Lá vamos, cantando e rindo…
9 Setembro, 2010
Já é conhecido o Global Competitiveness Report para 2010-2011. Portugal caiu mais dois lugares no índice de competitividade das economias. Em 2005, quando José Sócrates tomou posse, Portugal estava em 30º lugar; agora está em 48º.
Eis alguns dos países que nos ultrapassaram nestes cinco anos: Malásia, Eslovénia, Kuwait, Chipre, Tailândia, Polónia, China, Tunísia e Indonésia.
Mas como continuamos à frente da Grécia e da Itália, é natural que os abrantes festejem a “boa” notícia.
25 comentários
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Vivemos num tempo que se sente fabulosamente capaz de realizar, porém não sabe o que realizar. Domina todas as coisas, mas não é dono de si mesmo. Sente-se perdido na sua própria abundância. Com mais meios, mais saber, mais técnica do que nunca, afinal de contas o mundo actual vai como o mais infeliz que tenha havido: puramente à deriva.
Ortega y Gasset, in “A Rebelião das Massas”
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os abrantes são aqueles que depreciamos porque não pensam como nós… e de bovinidade estamos faldados.
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Os abrantes são aqueles que depreciamos porque não pensam como nós… e de bovinidade estamos falados.
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O natural é que continuemos a cair por mais uns aninhos, ou o JMF não viu ontem o relatório da OCDE sobre a educação, uns dos principais factores que determinam a competividade de um país? Onde está a surpresa? Para quê o sarcasmo e o cinismo?
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competitividade*
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Cada má notícia é uma festa no blasfémias e alguém paga uma rodada, denotando notória satisfação. Um país que vive do ódio é um país doente e sem futuro.
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Luís,
Está bem que não se pode passar o tempo só a criticar mas o problema é que os nossos dirigentes passam o tempo a fazer o inverso.
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O ódio ao que é mau é uma lógica perfeitamente correcta, é isso que faz especies, países ou pessoas sobreviverem ou não.
Foi a falta de ódio que nos levou ao desastre.
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O que eu vejo não é ódio ao que está mau, é ódio às pessoas, principalmente aos que não pensam como nós.
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Caro Luís,
Vejo que o problema são as notícias e a reacção das pessoas em relação a ela. Os factos nunca são um problema.
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Ou precisa ir ao oftalmologista ou está a ver-se ao espelho.
Não há festa há tristeza preocupação muita preocupação. Os abrantes andam a ver coisas que não existem que é sinal de esquizofrenia ….a começar por ódios.
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É um problema que dá no início de manifestações de esquizofrenia.
Olha-se ao espelho e vê-se os outros.
Ouve-se vozes (mesmo no silêncio) que incitam o ódio.
A tristeza dos outros parece-lhe raiva.
A preocupação parece-lhe festa e alegria.
O maior problema disto é que se não for atendido logo tende a acentuar-se.
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Caro João, parece que a notícia é mais a ‘festa’ dos abrantes… que a notícia serve apenas como meio de ataque aos abrantes.
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Mas ainda há tipos capazes de defender os propagandistas/mentirosos/lacaios do pior governo de Portugal. Luis, enxerga-te pá!
Eu gostava é de ver o Luis a discorrer sobre a queda do 22.º para o 48.º lugar do índice de competividade desde que o socrates chegou ao poder.
Mas compreendo que acusar os outros de ódio e ataques, quando expõem factos incómodos, é bem mais fácil.
Definitivamente o Luis preocupa-se mais com os abrantes do que com a competividade de Portugal.
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6.Luis disse
9 Setembro, 2010 às 11:45 am
Cada má notícia é uma festa no blasfémias e alguém paga uma rodada, denotando notória satisfação. Um país que vive do ódio é um país doente e sem futuro.
*****
É o Socrates BOTA-ABAIXISMO, né?
REALMENTE , A DEMOCRACIA É UM DESPERDÍCIO, E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO, PARA ESTES BAJULADORES
DO PODER, SÃO EXCRESCÊNCIAS BEM
ESCUSADAS, NÉ?
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E o descalabro na Educação e na Saúde de que falam também no documento?
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Democracia e liberdade de expressão para estes lados é correr a insultos todos os que não comunguem das suas ideias… Aqui respira-se classe… Está provado o descalabro na educação.
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«Em 2005, quando José Sócrates tomou posse, Portugal estava em 22º lugar; agora está em 48º.»
Dir-se-ia impossível tergiversar a partir deste fantástico resultado mas as abrantinas figuras – e há várias que se passeiam pelas caixas de comentários do – teimam, cegamente, em fazê-lo.
Apenas duas notas quanto a detalhes (onde o diabo mais facilmente se esconde): em 139 países, no “pilar” Instituições fazemos o brilharete de ocuparmos as posições 114ª, 127ª e 123ª nos indicadores “desperdícios na despesa estatal”, “carga da regulamentação estatal” e “eficiência do quadro legislativo na resolução de disputas, respectivamente.
Já no pilar “Infra-estruturas”, muito do agrado dos socratinos governos, ocupamos, também em 139 países, o 14º, 8º e 14º lugares, nos indicadores “Qualidade global da infra-estrutura”, “Qualidade das estradas” e “Subscrição de telefones móveis”, respectivamente.
É caso para dizer que a realidade parece mover-se numa direcção contrária às intenções e políticas do governo que (desgraçadamente) temos.
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Completo:
e há várias que se passeiam pelas caixas de comentários do Blasfémias(…)
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Não se preocupe em fornecer dados factuais, haverá sempre um Luis Piscósico que apenas encontrará
* ódio *, * bota – abaixismo * ,
* injúrias *, as * infâmias * e todo o arsenal de impiedades blasfémicas na divulgação dos indicadores da nossa economia.
