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Convocados pela crise*

29 Outubro, 2011

Os funcionários públicos e os empresários vieram para a ribalta. De ambos espera-se o mesmo: que paguem a crise. Os primeiros ganhando menos. Os segundos investindo mais. Comecemos pelos empresários. Não há como uma crise para que o país se volte para o sector privado e lhe pergunte pelos lucros, pelos investimentos e pelos postos de trabalho. Todos aqueles políticos, sociólogos e legisladores que nos tempos de abastança olham sobranceiramente para o sector privado como se este estivesse contaminado pelo princípio do lucro, que inventam dezenas de taxas, licenças, certificações e comprovativos que mantenham sob a rédea estatal a actividade económica, uma vez chegada a crise mostram-se despeitados pelo facto de os privados não estarem a gerar riqueza. Como as empresas privadas não nascem assim por invectiva do pensamento mágico, as fases seguinte destes estatistas à beira de um ataque de nervos pelo decréscimo do dinheiro que sustenta aqueles serviços ditos gratuitos e projectos intervencionistas tanto do seu agrado passa, em primeiro lugar, por sugerir aos empresários que invistam em projectos da rentabilidade tão óbvia mas tão óbvia que só apetece perguntar àqueles  que assim falam porque não aplicam eles mesmos as suas poupanças em tais empreendimentos. Em segundo lugar vem a acusação de que o governo não tem um plano que faça crescer a economia ou que tendo-o ele não funciona (note-se que nos dezanove governos constitucionais da democracia e nos seis governos provisórios de tutela militar não houve um executivo que no seu programa não se propusesse apoiar o crescimento económico e que para esse apoio não tivesse um plano de crescimento. E vê-se onde chegámos!). Por terceiro e último entra-se na fase do desespero: acusam-se os empresários portugueses de serem dos mais atrasados e menos qualificados da Europa e de sobretudo parecerem destituídos de ambição, como se se tivessem conformado com o que têm. Às vezes a zanga é tanta que quase se é levado a acreditar que há quem se sinta tentado a adaptar a figura pretérita dos trabalhos forçados à dos empresários forçados.

Curiosamente, enquanto na crise se sugere, implora e exige aos empresários que sejam empresários, que sff tenham lucros milionários e que constituam grandes grupos económicos, aos funcionários públicos pede-se-lhes que se esqueçam que o são. Coisa absolutamente irrealista pois sendo o despedimento uma impossibilidade técnica na função pública como poderá alguém esquecer que é uma das raras coisas que além de ser para toda a vida ainda lhe garante um estatuto relativamente privilegiado?

Convém recordar que os funcionários públicos têm mais dias de férias do que os trabalhadores do sector privado; trabalham menos horas e só há três anos foi possível que o sistema de cálculo das suas pensões passasse a ser associado à esperança média de vida. Quanto à idade da reforma, que era de 62 anos para os funcionários públicos e 65 para o sector privado, foi necessário que chegassem os PEC e seguidamente a troika para que se acelerasse o calendário de convergência entre os dois sectores. Ser funcionário público é ainda particularmente vantajoso para quem tem menos habilitações pois ganha mais do que se estivesse no sector privado.  Claro que isto não teria relevância de maior, caso os funcionários em funções públicas não se contassem pelas centenas de milhar e muito particularmente se o pagamento dos seus ordenados não dependesse do esforço dos contribuintes. Estas duas circunstâncias garantem privilégios e protagonismo aos funcionários públicos naqueles momentos em que os governos acreditam ou querem fazer acreditar que tudo vai bem – em 2009, quando o sector privado já estava a apertar o cinto, os funcionários públicos tiveram aumentos de 2,9% – mas torna-os no bode expiatório da questão quando o dinheiro acaba. Nesses momentos o que anteriormente era banal ganha foro de escândalo. Veja-se, por exemplo, o que sucedeu aquando da divulgação dos números do absentismo de 2010 nas três principais direcções regionais de educação: as 750 pessoas que ali trabalhavam registaram seis mil dias de ausência ao trabalho. Nesse mesmo ano, 2010, os encargos com o pessoal nestas três estruturas estatais ultrapassaram os 23 milhões de euros, dos quais 57 mil em prémios de desempenho. Apesar dos seis mil dias de ausência ao trabalho parecerem um escândalo em 2011, a verdade é que nos anos anteriores o absentismo até fora superior. Só que então tudo isso e muito mais aparecia se não como normal pelo menos como uma natural fatalidade.

Para cúmulo do estereótipo os funcionários em funções públicas chegam a esta crise representados por delegados sindicais que são eles mesmos um grupo fechado, constituído por pessoas que se mantêm há anos e anos afectos a funções sindicais, nas mais das vezes completamente desligados daqueles que dizem representar e com um discurso que é invariavelmente o mesmo: os trabalhadores estão sempre a perder qualquer coisa e estão sempre a ser vítimas de mais um ataque. Uma mudança de instalações, uma tecnologia diferente ou a mais leve reformulação dos serviços são sempre apresentadas como uma ameaça aos direitos dos trabalhadores. Já a arrogância do poder não os preocupa desde que se mantenha o que designam como direitos e por isso não vimos os sindicatos dos professores questionando a legitimidade do  Governo Regional da Madeira para avaliar administrativamente os professores, pela simples razão de que nota atribuída foi Bom.

É fácil concluir que toda esta discussão sobre o que se espera dos empresários e dos funcionários públicos devia ter sido possível antes, e não estar a ser feita agora na urgência de arranjar o dinheiro que não existe. (Cabe perguntar se sem esse sentimento de urgência seria possível mudar alguma coisa: por exemplo, o Tribunal Constitucional que em 2010 aprovou sem mais os cortes aos salários dos funcionários públicos, em 2002 considerou inconstitucional a proposta da então ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, para penalizar as reformas antecipadas). Mas já que foi assim que aconteceu não esqueçamos uma vez terminado este calvário que não somos um país rico e que ninguém nos paga não só as crises mas também as consequências do que inscrevemos no “Diário da República”, sejam direitos que não se podem sustentar sejam os planos dos nossos governos para fazer Portugal crescer.

*PÚBLICO

79 comentários leave one →
  1. Portela Menos1 permalink
    29 Outubro, 2011 11:23

    Porque nos esquecemos muitas vezes dos reformados do sector privado, que tambem foram “convocados” para serem levados pela enchurrada desta crise?

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  2. trill permalink
    29 Outubro, 2011 11:46

    de facto sem plano de crescimento – real, que funcione – está-se a sacrificar as pessoas para nada. Além de que os rendimentos e a riqueza, apesar da polémica gerada, ficaram de fora. Parece a rota do afundamento (não do Titanic porque nunca fomos um Titanic, ao contrário de que alguns alucinados creêm) mas espero estar engano. psicanalises.blogspot

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  3. tina permalink
    29 Outubro, 2011 11:55

    “de facto sem plano de crescimento – real, que funcione – está-se a sacrificar as pessoas para nada. ”
    .
    O único plano de crescimento real que funciona é baixar o IRC, para os empresários ficarem com mais dinheiro para expandir. Como, de outra forma, poderá a economia crescer? Mas fazer isso agora seria impossível porque o efeito imediato seria quebra nas receitas e aumento do défice. Por isso, essas medidas só podem ser tomadas uma vez que o défice esteja sob controlo e a despesa do Estado tenha diminuído.

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  4. trill permalink
    29 Outubro, 2011 11:56

    porque a verdadeira questão não é a perca do subsídio de natal e de férias. A questão é que o buraco do BPN é maior que isso e ninguém é verdadeiramente responsabilizado. A verdadeira questão que as negociatas das auto-estradas – envoltas provavelmente em actos criminosos – custaram pouco menos que esse montante.

    Por isso não é legítimo pedirem-se grandes sacrifícios às pessoas – sejam funcionários públicos sejam privados – sem se responsabilizarem os culpados do estado a que o lugar chegou. E não é responsabiliza-los “politicamente”. Isso é uma grande treta. É responsabiliza-los criminalmente com arresto de bens, os que têm em Portugal, e os que estão (que é a parte de leão) nas Off-shores. Sem isso está-se a gozar, totalmente, com as pessoas, e tal não pode ficar impune.

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  5. trill permalink
    29 Outubro, 2011 12:00

    Os economistas também têm demonstrado que se os lucros e a riqueza fossem taxados extraordinariamente que o Estado conseguiria o mesmo montante que consegue com s supressão “temporária” dos subsídios aos funcionários. Também aqui a cantiga de que podem deslocalizar é cantiga da treta, porque os lucros são taxados extraordinariamente em todo o lado e os EUA e a Europa (menos os ingleses que cada vez contam menos) querem acabar de vez com as off-shores.

