Exames e imparcialidade
1. 63,8% de positivas a matemática provam que o ensino de matemática é bom? Depende da dificuldade dos exames.
63,8% de positivas a matemática provam que os exames são fáceis? Depende da qualidade do ensino.
2. A ministra da educação tem usado notas baixas nos exames para demonstrar que os exames não são fáceis e as notas elevadas nos exames para demonstrar que o ensino é bom. Mostra-se incapaz de perceber que não existe um padrão que permita tirar este tipo de conclusões. Acima de tudo, mostra-se incapaz de perceber que a principal função do seu ministério é definir padrões.
3. Uma das funções dos exames é criar um padrão, pelo qual se medem todas as outras coisas. O Ministério da Educação enquanto garante de um padrão falhou. Ninguém confia na estabilidade do padrão e suspeita-se que tem vindo a desvalorizar ao longo dos anos. Pior, imagina-se que o padrão tem vindo a ser manipulado para criar sucesso estatístico.
4. Não é surpresa. O Estado português tem falhado em todas as actividades que requerem imparcialidade.
Como já li em qualquer sitio,
” em portugal existe sempre um problema, neste momento estou a pensar nuns 10 milhões…”
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Clap clap clap!
Claro que em Portugal, em que o ensino está neste belo estado, quem define padrões são os alunos. O Ministério anda a tentar ajustar-se aos padrões que os alunos definiram, tentando encontrar a média adequada para poderem dizer que o exame foi equilibrado.
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Resumindo:
O Estado dizendo que governa para o bem dos portugueses afinal só governa para o Estado.
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#2
Atenção Miguel,
Os alunos, são miudos, “comem” o que lhes dão.
O problema, é que ninguem se entende, “xclaro, com cabeças daquelas”, e depois, cada um tem a sua exigencia perante eles.
Estes “miudos” estão a ser joguete entre poderes.
Não façam isso.
Em vez de programas extenssos, com coisas que em nada interessam, deem-lhes o “pratico”, deixem-se de filosofias e disputas baratas.
A Matemática é simples, desde que não compliquem.
O Portugues, é o dia a dia, não venham com poesias e análises de texto facciosas.
Os Professores, “com respeito”, precisam de umas boas rabadas. Estão sempre em lutas intestinas.
A preocupação, não s´~ao as condições, é sempre a “carreira”.
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óh miranda! muda de k7, cheira a gerómino/nogueira.
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É tudo um tremendo bluff. O Piza (estudo comparativo da OCDE sobre os conhecimentos dos alunos com 15 anos) deveria ser aplicado aos das Novas Pportunidades… Ia ser belo… Se agora aparecemos ao lado do México e da Turquia, se os das NO entrassem talvez ficassemos ao lado da Somália e do Afeganistão…
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O Governo tem mascarado todos os seus insucessos com habilidades. Não é mesmo que o Estado. Nem o Governo/Estado falhou em tudo, isto claro se o João Miranda não quiser padecer do mesmo sintoma que acusa o Estado/Governo.
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#4 K2ou3,
“Em vez de programas extenssos, com coisas que em nada interessam, deem-lhes o “pratico”, deixem-se de filosofias e disputas baratas.”
Não concordo, de todo, consigo. Isto de ensinar o prático é o que se faz, erradamente, hoje em dia. É o que o “ensino por competências” nos anda a trazer, e que já está também a infestar o ensino universitário com o processo de Bolonha, destruindo o “ensino por conhecimentos”. O conhecimento tem que ser construido paralelamente com teoria e com prática, não apenas com o que os alunos vêem que podem aplicar directamente na prática. Como escrevia Nuno Crato há uns tempos no Expresso, “Tal como o trabalhador leva consigo uma caixa de ferramentas, mesmo sabendo que nesse dia apenas irá precisar de uma meia dúzia de instrumentos, assim o que se estuda não pode ser limitado ao que se julga ser de utilidade imediata.”
Mas sim, é verdade que os alunos estão a ser joguetes. Mas também é verdade que o Ministério se anda a tentar adaptar às características dos alunos, tentando fazer exames com médias aceitáveis, que não sejam escandalosamente altas nem baixas. Estas variações de dificuldade para cima e para baixo todos os anos parecem claramente indicar algo nesse sentido.
Cumprimentos
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«You people, trying to teach them all you end up teaching no one!»
-Lt. Colvin, The Wire.
