o problema
O problema da discussão entre o Carlos Guimarães Pinto e o Vitor Cunha sobre as paternidades e descendências do «liberalismo português» é que nada do que aí se «produziu», se é que a palavra está bem empregue, nas últimas décadas, foi original ou «português». Na verdade, andámos todos entretidos a debater ideias vindas de fora, que tinham pouco a ver connosco e com a nossa tradição liberal que, goste-se ou deteste-se, existiu e não teve nada a ver com isto. O Pedro Arroja, que é um homem inteligente, foi o primeiro a percebê-lo e, por essa razão, pôs-se a andar. Não querendo ser um gestor de uma franquia internacional, tentou encontrar um pensamento que correspondesse a qualquer coisa semelhante com uma «identidade nacional» e foi parar ao Vaticano. Ou seja, também não conseguiu lá chegar. Nem ele, muito menos os seus putativos «herdeiros», incluindo partidos e blogues, que seguem em frente olhando para o que foram e são os outros, e ignoram o que fomos e somos nós.
Completamente certo.
O PA, disparates à parte, pensou, e bem, que o que importa é um pensamento que se aplique a Portugal.
Não quer dizer que o que acha que encontrou tem algum préstimo; ou tem préstimo em tudo. Mas, pelo menos, a crítica à cópia de fora é acertada e se ele a fez foi porque começou por ele próprio. Não foi para denegrir ninguém.
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E é tanto assim que ele até diz que chegou à conclusão que o dito liberalismo é bom para alguns países que ele considera de tradição prot. mas não é para os de tradição cat.
Essa divisão prot/cat parece maluca mas tem muito de acertado.
Depois faltou-lhe entender sem grelhas o nosso passado recente. Por aí nunca foi.
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Ignoram o que fomos e somos nós.
Exacto. E para se entender o que já houve de inteligente e bom no nosso passado recente, que o José tem o Portadaloja.
Não é para ser qualquer ismo, ou vender ideologia, ou ser passadista. É para perceber o que Portugal já teve de positivo, incluindo educação, gestão, economia, finanças, formas do Estado se relacionar com o Bem Comum e com a iniciativa privada e com o resto externo, incluindo organizações.
Sem se fazer esse levantamento do passado, continua-se a querer inventar ad hoc, um país pelo Amazon
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O problema sempre foram as cartilhas.
Eu embirro com ideologias porque acabam sempre por ser uma transformação de ideias em aberto e a questionar como projectos, por cartilhas a debitar e a vender porta-a-porta.
Acabam sempre em seitas. E esta ideia dos pais e filhos e édipos é mais do mesmo.
Os marxistas-leninistas antes do 25 de Abril também eram assim- tudo dividido em puristas e revisionistas e traidores e falsos porque cada um afirmava que o grupinho deles é que era genuíno, como o da Bayer
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Eu limito-me a tentar aprender o que foi e é Portugal. Sem grande sucesso, diga-se de passagem, mas com sucesso suficiente para saber, ao menos, algumas coisas que não é.
Enquanto se discute isto, na RTP vão discutir se foram descobertas ou descobrimentos.
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Destapadas ficava melhor
“:OP
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Começamos a chegar a algum lado. A ver se consigo alinhavar uma resposta.
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Para “alinhavar” uma resposta teria de ter linha. Não a tem e ninguém sabe se existe.
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Esclarecedores post e comentários.
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O crápula, hipócrita, cretino, mentiroso AC-DC afirmou hoje na ARepública, com o seu habitual sorriso de pança cheia, que o governo apostou X no SNSaúde, indiciou que este está bem, mas…que os problemas vigentes nos hospitais são resolúveis e de somenos importância, etcetal.
Há gajos que deviam estar privados de mínimas benesses, o AC-DC é um deles.
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