Saltar para o conteúdo

Duas precisões:

15 Julho, 2009

1. Obama não  «suspende sanções sobre Cuba». Renovou sim a suspensão, por seis meses, de parte de lei Helms-Burton (Title III), que permitiria a apresentação de acções judiciais nos Estados Unidos contra qualquer companhia estrangeira que fizesse transacções que envolvessem propriedades reinvidicadas por cidadãos/empresas dos EUA.

2. Tal medida nada tem de inédito. Desde a aprovação da lei em 1996, quer o presidente Bill Clinton, quer George W. Bush, procederam à renovação de tal suspensão a cada seis meses. Foi o que Obama agora também fez.

13 comentários leave one →
  1. 15 Julho, 2009 16:04

    Gabriel,

    Se me permites um conselho:

    – Não deves tentar discutir racionalmente com crentes de uma religião.

    Falo por experiência própria…

    Gostar

  2. Basico permalink
    15 Julho, 2009 16:08

    Eu gosto mais desta noticia

    Finanças: Governo decidiu terminar a operação no final de 2008
    Citigroup ganhou 290 milhões
    O Citigroup vai ganhar com a cedência de créditos fiscais e da segurança social , efectuada quando Manuela Ferreira Leite era ministra das Finanças do Governo PSD/CDS, quase 290 milhões de euros. O valor, referente a juros e encargos com a montagem da operação, representa 16,4 por cento do preço inicial pago pelo Citigroup, de 1,76 mil milhões de euros, que permitiu cumprir o défice público de três por cento exigido no Pacto de Estabilidade e Crescimento .

    Ao que o CM apurou, o Ministério das Finanças, na sequência do diagnóstico da Direcção-Geral de Contribuições e Impostos (DGCI), já informou o Citigroup p que, do total de 11,4 mil milhões de euros cedidos em 2003, o Estado pagará os 1,76 milhões de euros, acrescidos dos encargos e juros. Ao todo, a operação irá custar ao erário público cerca de 2,1 mil milhões de euros.

    Para já, o Estado já entregou ao Citigroup 1,9 mil milhões de euros. E tudo indica que os restantes cerca de 150 milhões de euros, correspondentes a juros e encargos, serão pagos, “previsivelmente, até ao primeiro semestre de 2010”.

    A portaria 1375-A, de 18 de Dezembro de 2003, estabelece que “os créditos do Estado e da segurança social são cedidos mediante o pagamento de um preço inicial, no montante de 17,6 milhões de euros, e de um eventual preço diferido, cujo montante é determinado após o pagamento integral das quantias devidas aos titulares das obrigações titularizadas, deduzidas as despesas e os custos da operação de titularização”.

    Por causa de dúvidas na interpretação desta norma, o Ministério das Finanças decidiu, no final de 2008, terminar o contrato com o Citigroup. A operação foi polémica desde o início, dado que o Governo de então comprometeu o direito dos governos seguintes àquelas receitas fiscais. O CM tentou obter um comentário de Manuela Ferreira Leite mas, até ao fecho desta edição, tal não foi possível.

    CRÉDITOS TOTALIZARAM 15 MIL MILHÕES

    O total de créditos do Estado cedidos ao Citigroup ascendeu a 15,1 mil milhões de euros. No contrato está prevista a cedência de 11,44 mil milhões de euros mas, como os serviços públicos não conseguiram cobrar uma parte dos créditos cedidos, foi necessário substituir os créditos incobráveis por outros de igual montante, no valor de 3,74 mil milhões de euros.

    Os créditos foram substituídos em quatro anos: 534 milhões de euros, em 2004; 1,31 mil milhões de euros, em 2005; 695 milhões de euros, em 2006; e 1,19 mil milhões de euros, em 2007.

    O parecer do Tribunal de Contas à conta do Estado de 2004 detectou, entre outras falhas, “a integração de dívidas que já se encontravam pagas, anuladas ou prescritas na mesma data”. A maior fatia dos créditos cedidos eram fiscais.