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Todas as notas a matemática foram positivas, porque negativas são as notas abaixo de zero; como ensina a álgebra.
A qualidade da literacia matemática vê-se quando há gente que insiste que um 8, um 9, ou menos que isto são negativas. Ora caramba, notas negativas seria algo como menos 4, menos 16, ou coisa desse género.
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Caro Miguel,
Afinal vens ao meu encontro.
O problema é que não há tepo para ensinar o que depois é exigido, e, agora o fulcro da questão….
Não há nimguem de bom senso, não é exigido mais do que isso, que faça uma avaliação SÈRIA, cada um puxa para seu lado, conforme mais lhes convem, os numeros.
Os Miudos, e continuo a chamar-lhes miudos, com algum carinho, são todos os anos baralhados com esse jogo, em que as regras, sim, que é preciso que as haja, mudam conforme as vontades de cada um.
Não há um “plano” de médio prazo?. Quem o cumpre?.
om senso, nada mais se exije ou pede.
T’ou certo ou errado?.
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“…O Estado português tem falhado em todas as actividades que requerem imparcialidade.”
Ora aí está uma das razões fundamentais para o nosso atraso, no que respeita ao desenvolvimento do nosso país bem como a evolução/desnvolvimento dos cidadãos portugueses.
É assim há mais de 30 anos, fruto dessa “guerra” entre os partidos políticos na AR que, apenas procuram pôr em evidência as supostas diferenças entre si, sobretudo entre os PS’s. Esta treta contínua, além de fazer com que Portugal se atrase, confunde os cidadãos. Não há planos, não são establecidos prazos, não políticas continuadas no tempo.
O que um PS faz mal, vem o PSD e faz pior. E assim sucessivamente à medida do “ora agora governas-te tu, ora agora governo-me eu.O Estado em Portugal é sinónimo de partido do governo, e não sinónimo de conjunto de cidadãos.
Este pequeno prelúdio serve para realçar o meu primeiro parágrafo. De facto os nossos governos, tomam/implementam medidas à medida das “convicções políticas” de cada um deles, sem NUNCA ter em consideração as pessoas especialistas de cada área de competência/conhecimento. Ou seja, aqueles que sabem, os sábios, que não têm que pedir favores aos partidos porque não vivem à sua sombra. Os Ps’s que se governam, tomam decisões empíricas, que também sejam boas para as suas cores políticas.Incapazes afinal, de decidir com a imparcialidade e a competência que deveriam ser apanágio de qualquer Governo.
A bem de Portugal.
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MUITO apoiado Ze Leitao!.
Clap, Clap….
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Muito bem, subscrevo plenamente.
Quanto à “imparcialidade” dos sucessivos Governos, como aduz o Zé Leitão, é mesmo o mal crónico, porque não se faz a pensar no melhor para o colectivo, a Nação=pessoas, mas no melhor para o Estado=Governo=Partidos, o que é bem diferente com todo o clientelismo associado.
O atraso é esse, penso eu de que.
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Se os alunos tiram boas notas é porque os exames são fáceis. É o governo que quer tirar dividendos dizendo que o ensino está a melhorar.
Se os alunos tiram más notas, os exames são difíceis e o governo está a alterar os padrões de avaliação.
Afinal em que ficamos?
O que é preciso é atacar o governo em todas as frentes sem deixar qualque brecha e não dando descanso à má língua.
Aproveito uma frase ddo autor do post e faço uma pequena alteração:
O João Miranda tem falhado em todas as actividades que requerem imparcialidade.
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O tempo em que o ME estabelecia um padrão já lá vai. Nessa época os infantes precisavam de saber algumas coisas para exercer certas funções. Agora as pessoas tornaram-se na sua grande maioria dispensáveis. Para quê gastar dinheiro a ensiná-las? Trata-se de mantê-las sossegadas, isso sim!
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A Lurdes está chanfrada, desde que levou com ovos e tomates podres. Aguardemos, que só faltam 3 meses para “se marchar”.
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A melhor maneira de ver que a Educação é só olhar para o estado do País e o estado do Estado.
Há duas hipóteses:
1- A educação não presta.
2- A educação é boa mas não contribui para melhorar o País.
Em qualquer dos casos como demonstra bem o enorme investimento e o tempo que durou esse investimento até já deixou de ser uma actividade especulativa para ser passar a ser uma vigarice feita por Madoffs Sociais.
