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Capilaridade

11 Abril, 2008

Parece que um estudo britânico concluiu que o comboio é o meio de transporte mais ecológico para viajar entre A e B. Provavelmente é verdade, desde que exista uma linha de comboio entre A e B, desde que os comboios viagem cheios e desde que o cliente queira mesmo viajar de A para B em vez de querer viajar de C para D. A ferrovia é linda e tal, mas a rede nunca poderá ter uma capilaridade tão elevada como a rede rodoviária.

23 comentários leave one →
  1. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Abril, 2008 14:06

    Andar faz bem.
    Uma pessoa tem pernas, nao tem rodas. Sai do comboio e anda 30 minutos a pé.

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  2. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Abril, 2008 14:07

    ..ou aluga um carro à saída. Ou uma bicicleta que é mais ecológica.

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  3. Daniel Rodrigues's avatar
    Daniel Rodrigues permalink
    11 Abril, 2008 14:18

    Pelo menos, podemos ter a garantia que de A para B é o mais ecológico. De C para D, ou de A para D, podemos continuar a poluir até que se construa uma alternativa mais ecológica.

    Mas, evidentemente, em Portugal, só o litoral pode ser ecológico. De facto, os habitantes do interior ou de qualquer outro local C e D só prejudicam os restantes em termos de emissão de CO2, e deviam ser obrigados a pagar. Com este valor, o litoral pode reinvestir em soluções cada vez mais inovativas, e aumentar ainda mais a diferença. Naturalmente, aos habitantes de C e D resta-lhes vir para A e B.

    E eis como o estado quer, pode e manda:
    1 – Dá alternativas a alguns;
    2 – Cria as leis que obrigam a que as suas alternativas tenham sucesso;

    Vai ser igual, com pontes, TGV e aeroporto em Lisboa, enquanto o resto do país fica com ecológicas barragens (e já agora, destroem-se mais uns ramais de comboio no processo)

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  4. Zé Bonito's avatar
    11 Abril, 2008 14:25

    Ó João Miranda:
    Já ouviu falar em sistema integrado de transportes? Em nenhum país do mundo o cidadão é limitado ao comboio. O problema é precisamente o contrário: em muitos (nomeadamente no nosso) está limitado à rodovia.

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  5. Artur's avatar
    Artur permalink
    11 Abril, 2008 14:39

    Se tivessemos em Portugal a rede que tem em Inglaterra não dizia isso. Mas enfim… Nunca é tarde para se investir mais na ferrovia e acabar de vez com os comodismos de quem não larga o carro.

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  6. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Abril, 2008 14:42

    Ó Artur e se tivéssemos a rede de carros de bois do Burundi ainda era melhor.
    Nunca é tarde para voltar às vias romanas e tudo a cavalo ou carro de bois.

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  7. Piscoiso's avatar
    11 Abril, 2008 14:43

    Acontece que a publicidade aos automóveis, influencia os mais vulneráveis, já que não há anúncios aos comboios na TV, com imagens de paisagens maravilhosas, e nem se pode ir a correr ao stand comprar um comboio.
    No entanto é mais barato, mais seguro e não se é ultrapassado.
    Uma das grandes vantagens de sempre, é não ter de estar ali sentado, enlatado, amarrado, como nos carros.
    Levanta-se, vai ao bar beber uma bejeca, mete uns dedos de conversa… e já estamos a chegar.
    Se o comboio não tem bar, até pode ir à retrete.

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  8. Nuno Resende's avatar
    11 Abril, 2008 14:50

    Quando o lugar A é o Tua e o lugar B é Mirandela, não se chega de um ponto ao outro sem fazer uma paragem no lugar R (de rio). Mas quando o lugar A é uma carreira política medíocre e o lugar B o lugar de Primeiro-ministro, chega-se lá muito bem. De TGV. Ou de avião. Ou num Audi topo de gama.

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  9. Daniel Rodrigues's avatar
    Daniel Rodrigues permalink
    11 Abril, 2008 14:55

    Piscoiso, ir a retrete depende do comboio… Os novos comboios suburbanos do Porto não têm tal funcionalidade.

    O grande problema do comboio em Portugal é de facto a capilaridade. E o facto de não existir uma infraestrutura adequada. O Estado devia antes de qualquer TGV pensar em duplicar algumas linhas (ou colocar corredores alternativos, por exemplo, linha do Oeste em relacão à linha do Norte + nova linha do Vouga, de Albergaria-a-Velha ao Porto de Leixões), criar novas linhas essenciais (ex: Amarante-Felgueiras-Guimarães-Braga-Viana) bem como ligar todas as capitais de distrito (com via dupla electrificada, já preparada para bitola europeia, de preferência)

    Se em vez de megalomanias, se realizassem estas operações simples (bem mais baratas que auto-estradas), o problema de capilaridade ficaria resolvido entre os grandes centros urbanos.

    PS: Já agora, quem pensa que o TGV nos ligará à Europa… boa sorte. É simplesmente uma grande estratégia da Alstom, e empresas associadas espanholas para impôr um serviço de que não necessitamos. Em vez disso, seria mais interessante criar uma companhia aérea Low Cost de base portuguesa, tal como um amigo meu sugeria no outro dia. Isso sim, gostava de ver, e pode ter iniciativa privada.

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  10. Piscoiso's avatar
    11 Abril, 2008 15:16

    Se o Sud-Express, já levava os meus avós, directamente de Lisboa a Paris, porque o não há-de fazer o TGV ?
    Leva mais tempo que a Low Cost? Talvez, mas nem por isso, se contar com as chatices e esperas nos aeroportos, normalmente distantes dos centros das cidades, onde os comboios “desaguam”.

