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O ano em que o céu nos caiu nas cabeças. Felizmente

26 Dezembro, 2011
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Não há nada que irrite mais os puristas da política e os idealistas de todas as estações do que recordar-lhes algumas verdades essenciais que qualquer dona de casa conhece. De resto, a simples evocação do termo “dona de casa” deixa-os fora de si. Com razão: as donas de casa fazem contas e conhecem as dificuldades do fim do mês, os fala-barato dos grandes projectos têm tendência para ignorar essas realidades comezinhas.

Ora, para compreendermos os que se passou em Portugal no último ano, temos de perceber que, ao fim de muitos anos de desvario, os portugueses voltaram a fazer contas. E começaram a fazê-lo antes do seu próprio Governo.

Há um ano, para quem já não se recorde, ainda vivíamos num mundo irreal. O primeiro-ministro de então abriu a semana antes do Natal com uma ida a Castelo Branco inaugurar uma Loja do Cidadão, prosseguiu com uma cerimónia no CCB com as IPSS e terminou sentado, pela sexta vez, ao volante do automóvel eléctrico que traria para Portugal a fábrica de baterias que afinal não veio. A ministra da Saúde passou a semana a contradizer-se sobre a dimensão do buraco orçamental do sector. O ministro das Obras Públicas inaugurou mais dois troços de PPP-alcatrão, daqueles que só acabaremos de pagar lá para 2050. Entretanto os jornais anunciavam que o fecho das contas de 2010 ameaçava ser problemático (foi ainda pior), que a Moody”s poderia cortar o rating de Portugal (cortou mesmo) e que o salário de Dezembro não chegou a tempo a todos os juízes.

Aprecie-se mais ou aprecie-se menos, já não vivemos neste desvario, apesar de muitas pessoas (como o deputado Pedro Nuno Santos) terem sinceramente saudades dessa época.

O último grande líder político que não tinha medo de assumir que, nas contas públicas, se devia ter o mesmo tipo de preocupação de uma dona de casa foi – poderia deixar de ser? – uma mulher. Margaret Thatcher, é claro. Logo na primeira campanha eleitoral em que participou, em 1949, trinta anos antes de chegar a primeira-ministra, recomendou às suas eleitoras que “não se assustassem com a linguagem complicada dos economistas e dos ministros, antes pensassem na política tal como pensam nos seus problemas domésticos”. Isso para defender que não se deve gastar para além do que se ganha – em casa ou no país.

Quando a “Dama de Ferro” chegou ao poder, no final da década de 1970, uma época de dívidas crescentes e inflação descontrolada, continuou a invocar a mítica dona de casa para lembrar que o endividamento não torna as pessoas mais livres, antes mais dependentes, e que a dependência é uma forma de degradação pessoal e social. E que é fatal para a soberania nacional.

Portugal teve a noção clara do que significava a dependência no dia em que aterraram em Lisboa os enviados da troika. Como “cobradores do fraque”, eles entraram pela nossa casa adentro, vasculharam as contas, ditaram regras, disseram o que podíamos fazer e o que tínhamos de deixar de fazer. Portugal, como acaba de confirmar aEconomist Intelligence Unit no seu índice Index of Democracy 2011, deixou nessa altura de ser “uma democracia plena” para ser apenas uma “democracia com falhas”. Porquê? Porque os portugueses deixaram de poder decidir livremente sobre aspectos essenciais da sua vida colectiva. Porque perdemos soberania.

Antes de o país, e de o Estado, se ver nesta lamentável situação, já muitos portugueses tinham começado a sentir, nas suas economias domésticas, as consequências de anos de vida desvairada. O primeiro choque chegou ainda antes da crise internacional: veio na forma da subida das taxas de juro sentida nos primeiros meses de 2008, momento a partir do qual começaram a chegar a muitos empregadores notificações para reterem parte dos ordenados de alguns trabalhadores, retenção feita a favor dos seus credores. Se olharmos para o índice de confiança dos consumidores do INE, confirmamos que é nessa altura, há mais de três anos, que os portugueses começam a desacreditar.

Para muitos portugueses aquilo que o Governo está a fazer agora – apertar o cinto, e muito – é o que eles já começaram a fazer há bastante tempo. A linguagem simples e directa de Vítor Gaspar não lhes é estranha. Pelo contrário.

Mesmo assim, em Portugal, continua a ser tabu considerar que o Estado se deve comportar com a probidade e o rigor de uma dona de casa. Isso ainda é visto como um insulto. Mas tal não impediu que uma parte da linguagem doméstica dos lares com dificuldades no fim do mês tivesse ganho foros de alforria: “Não há dinheiro.” Tal como um pai que recusa mais um pedido de um filho, o ministro das Finanças começou por repetir aos seus colegas, e estes agora repetem ao país a mais dura das verdades: o dinheiro acabou.

