Escândalo do dia
Na república socialista há um escândalo por dia. O de hoje é sobre a repartição de margens nos produtos alimentares. Existe um tal Observatório dos Mercados Agrícolas que anda entretido em contabilizar as margens que cada elemento da cadeia de fornecimento tem. E parece que as margens dos hipermercados chegam aos 80% em produtos como a alface e aos 60% nas maçãs. E exige-se que as margens sejam iguais entre produtores e distribuidores, como se existisse algum direito universal à igualdade de margens numa economia de mercado. Estão aqui estão a fixar margens por decreto. Recomenda-se aos membros do observatório (constituído por políticos, produtores e sindicalistas) que saiam mais e leiam mais, ou então que abram uma frutaria, já que as margens são tão boas.
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PS- Não é por acaso que nestas notícias são referidos sobretudo produtos perecíveis. É que estes têm custos de transporte, conservação e controlo de qualidade superiores e uma taxa de perdas elevada ao longo do processamento até chegarem à caixa do supermercado. As margens citadas pelo observatório não dizem nada sobre o lucro real do hipermercado que é obviamente muito menor que aquele que é citado.
Na foto n.º 63 do álbum que se pode ver [AQUI], mostram-se artigos hortícolas comercializados com margem negativa… Ou seja: tendo em conta o que gasto para produzir as couves, as cebolas e as alfaces, a actividade dá prejuízo – tanto mais que acabo por oferecer a maior parte da produção aos amigos e às visitas. Se alguém quiser aproveitar (e enquanto o ‘stock’ não esgotar), será bem-vindo!
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C. Medina Ribeiro,
Se oferece a maior parte da produção a amigos e visitas, não está a reduzir os custos de produção mas apenas os custos de comercialização e as receitas. Valerá a pena oferecer os produtos se a diferença entre a receita e os custos acrescidos pela comercialização não justificar o esforço e o tempo.
Parece que, em vez de simplesmente abandonar a produção por esta não ser lucrativa, o C. Medina Ribeiro está a adicionar o “prejuízo” da doação ao da produção.
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Caríssimo Joaquim Amado Lopes,
Tem toda a razão! Está convidado para ir até lá escolher uns “items” agrícolas.
De caminho, e se aceitar, beberemos um copo!
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Mais um observatório, nem sabia que esse existia.
Acabem mas é com essa porcaria desses observatórios e outras entidades afins.
Só penduras no dinheiro dos outros.
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Não tarda que apareçam as alfaces vendidas à folha.
Com formato A3, A4, etc.
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O JM mostrou-se preocupado com os consumidores quando defendia os 50% de redução do preço, mas afinal está é preocupado com a defesa das margens dos hipermercados.
Já o mercado para os ultraliberais em geral é outra história bem (ou mal) contada. Se apenas três produtos (uísque, arroz e óleo) foram vendidos abaixo do preço de custo, significa que, entre os outros, há alguns vendidos com margens superiores a 100%. E não, não foram só produtos perecíveis. Mas, certamente, as grandes superfícies lhe agradecerão este incondicional apoio.
Será que, numa situação destas, o JM acha que os mercados estão a funcionar bem? São estes os mercados que defendem? Os ultraliberais pensam que existem apenas coisas para vender, desde a força do trabalho até às maçãs, e que não é necessário produzir? Vou estar atento ao que voltar a dizer sobre os produtos petrolíferos que têm margens muito mais pequenas. Gosto de observar (in)coerências.
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As margens são maiores. As margens calculam-se a partir do valor base. Se uma alface custa 40 cêntimos e é vendida a 1 e 80, a margem anda pelos 450% (já agora, estou-me nas tintas para as margens, ou o preço me serve e compro ou não me serve e não compro. O produtor se acha que vinte cêntimos é pouco, que procure quem lhe pague mais, por exemplo, todos os consumidores do supermercado lá da terra devem estar disponíveis para lhe pagar 40 cêntimos em vez de 1 e 80. Só exigem é que seja onde querem, à hora que querem e com as quebras por conta do vendedor).
henrique pereira dos santos
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Ó Fincapé,
O que é ser ultraliberal?
Pode-me descrever?
É que eu nunca vi nenhum.
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Este episodio do Pingo Doce,para além das vantagens materiais que trouxe aos “barbaros”, entre os quais eu me incluo, que foram lá às compras no 1º de maio, mostra-nos o que seria este país se fosse governado pelos cretinos da esquerda que há 4 dias não se calam com o assunto; os jornais, e as tvs, têm proporcionado uma propaganda de borla ao Pingo Doce, cujo valor os que andam a fazer contas ao preço das alfaces não se dão ao trabalho de contabilizar. O que o departamento de markting do Pingo Doce poupa em publicidade nos media, dá para pagar cinco campanhas como a do 1º de maio. Se duvidas houvesse, este assunto serve para ilustrar bem a irrelevancia da esquerda e já agora de quem controla as redações dos media, hoje em Portugal.
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Ultraliberais são aqueles que fazem de conta que são liberais, mas são estalinistas dos mercados. São aqueles que têm uma família, os mercados, amigos, os mercados, pessoas das suas relações, os mercados, a quem batem com as mãos nas costas, perdoando-lhes tudo. São aqueles que gostam muito dum mercado que lhes leva 100% do bolso, e também gostam de um que só lhes leva 50%, mas podem gostar menos, se este for o amigo com quem não vão ao cinema. São aqueles que entre a cultura e os mercados, preferem os mercados. São aqueles que acham que nada se produz e tudo se vende, inclusive a honra. São aqueles que gostam de ver corridas para ver qual chega primeiro à sandes pendurada de um pau. São aqueles para quem um verdadeiro mercado é aquele de que gostam, independentemente dos outros. Peço desculpa, mas quer que lhe diga mesmo tudo ou intui o resto?
