem?;
3.º É um ricaço: boa outra vez! Há gente que nasceu com o rabo virado para a lua, teve uma vida de privilégios e não sabe o que é que vai fazer com o dinheiro.
Por alto, e de repente, era mais ou menos assim.
GostarGostar