Foi esta a realidade com que todos (ou quase todos, há sempre uns irredutíveis proponentes de novos “investimentos”) fomos confrontados em 2011. Foi este o céu que nos caiu em cima da cabeça. E por muito duro que tal seja, ainda bem que sucedeu. Mais tempo passasse e mais peso teríamos de suportar, mais difícil seria sacudirmos a dependência.

Durante muitos anos, em Portugal, na Europa, no mundo ocidental, um optimismo esfuziante permitiu que se chegasse ao poder com base em lemas do tipo “as coisas só podem ficar melhores”, como sucedeu com Tony Blair em 1997. Não parecia mais necessário realizar escolhas dolorosas ou ter de fazer sacrifícios: o progresso chegaria naturalmente, bastavam as boas intenções da famosa “Estratégia de Lisboa” (lembram-se? Era a que faria da Europa, em 2010, a economia mais dinâmica do mundo…) e manter viva “a confiança” dos eleitorados.

Nessa época – a época de Blair e de Clinton, de Guterres e de Schroeder, de Prodi e de Jospin – o mapa político da Europa pintava-se de cor-de-rosa e havia “um amigo na Casa Branca”. A ideia thatcheriana de que se devem enfrentar os problemas em vez de os varrer para debaixo do tapete, esperando que se resolvam por si, parecia coisa de um passado longínquo.

Cruel engano, terrível desilusão. Dez anos depois o mapa político da Europa não podia ser mais diferente. Neste momento 97 por cento dos europeus são governados por executivos de centro-direita e a crise não parece estar a abrir caminho a um eventual regresso do centro-esquerda. Pior: sem dinheiro, sem capacidade de endividamento ilimitada, até os governos de centro-esquerda estão obrigados a políticas que antes execravam. Para socialistas e sociais-democratas, terem colocado os seus países e a Europa na mão dos credores correspondeu a um suicídio político de consequências ainda difíceis de prever. Sobretudo pelos que ainda pensam que pagar as dívidas é uma ideia de criança… 

Público, 23 Dezembro 2011

40 comentários leave one →
  1. 26 Dezembro, 2011 12:32

    Para o articulista, contorcionista ou ilusionista, quem conhece a realidade são as donas de casa.
    Cá temos mais um rei mago fazendo a apologia da economia doméstica.
    Fosga-se!

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  2. Grunho permalink
    26 Dezembro, 2011 12:45

    Era o sonho de infância dele: ser dona de casa.

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  3. blitzkrieg permalink
    26 Dezembro, 2011 12:47

    Para o comentarista, contorcionista ou ilusionista Piscoiso, é sempre de bom tom continuar a ignorar a realidade simples e crua. Tão simples e crua que os princípios básicos da economia doméstica teriam bastado para evitar a desgraça em que o socialismo nos meteu. Mas isso custa a engolir, não é Piscoiso?!…

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  4. Anónimus permalink
    26 Dezembro, 2011 12:56

    O grande Filósofo e Líder Sócrates é que é um grande conhecedor da realidade. Fócrates!

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  5. 26 Dezembro, 2011 13:10

    Curiosamente, quase desapareceu do discurso político (e até das notícias) o “buraco” da Madeira – aquilo que Jardim apelidou de “bendita dívida” e de “uma coisinha de nada”.
    E, no entanto, o seu valor (6 mil milhões de euros) é pouco menos do valor da venda da EDP aos chineses…

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  6. 26 Dezembro, 2011 13:11

    A analogia das donas de casa é típica de quem nunca teve dificuldades com o dinheiro e sempre teve alguém a limpar-lhe a porcaria que fazia.
    Só é possível poupar até um certo ponto a partir daí é impossível. Claro que há uns iluminado que pensam que se pouparem nos transportes para o trabalho, ao ponto de não conseguirem chegar ao emprego, ganham mais dinheiro. e se descurarem a saúde e ficarem doentes enriquecem.
    Só poupa nos gastos quem tem dinheiro a mais. E só acha isso uma boa idéia quem manda poupar aos outros,

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  7. 26 Dezembro, 2011 13:51

    Excelente artigo!
    Felizmente, ainda há no pasquim “esquerdista” suportado pelo “capitalismo”, alguém com a lucidez suficiente para escrever isto.
    Parabéns e obrigado!

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  8. lucklucky permalink
    26 Dezembro, 2011 13:52

    Existem uns patetas* como jo que julgam que o que não existe existe.
    É por decreto.
    Para eles 2+2=5 ou 6.Se produzimos 4 vamos fazer de conta que produzimos 5 ou 6.
    *Mas ainda há piores, aqueles que sabem isso e jogam a curto prazo para ganhar votos.
    .
    “Porquê? Porque os portugueses deixaram de poder decidir livremente sobre aspectos essenciais da sua vida colectiva. Porque perdemos soberania.”
    -Os Portugueses é que escolheram. Primeiro escolheram gastar o que não produziram -na escala e grau em que o fizeram- depois para não perderem tudo tiveram de “perder soberania”. Não perderam soberania nenhuma, fizeram um acordo. Aliás estranho como unionistas europeus parecem tão precupados com perda de soberania.

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  9. Pine Tree permalink
    26 Dezembro, 2011 13:54

    “Só é possível poupar até um certo ponto a partir daí é impossível. ”
    Este é um facto indesmentível que qualquer assaltante de encruzilhada conhece bem. Incapaz de poupar pela natureza das coisas, procura adjuntar-se as poupanças alheias.

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  10. anti-comuna permalink
    26 Dezembro, 2011 13:59

    Este artigo está bem escrito. Só não entendo porquê que o autor atira pedras ao euro, vai a reboque dos ingleses e depois bate palmas às políticas de austeridade que nos foram impostas por estarmos no euro. São os tais artigos incoerentes. Uns dias vai-se atrás dos enlatados dos bifes (“Basta!” disse ele!) que são contra as nossas políticas de austeridade e até perdemos a nossa Independência, no outro elogia-se essas mesmas políticas.
    .
    .
    Tenha umas boas festas, caro JMF. Porque os seus artigos são como os esquizofrénicos: uns dias defendem uma coisa, outros o seu contrário.

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  11. Pine Tree permalink
    26 Dezembro, 2011 14:01

    Senhor Lucklucky.
    Reprovo que tenha chamado pateta ao Senhor Jo. Ele apenas pôs em evidência um facto, há pessoas que depois de pagarem a comida e o tecto ficam sem dinheiro algum. Não podem poupar, é um facto indesmentível.
    E depois há os novos direitos cujo cumprimento tem custos quando o Estado não quer ajudar. Todos temos direito à informação e à diversão, direito que se realiza com um plasma. Ora, o Estado não dá plasmas gratuitos, logo, o cumprimento destes simples direitos custa uma nota ao povo. Essa é que é essa, e ninguém quer reconhcer estas verdades!

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  12. 26 Dezembro, 2011 14:11

    A metáfora com as donas de casa é típica de quem faz contas à vida. Mesmo com dificuldades com o dinheiro, o endividamento não é uma solução a recorrer constantemente. Como tem sido. O princípio de uma dona de casa é simples: aquilo que vai gastar na água, luz, telefone, arroz, massa, carne, farinha, etc. tem que ser inferior ao vencimento da família. Daqui não pode resultar um prejuízo constante. Salvas as devidas distâncias e proporções (como é óbvio), o Estado tem que seguir, do meu ponto de vista, o mesmo princípio básico de equilíbrio. O endividamento é uma forma de se conseguir fazer face a uma despesa extraordinariamente elevada. Tal como uma família compra uma casa ou automóvel e não é expectável que os pague a pronto (podendo, aí sim, com conta, peso e medida, recorrer ao banco), o Estado também o deverá fazer em determinados momentos. Mas nunca da forma leviana que fez durante tantos anos, como está mais do que demonstrado.

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  13. 26 Dezembro, 2011 14:21

    blitzkrieg
    Se vc acha que só as donas de casa é que vêem a realidade, não se esqueça que há donas de casa socialistas.
    Que eu não uma coisa nem outra.
    Mas se vc. é dona de casa, respeito-a.
    Quanto a engolir, tenho engolido, nesta quadra, muitos doces da minha dona de casa.
    Além do mais acho essa argumentação muito sexista.

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  14. certo permalink
    26 Dezembro, 2011 15:35

    Olhem, caríssimos, foi uma sorte terem deixado ir para Paris aquele adulto que não paga as contas, tarde que o tenham feito, com ele e com quantos o antecederam sem saber nem contas à dona de casa. E eles não sabiam que o tempo era assim breve ou, filhas da mãe, mais nos teriam ido aos bolsos, “roubemos, rapazes, que já não temos muito tempo”, que lá disse outro .

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  15. Arlindo da Costa permalink
    26 Dezembro, 2011 16:16

    Infelizmente, ainda não cairam tiros, pedras e socos em cima de quem está vendendo Portugal ao desbarato e de quem está confiscando o património das pessoas.
    Ainda hoje, um vizinho meu, disse que vai ir às Finanças até ao final do ano cessar a actividade.
    Disse ele, antes que estes comunistas do governo le levem a casa, as oficinas, o jepp e que confisquem a conta bancária.
    Vai fazer-se à estrada, como fez em 1975, quando os gonçalvistas ameaçavam nacionalizar tudo.
    Diz ele que a situação está MUITO PIOR do que em 75, pois nessa altura Portugal tinha Forças Armadas, tinha uma Igreja Católica militante e tinha um Mário Soares e um Sá-Carneiro!
    Agora, quem ficar, vai dançar…

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  16. licas permalink
    26 Dezembro, 2011 16:27

    . . . vai dançar devido às loucuras despesistas
    do * adolescente mal adulto * J. Sócrates.