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  6. trill permalink
    29 Outubro, 2011 12:02

    Foram os ingleses que tiveram a iniciativa de pedir à Suiça que acabasse com o segredo das contas dos britânicos sediados naquele país. Mas aí foi por puro interesse pois sentiram escapar-se-lhes biliões que deviam ser taxados. O que demonstra que os “liberais” quando a coisa lhes corre mal deixam o liberalismo a um canto. Para voltarem a ele mal lhes convenha…

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  7. trill permalink
    29 Outubro, 2011 12:09

    claro que há muitas verdades no texto deste pos, é pena que se omitam outras (pelos vistos o texto saiu no público – lamento, leio o público mas nunca leio os artigos de opinião que aparecem nos jornais portugueses – limito-me às notícias)

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  8. trill permalink
    29 Outubro, 2011 12:09

    pos = post

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  9. Tiradentes permalink
    29 Outubro, 2011 12:16

    Os “biliões que deviam ser taxados”….pois…..e assim poder-se-ia construir mais auto-estradas, mais estádios de futebol, pagar melhor aos políticos, melhores pensões vitalícias, mais benesses para os gestores públicos, mais défices crónicos em empresas públicas, mais parcerias público-privadas ruinosas…………..e depois……bem e depois…..voltava-se a aumentar os impostos porque nada disso chegaria.
    Os subscritores da taxação dos outros são os primeiros a protestar a sua própria taxação quando não são os primeiros a fugir dela

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  10. JCA permalink
    29 Outubro, 2011 12:52

    .
    Helena apenas um pequeno reparo.
    O Estado está a de facto a despedir na Função Publica, e sem idemnização:
    .
    -Ministro da Educação, despede 20.000 professores contratados com de 1 a 20 anos de trabalho para o patrão.
    .
    -Ministros das Finanças, se optar por despedir em vez de tirar o Subsidio de Natal e Férias então despedirá 100.000 Funcionarios Publicos do Quadro. Em boa verdade estamos preante um operação de ‘despedimento’ envergonhada, pela porta do cavalo. E sobre este tema agora é que ninguém percebe nada. Surgiu uma nova versão: acabar com eles e dividir 14 ordenados por 12.
    O que parece que dá no mesmo. Mas não dá. É que vastos setores da Economia estão harmonizada no seu ciclo anual produtivo com a existência de Subsidio de Férias e Natal. A saber, inustrias do Turismo, Vestuário, Calçado, Brindes, Ourivesaria, Restauração, Hotelaria etc etc.
    .
    Mais vale chamar os bois pelo nome que fugir por veredas enviezadas com desculpas esfarrapadas onde se perde a Razão.
    .

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  11. 29 Outubro, 2011 13:38

    Em vez de taxar pelo IRS, onde quem ganha mais paga mais, o governo optou por penalizar os funcionários e pensionistas, que são essencialmente quem ganha à volta de média.

    Note-se que os mais altos salários na função pública são ridículos no privado e que no privado há quem ganhe num mês o que no topo da função pública se ganha num ano.

    Resultado? Vamos estar num processo de empobrecimento dos pobres e da classe média, enquanto os realmente ricos nem sequer são beliscados. Agora se alguém acredita que quem ganha muito vai logo de seguida colocar o dinheiro a circular na economia, está muito enganado. Não só não precisam de gastar mais como provavelmente colocarão o dinheiro em paragens mais seguras.

    Mais desigualdade só faz mal às sociedades, não as desenvolve. Assim o mais provável é que a economia em Portugal se degrade muito mais do as previsões, o que nos deixa numa espiral grega.

    Havia alternativa? Havia: distribuir a factura por todos, consoante as posses e sobretudo dar perspectivas concretas da paragem dos cortes. Deixar a função pública sem qualquer esperança de recuperar os subsídios e ainda ameaçar com despedimentos só vai degradar as expectativas, afastar os melhores do sector público e tornar o estado mais ineficiente.

    Infelizmente há muito quem pense que o funcionário público é aquele que está na repartição e falta quando lhe apetece. Esquecem-se é que o grosso dos funcionários públicos são os professores que lhes educam os filhos, o pessoal de saúde que trata deles quando os casos são complicados e os polícias (que trabalham em condições degradantes há muito). Afastem os melhores destes sectores no público e depois vão pagar tudo no privado muitíssimo mais caro, claro.

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  12. 29 Outubro, 2011 13:47

    Não percebo como é que ainda alguém é capaz de dizer que na função pública há segurança no emprego. Os professores, é o que se sabe sobre instabilidade, com contratos anuais de muitos deles, agora passados a mensais!
    No resto da função pública este governo já deixou claro que os excedentários vão ficar muito pior e que vai passar muita gente para os excedentários. Isto é segurança no emprego? Além de cada vez que a execução orçamental dá um soluço o governo pretende resolver o assunto com mais cortes de salários na função pública. Os salários da função pública devem ser os únicos que são reduzidos à vontade do “patrão”, sem qualquer proteção legal.

    E o Tribunal Constitucional ainda escreveu o ano passado que os funcionários nem sequer devem esperar direitos iguais aos dos outros trabalhadores!
    Mesmo assim estou curioso para ver o que dirá o tribunal constitucional dos cortes deste ano, depois do que disse o ano passado sobre os cortes não serem permanentes.

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  13. afédoshomens permalink
    29 Outubro, 2011 13:49

    a helena matos bem podia pedir ao seu amigo duarte lima para investir(em agências funerárias)-o marinho pinto ainda ontem dizia que as pessoas devem contratar advogados para as aconselharem em vida quanto as bens que vão deixar aos sucessores(obviamente limpando o sebo aos clientes); e que peça ao amigo dias loureiro para investir em escolas superiores de tráfico de influências

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  14. 29 Outubro, 2011 13:56

    Isto é a “segurança” do emprego na função pública de que falam a Helena e o PSD/CDS para justificar os cortes salariais: Governo admite despedir 15 mil funcionários públicos até 2014

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  15. tina permalink
    29 Outubro, 2011 14:03

    “Os economistas também têm demonstrado que se os lucros e a riqueza fossem taxados extraordinariamente que o Estado conseguiria o mesmo montante que consegue com s supressão “temporária” dos subsídios aos funcionários.”.
    .
    Ainda quer mais, quando não há nenhum país na Europa que tributa tanto os mais ricos como Portugal? Ora, veja:
    “Numa altura em que se discute a tributação dos rendimentos dos mais ricos em países como os Estados Unidos, França e Itália, os dados do Eurostat mostram que Portugal já é um dos países da União Europeia onde essa taxa é mais elevada. A este valor é necessário ainda acrescentar o efeito da sobretaxa de 3,5% sobre os rendimentos de 2011, que empurra a taxa marginal dos mais ricos para os 50%, pelo menos durante um ano.
    O peso elevado da carga fiscal não é obviamente exclusiva dos mais ricos, mas este valor máximo é normalmente utilizado como termo de comparação. Enquanto os portugueses mais ricos pagam 46,5%, a média da zona euro está nos 41,8% e da União Europeia (UE) nos 37,1%.”
    .
    E porque razão irão ser os ricos a pagar por problemas também causados pelo peso do Estado? Não deveriam ser também os próprios pesos do Estado a contribuir? Ou então, quando é que eles contribuem? Nunca?

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  16. afédoshomens permalink
    29 Outubro, 2011 14:06

    sinal dos tempos: acabo de ver na noticiário da uma da RTP o digno pedro arroja!!!
    e ainda a procissão vai no adro- o imbecil nascido em 54 ainda não feneceu…como a natureza é clemente com estes adiantados mentais…

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  17. anti-comuna permalink
    29 Outubro, 2011 14:13

    Aconselho-os a lerem a Cristina Casalinho, para se entender o futuro da Europa e de… Portugal.
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    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=515663
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    “A sustentabilidade do Estado Social não se esgota com a reforma da Segurança Social, falta a componente associada às estruturas produtivas e à demografia. A esse respeito, os progressos demográficos são inexistentes; mas constatam-se avanços materiais ao nível da orientação produtiva para sectores com vantagens competitivas e sua capacidade de conquista de mercados internacionais, como o desempenho recente do sector exportador revela. Falta-lhes escala suficiente (necessidade de maior investimento: logo, poupança; sendo que o crédito é um canal de transferência de poupanças) para promover a criação de empregos associados a elevada produtividade e salários compatíveis, suficientes para combater a fragilidade e assimetria sociais.
    .
    Este é o receituário que a Europa do Norte pretende que a Europa do Sul perfilhe; criando, segundo a chanceler Merkel uma “união de estabilidade” por contraponto a uma “união de transferências ou de dívidas”; ou seja, um Estado Social europeu à luz do conceito original germânico (esquecendo, todavia, os diferentes pontos de partida de rendimento por habitante).”
    .
    .
    Há mais coisas, mas ela resume em muito o que a Europa do Euro quer ser. Uma alternativa ao mundo anglo-saxónico, que está em risco de implosão.

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  18. AP Amigo de Peniche permalink
    29 Outubro, 2011 14:32

    O Estado não cria emprego além daquele que é da função pública.
    Quem paga os ordenados da função publica é o sector privado através dos impostos das empresas e dos impostos dos trabalhadores independentes e por conta de outrém !!!
    Todo o mundo sabe… é verdade… sabem mas escondem ou esquecem…
    A campanha contra os empresários – que escondem os lucros, que são incapazes e pobres de espírito e sem iniciativa… – vem dos sectores que estão no emprego público e sentem que a vaca já deu o que tinha a dar, não há onde ir buscar mais leite….

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  19. anti-comuna permalink
    29 Outubro, 2011 14:33

