do que se queixam os portugueses
Um estado brutal e asfixiante que está tentacularmente presente em todos os sectores da sociedade. Impostos altíssimos sobre as empresas e os cidadãos para sustentar esse estado clientelar que, a pretexto da «bondade» dos seus fins sociais que cumpre deficientemente ou simplesmente não cumpre, secou a economia e as empresas, e gerou uma imensa horda de desempregados. Uma oligarquia imensa que vive à sombra do poder e do orçamento do estado em empresas públicas de comunicação, televisão, aviação, transportes, da banca, e daquelas que conseguem, através dos bons contactos e das cunhas da política, os chorudos contratos das parcerias público-privadas. Uma oligarquia que se passeia, com o nosso dinheiro, em carros topo de gama, almoça em restaurantes de luxo, tem salários milionários e reformas e indemnizações douradas. As funções essenciais do estado – a segurança, a justiça, a solidariedade com os que efectivamente precisam – todos os dias esquecidas por falta de dinheiro gasto no que é secundário. Funcionários públicos a mais, gerados pelo crescimento desnecessário de um estado burocrático e devorista, que criou a ilusão de que «um emprego no estado era bom e para toda a vida». E todos esses funcionários, ou quase todos, infelizmente mal pagos e muito mal tratados pelo seu miserável patrão que exige aos outros o que ele não cumpre. Direitos e mais direitos e mais direitos, todos eles «garantidos» pelas leis de políticos interessados em criar ilusões e ganhar votos. Direitos que hoje se esfumam em coisa nenhuma, defendidos por «sindicalistas» profissionais, com agendas políticas próprias e tão ou mais comprometidos com o sistema que dizem combater do que qualquer efémero governante. Um sentimento profundo de inveja perante o que é privado, que resulta e tem sucesso, saído das cartilhas da luta de classes mais primária, que destruiu a confiança na iniciativa privada como fonte geradora de emprego e de riqueza. Salários mínimos, direitos máximos, garantias totais. Onde está tudo isso, hoje? Nas milhares e milhares de empresas que todos os dias encerram portas e nas muitas centenas de milhar de desempregados. Esses são os resultados – inegáveis – de tanta promessa vendida, tantos direitos «assegurados» e de tanto dinheiro cobrado para os realizar.
É este mundo em que os portugueses vivem e é dele que se queixam. Ao invés do que podem alguns pensar, quanto mais depressa isto tiver um fim, melhor para todos. Os custos do sofrimento são já inevitáveis e insistir na ilusão que os provocou só poderá levar a mais e maior desgraça. No meio disto tudo, convém evitar o tique muito português de ir procurar lá fora ou em entidades míticas os culpados do que nos está a suceder. Fugir à realidade – por cegueira, cobardia, hipocrisia, ou interesse próprio – só poderá agravar o nosso destino e o futuro que aguarda os nossos filhos e netos. Não é certo que os portugueses o não façam. Mas, se o fizerem, só poderão continuar a queixar-se de si próprios.
Mas o outro lado do problema é a falta de empresas industriais e agrícolas que permitam um menor deficit comercial.
Porque é que os brilhantes economistas neo-liberais não criam essas empresas ?
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“Todos temos culpas no cartório, foi isso que te ensinaram, não é verdade? Esta merda não anda porque a malta, pá, a malta não quer que esta merda ande, tenho dito. A culpa é de todos, a culpa não é de ninguém, não é isto verdade? Quer isto dizer, há culpa de todos em geral e não há culpa de ninguém em particular”
José Mario Branco, em 79
Vale a pena ouvir, aqui (por exemplo) http://vozdoseven2.weblog.com.pt/arquivo/2007/05/letra_fmi_jose.html
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“Porque é que os brilhantes economistas neo-liberais não criam essas empresas ?”
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Para ficarem nas mãos de um Carvalho da Silva? para pagarem impostos para o PS, PCP, BE, PSD, CDS comprarem votos?
