Fábulas intervencionistas na Comunicação Social
Um ensaio de Ricardo Dias de Sousa para a Oficina da Liberdade que vale a pena ler por completo no Observador.
Passagens avulsas:
Não garanto, mas o sistema de preços está a informar que, neste momento, os recursos empregues nestes projectos são mais urgentemente necessários noutros que os empreendedores têm que descobrir. O resto é culpar o mensageiro porque a mensagem não é do nosso agrado.
As preferências dos indivíduos só se podem manifestar no acto livre de eleição e, quando um indivíduo escolhe livremente comprar um par de sapatos em vez de um jornal, está a manifestar essa preferência por sapatos sobre jornais nesse preciso momento, por muito que a alguns lhes custe admitir o contrário.
Informação urgente e escassa é valiosa, o que é difícil é acertar no modelo. Os produtores de música ou de filmes e séries também se queixavam de que as pessoas não estavam a pagar o “justo valor” pelo trabalho dos criadores. Afinal com grandes reduções do preço e entrega desse produto intelectual de uma maneira que os consumidores apreciam, foram capazes de solucionar (sempre de forma transitória) os problemas que afectavam o sector.
Existem muito poucas coisas que os estados inventem, o que quer dizer que todos os bens, mesmo aqueles que se consideram públicos, apareceram por via de empreendedores privados, apesar das características que “teoricamente” fazem deles bens públicos. E é sem surpresa que, nesta situação, estejam obviamente incluídos… os meios de comunicação social.
Quando alguém afirma que a lei da oferta e da procura não funciona está a dizer que não funciona da maneira como essa pessoa gostaria ou esperaria que funcionasse.
Julgo que muito do mal-estar das sociedades modernas deriva exactamente do facto de o Estado nos querer fazer pagar pela nossa suposta felicidade, ao mesmo tempo que determina coerciva e arbitrariamente o preço desta.
“Quando alguém afirma que a lei da oferta e da procura não funciona está a dizer que não funciona da maneira como essa pessoa gostaria ou esperaria que funcionasse.”
Ou que não funciona de maneira adequada, ou útil, ou produtiva, ou racional.
A citação acima, só por si, significa nada. Também poderíamos dizer: “quando alguém afirma que a lei da selva não funciona, está a dizer que não funciona da maneira como essa pessoa gostaria”. Ora a lei funciona; basta ver qualquer selva. Mas só é adequada a animais, bestas e selvagens.
Ou: “quando alguém afirma que curar uma dor de cabeça cortando a cabeça não funciona, está a dizer que não funciona como essa pessoa gostaria”. De facto, cortar a cabeça funciona: a dor passa. Mas a pessoa preferia manter a cabeça.
Como tudo o que é humano, a ‘lei’ da oferta e da procura não está escrita em pedra; não é nenhum mandamento divino ou lei universal, como a lei da gravidade ou as leis da termodinâmica. E mesmo essas apenas reflectem o nosso limitado conhecimento, que evolui constantemente.
Como qualquer lei ou regra humana, a da oferta e da procura pode e deve ser regulada e ajustada ao que for melhor para a maioria das pessoas. De contrário torna-se, como disse alguém, a lei da oferta e da loucura.
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Aqui temos o Filipe Bastos o auto denominado anti mamão a defender a regulação, precisamente o que dá mama.
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“deve ser regulada e ajustada ao que for melhor para a maioria das pessoas.”
Esta fica para os anais dos maiores disparates já postados em qualquer local.
Claro, como os socialistas é que sabem o que é melhor para as pessoas, devem manipular o mercado…
Raisparta as pessoas e a mania de comprar o que lhes apetece e não o que socialistas querem! Bolas pá! Mamões!!!
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Andre Miguel. Esse é o sonho húmido de qualquer socialista. Metem um tudo no ânus com rolha para regular a actividade humana resultante da flatulência e assim conseguem ter orgasmos sucessivos
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errata : tubo
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GULAG
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bom… neste país a lei da oferta e da procura (não me vou distender pela história) é um eufemismo… há mais de 200 anos? há muito mais…exponham porque eu pago entre Lisboa e Porto na A1 mais que na Suíça durante um ano ( as estradas lá não estão escavacadas) … porque Telmo… o meu pomar de frutícolas paga (longe de residência) para EDP… as minhas macieiras por acaso vêm a RTP? Sim são consumidoras dos conteúdos da RTP. E, porque cada vez que venho a Portugal sou sujeito a taxas e taxinhas, desde o poder autárquico até ao poder central? e, a INICIATIVA LIBERAL o que diz, assente no seu bem estar de mandar umas bocas… e assente na oligarquia estabelecida?… meu caro, falta-lhe literatura, que o mercado a funcionar é atomístico, não é oligárquico como aqui sempre foi… e como infelizmente será… questão de cultura (antropológica) e que o actual poder político alguma vez alterará
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Chamar “mercado” em Portugal é por si só um eufemismo pois o peso do Estado é maioritário e tudo controla e assim o distorce. A oligarquia no suposto mercado tuga é constituída pelo próprio Estado. O trágico é atirar as culpas para o “mercado” quando o “dono dele” é o “não mercado” ou seja, o Estado
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Exatamente.
E isto vem desde a lei das sesmarias. Em Portugal a oligarquia sempre teve ódio ao sucesso alheio, só pode prosperar quem, quando e quanto as elites o permitem. Veja-se como e porque foram expulsos jesuitas e judeus. Não é à toa que Camões termina os Lusiadas com a palavra “inveja”. É o maior virus da mentalidade tuga.
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A lei da oferta e da procura funciona lindamente e de forma totalmente racional no farol da revolução mundial , em Cuba
Estes gajos não percebem nada disto
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Ora cá está a comunicação social subsidiada, a prestar vassalagem e obediência ao Estado. Já começaram a pôr as garras de fora, que o digam André Ventura, corrido da CMTV e Ana Leal, despachada à vassourada da TVI.
Qual é a diferença entre a Venezuela e Portugal?
As notícias que são plantadas e pagas para se elogiarem a ministra da saúde e a directora-geral da saúde e o bom trabalho que o país está a fazer no combate à pandemia, provavelmente irão muito em breve ter que engolir isso tudo, pois o número de infectados e de mortos em Portugal não estão a parar e vão subir ainda muito. Mas vale tudo para escamotear as verdades.
Ponham os olhos na Grécia, na República Checa, na Hungria, na Nova Zelândia, na Finlândia. Estes sim, não estão a fazer um bom trabalho. Fizeram um bom trabalho!
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