    Como se sai da crise. Criar produtos que cortam custos nos serviços públicos.
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    “Empresa portuguesa apresenta dispositivo para evitar úlceras em doentes acamados
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    A Tomorrow Options, spin-off do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto, ligado à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, apresentou hoje um dispositivo microeletrónico que vai auxiliar as equipas de enfermagem a prevenir o aparecimento das úlceras de pressão em pacientes privados de movimentos.
    .
    “Em Portugal não conseguimos obter dados mas, no Reino Unido, por exemplo, o sistema de saúde público gasta atualmente cerca de 3,1 biliões de libras [sic], só com os custos directos de tratamentos”, explicou Paulo Ferreira dos Santos, presidente da Tomorrow Options, uma pequena empresa nascida na Universidade do Porto, que integra 17 funcionários de oito nacionalidades diferentes.
    .
    Numa demonstração realizada no Serviço de Cuidados Intermédios no Hospital de S. João com alguns dos pacientes acamados, Paulo Ferreira dos Santos explicou que o MovinSense é o único equipamento do mercado que monitoriza o paciente e não a cama, além de exigir um menor investimento financeiro e ocupar menos espaço de armazenamento.
    .
    “Na prática evita a sobre-exposição da mesma área do corpo à pressão, mas permite também alertar o enfermeiro quando o doente está muito agitado”, disse.
    .
    Dados disponibilizados pela empresa referem que um colchão anti-escaras e uma cama articulada elétrica custam em média mais de mil euros e um colchão com sensores de pressão custa em média mais de 2000 euros, por exemplo.
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    Monitorizar dez pacientes com o MovinSense exige um esforço monetário de “cerca de 6.500 euros”, porque “o sistema só requer a compra de um aparelho emissor e de tantos aparelhos receptores quantos os pacientes a monitorizar”. Cada aparelho tem um custo inferior a 500 euros e possui uma bateria com autonomia para mais de uma semana.
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    “O tratamento de uma única úlcera de grau 1 (mais simples) custa cerca de 1050 euros, que é o equivalente ao investimento em dois dispositivos MovinSense”, salientou.
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    Como tal, frisou o empresário, “o investimento no MovinSense fica amortizado logo que o aparecimento de uma úlcera é evitado”.”
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    in http://www.publico.pt/Tecnologia/empresa-portuguesa-apresenta-dispositivo-para-evitar-ulceras-em-doentes-acamados-1518774
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    Na Europa do sul é possível criar produtos e serviços de alto valor acrescentado. É preciso é abandonar as velhas muletas e apostar na independência financeira. (Que alguns erradamente confundem com o 4º Reich, tal a confussão desta malta.)
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    A Europa do futuro será assim: um rigor germânico aliado à criatividade latina e tendência natural dos ibéricos para se expandirem pelo mundo fora. Antes do Euro, já as grandes espanholas criavam gigantes económicos, apoiando-se na iberoamérica. BBVA, Central Hispano, Repsol, Telefónica, etc. São algumas dessas grandes empresas mais conhecidas. Mas outras, não apenas abocanham mercados noutros continentes, como dominam grandes empresas na Alemanha e Inglaterra, desde a gestão de aeroportos à mera construção civil.
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    Em Portugal o movimento foi mal iniciado, porque liderado por políticos, que se foram espetar no Brasil. Mas as empresas redefiniram as suas estratégias e estão a criar gigantes em várias latitudes, obedecendo a lógicas empresariais e não políticas. O Grupo Jerónimo Martins, após quase ter ido à falência no Brasil, hoje domina o mercado polaco. Agora vai iniciar um novo projecto na Colòmbia, um país com 50 milhões de habitantes mas a livrar-se de um perigoso trilho ligado às drogas. A Sonae redifiniu as suas estratégias e aposta sobretudo no retalho especializado. A Efacec prepara-se para se tornar a breve trecho num gigante europeu tecnológico.
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    Será uma Europa com dois traços bem definidos: o latino e o germânico. Portugal deve estar na linha da frente do domínio latino, aliando a nossa capacidade de estar em vários sítios sem grandes choques culturais (um empecilho germânico), ao rigor na produção (o Norte é bastante “germanizado” neste aspecto) e à criatividade e geração de novos conceitos de comportamento dos consumidores, essencialmente na Moda.
    .
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    Portugal deve aspirar a ser o líder latino desta nova Europa.

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  20. Fredo permalink
    29 Outubro, 2011 15:18

    Esquecem-se dos reformados, não os do público, mas do privado, que descontaram durante a vida de trabalho 35% de tudo o que ganharam, foram roubados no cálculo da reforma e são agora mais roubados.

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  21. 29 Outubro, 2011 16:09

    “Ainda quer mais, quando não há nenhum país na Europa que tributa tanto os mais ricos como Portugal?”

    Até há alguns anos esse país socialista chamado EUA taxava os mais ricos bastante acima dos 50%. Agora nas últimas décadas parece que são os mais ricos que ficam com quase todos os ganhos na economia.

    “E porque razão irão ser os ricos a pagar por problemas também causados pelo peso do Estado?”

    Por várias razões:
    – muitos ricos são mais ricos porque os seus rendimentos privados têm origem directa ou indirecta em despesas do estado;
    – os mais ricos precisam menos dos seus rendimentos do que os mais pobres;
    – os mais ricos gastam uma percentagem menor dos seus rendimentos em Portugal, pelo que taxá-los ajuda muito mais a economia do que tirar rendimentos aos pobres; aliás estes cortes anunciados não parecem prenunciar nada de bom para a economia portuguesa.

    “Não deveriam ser também os próprios pesos do Estado a contribuir?”

    Pode ser. Então claro que tem que se reestruturar a dívida pública e rever unilateralmente os contratos das PPPs. E o estado não deve salvar bancos falidos e deve intervir na gestão daqueles que recorrerem aos seus fundos. Se o estado quiser funcionar como “seguro contra falência” dos bancos em Portugal deve intervir na gestão desses bancos de modo a garantir que não há ilegalidades ou riscos excessivos que o estado depois teria que pagar.

    ” Ou então, quando é que eles contribuem? Nunca?”

    É exactamente o que estava a pensar dos beneficiários dos altos juros pagos pelo estado, dos beneficiários das PPPs e dos bancos…

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  22. tina permalink
    29 Outubro, 2011 16:56

    Pois, então Portugal deve seguir o exemplo dos USA e aumentar o imposto dos ricos para mais de 50%. Talvez se subir para 70% seja suficiente para atingir a urgente meta do défide de de 5,9% e os funcionários públicos não terão de perder os subsídios. Ou então esperamos que todas as outras medidas que sugeriu, PPPs, banca, sejam implementadas, o que levará o seu tempo, e enquanto isso restrutura-se a dívida e no fim estaremos exactamente uma segunda Grécia. Mas não faz mal porque depois eles perdoam-nos a dívida. Mas porque não se pensou nisso antes?

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  23. 29 Outubro, 2011 17:58

    Diz-se no texto da Helena que os funcionários públicos são pagos com o dinheiro dos contribuintes,deixando a ideia de que aqueles são um peso morto e deviam estar agrdecidos pela côdea.Quando a Helena fosse ao hospital,deixá-la morrer.Quando gritasse aqui d`el -rei que me querem violar ou roubar,o polícia virava as costas e o juiz não condenava,por aí fora!

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  24. Portela Menos1 permalink
    29 Outubro, 2011 18:25

    Entretanto, no Publico de hoje pagina 2,um grafico mostra os salarios medios anuais da OCDE. Portugal aparece em sexto a contar do fim com 16.463 $usd. Era bom que o cretimo do Miguel Relvas não diga disparates quando se refira aos paises que não pagam subsidios natal/ferias.

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  25. tina permalink
    29 Outubro, 2011 18:41

    E o que eu vinha aqui dizer é que o artigo está magnífico, põe tudo preto no branco.

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  26. Scorpius permalink
    29 Outubro, 2011 18:57

    E não esqueçam meus caros que o ministro da propaganda Miguel Relvas afirmou ontem que em muitos países não existem subsídio de férias nem de natal.Só não disse a diferença de vencimentos.Por isso e sendo ele um dos ideólogos da laranjada,aconselho que todos nós ponhamos as barbas de molho pois os nossos subsídios poderão nunca mais voltar.E quanto ao englobamento dos mesmos nos vencimentos, entra-se no velho fado do não ser oportuno e até à eternidade.E quando tal acontecer não tenhamos dúvidas comemos todos do mesmo prato,isto é,sector publico e privado.Portanto deixem-se de guerrinhas e divisões.

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  27. Arlindo da Costa permalink
    29 Outubro, 2011 19:26

    Essa coisa de não se poder despedir funcionários públicos é uma treta.
    Quanto direitos e regalias que constam da Constituição e que já foram retirados, extintos, revogados ou esquecidos?
    Até me lembro que foi Sá-Carneiro que em 1980, e pouco antes de morrer, assinou uma Lei (no tempo da A.D.) que estipulava o carácter inalianável e impenhorável dos Subsídios de Férias e de Natal.
    Agora já não há subsídios para ninguém, para afronta à memória de sá-Carneiro!
    O Governo não despede funcionários públicos por que não há vontade política para isso!
    Tão só.
    O resto é conversa para boi dormir.

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  28. Portela Menos1 permalink
    29 Outubro, 2011 19:26

    Pois, se não cair antes teremos eleiçoes em 2015 e já os quero a atravessar o deserto outra vez, agora até 2040!

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  29. licas permalink
    29 Outubro, 2011 19:56

    anti-comuna
    Posted 29 Outubro, 2011 at 14:33 | Permalink
    . . . Em Portugal o movimento foi mal iniciado, porque liderado por políticos, que se foram espetar no Brasil. Mas .
    *********Portugal deve aspirar a ser o líder latino desta nova Europa.*************
    __________________________

    EU OIÇO CADA UMA . . .
    Quer dizer : ou a França e a Itália (já para não referir a Espanha) NÃO SÃO LATINAS,
    ou o anti-comuna é uma CAVALGADURA.

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  30. 29 Outubro, 2011 20:15

    Esta medida vai valer o quê se cada um dos funcionários públicos deixar de pagar impostos no valor equivalente a esses dois meses? Para um ordenado de mil euros (x2) só em IRS, CGA e ADSE o Estado não arrecada cerca de 430 euros…agora é só juntar o iva e outro impostos pelo que deixa de consumir.

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  31. trill permalink
    29 Outubro, 2011 20:45

    “Mais desigualdade só faz mal às sociedades, não as desenvolve. Assim o mais provável é que a economia em Portugal se degrade muito mais do as previsões, o que nos deixa numa espiral grega.”

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  32. trill permalink
    29 Outubro, 2011 20:51

    “O Governo não despede funcionários públicos por que não há vontade política para isso!”

    antes disso há que acabar c todos os IP’s e Fundações. Antes disso há que acabar com todas – todas – as avenças, antes disso há que diminuir para metade todas – todas – as aposentações acima, digamos, de 1500 euros, e reduzir para um quarto todas as aposentações – digamos – acima dos 2500 euros.

    E – sobretudo – muito muito antes disso e antes de qualquer outra medida – há que meter na cadeia quem levou o país a este estado e há ir aos off-shores – com o apoio da interpol do FBI, do SFO – todos os que puderrem e quiserem apoiar, e hão-de ser muitos porque os ventos mudaram – descobrir e apreender o dinheiro dos portugueses que foi desviado ao longo de pelo menos 6 anos.