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  17. Arlindo da Costa permalink
    26 Dezembro, 2011 16:30

    A Igreja Anti-Socretina dos Últimos Dias, por incrível que pareça, ainda tem centros de culto abertos.
    Estes «crentes» de orixás ainda vão culpar o Sócrates, por Portugal não valer um chavelho no concerto das Nações!
    Vão trabalhar, seus vagabundos!

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  18. esmeralda permalink
    26 Dezembro, 2011 16:42

    Muito bom artigo! Obrigada e parabéns, mais uma vez José Manuel Fernandes! Mesmo que haja quem se indigne e se choque com a realidade, como se nota em certos comentários. Como dizia alguém “o legado mais pesado que José Sócrates deixou, não foi a dívida ou o défice. Foi antes a cultura política. A forma desonesta e irresponsável de fazer política, sem sentido de Estado, ignorando a realidade e desprezando as pessoas”! E as pessoas vão levar tempo a aprender, a raciocinar com frieza e a olhar a realidade tal como ela nos foi legada!

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  19. Arlindo da Costa permalink
    26 Dezembro, 2011 16:49

    Oh Esmeralda:
    O gang laranja é que roubou, rapinou, bancos, empresas públicas, negócios escuros e até criminosos, e o Engº Sócrates é que foi o ideólogo da «vida fácil» desse bando de gatunos e aldrabões?
    Andas a beber Licor Beirão a esta hora ou és uma daquelas personagens norte-coreanas que ainda não viram a verdade e ainda não viram que estão a ser enganados pelos kmers laranjas?

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  20. ikonoklasta permalink
    26 Dezembro, 2011 18:29

    ó jmf,
    .
    a verdade do bom senso das donas de casa, que é a sua, pode bem estar errada, como estava errada a sua opinião sobre Bush e a invasão do Iraque. depois, a verdade das donas de casa é tão variada como a verdade dos especialistas; e, como exemplo, trago-lhe os seguintes:
    .
    a dum beef, lord, nascido na terra da sua dona de casa favorita, a Tatcher, e, do seu sucesor Cameron:
    .
    “O acordo alcançado em Bruxelas exclui qualquer possibilidade de uma gestão keynesiana da procura para combater a recessão. Os défices orçamentais “estruturais” estarão limitados a 0,5% do PIB, com sanções (ainda não conhecidas) para os infractores.
    .
    Esta é a cura errada para a crise da Zona Euro. A doutrina Merkel parte do princípio que a crise resulta da irresponsabilidade dos governos e, assim, apenas uma regra “dura” sobre o orçamento pode evitar que estas crises voltem a acontecer.
    .
    Mas a análise de Merkel está totalmente errada. Não foram os défices excessivos que provocaram o colapso económico de 2007 e 2008 mas sim a excessiva concessão de créditos por parte do sector bancário. O aumento das dívidas públicas foram uma consequência da recessão económica e não a sua causa. O que deveria ter sido integrado na estrutura institucional da União Europeia era uma regulação financeira mais dura e não uma austeridade orçamental permanente. E tem havido poucos sinais no sentido de endurecer a regulação financeira.
    .
    Para já o mais importante é o falhanço da “união orçamental” na recuperação europeia. Os números são desanimadores: antes da cimeira, o Banco Central Europeu baixou a sua previsão de crescimento do PIB da Zona Euro em 2012 de 1,3% para 0,3%. Uma estimativa optimista. De facto, a Zona Euro vai contrair-se na primeira metade do ano – e provavelmente na segunda, devido às medidas de austeridade que estão a ser aplicadas – aumentado a pressão sobre os bancos e as dívidas soberanas.
    .
    A razão para a recuperação do crash de 2007 e 2009 ter sido tão anémica é simples. Quando uma economia diminuiu, a dívida pública aumenta automaticamente, porque as receitas caem e os gastos aumentam. Quando se cortam os gastos, a dívida cresce ainda mais, porque os cortes provocam uma nova contracção da economia. Assim aumenta, e não diminui, a probabilidade de um governo entrar em incumprimento. “

    .
    e se a verdade do beef lord é bem diferente da sua, no fim do artigo, diz uma coisa que se parece com o seu título, mas bem mais subtil e preciso: “Haverá ondas de choque em todo o mundo. Mas as vezes as ondas de choque são necessárias para quebrar o gelo e permitir que a água volte a correr.” Se se sente feliz e ainda pede mais, é porque ainda está ao abrigo na zona confortável da sua vidinha com a sua dona de casa perfeita.
    .
    daqui: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=527105
    .
    agora vamos à receita do mexilhão com batatas fritas:
    .
    “Esta é uma crise que vai durar 10 ou 15 anos, porque o problema fundamental não é a dívida pública, mas sim os bancos europeus. E não estou a falar dos pequenos bancos portugueses ou gregos. O problema é que os grandes bancos – Deutsche Bank, BNP Paribas, Credit Agricole, Société Generale, Commerzbank, Intesa Sanpaolo, Santander, BBVA – estão à beira do precipício. Isso é muito pouco visível no discurso oficial. Só se fala da crise soberana, quando o problema é a crise privada dos bancos.
    .
    Os planos (da troika) vão piorar a situação desses países (Grécia, Irlanda e Portugal, por enquanto), isso é absolutamente claro. A redução maciça das despesas públicas e do poder de compra da maioria da população vai diminuir a procura e as receitas fiscais e provocar ainda mais necessidade de o país se endividar para pagar a dívida. Tanto a política da troika na Grécia, Irlanda e Portugal, como a política da Comissão Europeia e dos países do Centro, como a Alemanha e a França, vai provocar mais recessão. A própria Alemanha vai ter problemas, porque precisa de ter quem compre os seus produtos.”