UM PASSO ADIANTE deu o P.M.;
calar/neutralizar os media que lhe não é deferente : ver a MANUELA MOURA GUEDES.
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Luís,
o estado da educação é mais grave do que a OCDE sequer imagina. O programa Novas Oportunidades melhora as estatísticas, mas os conhecimentos dos alunos pouco se alteram. E o que se passa nalguns cursos universitários tem muito que se lhe diga.
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Claro que temos excelente faculdades com excelentes alunos, como a FEUP, a Católica do Porto, a FMUP, o IST, mas o panorama geral não é este…
Quem discute educação, já se deu ao trabalho de pegar nos manuais escolares de há 20 anos atrás e comparar com os actuais?
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Novas Oportunidades
A ignorância certificada
Marta Oliveira Santos (1)
O país encontra‐se com uma taxa muito baixa de escolaridade em relação aos países da EU
(União Europeia). Logo há necessidade de colmatar esta situação e, para isso foram criadas
“As Novas Oportunidades”, uns cursinhos intensivos de três meses, no fim dos quais os
“estudantes”(agora com o nome pomposo de formandos) obtêm o certificado de
equivalência ao 9º ou 12º anos. Fantástico, se os cursinhos fossem a sério! …
Perante a publicidade aos referidos cursos, aqueles que abandonaram a escola ou, por
qualquer razão não concluíram um dos ciclos de escolaridade, esfregaram as mãos de
contentes, uma vez que agora se lhes oferece a oportunidade de obterem um certificado de
habilitações que lhes poderá vir a ser útil. E como diz o ditado”mais vale tarde do que
nunca”, eles lá se inscreveram. Por outro lado, três meses das 7.00 às 10.00 horas, horário
pós‐laboral, uma vez por semana, era coisa fácil de realizar. Coitados daqueles que andam 3
anos (7º, 8º e 9º anos) para concluírem o 3º ciclo!!! Isso é que é difícil!
Na rua, no café, nos locais públicos em geral ouve‐se: “Ah! Agora, ando a estudar! Ando a
fazer o 9º ou 12º ano! Aquilo é porreiro, pá!”
Entretanto, há pessoas com quem contactamos no dia‐a‐dia, mais próximos de nós, o
cabeleireiro, o sapateiro, a empregada doméstica, etc. que também nos confidenciam com
ar feliz: “Agora, com esta idade, ando a estudar! Ando a fazer o 9º!” E nós, simpaticamente,
sorrimos, abanamos a cabeça e dizemos que fazem bem, sempre é uma mais valia…
contudo, numa dessas conversas, tentei descobrir que disciplinas constavam do curso,
ficando a saber que eram Português, Matemática, Informática e Cidadania para o 9º ano; e
indaguei ainda como eram as aulas e a avaliação final.
E fiquei atónita. Em Português o formando teria que escrever a história da sua vida e a
razão por que se inscreveu no curso, sendo o texto corrigido aula a aula pela respectiva
formadora; Matemática consistia em efectuar cálculos básicos e apresentar, por exemplo, a
receita de um bolo e duplicá‐la; para Informática apercebi‐me que seria a apresentação do
trabalho escrito e, posteriormente, quem quisesse apresentá‐lo‐ia em “powerpoint”; em
Cidadania, os formandos apresentavam os diferentes resíduos e diziam em que contentor
os deveriam colocar. A nível de Português ainda foi pedida a leitura de um livro e seu
comentário, sendo a selecção ao critério do formando o que deu origem a autores “light”,
nada de autores portugueses de renome; a acrescer a este comentário teriam também de
fazer a apresentação crítica a um filme e a uma reportagem. Todos estes elementos seriam
entregues num dossier, cuja capa ficaria ao critério de cada formando.
Três meses passaram num abrir e fechar de olhos, por isso um destes dias, enquanto
aguardava a minha vez para ser atendida no consultório médico, fui brindada com o
dossier do curso da recepcionista e respectivo certificado de 9º ano. Engoli em seco aquelas
páginas recheadas de erros ortográficos e de construção frásica, desencadeamento de
ideias e falta de coesão, (…), entremeados por bonitas fotografias; na II parte, umas contitas
simples e duas tábuas de multiplicação; e em Cidadania, os contentores do lixo coloridos
com a indicação dos resíduos que se põem lá dentro.
Em seguida, com um sorriso muito branco (nem o amarelo consegui!) e, como bemeducada
que sou, felicitei a dona do dossier cuja capa estava realmente bonita, original,
revelando bastante criatividade e ouvi‐a alegre dizer: “A formadora disse‐me que tinha
hipóteses de fazer o 12º ano. Logo que possa, vou fazer a minha inscrição!”
Fiquei estarrecida, sem palavras para lhe dizer o que quer que fosse. “As Novas
Oportunidades” são isto? Está a gastar‐se tanto dinheiro para passar certificados de
ignorância? Será que todos os formadores serão iguais a estes? E o 9º ano é escrever umas
tretas e ler um Nicholas Sparks e um artigo da revista “Simplesmente Maria”? E o 12º ano
será a mesma coisa (queria dizer chachada) acrescida de uma língua?
Continuando assim o país a tapar o sol com a peneira, teremos em poucos anos a ignorância
certificada!
(1) Marta Oliveira Santos – Licenciatura em Filologia Românica; colaboradora de várias publicações.
In “Correio da Educação”
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Basílio Horta chamou-nos burros a todos… Ontem.
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…
Pois é… Isto está uma porra!
Nuno
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