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  33. trill permalink
    29 Outubro, 2011 20:55

    tudo se consegue descobrir, como os brasileiros descobriram que o Lima tinha depositado exactamente aquele $$$ numa conta secreta na Suiça. Há – isso sim – que haver vontade a sério da Justiça e do MP.

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  34. trill permalink
    29 Outubro, 2011 20:59

    ” diminuir para metade todas – todas – as aposentações acima, digamos, de 1500 euros, e reduzir para um quarto todas as aposentações – digamos – acima dos 2500 euros.”

    isto foi lançado para o ar sem reflexão. A ideia é que antes de despedir 1) há que não admitir novos funcionários e fazer mobilidade entre todos os sectores da FP, pois seguramente que há FP’s desejosos de poderem mudar de funções e fa-lo-ão voluntariamente 2) há que reduzir as aposentações actuais (seguramente de forma diferente da que acima enuncio) 3) último e mais mais importante: HÁ QUE TAXAR EXCEPCIONALMENTE OS LUCROS E A RIQUEZA.

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  35. Francisco Colaço permalink
    29 Outubro, 2011 21:07

    Por mim, não deveria haver IRC. Não faz sentido, já que uma distribuição de dividendos é taxada em sede de IRS. Se a empresa decidir não distribuir lucros ou dividendos, deve ficar com o dinheiro para reinvestir e se o fizer os beneficiários serão taxados.
    .
    Se há um empréstimo mais estúpido do Mundo (como disse o Guterres) é o imposto sobre heranças, mas olhem que o IRC não lhe fica atrás.

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  36. trill permalink
    29 Outubro, 2011 21:07

    Na Escandinávia pagam 60% de impostos e por isso não mudam para outros países….

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  37. anti-comuna permalink
    29 Outubro, 2011 21:15

    “Na Escandinávia pagam 60% de impostos e por isso não mudam para outros países…”
    .
    .
    Em Portugal, as taxas do IRC são mais altas que na Escandinávia. E esta, hein?

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  38. Francisco Colaço permalink
    29 Outubro, 2011 21:18

    Trill,
    .
    Isso que disse já existe de sobremaneira, mas devido aos sindicatos do Picanço nunca funcionará.
    .
    Por mim, o que há a fazer é, na função pública:
    .
    1) Reclamar a volta ao trabalho de todas as reformas antecipadas (salvo se por doença ou invalidez). Dizendo «A sua reforma está suspensa até que complete 65 anos de idade» deve bastar. Digo eu.
    .
    2) Fazer o ponto 1 o mais rápido possível.
    .
    3) Concretizar o ponto 2 sem hesitar nem escutar sindicatos, e evitar a sua repetição, impedindo, salvo em casos de doença e invalidez, a emissão de qualquer pensão antes da idade de reforma (65 anos por enquanto).
    .
    4) Lembrar que os pontos 2) e 1) são apenas medidas moralizadoras. Apenas o ponto 3) terá impacte real.
    .
    5) Deslocalizar ministérios e serviços, espalhando-os pelo país. Vender prédios valiosíssimos em Lisboa, como sempre aos amigos, mas isso não muda qualquer que seja a cromatura do idiota de sobrecasaca de serviço. Dizer aos desfuncionados impúdicos que vão tentar impedir a mudança: «O seu posto de trabalho é continuado em Castelo Branco. Se não se apresentar no dia x, daqui a dois meses, consideraremos que não precisa tanto assim de trabalhar.»
    .
    Finalmente: escutar pouco os burros de serviço, pois quem ouve os zurros de fundo nunca chega a decidir.

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  39. 29 Outubro, 2011 21:50

    “Pois, então Portugal deve seguir o exemplo dos USA e aumentar o imposto dos ricos para mais de 50%. Talvez se subir para 70% seja suficiente para atingir a urgente meta do défide de de 5,9% e os funcionários públicos não terão de perder os subsídios.”

    Uma sobretaxa geral média de 7% de IRS distribui o mal por todos e provavelmente penaliza muito menos as receitas do estado em IVA.

    “Ou então esperamos que todas as outras medidas que sugeriu, PPPs, banca, sejam implementadas, o que levará o seu tempo”

    Como com os funcionários, não pagar não leva tempo nenhum.

    “e enquanto isso restrutura-se a dívida e no fim estaremos exactamente uma segunda Grécia.”

    Errado. A Grécia não reestruturou a dívida e continua numa trajectória de austeridade sem saída. O melhor será olhar para a Islândia.

    “Mas não faz mal porque depois eles perdoam-nos a dívida.”

    Não se trata de perdoar ou deixar de perdoar. O estado está já a fazer default selectivo com os seus próprios funcionários. E recusa-se a reconhecer a dívida. Pode fazer o mesmo com os privados, sobretudo com contratos abusivos.

    “Mas porque não se pensou nisso antes?”

    Talvez não esteja bem informada. Tudo isso já foi pensado antes. Mas o governo está mais preocupado em preservar os ricos e os bancos do que em resolver o défice ou fazer crescer a economia do país.

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  40. trill permalink
    29 Outubro, 2011 22:12

    Francisco Colaço:

    Um amigo meu militar reformou-se aos 35. A vida é bela!

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  41. trill permalink
    29 Outubro, 2011 22:13

    e não foi por invalidez ou incapacidade… E mais n digo.

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  42. trill permalink
    29 Outubro, 2011 22:19

    A ideia de aumentar 7% o IRS a todos poderia evitar o corte de ambos os subsídios aos FP’s.

    Se o Estado taxasse de forma extra os dividendos teríamos mais uma receita substancial. O Governo não quer taxar esses sujeitos e entoa o mantra da fuga de capitais. Parece o mantra do risco sistémico que levou ao imenso crime da nacionalização do BPN.

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  43. trill permalink
    29 Outubro, 2011 22:21

    Aliás se os dividendos fossem taxados só por si pagariam o corte de um desses subsídios.

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  44. 29 Outubro, 2011 22:48

    A taxação do IRS nem sequer afasta os capitais.

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  45. Portela Menos 1 permalink
    29 Outubro, 2011 23:32

    trill, Posted 29 Outubro, 2011 at 20:51
    .
    realmente, tudo boas ideias; um sujeito que tenha um pensao de 1500, que levou 35-45 anos para chegar a um cargo de chefia ou topo de carreira e o “SENHOR trill” propoe cortar 50% !!!
    se nao andassem a beber coisas estragadas propunha-os para irem trabalhar para o gabinete do Passos.

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  46. Portela Menos 1 permalink
    29 Outubro, 2011 23:41

    IMI: Um imposto estupido porque sou taxado em IRS, serve para alimentar Autarquias no despesismo, paguei a casa – ou pago emprestimo – e ainda paguei Sisa. No fim, se vender por valor superior, pago Mais-Valias.

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  47. Zebedeu Flautista permalink
    29 Outubro, 2011 23:42

    Diga-la de quanto vai ser a sua reforma Portela que corta-se só as que estiverem acima 😉

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  48. Portela Menos 1 permalink
    29 Outubro, 2011 23:56

    Flautista…nao sera igual aos dos ex-ministros, actuais CEO de algumas empresas PPP’s , amigod do peito de Passos e ainda comentadores televisivos (alguns simultaneamente) que nos querem vender que vivemos acima das possibilidades.

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  49. Nuno permalink
    30 Outubro, 2011 03:44

    Então e a rapaziada da política, desde o PR Cavaco ao pessoal do Parlamento – deputados, assessores e restante pandilha associada -, PGR e toda uma série de comilões que não fazem a ponta de nada?

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  50. JCA permalink
    30 Outubro, 2011 04:05

    .
    CA “Em vez de taxar pelo IRS, onde quem ganha mais paga mais, o governo optou por penalizar os funcionários e pensionistas, que são essencialmente quem ganha à volta de média. ”
    .
    Isto não se resolve com teorias de Ricos contra Pobres, Empregados contra Funcionarios Publicos, Classe Média Privada acirrada contra Funcionários Publicos, Elites Encostadas contra os Empregadores etc. Uma caldeirada que nada resolve. Onde todos continuam a perder. A solução que arrepia até às lágrimas os encostados no ‘sistema’ é esta. energia ‘pombalina’ para dar a volta a Portugal e pôr todos a GANHAR, resolver PORTUGAL COMO UM TECIDO ECONOMICO LUCRATIVO, e é assim:
    .