    TRIBUNAL DIRIGIU FORTES CRÍTICAS À OPERAÇÃO

    O Tribunal de Contas (TC) não poupou críticas à venda de créditos ao Citigroup. No essencial, depois da crítica feita em 2003, o parecer do Tribunal de Contas à Conta Geral do Estado de 2004 frisa que “a operação de cessão de créditos para efeitos de titularização teve, em termos líquidos, um efeito positivo sobre as receitas em 2003, mas tem um efeito negativo sobre as receitas de 2004 e anos seguintes”.

    A portaria 1375-A diz que os créditos referem-se “à cobrança coerciva de processos de execução instaurados entre 1 de Janeiro de 1993 e 30 de Setembro de 2003”, mas o TC detectou falhas.

    PORMENORES

    CESSÃO DE CRÉDITOS

    Os créditos foram cedidos à Sagres – Sociedade de Titularização de Créditos (Citigroup).

    OBRIGAÇÕES

    Após a compra dos créditos, foram emitidas seis classes de obrigações: cinco indexadas à Euribor a 6 meses, mais spread, e uma com taxa de juro de 7%.

    RECEITA EXTRAORDINÁRIA

    Sendo a titularização uma venda, foi registada como receita. Por isso, os 1,76 mil milhões de euros puderam ser usados na redução do défice orçamental.

    Gostar

  3. K2ou3 permalink
    15 Julho, 2009 16:28

    Caro Básico,
    Não é bem assim,
    Aguarda, que na altura te vais atirar para o chão.(empranchado, com as mãos atrás das costas)

    Gostar

  4. rui salgado permalink
    15 Julho, 2009 16:46

    CAA
    Essa religiao começa a tornar-se perigosa pois até os meios de comunicaçao estão afectados.

    Gostar

  5. Pedro Lopes permalink
    15 Julho, 2009 17:29

    CAA: especialista em argumentos “ad-hominem”.

    Gostar

  6. 15 Julho, 2009 17:38

    Falta uma análise aos verdadeiros motivos económicos que estão por trás das sanções.
    Por causa dos charutos não é, que se continuam a fumar partout.

    Gostar

  7. Anónimo permalink
    15 Julho, 2009 18:09

    pas du tout, há os cohibidos.

    Gostar

  8. 15 Julho, 2009 18:45

    BObama vai reatar relações com Cuba antes de terminar o mandato. Não total, mas parcialmente.
    Por estratégia, por interesses comerciais, por ‘compreensão’ política e por resolução de problemas sociais, afinal…territorial e historicamente bem próximos.
    E há a questão hu7mana, à qual Obama não é insensível.

    (Tudo isto não será fácil negociar no Congresso, inclusivé com alguns Democratas).

    Gostar

  9. 15 Julho, 2009 19:35

    Gabriel, o meu post foi corrigido dois minutos depois de ser publicado por isso mesmo. Não é dito, por isso, que é inédito. Mas claro que o contexto em que acontece é outro.

    Gostar

  10. Gabriel Silva permalink*
    15 Julho, 2009 19:39

    Já o contexto é apenas o seguinte:
    Bush decretou a última suspensão a 19/01, com efeitos a 1 de Fev.
    Obama decretou a 15/07 com efeitos a 01/08. Seis em seis meses. Parece-me aliás muito bem.

    Gostar

  11. 15 Julho, 2009 19:50

    O contexto é uma negociação em torno da questão dos emigrantes e uma promessa eleitoral de negociação.

    Gostar

  12. 16 Julho, 2009 00:15

    A máquina de propaganda cubana é bestial, bastavam dois minutos a visitar um site duma loja de informática cubana como esta…

    http://tecun.cimex.com.cu/tecun/default.htm

    … para perceber que devo começar a ignorar noticiários que repetem as palavras do regime como se fossem um departamento de relações públicas.

    Já agora, outra notícia que passou um bocado despercebida:

    http://www.miamiherald.com/news/miami-dade/story/1131904.html

    Gostar

Indigne-se aqui.

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Imagem do Twitter

Está a comentar usando a sua conta Twitter Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s

%d bloggers gostam disto: