Taxa da cópia de contestação
A contestação transversal à lei da cópia privada é incompreensível, tal como é incompreensível a forma como se acusa o secretário de estado Barreto Xavier de favorecer um grupo de interesse em detrimento do consumidor de artigos apenas marginalmente relacionados com o que a taxa pretende compensar. Não houve contestação transversal quando se distribuíram Magalhães; não houve contestação transversal quando se construiu a ponte Vasco da Gama; não houve contestação transversal quando se aumentaram taxas moderadoras e em simultâneo se atirou dinheiro para que a Qimonda só fechasse quando outro estivesse na poltrona da administração central.
A taxa da cópia privada é a essência da portugalidade contemporânea. A taxa da cópia privada é solidariedade para o que o comité decide ser Bom e Justo. O conceito da taxa da cópia privada é o mesmo que permite que o edil portuense ache que pode expropriar proprietários de locais que o comité decide serem do Interesse Comum para assegurar o Bom e Justo.
A taxa da cópia privada é uma SCUT. A taxa da cópia privada é uma Parque Escolar. A taxa da cópia privada é o custo de uma colecção Miró em caixotes.
A taxa da cópia privada é o “não pagamos”, Troika fora daqui, o “Alemanha tem que aumentar salários”. A taxa da cópia privada é a solidariedade europeia, é quantitative easing, é a ASAE e o carro eléctrico, o TGV e a TAP, a RTP e a Lusa.
A taxa da cópia privada é uma bosta. Mas é bosta de que gostamos de gostar. Pelo menos, é a bosta de que costumamos gostar.
Há 40 anos que o socialismo corrói o país e o Povo gosta. O socialismo alimenta mais de metade dos portugueses e enche de privilégios e direitos os que chegaram primeiro. O socialismo em Portugal é invencível e quem não o suporta só tem mesmo é de fugir daqui, deixar o país entregue aos que lucram com ele: polícias, professores, enfermeiros, bombeiros e aposentados. Não há saída possível que não seja sair do país. É ver os piores alunos do secundário, os mais lentos, os cábulas e os pouco dotados a escolherem as profissões alimentadas pelo socialismo: todos querem ser polícias, professores ou empregados da câmara.
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É incompreensível como a condenação dos Varas e Marias de Lurdes.
Há tanto tempo que isto é tudo deles e que as leis são só para os outros, que ficam perplexos quando “sem razão” a justiça lhes cai em cima.
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Peço licença para usar Alberto Gonçalves, que não precisa de apresentação:
Jorge Barreto Xavier, secretário de Estado da Cultura, começou logo por avisar que o assunto “não é de fácil compreensão para o grande público”, por azar o exacto público que vai pagar o imposto que, segundo o professor Xavier, não é um imposto. Ao lado do professor Xavier, um senhor da SPA explicou que os autores é que são os verdadeiros aliados dos consumidores, os tais que pagam o imposto que não é imposto. De facto, isto não se compreende à primeira.
E depois vem a pérola:
No final do Prós e Contras, Vitorino cantou a cappella e o secretário da Cultura viu-se assaz aplaudido.
Não sabia e até já estou com pena de não ter vista tão soberbo programa.
Nota Final.
Não compro cá nada do que se anuncia que vai ser taxado e retiro da net tudo aquilo (e são toneladas) que ela tem para oferecer.
Este roubo passa-me ao lado, penso eu de que.
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E pensa muito bem!
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Os legalmente “deputados de partido”, que aprovaram semelhante, gritantemente incoerente, atropelo legislativo, carregarão um pouco invejável curriculum político, permanentemente, nos seus ombros.
Diz tudo sobre o processo de como foram “eleitos”, perdão, nomeados para a “AR” pelo chefe do partido, de quem dependem e quem, afinal, interessadamente representam.
Diz tudo sobre a acrimónia instalada em tantos acomodados “deputados de partido” -e aspirantes a- (e em certa auto-assumida “elite” política) sobre a proposta de A. Seguro para que se introduza no sistema eleitoral um traço elementar em democracia:
As caras e/ou os nomes, dos candidatos no boletim de voto.
Atrever-se-iam estes a reaparecer, nominalmente, num boletim de voto?.
Não será o sistema eleitoral vigente uma forma de covardia, de incontrolada irresponsabilidade política, institucionalizada?.
Apenas outro exemplo da continuada “Taxation without representation” em Potugal.
Pobre AR. Pobres “deputados de partido”. Pobre pseudo-democracia.
Tristes também os líderes dos partidos que perpetuam esta representatividade anquilozada tendo legalmente o poder que têm.
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Se calhar a taxa da cópia privada também é verde…
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«Mas é bosta de que gostamos de gostar.»
Eu cá não, não gosto de bosta.
Faço e digo muita, isso sim…
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Mas já que temos que pagar a taxa penso que passamos a ter o direito de piratear, senão estamos a pagar 2 vezes.
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De bosta não gosto, nem nunca gostarei…
Tenho que aturar muita bosta, dos Políticos e da Comunicação Social, mas dizem-me que é o preço de viver numa Sociedade Democrática. Calo-me, mas tenho as minhas dúvidas e nunca me conformo.
Começo até a pensar no sábio provérbio: se não os podes vencer, junta-te a eles.
Acho que vou virar Artista…
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Então mude-se o nome da taxa: de “taxa da cópia” privada para “taxa de apoio às sociedades de apoio a alguns autores”
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