    (publicado em 2008).
    .
    Com 3 anos de atraso estas medidas fundamentais começam agora a ser reconhecidas e aplicadas até internacionalmente.
    .
    Mantém-se que não há outra alternativa séria que reacenda rapidamente o DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO e a criação de Riqueza e Emprego. Em vez de provocar a RECESSÃO SUSTENTADA e criação de Pobreza e Desemprego.
    .
    As 9 REFORMAS ‘POMIBALINAS’ contra o terramoto, pacificamente revolucionárias’, MAIS 3 ADICIONAIS para instaurar o LIBERALISMO AVANÇADO com sustentação dos DIREITOS CIVILIZACIONAIS IRREVERSÍVEIS DOS PORTUGUESES (universalidade da Educação, Saúde, Pensões, Idade de Reforma razoável e Solidariedade com os Desempregados) e RESOLVER PORTUGAL:
    .
    Isto é um Programa do CAPITALISMO, embora pareça Marxista na acanhada Democracia Portuguesa confusa e desorientada.
    .
    -APROVAÇÃO PELA AR e EVENTUAL INCLUSÃO POSTERIOR NA CONSTITUIÇÃO (embora não necessária):
    .
    1) RACIO máximo PIB/Carga Fiscal.
    .
    2) RACIO máximo PIB/Despesas do Estado (*)
    .
    (*) Provocadora da Reforma séria da estrutura de Governança, da Burocracia Publica e do Orçamento Geral do Estado. A ultrapassagem destes racios só viabilizada por 2/3 ou 3/ 4 de votos da AR.
    .
    -BANCA EM PORTUGAL e GARANTIA DOS DINHEIRO DOS DEPOSITANTES:
    .
    3) SEPARAÇÂO ABSOLUTA da Banca Comercial de quaisquer actividades especulativas nomeadamente Sociedades de Investimentos Financeiros ou Hedge Funds, para protecção absoluta das Poupanças e Dinheiro dos Depositantes para regresso da confiança nos Bancos.
    .
    4) TAXA PARA GARANTIAS BANCÁRIAS calculada sobre todos os negócios e receitas da Banca robustecendo financeiramente o Fundo de Garantias Bancárias para devolver a qualquer momento os Depósitos dos Cidadãos, Empresas e Entidades Publicas que confiaram no Banco que ficou inviabilizado, faliu ou fechou.
    .
    .
    -IMPOSTOS E FISCALIDADE:
    .
    5) ABOLIÇÃO de todos os Impostos substituindo-os por um único: INU – Imposto Nacional Único colectado sobre tudo o comprado e facturado dentro de Portugal (**)
    .
    (**) Pagamento dos Ordenados Brutos aos Empregados pelas Entidades Patronais.
    .
    6) AMNISTIA Fiscal para estancar o estado de falência do Tecido Económico Nacional e a insolvência dos Cidadãos, já praticado antes e depois do 25 de Abril.
    .
    .
    -SEGURANÇA SOCIAL:
    .
    7) ABOLIÇÃO dos Descontos mensais de Empregadores e Empregados substituindo-os pelo IUSS – Imposto Único de Segurança Social colectado sobre tudo o comprado e facturado dentro de Portugal (***)
    .
    (***) Pagamento dos Ordenado Brutos a todos os Empregados pelas Entidades Patronais.
    .
    8) Instauração da PENSAO NACIONAL UNICA, igual a 2 ou 3 vezes o SMN-Salario Mínimo Nacional, universal e igual para todos os Reformados Portugueses (****)
    .
    9) Criação do Fundo Nacional de REFORÇO DA PENSÃO NACIONAL UNICA, gerido pelo Estado, para quem queira depositar mensalmente um valor incerto a qualquer momento para assegurar um reforço publico do valor mensal da Pensão Nacional Única atingida a idade de reforma até ao falecimento (****)
    .
    (****) Na transição do velho para o novo Sistema, passariam para o Fundo de Reforço da Pensão Única, os valores já descontados por Empregados e Empregadores correspondentes à diferença entre o valor da Pensão Única e a Pensão em vigor no momento da Inscrição na Segurança Social
    .
    .
    -MEDIDAS ADICIONAIS PARA REFORÇO DA SUSTENTAÇÂO DOS DIREITOS CIVILIZACIONAIS IRREVERSIVEIS DOS PORTUGUESES na Civilização Europeia avançada no Mundo:
    .
    a) Idade de reforma cerca dos 55 anos para desempastelar POSTOS DE TRABALHO PARA OS JOVENS, NOVOS LICENCEADOSe DESEMPREGADOS: admissão obrigatória de jovens ou desempregados até ao limite do ordenado que o reformado auferia.
    .
    b) Libertar os Encarregados de EDUCAÇÃO -cheque-educação: cada um endossa o Cheque-Educação à Escola que LIVREMENTE escolhe para os filhos seja publica ou privada ou cooperativa.
    .
    c) SAÚDE, reactivação de todos os Postos de Saúde e Equipamentos abandonados, recrutamento médicos estrangeiros com novo contrato de trabalho diferente dos actuais, receituário obrigatório por principio activo, e se necessário eventual reactivação dos Laboratórios Farmacêuticos do Estado (exº antigos Laboratorios Militares), acabar com modelos de ‘capitalismo selvagem’ que ocasionalmente existam na carreira profissional publica da saúde ou compras hospitalares.
    .
    É tão simples como isto. Bem podem esperar sentados que as Finanças Privadas (Banca etc) e as Publicas (aumentos de impostos, catastrofismos de austeridades etc) resolvam alguma coisa de Portugal. Nem em 2020, daqui a cerca de 10 anos em que a maioria já morreu ……
    .
    E neste momento 2012 já está tão claro como àgua. Para não atrapalhar a Governação apenas um comentário, quem tem as alavancas no Poder veio de fóra, estve longe de Portugal, não tem noção do que está a semear para 2012, desconhece totalemente a realidade da vida do dia a dia de Portugal pelo que nem sequer enxerga as consequências em 2012 do que está a fazer que até surge de boa fé. Mas os que cá estavam também não lhe ficam atrás.
    .
    Portanto nem vale a pena a discussão acima. Quando não se tem soluções o que é que interessa chover no molhado ? ZERO. É preciso neste ultimo trimestre de 2011 atalhar de grande porque assim nem em 2012 nem em 2020 vamos lá.
    .
    Depois continuem com aquela treta ‘não há soluções, ninguém apresenta soluções e trai-lai-lai. os do costume de facto não têm soluções. Mas o resto do País tem. E muitas e diferentes.
    .

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  51. tina permalink
    30 Outubro, 2011 08:07

    “Uma sobretaxa geral média de 7% de IRS distribui o mal por todos e provavelmente penaliza muito menos as receitas do estado em IVA.”
    .
    Isso não é justo. Os trabalhadores independentes e a recibo verde, que não têm a mínima segurança financeira nem quaisquer regalias, que nunca sobrecarregaram o Estado de nenhuma maneira, muitos vivem do trabalho que recebem no dia a dia, não podem ser penalizados. Os ricos já sofreram um aumento de taxa de IRS para 46,5% mais 3,5% de sobretaxa, já devem ir perto 6%. E aumentar o horário dos privados meia hora em vez de lhes cortar os subsídios só poderá contribuir para o crescimento económico.

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  52. tina permalink
    30 Outubro, 2011 08:10

    O melhor será olhar para a Islândia.
    .
    Não foram eles que recusaram pagar a dívida? Acha que é isso que também devemos fazer?

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  53. 30 Outubro, 2011 10:41

    JCA, não podia estar mais de acordo com a sua expressão “energia pombalina”. É exactamente isso a que estamos a assistir. Sabe certamente que o regime de Pombal foi violento e sabe o que sucedeu quando Pombal morreu: Portugal reagiu em sentido contrário e entrámos no “maravilhoso” século XIX português!
    É isso que o PSD e o CDS estão a preparar para os nossos filhos e netos no século XXI!
    É por isso que acho que temos que resistir a este governo tanto quanto nos for possível!

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  54. 30 Outubro, 2011 10:55

    Tina

    “Uma sobretaxa geral média de 7% de IRS distribui o mal por todos e provavelmente penaliza muito menos as receitas do estado em IVA.”
    .
    “Isso não é justo. Os trabalhadores independentes e a recibo verde, que não têm a mínima segurança financeira nem quaisquer regalias”
    Um médico ou advogado que passa recibos verdes no seu consultório e que ganhe 10000 euros por mês pode pagar 7% de IRS muito melhor do que um funcionário que ganhe 1000 euros por mês pode pagar 14% do seu salário. Logo o critério nunca pode ser o sector onde se trabalha nem a segurança que se tem mas sim o rendimento. Aliás, dadas as posições públicas deste governo sobre despedimentos de funcionários, n
    ao percebo como é que pode continuar a invocar essa “segurança”.

    “que nunca sobrecarregaram o Estado de nenhuma maneira”
    Gostava de saber o que é “sobrecarregar o estado”. Quantos dos nossos profissionais liberais mais ricos tiveram os seus cursos praticamente gratuitos nas melhores universidade públicas? E esses profissionais não recorrem ao SNS se precisarem de cuidados médicos tão sofisticados e caros que os privados não têm? E quantos escritórios privados de advogados não vivem muito bem com pedidos de pareceres e elaboração de leis pagas por ajuste directo a partir do OGE? E quantos funcionários privados não vivem das PPPs? Receber 1000 euros de salário por mês por trabalho subordinado no estado é sobrecarregar o estado e renegociar PPPs prejudicando o estado em 500 000 000 ou 600 000 000 milhões de euros não é?

    “muitos vivem do trabalho que recebem no dia a dia, não podem ser penalizados. ”
    Então os funcionários que ganham 700 ou mil euros por mês vivem do quê? Esses já podem ser prejudicados para que quem ganha 10000 euros por mês não ter que dispender mais um cêntimo?

    “Os ricos já sofreram um aumento de taxa de IRS para 46,5% mais 3,5% de sobretaxa, já devem ir perto 6%.”
    Pois os funcionários, só em reduções nominais, com o OE de 2012 já vão com reduções de 20% a 25%. E nenhum funcionário ganha mais do que o PR, o que em termos dos privados signifca um quadro intermédio, não de topo de grandes empresas.

    “E aumentar o horário dos privados meia hora em vez de lhes cortar os subsídios só poderá contribuir para o crescimento económico.”
    Para o crescimento do desemprego contribui de certeza. Quem precisasse de contratar um funcionário pode exigir mais horas aos 16 que lá tem e não contrata outro. E quem tiver 17 pode dispensar um. E os que trabalham ficam com menos tempo para a família e para gastar, o que deve dar um grande impulso ao crescimento.

    Uma noção de justiça que acha normal tirar 20% do salário a quem ganha 1000 euros para que quem ganha 10000 não tenha que descontar mais mostra bem ao que chegaram o PSD e o CDS nos dias que correm!

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  55. tina permalink
    30 Outubro, 2011 12:30

    CA
    “Gostava de saber o que é “sobrecarregar o estado”. ”
    .
    Sobrecarregar o estado é os funcionários que estão a mais e não são despedidos porque a lei o impede. E é por isso que os próprios funcionários públicos sabem que não se podem queixar muito, 1 em cada 4 tem muita sorte em estar lá.
    .
    “Então os funcionários que ganham 700 ou mil euros por mês vivem do quê? ”
    .
    Mas têm sempre esse dinheiro enquanto os trabalhadores independentes, e há muitos a ganhar menos de 1000 euros por mês, nem sempre têm. É isso que se chama insegurança. E enquanto um despedido no Estado leva uma boa indeminização, o trabalhador independente perde o trabalho de dum dia para o outro e não vê nada.