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O investimento é para manter a paz social. Ainda ontem em França queimaram mais de uma centena de carros. o país enquanto entidade autónoma deixou de existir. Agora temos o governo mundial anti-gripal.
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Poucas estatísticas são mais falíveis que as do sucesso escolar, antes de mais porque é um conceito impossível de quantificar. O primeiro impulso é para se associar a noção de sucesso escolar às classificações dos alunos. Contudo, estas assentam num equívoco que até agora não foi resolvido por nenhum governo e que o actual veio agravar. Até há 20 anos, as classificações estavam directamente relacionadas com as aprendizagens. Contudo, com o advento da escola inclusiva, o paradigma tem vindo a alterar-se progressivamente. Actualmente, as classificações, sobretudo, até ao 3º ciclo e nos cursos profissionalizantes, não reflectem apenas as aprendizagens dos alunos, centrando-se também na sua progressão, de acordo com as suas possibilidades e capacidades.
Ora, entre estas duas realidades vai um abismo e não pode haver estatísticas sérias se não sabemos o que estamos a medir. O conceito de escola inclusiva é incompatível com a existência de exames, sobretudo, nacionais. Por sua vez, os exames nacionais constituem um instrumento independente de avaliação dos alunos e é hoje consensual que devem existir. Há aqui uma contradição que não pode deixar de ser urgentemente resolvida.
O mundo empresarial exige uma escola onde haja aprendizagens efectivas e padronizadas, de forma a que os futuros trabalhadores ou empresários possam competir num mercado cada vez mais globalizado. Neste paradigma, os exames são a cereja em cima do bolo, permitindo aferir de forma padronizada essas aprendizagens.
Contudo, o País também exige que não haja exclusão e abandono escolar, o que só é possível numa escola onde cada um possa aprender ao seu ritmo, tendo em atenção o contexto, social, cultural e familiar do aluno. Ora, se cada um aprende ao seu ritmo, as aprendizagens não podem ser padronizadas e, portanto, também não pode haver exames, que, por definição, avaliam conhecimentos-padrão.
O actual sistema de ensino vive nesta ambiguidade, o que lhe vale a acusação, merecida, de facilitista. A culpa não é dos alunos nem dos professores, mas da indefinição do modelo de sistema de ensino. Se um professor privilegia os alunos com mais dificuldades, terá necessariamente de diminuir o grau de exigência das matérias a leccionar. Consegue assim combater o abandono escolar e obter sucesso estatístico, mas as aprendizagens, com o nível e profundidade desejadas, não são realizadas. O nívelamento por baixo prejudica os alunos com maiores capacidades, que se queixam e com razão.
Ao invés, se um professor tenta nivelar o nível de ensino por cima, de forma a garantir um ensino de qualidade, privilegia os melhores alunos e conduz os piores alunos a maus resultados estatísticos (embora o ensino ministrado possa ser de qualidade). Consegue assim dar uma boa preparação a uma parte dos alunos que conseguem acompanhar o ritmo da formação, mas obtém insucesso estatístico, porque alguns alunos não corresponderam à exigência das aprendizagens. Queixam-se os alunos com mais dificuldades e com razão.
Como se vê, a coexistência do ensino inclusivo, centrado no aluno, com o ensino padronizado, centrado nos conteúdos programáticos, na mesma turma, não produz resultados optimizados e a sua manutenção pressupõe um preço a pagar pela sociedade, que terá sempre de ser tolerante com os resultados estatísticos. Contudo, o que vimos nestes últimos três anos é que o País está sujeito ao primado das estatísticas, numa obcesão, nem sempre salutar, de ficar a par dos valores médios da União Europeia.
Sendo assim, há que tirar ilacções: se o País quer resultados maximizados, terá de separar os dois tipos de ensino, seja a nível de escola ou de turma. A indefinição do actual sistema não satisfaz nem governos, nem alunos, nem professores, acabando estes por ser injustamente responsabilizados por resultados que são uma consequência do próprio sistema. Criar escolas de nível não me parece possível em termos de aceitação social, restando assim a hipótese de formação de turmas de nível dentro da mesma escola.
A ideia igualitarista de que todos os alunos têm capacidade para aprender as mesmas matérias durante um ano lectivo é uma ficção. Não há estratégias, professores ou políticas educativas que consigam contornar esta impossibilidade. E quando, por vezes, nalgumas escolas ditas modelo se fala em grande sucesso, estamos a falar de sucesso estatístico conseguido com medidas paleativas. Em Educação, não há milagres.
