O jogo da Espanha.
Agora, que já passou o (inglório) Alemanha – Portugal, vamos lá voltar ao campeonato do “euro – moeda”. E relembremos que, pouco tempo antes do (nosso) jogo e em véspera do jogo da estreia da selecção espanhola, nuestros hermanos também começaram a jogar outro campeonato, para além do do futebol: o dos Estados – membros ajudados financeiramente pela União e pelo FMI.
Em rigor, ainda estão no “aquecimento”, porém, já estão não apenas absolutamente decididos a jogar, como esperando, para muito breve, o “apito inicial”: ” «Espanha anuncia pedido de ajuda à Europa»”, para reestruturar (leia-se, salvar) o seu sistema bancário.
Algumas notas iniciais e, nesta “fase do campeonato”, ainda e apenas de reflexão preliminar:
1 – Podemos estar aqui perante uma nova forma de se apresentarem, mais eufemisticamente, os denominados resgates financeiros do costume. Em vez de “resgate” e/ou de “ajuda financeira ao Estado”, utiliza-se uma linguagem politicamente mais suave: “ajuda” que não será ao Estado e com o objectivo (limitado) de se acudir ao “sistema bancário”. Tenta-se tirar da fotografia as finanças públicas, a questão financeira (e, necessariamente, também orçamental) do próprio Estado e da economia espanhola. O que é certo é que – como, de resto, em toda a União – o funcionamento das economias dos Estados- membros depende, em mais de 2/3 do crédito bancário. Neste prisma, até que ponto uma ajuda ao sistema bancário, não acaba por ser, mais mediatamente, um verdadeiro resgate da própria economia espanhola?
2 – Um anúncio como este, não deveria ter sido feito pelo próprio Primeiro – Ministro? Colocar-se o Ministro da Economia a fazê-lo, não poderá resultar da tentativa de se desvalorizar, um pouco ingenuamente, a situação?
3 – Confirmando-se o sentido das antecedentes notas 1 e 2, então, isso poderá significar uma mudança de paradigma e de pressupostos norteadores , doravante, das “ajudas” aos Estados membros? Quer dizer, não poderá ser o prenúncio de uma nova estratégia, a seguir pela dupla resgatadora “UE/FMI”?
4 – Em comparação, como ficará, na fotografia global, Portugal? Os mercados, segunda feira, seguirão a lógica da “ajuda à reorganização do sistema bancário”, ou (com todo o estrondo) a do “resgate” da economia e do Estado espanhóis?

podemos começar a dizer “nós não somos a Espanha” e deixarmos os Gregos em paz??
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eu não percebo como é que as pessoas engolem estes mitos : através dos impostos salvam uma coisa que lhes sorve os rendimentos em juros ? deixem lá os bancos falir , porra ,. os trovões não são a ira de deus , são para lá uns femómenios atmosféricos perfeitamente normais. no pasa nada se deixarem de pagar o dízimo , deus não vai mandar maiores castigos 🙂
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E no seguimento………Itália! “Nós não somos a Espanha”! “E nós não eramos a Grécia”!”E nós não somos Portugal” dizia-se em Espanha! Pois não! Vamos ser todos Alemães! ” A vingança ser-se fria”! LOL1LOL!LOL!
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“serve-se”
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No final, quem ganha o campeonato são os bancos.
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Os espanhóis estão a fugir dos homens de negro como o diabo da cruz. Será que também têm muitos esqueletos escondidos nos armários?
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Tal como no futebol, também na economia os árbitros(agências) dão uma ajuda. Para ganharmos um jogo à Alemanha, temos de jogar(trabalhar) o dobro deles como forma de compensar arbitragens (ratings) tendenciosas.
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O anunciado ‘resgate’ espanhol travestido de ‘ajuda ao sector financeiro ‘ mostra que, para além de uma Europa a duas (‘várias’) velocidades, existe dualidade de critérios.
Porque razão o ‘nosso resgate’, o da Irlanda e o da Grécia não foram – tão somente – ajudas para combater o deficit (e reestruturar a dívida externa) tendo sido concomitantemente impostas largas perdas de soberania, brutais planos de austeridade e um minucioso ‘plano de empobrecimento’?
Tudo indica que o ‘resgate espanhol’ é uma história mal contada como aliás foi toda a sua preparação.
Ou será que a ‘inocuidade/iniquidade’ do resgate espanhol é (mais) uma grande mistificação europeia?
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Venha o diabo e escolha.
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