    “Uma noção de justiça que acha normal tirar 20% do salário a quem ganha 1000 euros para que quem ganha 10000 não tenha que descontar mais mostra bem ao que chegaram o PSD e o CDS nos dias que correm!”
    .
    Pois, e que noção da justiça tiveram os funcionários públicos quando no meio da crise, com tanta gente a perder emprego no privado, receberam um aumento de 3%, que com a recessão equivaleu a um aumento bastante superior à inflação. Era assim que queriam continuar, a ver o seu salário valorizado enquanto os outros vão para o desemprego. Os funcionários públicos podem perceber melhor a sorte que tiveram até agora e a luta que muitos trabalhadores portugueses independentes e do privado estão a passar com a crise.

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  56. 30 Outubro, 2011 12:49

    “Sobrecarregar o estado é os funcionários que estão a mais e não são despedidos porque a lei o impede. ”

    O que a lei impede é que o estado viole os seus contratos. Além disso os funcionários não são despedidos porque se o fossem o estado simplesmente parava. O estado poderia ser organizado de forma a fazer o mesmo com menos funcionários? Claro que podia mas para isso era preciso um governo que soubesse gerir! Aliás até já existem os instrumentos para afastar os funcionários desnecessários, são os excedentários. Quantos é que o estado conseguiu identificar até ao momento?”

    “E é por isso que os próprios funcionários públicos sabem que não se podem queixar muito, 1 em cada 4 tem muita sorte em estar lá.”

    Os funcionários podem queixar-se e muito. E vão fazê-lo! Porque se o estado funciona mal é muita vezes contra eles e não por culpa deles!

    “Mas têm sempre esse dinheiro”

    Errado, como se pode ver pelas propostas deste governo! Se nem valor dos ordenados nem empregos estão garantidos, como pode continuar a insistir nesta tecla?

    ” enquanto os trabalhadores independentes, e há muitos a ganhar menos de 1000 euros por mês, nem sempre têm.”

    Por isso a solução via IRS é a melhor. Quem ganha pouco, seja onde for é menos penalizado. Quem ganha muito, seja onde for, paga mais.

    ” É isso que se chama insegurança. E enquanto um despedido no Estado leva uma boa indeminização, o trabalhador independente perde o trabalho de dum dia para o outro e não vê nada.”

    E já se lembro das dezenas de milhares de professores com contratos que agora são mensais e que até há pouco tempo nem subsídio de desemprego tinham, quanto mais indemnização? Pela sua lógica os cortes deviam ser proporcionais à segurança e o facto de haver cortes devia garantir essa segurança. Sem isso toda a argumentação da segurança/insegurança cai pela base!

    “Pois, e que noção da justiça tiveram os funcionários públicos quando no meio da crise, com tanta gente a perder emprego no privado, receberam um aumento de 3%, que com a recessão equivaleu a um aumento bastante superior à inflação.”

    Pois, toda a gente sabe que são os funcionários que decidem quanto ganham.

    “Era assim que queriam continuar, a ver o seu salário valorizado enquanto os outros vão para o desemprego.”

    2009 – Mais 3%. 2011 Menos 5%. 2012 – Menos 15%. Enquanto outros a ganhar muito mais do que o PR no privado não pagam nada. Era assim que queriam continuar?

    “Os funcionários públicos podem perceber melhor a sorte que tiveram até agora e a luta que muitos trabalhadores portugueses independentes e do privado estão a passar com a crise.! ”

    Os que ganham muito dinheiro neste país é que estão com sorte, pois não pagam nada. Quanto aos funcionários trabalham e ainda têm que aturar esta conversa de os acusarem a eles dos erros de gestão ou erros de favorecimento dos privados cometidos pelos governos!

    Só há uma solução equilibrada: cada um paga consoante o rendimento. Pôr os funcionários a pagar só serve a quem quer continuar a ganhar salários milionários, muitas vezes pagos indirectamente pelo estado, e nem assim quer contribuir. Os trabalhadores do privado estão a ser usados. No fundo ainda acabam a perder também os subsídios e esse dinheiro nem vai para resolver o défice, vai para os bolsos dos patrões. E quando eles forem despedidos não têm subsídio de desemprego porque o estado continua com o défice, claro! E os mais ricos cada vez mais ricos!

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  57. tina permalink
    30 Outubro, 2011 13:47

    “O que a lei impede é que o estado viole os seus contratos.
    .
    Pois, essa tal lei que põe Portugal como um dos países com regras laborais mais inflexíveis do mundo e por isso a Troika quer que se mudem.
    .
    “Além disso os funcionários não são despedidos porque se o fossem o estado simplesmente parava. ”
    .
    Não, mas aqueles que estão a mais deviam poder ser despedidos.
    .
    “O estado poderia ser organizado de forma a fazer o mesmo com menos funcionários? Claro que podia mas para isso era preciso um governo que soubesse gerir!”
    .
    Impossível gerir se não se puder despedir. É por isso que as firmas estrangeiras fogem daqui, sabem que o custo de trabalho é enorme por causa disso. E porque hão-de as firmas aguentar os empregados quando não se vende tanto? Não admira que ninguém queira investir em Portugal. E da mesma maneira, na função pública, em tempos mais folgados até se podem justificar certas funções não prioritárias mas que depois deveria poder ser possível dispensar essas pessoas. Pessoal envolvido com estudos, etc.

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  58. tina permalink
    30 Outubro, 2011 13:50

    “Pois, toda a gente sabe que são os funcionários que decidem quanto ganham.”
    .
    Então não se finjam chocados com a percentagem de desvalorização do salário, sabendo que muitos desses aumentos já nem sequer deviam ter tido lugar.

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  59. tina permalink
    30 Outubro, 2011 13:51

    “Os que ganham muito dinheiro neste país é que estão com sorte, pois não pagam nada. ”
    .
    Mas quantas vezes é preciso dizer que a taxa de 46,5% é a mais alta da UE e com a sobretaxa vai a 50%? Pagam metade e você diz que não pagam nada!

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  60. tina permalink
    30 Outubro, 2011 14:19

    2009 – Mais 3%. 2011 Menos 5%. 2012 – Menos 15%
    .
    Portanto, Sócrates tirou o que tinha dado a mais. O corte nos subsídios são temporários. E depois vêm dizer que foi uma desvalorização de 20%. ahahahaha

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  61. 30 Outubro, 2011 14:28

    “Pois, essa tal lei que põe Portugal como um dos países com regras laborais mais inflexíveis do mundo e por isso a Troika quer que se mudem.”

    A facilitação dos despedimentos prevista no acordo com a troika está em curso. O problema não está aí.

    “Não, mas aqueles que estão a mais deviam poder ser despedidos.”

    Estão nos excedentários os que estão a mais. Veja quantos são. Os professores são descartado ano a ano e para descartar mais vai ser preciso ensinar muito menos nas escolas. Quanto aos médicos, deixaram-nos sair do SNS para a seguir serem contratados através de empresas privadas por valores muito mais altos. Ou com contratos individuais muito mais caros. Isto é que é haver funcionários a mais? Ou há propaganda a mais e conhecimento da realidade a menos?

    “Impossível gerir se não se puder despedir.”

    Impossível despedir se não se souber quem está a mais. E para quem está a mais estão os excedentários. É capaz de dizer quem está a mais?

    “É por isso que as firmas estrangeiras fogem daqui, sabem que o custo de trabalho é enorme por causa disso.”

    Pois, a Auto-Europa, a Siemens, a IKEA. É vê-las fugir… Mais uma vez parece haver aqui um défice de realidade, não acha?

    “E porque hão-de as firmas aguentar os empregados quando não se vende tanto?”

    Porque são elas que ficam com os lucros quando se vende mais. Essa é aliás a diferença entre o empresário e o empregado: o empresário assume mais riscos e é ele que gere a empresa. Ganha mais quando as coisas correm mais porque perde mais quando correm mal. Agora ficar só com o que é bom e desfazer-se dos empregados ao primeiro soluço do mercado não é socialmente sustentável.

    “Não admira que ninguém queira investir em Portugal.”
    Sabia que um dos factores que mais afasta o investimento de Portugal é a demora na justiça e que a flexibilidade laboral nem sequer é dos maiores problemas?

    “E da mesma maneira, na função pública, em tempos mais folgados até se podem justificar certas funções não prioritárias mas que depois deveria poder ser possível dispensar essas pessoas. Pessoal envolvido com estudos, etc.”

    Grande parte dos estudos hoje até são contratados a firmas privadas, mesmo quando há conflito de interesses e há no estado capacidade de os fazer. E olhe que este governo até quer aumentar as verbas orçamentadas para pagar estudos aos provados!

    “Então não se finjam chocados com a percentagem de desvalorização do salário, sabendo que muitos desses aumentos já nem sequer deviam ter tido lugar.”

    Nos últimos anos antes de 2009 já os funcionários tinham as progressões na carreira bloqueadas e estvam a perder poder real de compra. Tiveram um aumento de 3% em 2009 e de seguida um corte de 5-10% e agora querem cortar mais 15%. Se acha isto normal sugiro que se faça o mesmo com todos os outros contratos do estado, sem excepções.

    “Mas quantas vezes é preciso dizer que a taxa de 46,5% é a mais alta da UE e com a sobretaxa vai a 50%? Pagam metade e você diz que não pagam nada!”

    E quem ganha 1000 euros também já paga 20% ou 30% de IRS e agora mais 20%, e sobre uma base muito menor e muito mais essencial para a sobrevivência diária. O que se discute é a taxação adicional. E aí é incompreensível cortar dois subsídios a quem ganha 1000 euros e cortar meio subsídio a quem ganha 20 000 ou 30 000 euros. Já reparou que pessoas como Jorge Coelho e Ferreira do Amaral, conhecidos por não “sobrecarregarem o estado” nem terem qualquer responsabilidade na situação a que o estado chegou, apenas vão perder meio subsídio, enquanto uma família a ganhar 1000 euros perde dois subsídios e eventualmente pode perder a casa por causa disso?
    Está a criar-se uma situação em Portugal que não prenuncia nada de bom.