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  11. Fado Alexandrino's avatar
    11 Abril, 2008 15:32

    Piscoiso Diz:
    11 Abril, 2008 às 3:16 pm

    A questão não é se leva mais ou menos tempo que o avião.
    A questão é quem é que vai pagar mais por um bilhete no TGV para chegar mais tarde do que no avião?

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  12. Piscoiso's avatar
    11 Abril, 2008 15:41

    Eu, por exemplo, não me importo de pagar mais no TGV, por ter a certeza que chego lá a horas e ao centro da cidade.
    Na Low Cost, talvez lá chegue mais cedo, ou talvez nem lá chegue, se… se… se.

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  13. tina's avatar
    11 Abril, 2008 15:47

    Isso de viajar de comboio é só para os pobres. Não sei porque é que a discussão é trazida aqui.

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  14. RV's avatar
    11 Abril, 2008 15:55

    Conclusão: acabem-se com os comboios. Certo?

    Por outro lado, em muitas cidades fora de Portugal os A e os B que a esmagadora maioria das pessoas fazem estão cobertos por comboio+metro+bus+tram.

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  15. tina's avatar
    11 Abril, 2008 16:02

    Claro que se acabam com os comboios. Quem é que quer viajar assim aos magotes com aquela gente toda? Até parece que ainda não ouviram falar em carros. Carros, viaturas que transportam uma só pessoa, com música e ar condicionado. Helloooo???

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  16. RV's avatar
    11 Abril, 2008 16:36

    Oh Tina, eu cá não tenho grandes dúvidas que no nosso contexto o automóvel bate a pontos o transporte colectivo. Comboios repletos sem lugar sentado vs. lugar vago e sentado no carro; viagem de casa directa ao destino vs. vários transbordos e esperas; tempo e custo da viagem semelhantes ou até vantajosos ao carro.

    Mas existem outras realidades, sabe disso, não sabe? Nomeadamente em que a rede de transportes públicos é suficientemente boa para convencer as pessoas a não usarem o automóvel, evitando o transito e estacionamento caóticos bem nosso conhecido.

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  17. Daniel Rodrigues's avatar
    Daniel Rodrigues permalink
    11 Abril, 2008 17:19

    O comboio é um meio de transporte efectivo se d(A-B) < 500 km. A partir dessas distâncias o avião concorre, e para longas distâncias bate-o aos pontos. O TGV terá uma velocidade comercial de 300 km/h. Supondo que não para em Madrid, e que a linha passará por Hendaye, significa que Paris dista cerca de 1800 Km. ora, 6 horas de viagem posto em perspectiva com 3 horas de viagem do avião não tem comparação. Se me falar de mercadorias, de ligações regionais, de alternativas, não é preciso um TGV: Basta comboios internacionais com uma velocidade comercial de +/- 150 km, e assim já será uma alternativa ao veículo automóvel.

    no entanto, o grande investimento, e a grande mudança de paradigma a fazer, é que o comboio é um meio de transporte muito eficaz em meios suburbanos (basta ver o exemplo da Alemanha). Mas duvido que em Portugal, que pensa apenas em Megalomanias centralistas em lisboa, patrocionadas com os impostos de todos, se consiga ter uma rede exemplar, como por exemplo, a Alemanha.

    Por exemplo, eu proponho que antes do investimento no TGV, se invista na construção de vias eléctricas duplas e electrificadas entre todas as cidades portuguesas com mais de 50 mil habitantes. e de preferência, todas as linhas novas já preparadas para mudarem a bitola. voilá.

    Os TGV’s só resolvem os problemas de quem quer deixar um elefante branco em Portugal. fazer o que é preciso é que é mais difícil.

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  18. Oberon's avatar
    11 Abril, 2008 17:33

    VIAGEM = VIAJEM?

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  19. Oberon's avatar
    11 Abril, 2008 17:34

    Deve ser o novo Acordo Ortogáfico….

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  20. Desconhecida's avatar
    Pêndulo permalink
    11 Abril, 2008 19:58

    Os problemas de capilaridade acabaram desde que surgiu a CRESCINA, vejam o Ronaldo 🙂

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  21. Luis Moreira's avatar
    Luis Moreira permalink
    11 Abril, 2008 21:39

    Na Alemanha, na Austria, na Holanda a linha férrea anda sempre cheia de pessoas,com elevado conforto,pontualíssima,ninguem precisa do carro para nada.

    É ver as pessoas irem esquiar para as montanhas a 200 Kms de casa e voltar á tarde, como nós fazemos com as praias.Só que cá ficamos horas em cima da ponte 25 de Abril, ao sol a turricar cérebros e motores!

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  22. Rui Martins's avatar
    12 Abril, 2008 19:03

    meu Deus!
    Confirma-se!
    Os Blasfemos sabem mais do que
    qualquer especialista
    de
    qualquer área!

    aliás, para quê pagar a especialistas?

    basta pagar a um blasfemo.

    obrigado pela vossa mundividência, excelências!

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  23. Cristina's avatar
    Cristina permalink
    26 Agosto, 2009 15:58

    Olá a todos

    Isto não e um comentario mas uma questão

    Sabem-me informar se existe um estacionamento publico “seguro” em Hedaya, perto da estação TGV, onde possa deixar o meu carro e seguir de comboio ate ao destino??

    Obrigadãooooooooooooo

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