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Guerreiro e mártir

28 Maio, 2011

Durante esta campanha reencontrei-me com S. Sebastião. Aquele santo crivado de setas, geralmente arrumado num canto da igreja e que era sempre apresentado como “guerreiro e mártir”.  Aquela coisa de ser em associação “guerreiro e mártir” parecia-me uma sigla misteriosa como aquelas sequências de quartos -chambres- rooms- zimmer  que eu mal conseguia ler nas portas das casas que ficavam ao pé das praias.

Pois o “guerreiro e mártir” voltou graças ao PS. Não há partido em Portugal com tal culto das batalhas (qualquer reivindicação em que tenha participado é transfromada pelo PS numa batalha) e da vocação para o martírio. Note-se que não falo sequer das grilhetas e das cabalas. Falo de martírio mesmo. Conhecem algum partido que em Portugal some este palmarés de agressões nas suas acções de campanha: 

14 de Janeiro de 1986: «Mário Soares é agredido na Marinha Grande, durante a campanha eleitoral. Numa sessão de campanha na Marinha Grande, Mário Soares é alvo de uma agressão por parte de contramanifestantes. As imagens televisivas do incidente indignam o pais e conferem um impulso decisivo à campanha de Soares

12 Dezembro 2005 «Soares agredido: Mário Soares foi ontem agredido e alvo de insultos por um ex-combatente do Ultramar, durante uma acção de rua em Barcelos. Depois de serenados os ânimos, o candidato presidencial desvalorizou o incidente, sublinhando que se trata de “um atrasado mental”. Mas a Associação Portuguesa de Veteranos de Guerra não perdoa o acto e vai avançar com um processo disciplinar tendente à expulsão do agressor.»

1 de Maio de 2009: «Candidato do PS às europeias alvo de apupos e agressões:Vital Moreira, o cabeça-de-lista do PS às eleições europeias, foi insultado durante vários minutos e até agredido por manifestantes no Martim Moniz, em Lisboa.»

 27 de Maio de 2011: «Incidentes marcaram comício do PS em Faro: Um comício do PS em Faro ficou marcado por incidentes. Um homem foi detido depois de ter recusado identificar-se. Fazia parte de um grupo de manifestantes contra a política do Governo. Passos Coelho lamentou os incidentes mas o PS exige mais – quer uma condenação expressa

 

 

 

9 comentários leave one →
  1. Anti-Socas permalink
    28 Maio, 2011 10:40

    O problema é que nos comícios do PS, se retirarmos os imigrantes que vão pela sandes, aparece mais gente para protestar do que para aplaudir. Mas pelos vistos a oposição tem de condenar o facto do povo não gostar do Governo… é ao que chegámos!!!

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  2. eirinhas permalink
    28 Maio, 2011 11:23

    Será que Paços Coelho está condenado a sofrer este martírio de estarem sempre a ditar o que ele deve e não deve fazer.Haja Deus e digam o que vão fazer e não aquilo que não vão fazer.

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  3. 28 Maio, 2011 11:58

    Lá está.
    Se alguém fosse perturbar um almoço de coelho
    com um megafone
    berrando contra a ementa,
    aqui-del-rei que era gente sem gosto.

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  4. licas permalink
    28 Maio, 2011 12:23

    Quem nos vai impedir de nos sentirmos indignados
    por o Vara estiver a degustar os ROBALOS GRELHADOS
    que lhe foram oferecidos (sem contrapartidas, claro)?

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  5. A. R permalink
    28 Maio, 2011 13:30

    O PS semeou ódios e ataques verbais infames a tudo o que mexesse contra eles. Agora esperem pelo troco! Bem feito!!

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  6. 28 Maio, 2011 14:43

    Quanto a “ódios e ataques verbais infames”,
    basta ver as cassetes por aqui desbobinadas
    até à exaustão.

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  7. Eleutério Viegas permalink
    28 Maio, 2011 16:33

    O bandalho que está prestes a sair de cena merecia um enxerto de porrada a sério, do género do que aquela miúda de Benfica levou um dia destes… mas com 20 a darem-lhe umas bolachadas e uns chutos valentes no coirão.
    DIA -8 PARA ACABAR A ERA SÓ CRETINA…

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  8. Zappa permalink
    28 Maio, 2011 22:22

    Eu por mim dava-lhe um valente pontapé no cú….à moda do colégio militar!

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  9. Arlindo da Costa permalink
    28 Maio, 2011 23:01

    De facto o ódio a José Sócrates é tranversal às minorias que povoam a extrema-direita e extrema esquerda cá da Parvónia.
    Se fosse eu o Sócrates, mandava-lhes um valente manguito à Pacheco, depois cruzava os braços, deitava a língua de fora, como coreografava Mussolini e dizia à turba insana: «MUITOS INIMIGOS, MUITA HONRA»!

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