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  62. 30 Outubro, 2011 14:31

    “Portanto, Sócrates tirou o que tinha dado a mais.”
    Não. Deu 3% e tirou 5%. Em termos líquido é um corte superior a 2%.

    “O corte nos subsídios são temporários.”
    Leia as declarações do governo, pois parece estar muito mal informada.

    “E depois vêm dizer que foi uma desvalorização de 20%.”
    Quem já teve uma desvalorização de 5% e tem agora uma de 15% e ainda teve que pagar mais para a ADSE e teve aumentos sempre abaixo da inflação durante vários anos tem uma perda de poder de compra bem maior do que 20% nos últimos anos.

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  63. tina permalink
    30 Outubro, 2011 14:55

    “Não. Deu 3% e tirou 5%. Em termos líquido é um corte superior a 2%.”
    .
    Depende da inflação. E no ano em que deu 3% de aumento a inflação era negativa o que significa um aumento real superior a 3%. Quanto a ser temporário, o ministro das finanças disse que para ser permanente teria de se passar uma lei, o que não é o caso.

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  64. 30 Outubro, 2011 15:06

    “Depende da inflação. E no ano em que deu 3% de aumento a inflação era negativa o que significa um aumento real superior a 3%.”

    Junte todas as desvalorizações por aumentos inferiores à inflação mais os aumentos de contribuições para os sistemas de segurança social e a desvalorização 2005-2011 já era brutal! Os 15% de 2012 tornam a situação insustentável.

    “Quanto a ser temporário, o ministro das finanças disse que para ser permanente teria de se passar uma lei, o que não é o caso.”

    Temporário seria se o Min das Finanças pudesse garantir que terminava ao fim de um ano. Dois anos já é muito tempo. Mas o governo diz que dura pelo menos enquanto durar a intervenção da troika e qualquer pessoa informada sabe que, mesmo em condições ideais seria quase um milagre a intervenção da troika terminar em 2013. Com a desgovernção que o OE 2012 demonstra, nem a troika se vai embora em 2013 nem escaparemos possivelmente ao destino da Grécia. Um temporário por tempo indeterminado em termos práticos é o mesmo que definitivo. Além de que Passos Coelho até veio dizer que em outros países as pessoas só recebem 12 meses, como quem diz que quer continuar assim. Obs: depois deste orçamento nenhuma garantia política deste governo sobre a reposição dos subsídios vale seja o que for.

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  65. tina permalink
    30 Outubro, 2011 15:07

    “Estão nos excedentários os que estão a mais. Veja quantos são. Os professores são descartado ano a ano e para descartar mais vai ser preciso ensinar muito menos nas escolas.”
    .
    Mas, por exemplo, o nº de professores em Portugal é muito elevado comparado com a média europeia. Isso é um facto sabido.
    .
    “Sabia que um dos factores que mais afasta o investimento de Portugal é a demora na justiça e que a flexibilidade laboral nem sequer é dos maiores problemas?”
    .
    Bem, se não está em primeiro lugar, está em segundo. O suficiente para que se tenha de fazer alguma coisa sobre isso.
    .
    “Pois, a Auto-Europa, a Siemens, a IKEA. É vê-las fugir… Mais uma vez parece haver aqui um défice de realidade, não acha?”
    .
    Você é que não parece ver televisão e por isso não vê como firmas nacionais e estrangeiras estão sempre a fechar portas aqui.

    “Ganha mais quando as coisas correm mais porque perde mais quando correm mal. Agora ficar só com o que é bom e desfazer-se dos empregados ao primeiro soluço do mercado não é socialmente sustentável”
    .
    E como consequência, as firmas fecham ou vão-se embora. Ou seja, para proteger uns, o desemprego aumenta. Não há dúvida que os interesses isntalados sabem sempre defender-se bem.

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  66. tina permalink
    30 Outubro, 2011 16:23

    Do “economic freedom index”:
    “Portugal’s labor regulations are inflexible. Regulations on dismissals and the use of temporary contracts are very burdensome and costly. The non-salary cost of employing a worker is high, and dismissing an employee is difficult. Regulations on work hours are rigid.”
    .
    É assim que os outros vêem Portugal e as suas regras rígidas de trabalho. Está nos últimos lugares do mundo neste aspecto. São esta regras que têm impedido despedimentos na função pública, e não só, e é graças a elas que os funcionários têm tido muita estabilidade tanto financeira como de emprego a vida toda. Entretanto o mundo desmonora-se à sua volta, firmas fecham, pessoas perdem empregos, etc mas a eles nada acontece porque o Estado não pode declarar bancarrota, por isso nunca vão para o olho da rua como acontece a muitos dos seus colegas no privado. E até chegam a receber aumento de salário, que sorte! Mas depois chega a altura em que também eles são chamados a sacrificar-se pela nação, e queixam-se, querem que todos os outros também paguem. Mas quem é que vai ter pena deles? Os que perderam o emprego, os que viram os lucros diminuídos, os que fecharam portas ou os que vão trabalhar mais meia hora para pagar, primeiro que tudo, os salários da função pública?

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  67. 30 Outubro, 2011 17:52

    “Mas, por exemplo, o nº de professores em Portugal é muito elevado comparado com a média europeia. Isso é um facto sabido.”

    Mas se os professores são contratados anualmente ou até mensalmente basta não os recontratar. Só que isto é um excelente exemplo da famosa estabilidade. Há professores com 10 ou 15 anos de contratos que de repente vão para a rua. E depois dizem que os cortes são por causa da estabilidade.

    Aliás a confusão da Tina neste aspecto continua a seguir. Discutir se as regras laborais devem ou não ser mais flexíveis não prova que haja trabalhadores a mais no estado. Mas se o estado nem sequer usa os meios ao seu dispor para se reorganizar (caso dos excedentários), é absurdo que a Tina diga que há funcionários a mais porque não se podem despedir.

    Quanto às empresas a fechar todos os dias fecham todo o tipo de empresas, como fecham em todos os outros países europeus. Se as empresas saírem de Portugal para abrirem em Espanha ou França, então é preciso mudar algo. Agora se fecham em Portugal e Espanha para abrirem na China, não há liberalização da legislação laboral que nos salve. Temos que crescer por outros caminhos.

    Quanto às empresas, se não conseguem no tempo da abundância ganhar resiliência para os tempos difíceis, então também nos servem de muito pouco. A solução não é transferir todo o risco para os trabalhadores. Aliás nem convém que uma empresa irresponsável destrua uma empresa responsável por não acautelar o futuro e depois quando o futuro chega a empresa irresponsável abandona tudo e ficamos como ficamos. Nem todo o tipo de empresário ajuda a economia do país. Confundir isto com “interesses instalados” é tão demagógico como dizer que a detenção de propriedade privada é um “interesse instalado”.

    “é graças a elas que os funcionários têm tido muita estabilidade tanto financeira como de emprego a vida toda”

    Como se vê…

    “a eles nada acontece porque o Estado não pode declarar bancarrota”

    A eles tem acontecido muita coisa e os estados podem declara bancarrota, sim.

    “E até chegam a receber aumento de salário, que sorte! ”

    Veja lá, um único aumento em vários anos, seguido de cortes muitíssimo superiores ao aumento!

    “Mas depois chega a altura em que também eles são chamados a sacrificar-se pela nação, e queixam-se, querem que todos os outros também paguem.”
    Quando é que os privados foram chamados a sacrificar-se pela nação?

    “Mas quem é que vai ter pena deles?”
    Pena? Não se espera pena mas justiça, cumprimento de contratos e boa gestão do estado.

    “Os que perderam o emprego”
    Refere-se aos professores que ficaram desempregados este ano? Ou aos funcionários que o governo planeia despedir?
    “os que viram os lucros diminuídos”
    Os lucros são naturalmente sujeitos a aumentos e diminuições.

    “os que fecharam portas”
    Muitos vão fechar portas porque os funcionários vão ganhar menos. Se distribuísse os mesmos cortes por todo o IRS a redução de consumo e os fechos seriam menores.

    “os que vão trabalhar mais meia hora para pagar, primeiro que tudo, os salários da função pública?”
    Sabia que esse trabalho a mais vai direito para os patrões? E se fosse para o estado seria para pagar juros da dívida e PPPs, antes dos salários da função pública.

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  68. tina permalink
    30 Outubro, 2011 18:36

    “Mas se o estado nem sequer usa os meios ao seu dispor para se reorganizar (caso dos excedentários), é absurdo que a Tina diga que há funcionários a mais porque não se podem despedir.”
    .
    Então porque razão o Governo está a falar em 15000 despedimentos no futuro? Acha que preferem pagar a usar reorganizar os excedentários? Duvido muito.
    .
    “Quanto às empresas, se não conseguem no tempo da abundância ganhar resiliência para os tempos difíceis, então também nos servem de muito pouco.”
    .
    Isto mostra como estão tão distantes da realidade. Para vocês só há ou trabalhadores independentes a ganharem 10 000 euros ou empresas tipo Sonae. É por isso que não se conseguem identificar com a luta dos mais pequenos já que para vocês não existem. Ou então se lutam e não conseguem mais vale dar cabo deles que também “nos servem muito pouco”. Não há dúvida que estavam a precisar de aprender uma lição e esse dia, inevitavelmente, chegou.

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  69. 30 Outubro, 2011 22:18

    “Então porque razão o Governo está a falar em 15000 despedimentos no futuro?”
    O problema do governo é ter competência de gestão para saber quais são os 15 000 funcionários a mais. E parece-me que quer também ver se os outros se calam com medo.

    “Para vocês só há ou trabalhadores independentes a ganharem 10 000 euros ou empresas tipo Sonae.”

    Tina, está a falar com uma pessoa só. E o IRS permite precisamente distinguir quem ganha muito (e por isso deve contribuir mais) de quem ganha pouco (e por isso nem devia ser beliscado). Atacar o público e defender o privado independentemente dos rendimentos é que é injusto!