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Acho que os Portugueses já não se queixam…gemem
Mais importante saber do que se queixam se calhar é tentar saber quem os trouxe até aqui e condena-los jodicialmente. Prende-los
Até porque, se muitos dos que se queixam só podem queixar-se deles mesmos, mesmo estes foram empurrados para nem pensar quanto mais agir.
Dai, a solução é só uma, quem cometer erros politicos tem de responder por eles com as costas na cadeia.
De imediato dava entrada nas Monicas a ministra do trabalho , Helena André
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não criam , se calhar , também por falta de mão de obra. é que os milhares de licenciados ” em letras ” com vista a entrar no recente ex bem bom função pública ( tantos anos desperdiçados) mesmo no desemprego , não acredito que vão pegar nas ferramentas. no telefone e e…
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O texto toca no problema de fundo.Há, realmente um preconceito contra a iniciativa privada. Ainda há dias um professor “traque”, como lhe chamou um colega, dizia que se deviam fechar as escolas privadas( a besta quer fechar as melhores escolas do país e mandar para o desemprego milhares de professores). Outros que se fechem os hospitais privados e tudo o que cheire a produção de riqueza.Nem sequer percebem que são as empresas privadas que pagam impostos e que representam 70% do emprego e 60% do PIB e 80% das exportações. Este governo andou 7 anos em que não deu, uma única vez prioridade às PMEs. Agora que as exportações são a única notícia boa que tem para apresentar já fala nelas como se tivesse alguma coisa a ver com o assunto.
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Uma descrição como aquelas as que líamos de Angola e nos indignavam…
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PMP
Posted 24 Novembro, 2010 at 23:31 | Permalink
………………
Só falta acrescentar os empreendimentos piscatórios…
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Os portugueses de viver num sistema político feito por atrazados mentais para atrazados mentais.
Dantes era D. Sebastião pois a sua morte numa aventura de putos teve a consequência de perder quarenta anos de nacionalidade para os castelhanos. Depois a coisa lá se foi recompondo mas a muito custo e lá assassinaram D. Carlos e fizeram disto uma republiqueta com uma bandeira verde e encarnada para disfarçar a merda.
Agora, há 36 anos, apareceram uma data de mentecaptos que destruiram e desgraçaram este pobre país. Chegou a altura de o povo querer que apareça um governo liderado por um homem competente que nos faça sentir saudades de Salazar.
Este, tal como o Rei Menino, já não volta…
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complementar o óbvio: “Os portugueses fartos de viver num sistema político feito por atrazados mentais…”
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Para esse peditório já dei.
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O Piscoiso a primeiro-ministro! Tem o meu voto.
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“Para a esmagadora maioria dos portugueses, a revolta da tropa em 28 de Maio foi uma acção libertadora – e a chegada de Salazar ao poder foi um alívio” – Q.B.
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Continuo sem perceber porque as Sonaes e J.Martins e outras são tão boas empresas comerciais mas não conseguem ser boas empresas industriais.
Porque é que o Dr. Nogueira Leite e o Dr. Vitor Bento não criam empresas industriais ou agricolas em vez de trabalharem para as Brisas, Universidades, Motas, Bancos. ?
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Que grande confusão vai na cabeça do comentador PMP!!!
Continua sem perceber…
Pois continua.
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E eu que pensava que B. Madoff tinha obliterado o ‘charme discreto da burguesia’…
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O sr. Pi continua com as parvoices infantis.
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Parabéns.
Excelente post.
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PMP,
“Continuo sem perceber porque as Sonaes e J.Martins e outras são tão boas empresas comerciais mas não conseguem ser boas empresas industriais.”
Sabia que o Grupo Sonae é dos maiores do mundo no sector dos aglomerados de madeira? E sabia que o Grupo Jerónimo Martins tb tem uma importante componente industrial no sector alimentar?
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Excelente post. Uma “imagem” fiel de como se encontra este país, ou seja entregue á nova nobreza corrupta que tomou de assalto este país. Isto agora só lá vai, com uma nova revolução , mas desta vez não pode ser de cravos, responsabilizar e “nacionalizar” todos os seus bens que foram roubados.