    .
    daqui: http://economia.publico.pt/Noticia/para-sair-da-crise-e-preciso-romper-com-a-troika-e-obrigala-a-renegociar-a-divida-1526489
    .
    e a conclusão da receita é bem menos fatalista que a sua!…

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  21. ikonoklasta permalink
    26 Dezembro, 2011 18:38

    sou ikonoklasta

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  22. silva permalink
    26 Dezembro, 2011 18:51

    NADA DE INVESTIGAÇÃO NO COMPADRIO DO DESPEDIMENTO COLECTIVO DO CASINO ESTORIL.
    Exmo. Senhor Primeiro Ministro
    Começo por me apresentar, uma vez que estou certa que nunca ouviu falar de mim. Chamo-me Myriam. Myriam Zaluar é o meu nome “de guerra”. Basilio é o apelido pelo qual me conhecem os meus amigos mais antigos e também os que, não sendo amigos, se lembram de mim em anos mais recuados.
    Nasci em França, porque o meu pai teve de deixar o seu país aos 20 e poucos anos. Fê-lo porque se recusou a combater numa guerra contra a qual se erguia. Fê-lo porque se recusou a continuar num país onde não havia liberdade de dizer, de fazer, de pensar, de crescer. Estou feliz por o meu pai ter emigrado, porque se não o tivesse feito, eu não estaria aqui.

    Nasci em França, porque a minha mãe teve de deixar o seu país aos 19 anos. Fê-lo porque não tinha hipóteses de estudar e desenvolver o seu potencial no país onde nasceu. Foi para França estudar e trabalhar e estou feliz por tê-lo feito, pois se assim não fosse eu não estaria aqui. Estou feliz por os meus pais terem emigrado, caso contrário nunca se teriam conhecido e eu não estaria aqui. Não tenho porém a ingenuidade de pensar que foi fácil para eles sair do país onde nasceram. Durante anos o meu pai não pôde entrar no seu país, pois se o fizesse seria preso. A minha mãe não pôde despedir-se de pessoas que amava porque viveu sempre longe delas. Mais tarde, o 25 de Abril abriu as portas ao regresso do meu pai e viemos todos para o país que era o dele e que passou a ser o nosso. Viemos para viver, sonhar e crescer.
    Cresci. Na escola, distingui-me dos demais. Fui rebelde e nem sempre uma menina exemplar mas entrei na faculdade com 17 anos e com a melhor média daquele ano: 17,6. Naquela altura, só havia três cursos em Portugal onde era mais dificil entrar do que no meu. Não quero com isto dizer que era uma super-estudante, longe disso. Baldei-me a algumas aulas, deixei cadeiras para trás, saí, curti, namorei, vivi intensamente, mas mesmo assim licenciei-me com 23 anos.

    Durante a licenciatura dei explicações, fiz traduções, escrevi textos para rádio, coleccionei estágios, desperdicei algumas oportunidades, aproveitei outras, aprendi muito, esqueci-me de muito do que tinha aprendido.
    Cresci. Conquistei o meu primeiro emprego sozinha. Trabalhei. Ganhei a vida. Despedi-me. Conquistei outro emprego, mais uma vez sem ajudas. Trabalhei mais. Saí de casa dos meus pais. Paguei o meu primeiro carro, a minha primeira viagem, a minha primeira renda. Fiquei efectiva. Tornei-me personna non grata no meu local de trabalho. “És provavelmente aquela que melhor escreve e que mais produz aqui dentro.” – disseram-me – “Mas tenho de te mandar embora porque te ris demasiado alto na redacção”. Fiquei.

    Aos 27 anos conheci a prateleira. Tive o meu primeiro filho. Aos 28 anos conheci o desemprego. “Não há-de ser nada, pensei. Sou jovem, tenho um bom currículo, arranjarei trabalho num instante”. Não arranjei. Aos 29 anos conheci a precariedade. Desde então nunca deixei de trabalhar mas nunca mais conheci outra coisa que não fosse a precariedade. Aos 37 anos, idade com que o senhor se licenciou, tinha eu dois filhos, 15 anos de licenciatura, 15 de carteira profissional de jornalista e carreira ‘congelada’. Tinha também 18 anos de experiência profissional como jornalista, tradutora e professora, vários cursos, um CAP caducado, domínio total de três línguas, duas das quais como “nativa”. Tinha como ordenado ‘fixo’ 485 euros x 7 meses por ano. Tinha iniciado um mestrado que tive depois de suspender pois foi preciso escolher entre trabalhar para pagar as contas ou para completar o curso. O meu dia, senhor primeiro-ministro, só tinha 24 horas…

    Cresci mais. Aos 38 anos conheci o mobbying. Conheci as insónias noites a fio. Conheci o medo do amanhã. Conheci, pela vigésima vez, a passagem de bestial a besta. Conheci o desespero. Conheci – felizmente! Também outras pessoas que partilhavam comigo a revolta. Percebi que não estava só. Percebi que a culpa não era minha. Cresci. Conheci-me melhor. Percebi que tinha valor.
    Senhor primeiro-ministro, vou poupá-lo a mais pormenores sobre a minha vida. Tenho a dizer-lhe o seguinte: faço hoje 42 anos. Sou doutoranda e investigadora da Universidade do Minho. Os meus pais, que deviam estar a reformar-se, depois de uma vida dedicada à investigação, ao ensino, ao crescimento deste país e das suas filhas e netos, os meus pais, que deviam estar a comprar uma casinha na praia para conhecerem algum descanso e descontracção, continuam a trabalhar e estão a assegurar aos meus filhos aquilo que eu não posso. Material escolar. Roupa. Sapatos. Dinheiro de bolso. Lazeres. Actividades extra-escolares. Quanto a mim, tenho actualmente como ordenado fixo 405 euros X 7 meses por ano. Sim, leu bem, senhor primeiro-ministro. A universidade na qual lecciono há 16 anos conseguiu mais uma vez reduzir-me o ordenado. Todo o trabalho que arranjo é extra e a recibos verdes. Não sou independente, senhor primeiro ministro. Sempre que tenho extras tenho de contar com apoios familiares para que os meus filhos não fiquem sozinhos em casa. Tenho uma dívida de mais de cinco anos à Segurança Social que, por sua vez, deveria ter fornecido um dossier ao Tribunal de Família e Menores há mais de três a fim que os meus filhos possam receber a pensão de alimentos a que têm direito pois sou mãe solteira. Até hoje, não o fez.
    Tenho a dizer-lhe o seguinte, senhor primeiro-ministro: nunca fui administradora de coisa nenhuma e o salário mais elevado que auferi até hoje não chegava aos mil euros. Isto foi ainda no tempo dos escudos, na altura em que eu enchia o depósito do meu renault clio com cinco contos e ia jantar fora e acampar todos os fins-de-semana. Talvez isso fosse viver acima das minhas possibilidades. Talvez as duas viagens que fiz a Cabo-Verde e ao Brasil e que paguei com o dinheiro que ganhei com o meu trabalho tivessem sido luxos. Talvez o carro de 12 anos que conduzo e que me custou 2 mil euros a pronto pagamento seja um excesso, mas sabe, senhor primeiro-ministro, por mais que faça e refaça as contas, e por mais que a gasolina teime em aumentar, continua a sair-me mais em conta andar neste carro do que de transportes públicos. Talvez a casa que comprei e que devo ao banco tenha sido uma inconsciência mas na altura saía mais barato do que arrendar uma, sabe, senhor primeiro-ministro. Mesmo assim nunca me passou pela cabeça emigrar…
    Mas hoje, senhor primeiro-ministro, hoje passa. Hoje faço 42 anos e tenho a dizer-lhe o seguinte, senhor primeiro-ministro: Tenho mais habilitações literárias que o senhor. Tenho mais experiência profissional que o senhor. Escrevo e falo português melhor do que o senhor. Falo inglês melhor que o senhor. Francês então nem se fale. Não falo alemão mas duvido que o senhor fale e também não vejo, sinceramente, a utilidade de saber tal língua. Em compensação falo castelhano melhor do que o senhor. Mas como o senhor é o primeiro-ministro e dá tão bons conselhos aos seus governados, quero pedir-lhe um conselho, apesar de não ter votado em si. Agora que penso emigrar, que me aconselha a fazer em relação aos meus dois filhos, que nasceram em Portugal e têm cá todas as suas referências? Devo arrancá-los do seu país, separá-los da família, dos amigos, de tudo aquilo que conhecem e amam? E, já agora, que lhes devo dizer?

    Que devo responder ao meu filho de 14 anos quando me pergunta que caminho seguir nos estudos? Que vale a pena seguir os seus interesses e aptidões, como os meus pais me disseram a mim? Ou que mais vale enveredar já por outra via (já agora diga-me qual, senhor primeiro-ministro) para que não se torne também ele um excedentário no seu próprio país? Ou, ainda, que venha comigo para Angola ou para o Brasil por que ali será com certeza muito mais valorizado e feliz do que no seu país, um país que deveria dar-lhe as melhores condições para crescer pois ele é um dos seus melhores – e cada vez mais raros – valores: um ser humano em formação.
    Bom, esta carta que, estou praticamente certa, o senhor não irá ler já vai longa. Quero apenas dizer-lhe o seguinte, senhor primeiro-ministro: aos 42 anos já dei muito mais a este país do que o senhor. Já trabalhei mais, esforcei-me mais, lutei mais e não tenho qualquer dúvida de que sofri muito mais. Ganhei, claro, infinitamente menos. Para ser mais exacta o meu IRS do ano passado foi de 4 mil euros. Sim, leu bem, senhor primeiro-ministro. No ano passado ganhei 4 mil euros. Deve ser das minhas baixas qualificações. Da minha preguiça. Da minha incapacidade. Do meu excedentariíssimo. Portanto, é o seguinte, senhor primeiro-ministro: emigre você, senhor primeiro-ministro. E leve consigo os seus ministros. O da mota. O da fala lenta. O que veio do estrangeiro. E o resto da maralha. Leve-os, senhor primeiro-ministro, para longe. Olhe, leve-os para o Deserto do Sahara. Pode ser que os outros dois aprendam alguma coisa sobre acordos de pesca.

    Com o mais elevado desprezo e desconsideração, desejo-lhe, ainda assim, feliz natal OU feliz ano novo à sua escolha, senhor primeiro-ministro.

    E como eu sou aqui sem dúvida o elo mais fraco, adeus.

    Myriam Zaluar, 19/12/2011

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  23. Joaquim Amado Lopes permalink
    26 Dezembro, 2011 18:52

    Jo:
    “Só é possível poupar até um certo ponto a partir daí é impossível.”
    Tem toda a razão. E digo mesmo mais, só é possível poupar se se consumir menos do que se produz. Como Portugal consume muito mais do que produz, o que o/a Jo devia ter escrito era: só é possível gastar até um certo ponto, a partir daí é impossível.
    Claro que esta evidência não entra na cabeça de “piscoisos”, “arlindos” e demais alimárias saudosistas das fantasias so-cretinas, que continuam a defender que Portugal pode continuar como antes porque ainda consume menos do que os outros produzem.

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  24. silva permalink
    26 Dezembro, 2011 18:56

    NESTE NATAL NÃO SE ESQUEÇAM DAS INJUSTIÇAS DE GENTE BEM POSICIONADAQUE COLOCOU 112 FAMILIAS DO DESPEDIMENTO COLECTIVO DO CASINO ESTORIL NA SITUAÇÃO DE DESEMPREGO , EM SUBSTITUIÇÃO DE PRECÁRIOS E COM AJUDA DOS ORGANISMOS DO GOVERNO.
    ISTO É A VERDADE INVESTIGUEM.

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  25. certo permalink
    26 Dezembro, 2011 19:11

    Visto assim, estamos tramados, desde o JMF à ikonoklasta, sem nenhuma solução. Eu sei, romper com a troika e, encostando-a à parede, renovar a dívida de forma humana, aceitável. Só isso, e como se faz?
    Oh, ideias simples, pragmáticas, claras e acessíveis ao povo, passíveis de pôr em prática, já, sem mais teorias com que se enchem jornais. Como eu fiz, pensando o assunto, depós sugestão do M Cardina, reflexão e um eureka, a saber:

    “Senhores, as condições que nos impõem são injustas” e eu nem sei como essa criança mal adulta (alguém disse) negociou convosco uns tais termos que nos levam à miséria, rais parta, mas achando nós parceiro mais honesto na pessoa do camarada Mao aqui lhes vimos dizer que a exploração acabou.
    Tomem os juros que devemos, mais o respetivo capital, e desandem, vazem, ponham-se ao fresco,
    rápido, c’um caray, ou quem não se contém mais somos nós, enfim, eu.
    Obrigado, Miguel, pela ideia, a lembrança e sugestão.

    Com cumprimentos sinceros,

    Pedro Passos e Gaspar

    http://arrastao.org/2435903.html

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  26. 26 Dezembro, 2011 19:42

    Ó Joaquim Amado Lopes, vá chamar alimária aos da sua família, que de-certo conhecerá melhor.
    Vistas as coisas com esses facilitismo da Economia Doméstica, certamente não seriam necessárias Faculdades de Economia.

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  27. Arlindo da Costa permalink
    26 Dezembro, 2011 19:58

    O Sr. JMF não percebe nada de economia e vive de «expedientes».
    Se soubesse como a economia funciona não diziatantos disparates.
    Está em boa posição para se juntar ao António Barreto e o Medina Carreira, dois super-sumos da idiotice e cangalhices nacionais!