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escandalo do dia…ou melhor, tragédia do dia…
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“Um quarto das empresas falhou o pagamento de empréstimos em 2011”
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Dá ideia que o nosso tecido empresarial está com nódoas.
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A reencaminhar para todos os Observatórios da treta:
Click to access comunicado_imprensa__resultados__2011.pdf
Ver Resultado Líquido nos Anexos (3,5%)
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Isto anda tudo louco…
Hoje… noticia de rodapá dos telejornais:
” ASAE – inquérito à promoção Pingo Doce: — Duping no Oleo — Massas e … e… no WHISKY!!!!
Isto já raia o ridiculo!
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O João Miranda pode não “pescar” muito das regras da economia em que vivemos (para já não falar do estado atual da agricultura), mas que merece uns descontos numa qualquer grande superfície, lá isso merece. Grande esforço!
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Isto só tem uma solução. Greve geral de todos os produtores agrícolas europeus só vendendo produtos directamente ao consumidor pelo preço que acharem bem e mega piquetes de bloqueio com forquilhas e tochas em todos os pontos de possível entrada de bens alimentares extra-comunitários.
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A tal história da guerra entre o padeiro e o sapateiro. É por a escumalha citadina a passar fome 😉
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Passado um mês os doutos economistas federastas e burrocratas até trocam estudos e pareceres de 500 páginas por uma sandes com banha e um copo de três.
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JM, disse-lhe há uns meses atrás que este Governo é o mais interventivo que temos desde há muito tempo. E você, com as suas convicções liberais mal assimiladas… apagou-me o comentário!
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Vai acabar por compreender. Pode apagar!
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O Observatório dos Mercados Agrícolas e, já agora, das ‘Importações Agro-Alimentares’ tem um pecado original. Criado pela Lei 11/97 de 21 de Maio (http://www.dre.pt/pdfgratis/1997/05/117A00.pdf), é um organismo “enquadrado” no âmbito do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas (designação sucinta face à actual), na dependência do respectivo ministro, que lhe deverá atribuir os meios necessários ao seu funcionamento.
Devia ser um organismo independente do Governo (uma ONG?). Para ‘observar’ bem, com procedimento idóneos e de modo isento…
A ‘promoção Pingo Doce’ continua a revelar (‘pingar’) muitos ‘buracos’ no mercado (concorrencial!) e na sua regulação…
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Existe um tal Observatório dos Mercados Agrícolas que anda entretido em contabilizar as margens que cada elemento da cadeia de fornecimento tem.JM
O JM está seguro do que está afirmanado?
Entao este Observatorio dos Mercados Agricolas cujo link deu o Gabriel Silva acima está a fazer mais do que lhe da a sua competencia. So “Acompanhar, elaborar e publicar informações ,estudos e relatórios que permitam analisar a situação e evolução dos mercados agrícolas e da balança agro-alimentar, nomeadamente resultantes dos fluxos de importações;
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http://www.observatorioagricola.pt/detalhe.asp?id_seccao=38
Nao sei de donde tirou o JM isso de “anda entretido em contabilizar as margens que cada elemento da cadeia de fornecimente tem?”
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Fincapé
Não diga mais, já percebi tudo. Sabe, é que os entendidos não dizem nada disso; devem ser uns grandes trapalhões…
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Acho que temos que voltar ao “cabaz de compras” de outros tempos. Talvez o cabaz “Cristas”.
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Ó José, não seja tão pretensioso! Acha mesmo que percebeu tudo? 😉
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Tem a certeza de que o lucro real do hipermercado é muito menor? Eu, que produzo pera rocha, tenho a certeza de que não. E perdas nas a tem quem recebe o produto acabado, tem-nas quem sofre a chuva, a seca, os vírus e as doenças, os políticos, a geada, o vento, o granizo, ou a estupidez dos catedráticos da parvoíce blogueira.
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Hajapachorra
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Então já descobriu a solução para os seus males: monte um supermercado e acabe com o pomar.
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Ó pi-Erre: Você acredita mesmo no pai Natal, ou é só para dizer alguma coisa? As grandes superfícies dominam todo o processo de distribuição, afogando não apenas os produtores como, também, os pequenos distribuidores. É um processo de simples concentração de capital, só possível deste modo que representa, na opinião de alguns, o esqueleto escondido no armário da economia de mercado, ou se quiser, o seu lado mais fatela. De facto, quanto mais concentrado estiver o capital… menos concorrência haverá. Pelo que tem vindo na comunicação social, os grandes distribuidores garantem lucros de 80% e mais.
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A C da Silveira
A irrelevância da esquerda e os bárbaros
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Tem todo o direito à sua opinião, não precisa de argumentos incorrectos ou falsos!
Quem suporta os “custos de transporte, conservação e controlo de qualidade superiores e uma taxa de perdas elevada ao longo do processamento” dos produtos perecíveis são os produtores e não os supermercados os produtos são entregues já processados e controlados e até as quebras por vendas abaixo do previsto acabam por ser suportadas pelos produtores, já que nos dias seguintes são compensadas com uma taxa de recusa de produtos “não-conformes” completamente surpreendente, levando a que deixem de receber o pagamento pela quantidade contratada…
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