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FMI, proposta ‘aterradora’ de Recuperação IRLANDESA,
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o que se está a passar não é bem o sensacionalismo ‘aterrador’ que a Comunicação Social está a privilegiar para cabeçalhos. Por exemplo 23% de IVA é em 2014, em Portugal é JÁ em 2011; mexidas nas Pensões não é para todos. Um forte programa de recuperação da Economia (PME’s). Venda ao estrangeiro ou nacionalização de todos os Bancos.
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Este OE tem muito a aprender com a Irlanda.
A bem da Informação a que os Cidadãos, Famílias e Empresas têm direito, tudo aqui preto-no-branco:
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-IRELAND – The National Recovery Plan: 2011-2014 proposal
Click to access The%20National%20Recovery%20Plan%202011-2014.pdf
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-A BOMBA NOTICIOSA silenciada até ao momento na nossa Com Social:
-IRLANDA ACELERA NACIONALIZAÇÃO DA BANCA …
http://www.elpais.com/articulo/economia/Irlanda/despedira/24750/funcionarios/dentro/duro/plan/ajuste/elpepueco/20101124elpepueco_3/Tes
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Este plano ao pé do OE bota-abaixo que alguns portugueses desorientados estão a impingir aos Portugueses é um menino de coro mas para muitissimo melhor. E juros muito baratos ….
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LR,
Eu sei que a SONAE e a J.Martins têm áreas industriais, mas a sua dimensão é muito mais reduzida que a área comercial.
De qualquer forma o que eu quero questionar é porque nos sectores comerciais os empresários não se queixam de que o estado os impede de crescer, mas já os impede nos sectores industriais ou agricolas.
Mas o mais importante é porque os nossos brilhantes economistas neo-liberais não criam empresas industriais ou agricolas ?
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Nem mais.
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Depois da Grécia e da Irlanda é a vez de Portugal. A seguir o elefante na loja de porcelana, Espanha:
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-How Many Times Can One Driver Fall Asleep At The Same Wheel (And Live)?
http://fistfulofeuros.net/afoe/economics-and-demography/how-many-times-can-one-driver-fall-asleep-at-the-same-wheel-and-live/
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Na fila consta ainda a Bélgica e eventualmente a França. Na Itália a musica parece ser outra.
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PMP,
“Eu sei que a SONAE e a J.Martins têm áreas industriais, mas a sua dimensão é muito mais reduzida que a área comercial.”
Cada Grupo orienta a sua estratégia para os sectores que se lhe afigurem mais rentáveis e/ou mais geradores de cash.
“De qualquer forma o que eu quero questionar é porque nos sectores comerciais os empresários não se queixam de que o estado os impede de crescer, mas já os impede nos sectores industriais ou agricolas.”
Não se queixam? Então você acha que não existem entraves à abertura e funcionamento das grandes superfícies?
“Mas o mais importante é porque os nossos brilhantes economistas neo-liberais não criam empresas industriais ou agricolas ?”
Quem cria empresas, comerciais, industriais ou agrícolas são os empreendedores, economistas ou não, cujos principais atributos devem ser a capacidade de inovação e de assumpção de riscos. Os economistas, neo-liberais (o que é isso?) ou não, são geralmente teóricos académicos e raramente reunem aqueles atributos.
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“Mas o mais importante é porque os nossos brilhantes economistas neo-liberais não criam empresas industriais ou agricolas ?”
Sem duvida, é importantíssimo saber o porquê.
“Continuo sem perceber porque as Sonaes e J.Martins e outras são tão boas empresas comerciais mas não conseguem ser boas empresas industriais.”
Afinal conseguem mas não são tão boas como o PMP gostaria.
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É importante perceber porquê o nosso déficit corrente é tão elevado, ou seja porque não existem mais e maiores empresas industriais e agricolas.
Ainda não vi esses brilhantes economistas do tipo “neo-liberal” a terem propostas nesse sentido.
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…a gente precisa do Mourinho como 1º ministro. Mal educado , directo , sempre de fronha feita…mas ridicularmente competente naquilo que faz. Que pena que ele em vez de ter tirado Desporto e Educação fisica , devia ter tirado Ciencias Politicas…
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