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  28. ikonoklasta permalink
    26 Dezembro, 2011 21:01

    AC,
    .
    esta gente vai cantando de galo, porque vivem ao abrigo das dificuldades que vão atirar muita gente para as ruas, porque perderam empregos e casas…

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  29. ikonoklasta permalink
    26 Dezembro, 2011 21:01

    AC,
    .
    esta gente vai cantando de galo, porque vivem ao abrigo das dificuldades que vão atirar muita gente para as ruas, porque perderam empregos e casas…

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  30. licas permalink
    26 Dezembro, 2011 21:13

    Arlindo da Costa
    Posted 26 Dezembro, 2011 at 19:58 | Permalink
    O Sr. JMF não percebe nada de economia e vive de «expedientes».
    Se soubesse como a economia funciona não diziatantos disparates.
    Está em boa posição para se juntar ao António Barreto e o Medina Carreira, dois super-sumos da idiotice e cangalhices nacionais!
    __________________

    Õ BESTA DA BOSTA: O que sabes tu de Economia, ou de quer
    que seja, tu LEGIONÁRIO MAL PAGO da desgraça que nos caiu em cima,
    chamada (Eng,) José Sócrates.
    Que queres, MAIS DINHEIRO ? Vai trabalhar , parasita fedorento . . .

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  31. Arlindo da Costa permalink
    26 Dezembro, 2011 21:18

    Para os crentes da Igreja Anti-Socretina dos Últimos Dias é dificil aceitarem quão estão errados.
    Acontece a muita boa gente.
    Que o digam os que foram atrás do «reverendo» Jim Jones; atrás do cabo austríaco; atrás do Pai dos Povos; ou mesmo atrás do assassino Pol-Pot!
    Ó Licas: vai mas exorcizar os demónios que tens dentro dessa cabeça de verme!

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  32. licas permalink
    26 Dezembro, 2011 21:55

    Crente, eu? É só preciso saber ler (e interpretar direta e objetivamente)
    _______
    A Câmara de Abrantes (1) gastou 1,240 milhões de euros para ficar na posse do terreno que depois vendeu, por apenas cem mil euros, à empresa de painéis
    solares RPP Solar, presidida por Alexandre Alves.
    EX-AUTARCA APOIA COMPRA DA TERRA
    Os apoios à RPP Solar foram aprovados quando a Câmara de Abrantes era liderada pelo socialista Nelson Carvalho, que é agora director de Formação e Projectos Especiais da RPP Solar.
    porabrantes.blogs.sapo.pt/292379.html
    (1) Presidente PS, ano 2009.

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  33. licas permalink
    26 Dezembro, 2011 22:50

    Estão a ver o *percurso* do tal Nelson Carvalho . . .NÃO ESTÃO?

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  34. certo permalink
    26 Dezembro, 2011 22:58

    Ó Licas,
    isso era a onda,
    ou não se entende o vara a dizer,
    pessoal, toca a roubar, que o tempo
    talvez não dure tanto como esperado
    e acabe em breve, mais cedo
    do que era justo e parecia
    que ia durar …

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  35. José Estalinho permalink
    27 Dezembro, 2011 00:19

    Grau zero do pensamento: sugerir analogias entre a economia doméstica e a macroeconomia. Com tanta poupança privada, qualquer dia – isto é, agora mesmo – os bancos de deixam de ter dinheiro para se financiar e lá estão os contribuintes a salvá-los da bancarrota. Quando é que esta gente percebe que gerir as finanças de um país não é o mesmo que gerir o mealheiro lá de casa?

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  36. Joaquim Amado Lopes permalink
    27 Dezembro, 2011 01:02

    Ó Piscoiso,
    Se há epíteto que tem feito por merecer desde que o “conheço” destas caixas de comentários é precisamente o de alimária. Não gosta? Deixe de se limitar a escrever ápartes cretinos e apresente argumentos.

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  37. licas permalink
    27 Dezembro, 2011 22:31

    Argumentos, o Piscoiso????
    Não é capaz, dá muito trabalho de meninges, e tem raiva a quem o consegue . . .
    PARA MAIS, E PRINCIPALMENTE, TEM A MANIA QUE TEM ESPÍRITO . . .

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  38. afédoshomens permalink
    27 Dezembro, 2011 22:45

    o piscoiso diz mais em poucas palavras que os da verborreia servida em diarreia mental. a direita sempre foi muito estúpida, porque tendencialmente, ignara.

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  39. Joaquim Amado Lopes permalink
    30 Dezembro, 2011 01:10

    afédoshomens,
    ROTFLOL
    Sim, porque a “esquerda” é por aqui muito bem representada, em termos intelectuais, pelo Piscoiso (cujo problema parece ser menos a falta de inteligência e mais a vontade de se armar em parvo), pelo Arlindo e pelo afédoshomens.
    Que ninguém diga que “esta esquerda” não tem sentido de humor. Pelo menos o afédoshomens lida com as suas limitações intelectuais com muita graça.

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