Queixa-se o Ministério da Educação de que os resultados escolares dos alunos são muito inferiores à média europeia. Em primeiro lugar, porquê tanta estranheza e incomodidade? Por acaso, a economia portuguesa está ao nível da União Europeia? A indústria? A agricultura? A Justiça? O sistema de saúde? Ora, se todos os sectores do País têm índices abaixo da média da União Europeia, porque carga de água a Educação haveria de ter índices iguais ou melhores?
Naturalmente, os níveis de desenvolvimento são sempre condicionados pelo contexto e pela herança do passado. Os pais dos nossos alunos têm habilitações médias iguais aos do resto da União Europeia? Portugal continua com 9% de analfabetismo, flagelo que nos países do Norte da Europa foi erradicado há 100 anos! As condições de vida dos alunos portugueses são iguais às dos alunos da União Europeia? A verdade é que muitos alunos portugueses continuam a vir para a escola mal alimentados, mal vestidos e a viver em casas abarracadas, sem qualquer dignidade e conforto. A assistência na saúde dos alunos portugueses é igual à da média da União Europeia? Ora, Portugal não tem sequer uma rede de saúde mental a nível nacional. As crianças e jovens portugueses com problemas comportamentais e de saúde mental, e muitos são, ou não fossem também os mais maltratados da Europa, esperam meses por uma consulta que, geralmente, nem sequer tem continuidade. Ou, pura e simplesmente, nem sequer têm assistência.
Quem conhece a realidade educativa em Portugal sabe que estas são as reais causas do insucesso escolar. É raríssimo um aluno de classe média, com uma família equilibrada e pais que lhe dêem a devida atenção, ter maus resultados escolares. Se dúvidas houvesse de que o problema do ensino não passa pela qualidade do corpo docente, esta simples constatação desmontaria tal tese.
Mário Lopes (In http://www.tintafresca.net/News/newsdetail.aspx?news=3b1be272-e05b-4e57-ae03-7719058cb703&edition=89)
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Este governo em tempo de eleições é só facilides
Há quantas décadas – 40/50 ??? – se anda a falar em português e matemática ???
Mas agora somos muito mais inteligentes, isto é, temos muitos inteligentes a botar faladura sobre tudo
Melhor ainda
Temos muitos burros mandando
em homens de inteligência
às vezes fico pensndo
que a burrice é uma ciência
lá dizia o outro
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facilidades, emendo
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Os números do PISA. Quem é quem com melhores resultados a Matemática, Ciências e Leitura?
O Estudo Internacional que avalia as competências dos alunos até aos 15 anos, através de
exames de matemática, Ciências e Leitura, vulgarmente conhecido por PISA, dá-nos a
seguinte resposta:
Finlândia: 1º em Ciências; 2º em Matemática; 2º em Leitura. Canadá: 3º em Ciências; 4º em
Leitura; 4º em Matemática. Coreia do Sul: 11º em Ciências; 1º em Leitura; 4º em
Matemática. Japão: 6º em Ciências; 15º em Leitura; 10º em Matemática. Noruega: 33º em
Ciências; 25º em leitura; 29º em Matemática. Espanha: 31º em Ciências; 35º em Leitura;
32º em Matemática. França: 25º em Ciências; 23º em Leitura; 23º em Matemática.
Portugal está à frente da Espanha, com resultados muito semelhantes aos de França. Os
países mediterrânicos, Portugal, Espanha, França, Grécia, Turquia e Itália, têm
resultados semelhantes. Encontram-se a meio da tabela ou um pouco mais para trás.
Ao contrário do que o Governo de Sócrates quis fazer crer, os alunos portugueses tiveram, em
2006, um desempenho muito razoável nos testes do PISA.
http://www.profblog.org/2009/02/os-numeros-do-pisa-quem-e-quem-com.html
Porque mentiu Sócrates aos portugueses? Quais as VERDADEIRAS razões da mentira monstruosa?
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Resultados do PISA
Os alunos portugueses com 15 anos, considerados na globalidade, têm resultados abaixo da média da OCDE. Má notícia, é claro.
Decompondo-se este universo entre os que estão e os que não estão no nível correspondente à sua idade, vê-se que os do primeiro grupo até obtêm resultados superiores à média: logo, a média é puxada para baixo pelos do segundo grupo.