    “É por isso que não se conseguem identificar com a luta dos mais pequenos já que para vocês não existem.”
    Os que ganham menos nem deviam ser afectados, seja qual for o sector. Infelizmente até quem ganha salário um pouco acima do mínimo no estado vai ser afectado. E sou eu que não me consigo identificar com a luta dos mais pequenos? Não me parece.

    “Ou então se lutam e não conseguem mais vale dar cabo deles que também “nos servem muito pouco”.”
    Mas quem é que está a dar cabo dos rendimentos de quem? O PSD e o CDS é que estão a cortar os subsídios no estado e a sugerir aos privados que façam o mesmo e fiquem com o lucro!

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  70. tina permalink
    30 Outubro, 2011 22:40

    “E sou eu que não me consigo identificar com a luta dos mais pequenos? Não me parece.”
    .
    Vocês não sabem o que é luta. Há muito que têm a sobrevivência garantida, perderam a noção do que é “a luta”. Estão estragados, mimados, como vejo pela sua conversa. Os trabalhadores do estado acabaram por se tornar a classe privilegiada, que já nem sequer conseguem apreciar a sorte que têm. Estas medidas que o governo está a tomar só pecam mesmo pela demora.

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  71. Barganha ué? permalink
    31 Outubro, 2011 00:11

    quando a tina é o tiradentes
    e o tiradentes não a tina
    algo bai mal em Puto u Gaule

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  72. Barganha ué? permalink
    31 Outubro, 2011 00:15

    Em momentos como os actuais

    em que não se morre de fome de teres e haveres mas de medo de a ter em futuros já não distantes

    É o salve-se quem o puder, é o cada um por si.

    E se tal comportamento pouco fraterno nos causa confusão é por sermos tolos

    Os nossos militares pensam no seu $ e não no seu dever

    Os nossos juízes pensam na sua honra mas não na da esterqueira nazionale

    Linchamento das bocas inúteis desde que o funcionalismo sobreviva

    Sacrifício é doença mental

    Periferias e atrasos económicos dos outros nacionalizados à força

    não são para os 900 mil

    E esta tão evidente ausência de solidariedade dos portugueses

    esta incapacidade de pensar, sentir e agir como um todo com um mínimo de coesão

    é apenas mais um sinal (de) que Portugal precisa de ser urgentemente pensado

    e cosido ou cozido reformado e até afundado

    De outro modo, o nacional-“porreirismo” lançará o povo na ruína e no escudo

    e o funcionalismo na espiral dos salários e da inflação

    e VIVA DOM SEBASTIÃO PATRONO DOS FUNCIONÁRIOS

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  73. 31 Outubro, 2011 00:16

    “Vocês não sabem o que é luta. Há muito que têm a sobrevivência garantida, perderam a noção do que é “a luta”.
    Em geral conhecemo-nos melhor a nós próprios do que aos outros. Penso que a Tia falará por si que por mim falo eu.

    “Estão estragados, mimados, como vejo pela sua conversa.”
    Seria interessante que traduzisse esta afirmação em algo concreto.

    ” Os trabalhadores do estado acabaram por se tornar a classe privilegiada”
    Pois claro, quem ganha 700 euros no estado pertence à classe privilegiada. Quem ganha 30 000 no privado pertence à classe explorada.

    “que já nem sequer conseguem apreciar a sorte que têm.”
    Tem razão. Os funcionários já não conseguem apreciar a sorte de terem as progressões congeladas há anos, a sorte de terem as suas contribuições para a saúde aumentadas, a sorte de verem os seus salários reduzidos arbitrariamente em 20%, a sorte de serem ameaçados de despedimento. Quem não aprecia tanta “sorte” só pode mesmo ser um ingrato.

    “Estas medidas que o governo está a tomar só pecam mesmo pela demora.”
    Tina, tem a certeza que não trabalha para o governo?

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  74. 31 Outubro, 2011 00:24

    Barganha, solidariedade não é pedir a alguns que suportem a responsabilidade que é de todos. Ainda por cima os privados vão acabar por perder também os seus subsídios e nem sequer será para pagar a dívida comum, será para enriquecer mais os mais ricos.

    Lembrem-se daquela frase: “Quando se voltaram contra os judeus, eu não era judeu e não fiz nada. Quando se voltaram contra os homossexuais, eu não era homossexual e não fiz nada. Quando se voltaram contra os ciganos, eu não era ciganos e não fiz nada. Quando se voltaram para mim, não havia ninguém para me defender.”

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  75. JCA permalink
    31 Outubro, 2011 16:08

    .
    CA,
    .
    Nas Empresas Publicas eno Funcionalismo Publico há quem ganhe e TENHA LUCROS muito superiores ao Privado, sejam empregados ou empregadores. E SEM RISCOS DE ENFIAR NA EMPRESA dinheiros e bens pessoais ou PARA GANHAR ESSES LUCROS penhorar bens para dinheiro para investir para gerar esses Lucros ou investir poupanças para o mesmo efeito. Obvio que no provado também há os que se encostam ao Publico para ter umas espécies de Empresas subsidiadas, acabam se do Orçamento do estado não os alimentar em contratos e obras.
    .
    Portanto não tem substancia nem resolve nada essa dialetica Publico (nomenclaturas. apartniks e encostados, Funcionarios Publicos e gajada do Estado mas não-estatais no papel) e Privados (quem paga impostos liquidos, de dinheiro não reciclado ‘pago com o que se recebeu do mesmo, devolução do mesmo dinheiro, todo ele recebido doutros).
    .
    É claro que anda tudo ao mesmo, tu, eu, nós, võs e os outros. Governar isto só de facto por quem não dependa nem se interesse por essa jogatana rasca do “tu, eu, anda tudo ao mesmo, nós, võs e os outros”.
    .
    Em nenhum orgao da Democarcia, em nenhum Partido, em nenhuma elite, em nenhuma Comunicação social, em nenhum Sindicato, em nenhuma Educação, em nenhuma Saúde etc vislumbra alguém com estas caracteristicas.
    .
    Pois é, é superior a essa gente toda. A persistir nestes ‘mais do mesmo’ lá para 2030/2040 Portugal estraá resolvido. Até lá a esmagadora de todos nós faleceram. E ganharam o quê enquanto vivos ??? Mais pobreza e fantasias. Vão com ‘deus’.
    .

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  76. 1 Novembro, 2011 00:44

    Caro JCA

    A divisão público/privado surgiu com o OE2012. Vai dar mau resultado? Não tenho a menor dúvida. Depois do anúncio perdi qualquer esperança de evitarmos o destino dos gregos. Responsabilize-se o PSD e o CDS que a criaram e eventualmente o PS se não votar contra. Quem definiu este caminho vive no mundo da fantasia e vai criar níveis de pobreza em Portugal como há muito não se via.

    A sua frase
    “Portanto não tem substancia nem resolve nada essa dialetica Publico (nomenclaturas. apartniks e encostados, Funcionarios Publicos e gajada do Estado mas não-estatais no papel) e Privados (quem paga impostos liquidos, de dinheiro não reciclado ‘pago com o que se recebeu do mesmo, devolução do mesmo dinheiro, todo ele recebido doutros).”
    mostra que o OE 2012 dá corpo a uma ideia fixa cultivada em certos meios: o público é essencialmente mau e o privado essencialmente bom. Os argumentos que usa também são ilustrativos.

    Quando se refere ao público usa referências claramente depreciativas, esquecendo-se que a maioria dos funcionários públicos e empregados de empresas estatais faz um bom trabalho e mantém este país a funcionar. Mas obviamente é preciso demonizar aqueles que se quer destruir.

    A referência ao privado poderia sugerir que por lá se emite moeda. Como ainda não parece ser o caso, temos que reconhecer que os privados se limitam a pagar com o que receberam de outros. Qualquer empresa devolve o dinheiro que recebeu da sociedade. Se alguém ainda poderia criar moeda esse alguém seria… o estado. Se se refere à criação de riqueza, ela existe no sector público como no privado. Seria interessante que houvesse uma greve geral total de uma semana de todos os trabalhadores que vão ter os subsídios cortados para se perceber qual o papel do sector público na economia portuguesa.

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  77. Ana permalink
    1 Novembro, 2011 10:45

    Sou uma professora do primeiro ciclo do ensino básico. Funcionária Pública. Tenho 15 anos de serviço. Fui avaliada em 2009 e 2011, tive Excelente e Muito bom. É verdade que fui aumentada em 2009, mas tenho a carreira congelada desde 2005 com a exceção de 2009 em que descongelou por breves meses. Ou seja, desde que entrei na carreira só mudei de escalão em 2009, estou assim no 2 escalão. Tenho uma turma com 22 crianças. 7 crianças com necessidades educativas especiais profundas que têm apoio de uma colega de ensino especial 3 horas por semana (3 horas para as 7). Não sei, digam-me vós: estaria melhor no privado? Tenho uma vida boa? Talvez! Mas certamente não a profissional!
    Recebo 1200 Euros. As minhas colegas em início de carreira 1100 Euros. E no próximo Natal as auxiliares e eu receberemos o mesmo ao final do mês. Troco com qualquer um durante 30 minutos!!!!!!!!!! Depois conversamos novamente.

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  78. Mr. Michael Darren permalink
    27 Dezembro, 2011 05:34

    atenção,

    Nós damos a empréstimos na faixa de 1.000 libras e acima. Nossos empréstimos são bem segurado para o máximo de segurança é nossa prioridade. Sainsburys Firm Financial é um fornecedor líder em linha de financiamento aqui em Londres. Para mais informações é favor contactar-nos através do email.

    Nome credor: Mr. Michael Darren
    E-mail credor: sainsburys.financials@gmail.com

    Os candidatos interessados ​​são conselhos para voltar para nós por e-mail para o nosso formulário de candidatura.

    Regards
    Mr. Michael Darren
    Sainsburys Finanças

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