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Rebalancear a economia com paleio

6 Julho, 2012

O governo nâo tem apenas que reduzir o défice. Tem também que rebalancear a economia de modo a que ela se torne menos dirigida para os bens não transaccionáveis. O maior incentivo aos bens não transaccionáveis é a existência de uma função pública que oferece empregos muito mais atractivos que o sector privado.  O sector não transaccionável é portanto uma consequência do desvio, pelo Estado, de recursos humanos e materiais para esse sector. Não é possível rebalancear a economia sem mexer na massa salarial da função pública e sem mexer nos pensões. Mesmo que fosse possível descer o défice com paleio, as medidas do paleio pouco ou nada contribuem para rebalancear a economia, e este é um objectivo pelo menos tão importante como a redução do défice.

16 comentários leave one →
  1. Eleutério Viegas's avatar
    Eleutério Viegas permalink
    6 Julho, 2012 11:23

    É isso mesmo JM. Só um verdadeiro economista percebe os incentivos… Ou outros têm a mania que sabem de Economia pelo que ouvem dizer. E o paleio é “maravilhoso”.

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  2. Carlos Ferraz's avatar
    Carlos Ferraz permalink
    6 Julho, 2012 11:26

    E medidas concretas João Miranda? Tipos com paleio há por aí muitos…

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  3. simil's avatar
    simil permalink
    6 Julho, 2012 11:29

    e eu só queria
    era ter uma auto-estrada
    só para mim …

    http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=arJtoQrKLiY

    O mais é paleio, é meras postas de pescada, meus senhores .

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  4. Trinta e três's avatar
    Trinta e três permalink
    6 Julho, 2012 11:30

    “O maior incentivo aos bens não transaccionáveis é a existência de uma função pública que oferece empregos muito mais atractivos que o sector privado”.
    .
    Esta afirmação ou está mal formulada ou é falsa. Quando muito, é verdadeiro para setores de baixo valor acrescentado, com salários muito baixos e, mesmo aí, para empresas com dimensão, não tem em conta os salários de administração.

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  5. Zebedeu Flautista's avatar
    Zebedeu Flautista permalink
    6 Julho, 2012 12:50

    No negócios da semana postado pelo simil:
    .
    Fundação privada num concelho do distrito de Coimbra cuja finalidade é poesia, musica e sonho. Quer isto dizer uns chas para os amigos onde se declama poesia acompanhada por umas guitarradas. Num Solar de uma familia de um fundador de um partido politico. A Fundação com o nome de uma mulher da familia conhecida. Fantasticas foram as obras de restauro do Solar pagas por todos nós e casamentos de familia que ali se realizam com toda a pompa. Para estes fins meritorios se constituiu uma fundação e muito dinheiro, muito dinheiro sempre ali a chegar.
    .
    QUE FUNDAÇÃO É ESTA????

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  6. tric's avatar
    tric permalink
    6 Julho, 2012 13:02

    Quando é que este Governo cai !!??? É necessário urgenntemente um Primeiro-Ministro com coragem…passado um ano as parcerias publica privadas continuam na mesma e o zé povinho a paga-las por causa de um Primeiro-Ministro de Portugal que é um TESTA de FERRO desses interesses MAFIOSOS das PARCERIAS PUBLIO PRIVADAS!! Um ano passou e …INCOMPETENTES, VENDIDOS!!!!!

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  7. Zebedeu Flautista's avatar
    Zebedeu Flautista permalink
    6 Julho, 2012 13:17

    tric já há CUMISSÕES a analisar e estudar isso tudo que refere. Querem ver que o seu menino d’ouro Botinhas tinha razão quando dizia que quando se quer resolver alguma coisa se indigita UM “patriota esclarecido” e quando é para ficar tudo na mesma uma cáfila.

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  8. simil's avatar
    simil permalink
    6 Julho, 2012 14:39