(…)
http://www.legoergosum.blogspot.com/2007/12/resultados-do-pisa.html
Aos 15 anos, em outros sistemas de ensino, os alunos estão em vias diferentes, consoante as suas capacidades e aptidões. Deduzo que não participam no PISA. Logo a média desses países sobe …
Em Portugal, os alunos com 15 anos estão todos no sistema regular e podem participar nos testes do PISA.
Como se podem comparar dados de países (e tirar conclusões), via PISA, quando a amostra de alunos portugueses submetidos a teste do programa não é comparável com a de outros países, onde os alunos estão em outras vias de ensino e não participam no PISA?
(In, http://www.educar.wordpress.com/2009/07/14/tremuras/)
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«O Estado português tem falhado em todas as actividades que requerem imparcialidade.» – JMiranda
No Ensino provar esta imparcialidade seria bem mais difícil do que em outros sectores (mas também bem mais catastrófico para a sociedade).
Primeiro – porque os “uentes” são seres em formação que não se podem expressar e os professores sabiam-no. Segundo – sendo uma área de serviço onde enganar/manipular/vigarizar seria bem mais fácil e lucrativo politicamente, controlados que estariam os órgão de C.S. e os meios académicos/técnicos de prova, geralmente acantonados nos nichos de poder ligados aos sectores dos ensinos universitário e politécnico. Terceiro – porque diabolizar o professorado (como no tempo dos nazis foram diabolizados os judeus) num país com um atraso cultural de décadas (mal formado e invejoso), seria a cereja em cima do bolo.
Quero saber quem vai pagar a factura destes quatro anos em termos de custos reais para o desenvolvimento do país? Quero saber como se vão motivar professores, os profissionais com maior instrução do país, depois de maioritariamente os portugueses se terem colocado contra eles?
Quero saber como se vai motivar um sector profissional com maior grau de instrução que aufere por mês, no topo da carreira, um vencimento de 1300 Euros? Repito: topo da carreira.
Os alunos perceberam-no. Para quê estudarem? Têm o exemplo dos seus professores …
PS: A senhora que me ajuda na limpeza da casa, se trabalhar o mesmo número de horas que um professor no topo da carreira, aufere um vencimento mensal igual a superior. Não tem a 4ª classe. Nem tem, de perto nem de longe, as chatices e os gastos de um professor.
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Em quais “bolsos” jaz o dinheiro roubado aos vencimentos do trabalho honesto dos professores durante estes quatro anos?
Deficit público???!
AHAHAHAHAHAHAHHHHHHHH
Tem piada. Os vencimentos de médicos e dos (outros) professores não foram mexidos, por exemplo, durante estes 4 anos.
Ganda palhaçada, meninos.
E … agora?
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Demência
Foram hoje conhecidos os resultados dos exames nacionais do Ensino Básico (Português e Matemática). Comparando com o ano lectivo anterior, houve uma diminuição considerável na percentagem de classificações negativas em Matemática (de 44,9% para 36,2%) e um aumento (praticamente uma duplicação!) na de Português (de 16,7% para 30,1%).
Independentemente de se tratar de subidas ou descidas, o que nos deve preocupar talvez acima de tudo é darem-se estas variações: nem se trata de oscilações, mas sim de autênticos arrancos, sacões, em que, de um ano para outro, se salta ou se cai dez e mais pontos. Há um problema de fiabilidade nestes levantamentos. E, pior ainda, surgem, justissimamente, dúvidas sobre a seriedade e a competência das orientações e critérios com que se elaboram os exames. Como se pode avaliar um processo que apresenta toda esta inconstância? É claro que este ministério da Educação não parece preocupado com isso: preocupa-se somente em produzir propaganda disparatada (como a acusação à Sociedade Portuguesa de Matemática [!] pelos maus resultados dos últimos exames, etc.). A “equipa” da Cinco de Outubro já nem sequer é um parceiro para uma discussão séria sobre o assunto – tem de ser combatida com paciência de Job até Setembro.
http://www.cachimbodemagritte.blogspot.com/2009/07/demencia.html
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Em França, EUA todo o Ocidente é o mesmo. A Contra Cultura destruiu muito do ensino. Depois veio o eduquês…
http://www.lefigaro.fr/actualite-france/2009/07/15/01016-20090715ARTFIG00007-en-trente-ans-la-valeur-du-bac-s-est-effondree-.php
…”Le bac général, lui, est-il vraiment plus facile qu’avant ? Oui, répondent les enseignants. Les copies sont truffées de fautes d’orthographe, racontent-ils. «Sur un paquet de cent vingt copies, une dizaine sont rédigées en langage texto», s’exaspère un professeur de philosophie. Des études comparatives l’ont démontré : dès le primaire, [b] le niveau est en forte baisse, comme le montrent les résultats à une même dictée à vingt ans d’intervalle [/b]. Lors des réunions d’harmonisation des notes, pour stabiliser les taux de réussite, les correcteurs peuvent être amenés à relever leurs appréciations. Un pourcentage important des copies voit leurs notes augmentées. D’ailleurs, dans certaines disciplines, le barème est au-dessus de 20, avec au final des notes surévaluées.
Même le niveau du bac S, le plus prestigieux, est remis en cause. Pour le recteur de l’académie de Versailles, «il est devenu l’un des bacs les plus faciles à obtenir». Selon un professeur en classe prépa scientifique, «depuis les années 1980, une grande part des réformes a eu pour but de rendre les sciences d’assimilation plus faciles. Ceci s’est payé par une baisse du niveau». Les responsables d’écoles d’ingénieurs s’inquiètent d’un bac qui serait devenu «moins scientifique» car depuis dix ans, le nombre d’heures de maths a été revu à la baisse.”…
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Ha’comentarios sem linha argumentativa, o que importa e’ dizer mal.
E ha´quem se profissonalize …
Desafio os vituperantes a exibir,p.ex. a grelha de vencimentos dos professores…e perguntar aos sindicatos porque desprotegeram os mais novos…ELES e’ que mandaram no ministerio desde a revoluçao.
O ANONIMO MENTE.
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Maria-Do-Mar # 29
Adoro que me desafiem publicamente sobretudo quando as pessoas são leigas nos assuntos e dizem umas larachas sem conhecimento de causa, para ver se pega e se enganam os outros.
Muito bem. Desafio aceite.
– Os professores dos Ensinos Básico e Secundário tinham uma carreira de 36 anos de serviço conjugada com o factor idade cronológica. Na prática, os professores que tinham iniciado a sua carreira mais cedo teriam de trabalhar mais do que 36 anos.
Agora, como outros trabalhadores, estão no regime “geral” e tal. Nem vale a pena falar no assunto … tal a monstruosidade. Adiante.
– Houve uma melhoria salarial em período anterior à entrada em funções do actual (des)governo. Assim, a carreira desenvolvia-se até a progressão máxima poder vir a atingir dois topos: a carreira dos bachareis (topo no 9º escalão) e a carreira de licenciados (topo no 10º escalão), como se pode verificar em: http://www.spgl.pt/cache/bin/XPQ3jTwXX3782eV28FetSMaZKU.pdf
– Com a revisão do estatuto da carreira docente, durante este (des)governo, o topo da carreira docente instalou-se no antigo 7º escalão. Consulte-se o vencimento do 7º escalão aqui: http://www.spgl.pt/cache/bin/XPQ3jTwXX3782eV28FetSMaZKU.pdf
– A possibilidade de progressão aos antigos 8º/9º/10º escalão é algo somente possível com cartão partidário mas conjugado, na melhor das melhores hipóteses (consignado no ECDoente), com mais 18 ANOS de serviço – na melhor das hipóteses, 6 anos em cada escalão!
Ah.
Outros aspectos:
– Grande % de professores está anos a fio deslocada da área da sua residência e não tem qqr ajuda de custo;
– Uma percentagem muito elevada de professores não vence pela tabela que enunciei (acima) por não pertencerem aos quadros do ME. Aliás, como se verifica …
«Professores portugueses são os mais precários
O primeiro estudo realizado pela OCDE sobre as condições de
trabalho dos docentes indica que os professores portugueses são os mais
precários: 32,4% não têm contratato permanente, o dobro da média dos 23
países analisados. O estudo revela também que 17,4% dos professores
portugueses têm contratos inferiores a um ano. A Fenprof confirma que muitos
docentes estão há mais de 15 anos em situação precária.
Portugal é o campeão da precariedade docente, mesmo atrás de países como a
Eslováquia, Turquia, Estónia, Brasil, Malásia e Polónia, sendo o único com
valores inferiores aos 70% de estabilidade contratual (67,6%), contrastando
com a média dos restantes países, que é de 84,5%. A tabela comparativa
encontra-se na página 42 do *relatório da OCDE* http://www.oecd.org/dataoecd/17/51/43023606.pdf”
Espero tê-la esclarecido, Maria do Mar.
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