    eh, parece, um governo fraco, comprometido e impedido de pensar direito, porque dependente, não livre e incapaz de ordenar a política às necessidades da economia e finanças do País para o bem do povo, mais num tempo de crise.
    E tudo roda numa teia de vícios, da comunicação social às parcerias pp, com a jornalista ao meio, ao 1º ministro…
    que arengava, ontem, num balanço à pergunta “e agora, com a decisão do TC, o quê, sr 1º ministro?”, ao que ele dizia, tentava, repetia que se havia de ver, como compreendem, não é agora, de repente, que lhes vou dizer… e intriguista, a jornalista, “vai ser extensivo ao privado”, num tropeção que ele não contava, “como bem entendem, há que estudar, pensar a melhor solução”, “que passe pelo privado”, volveu a gaja, “uma decisão a ver, estudada, que reponha os valores em falta”, ao que ela arremete, insistente, regateira, “#com inclusão do privado”, isto três, quatro vezes, ao que, mais inseguro, não resiste o primeiro e, como perdendo o rumo ainda não achado, concede “uma possibilidade, mas vamos estudar, como digo”, e vá lá, ao contrário de impostores que tiram licenciaturas sem uma sebenta, um livro, “vamos estudar”…
    E é quanto bastou para fazer as manchetes dos jornais todos, aquela impertinência, a intriga insistente, condicionante da bruxa, “que inclua o privado”, quanto bastou para se atribuir, sublinhada, ao ministro primeiro, a solução definitiva, pensada e bem ponderada, em maquinação da atrapalhação, da fraca visão, momentânea impreparação, insegurança de um primeiro, que não tem de saber logo ali, é verdade, decidir num repente a melhor saída, menos ainda dirigida, martelada pela impertinência, a intriga de tal jornalista, a quem o prmeiro não disse, apenas, “ó minha senhora, import-se de me deixar falar, de terminar o raciocínio?”, que não disse e já condicionado, toldado, perdeu a ideia que o tal de TC não ordenou nem podia que se levasse ao privado o ilícito feito sobre o setor público, mas que este era um ilícito, não extenso a todos, mero pormenor, pois que “inconstitucional” em si mesmo, ponto.
    De modo que a jornalista não quis que o ministro vislumbrasse o fundo e prendeu-o assim como à superfície. Não lhe disse, não quis, à maneira do Negócios da Semana, alertar para o grande cancro que é que rói o Estado, lhe suga o sangue e a carne, pior que a Saúde, que toda a saúde, a saber, esse polvo das PPP, que nos rouba a todos.
    E o nosso primeiro até pode ver isso, mas não é livre, nem ele e nem o ministro das Finanças, porque lá no fundo sabem que pertencem à família de interesses que nos corrói por dentro, antidemocraticamente, diz Pacheco Pereira, mas ninguém já o destrói, do PS ao PSD, CDS, do poder, com banqueiros e o centro de negócios da Assembleia de advogados adstritos aos patrões de interesses, está tudo minado, assim estruturado e pronto e entregue e assim feito.
    A tal ponto que os governantes têm medo, receio de perder a importância, o lugar reservado dentro dessa teia.
    É muito complicado. E porém é assim tão simples .

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  9. Mord Mckee's avatar
    Mord Mckee permalink
    6 Julho, 2012 15:19

    Um estudo de 2009 do Banco de Portugal mostra que em média os salários na função pública são superiores em 73,5% ao sector privado.

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  10. Trinta e três's avatar
    Trinta e três permalink
    6 Julho, 2012 15:40

    Assim como as habilitações académicas.

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  11. Eduardo F.'s avatar
    6 Julho, 2012 16:27

    O João Miranda tem absoluta razão no que escreve (hoje). Porém, em muitos dos seus mais recentes posts e comentários, tem objectivamente feito a defesa do aumento de impostos como política instrumental para alcançar esse objectivo de desproteger o sector não transaccionável que há muito vive de “rendas excessivas” à custa do sector da economia sujeito à concorrência internacional. Ora hoje havia ampla oportunidade para revisitar a apreciação do aumento de impostos sem necessidade de recorrer à cortina de fumo proporcionada por Arthur Laffer. (Já agora, será importante lembrar que a despesa pública cresceu significativamente ao longo dos dois mandatos de Reagan.)

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  12. AG's avatar
    6 Julho, 2012 16:50

    Zebedeu é esta a associação!!

    http://www.fundacaoplmj.com/fundacao.php

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  13. Zebedeu Flautista's avatar
    Zebedeu Flautista permalink
    7 Julho, 2012 09:01

    Obrigado AG.

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  14. Maria do Ó's avatar
    Maria do Ó permalink
    30 Setembro, 2012 17:48

    AFundação tem sede em Coimbra e nao na Av. Liberdade, Lisboa…
    Tem nome de mulher…
    Afinal como ficamos?

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  15. António's avatar
    António permalink
    21 Março, 2013 22:49

    Não podemos esquecer que esse negócio ruinoso, como tantos outros, foi feito no reinado do Eng. Sócrates. Quando é que decidem levá-lo a tribunal, por negligência e dolo? Eu sei, é preciso coragem, os Socialistas não deixariam

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