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A ver

17 Setembro, 2012
31 comentários leave one →
  1. Portela Menos 1 permalink
    17 Setembro, 2012 22:48

    vi/ouvi em directo esta entrevista e logo na altura me pareceu – como as manifs de sábado vieram a comprovar – que estas “divergências” de Camilo são coisas interessantes para mesa de café; no fim das contas o tema acaba sempre em cortar despesa publica, ié, desempregar 100.000 FP.

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  2. 17 Setembro, 2012 23:12

    A economia não é uma ciência exacta; mas trabalha com a aritmética… e as contas têm que bater certo.
    Isto é assim e não há volta a dar.
    Já agora informem-se sobre a “doutrina do choque” ; um trabalho de Naomi Klein.
    Ai poderão compreender alguma coisa e de quem é que por aqui andou e ainda anda…

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  3. 17 Setembro, 2012 23:16

    Entretanto também podem ler o Antero que ele explica bem. (e há 150 anos)

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  4. 17 Setembro, 2012 23:24

    O governo meteu os pés pelas mãos há um ano quando cortou os subsídios dos funcionários sem querer saber da constitucionalidade da medida. Depois da decisão do TC em vez de voltar atrás tentou manter o erro e agora gerou uma embrulhada tal que tem o país todo em risco e não sabe o que fazer.

    Acrescentando a isto que nem com um orçamento inconstitucional o governo conseguiu controlar o défice, não seria melhor trocar este primeiro ministro e respectivo ministro das finanças por alguém minimamente competente?

    Ou o objectivo é estragar o mais possível para empurrar Portugal para fora do euro? É que com este governo daqui a pouco estamos como os gregos.

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  5. colono permalink
    17 Setembro, 2012 23:31

    Mário Soares, aprova com agrado o corte de 30% de subsidio à sua Fundação (1)/ e mais, abdica das mordomias que usufrui como ex presidente da República.
    (1) 1,8 milhões de Euros em 2 anos!
    —–
    E chegamos a este ponto: – Os senhores bispos, disseram hoje que a Igreja está com o povo… na miséria em crescendo…. Isto vindo dos mesmos que não tiveram pejo ( à la Socrates) de efificarem uma basilica que custou 75 milhões (+ ?) e querem outra no topo do parque Eduardo VII!

    Portugal no seu melhor!

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  6. 18 Setembro, 2012 01:19

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  7. 18 Setembro, 2012 01:23

    ‘Uma salva de palmas’ para HMatos ! — em Portugal pedem 1uma salva de palmas’ para tudo e por nada…

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  8. jif permalink
    18 Setembro, 2012 01:40

    uma salva de tiros continua a ser só para os que batem as botas?
    ou o conselho da revolução vem aí daqui a uns tempinhos?
    eu queria a minha rebolução islâmica e sem sal sefazfavor

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  9. El Mariachi permalink
    18 Setembro, 2012 01:56

    @FR,

    Meu amigo, a Naomi Klein não conta ao leitor informado nada de novo. E, sejamos sinceros também porque é importante, há uma distinção evidente entre corrupção e Capitalismo. Exemplo: sou presidente de um país mas sirvo os interesses de uma empresa; utilizo as FA para me apropriar, depois transferindo os direitos económicos para a empresa que obscuramente sirvo, dos recursos do tal país que invadi. Amigo, isto é Capitalismo? Isto não é mais nada senão corrupção.

    A Naomi Klein fala do Chile e de Pinochet e escreve sempre sobre a Escola de Chicago e Milton Friedman, mas alguém já experimentou saber – e isto não desculpa a natureza ditatorial do regime de Pinochet – como estava o Chile, economicamente, depois das experiências económicas de Allende? O Chile, como qualquer outro país que aplique as receitas que Allende aplicou, viveu um bom ano. Depois, o inferno surgiu e o bom que foi conseguido não só desapareceu como foi totalmente revertido: queda brutal nas exportações e aumento similar nas importações; inflação descontrolada; o mercado interno de alimentos ruiu e o “mercado negro” suplantou o mercado “oficial”. É que a ideia com que fico quando alguém recorda Allende é que o homem estava a fazer um trabalho divinal até ao momento em que a escória militar de Pinochet decidiu – por causa do “sucesso” de Allende – atacar o governo e assumir o poder.

    E o que fez a Naomi Klein aos gordos lucros que colheu com a venda dos seus dois livros? Pois. A Naomi, na realidade, ainda é mais capitalista do que eu e o excelentíssimo FR.

    Abraço liberal,

    El Mariachi (tenho a agenda cheia, felizmente)

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  10. tdt permalink
    18 Setembro, 2012 02:42

    A Ver ” Má morias do passadal futuro”
    Outro aspecto da política de colocação de dívida pública do governo militar foi
    a Lei Complementar no 12, de 1971, que passou do Legislativo para o Executivo o
    poder de administrar a colocação de títulos públicos, tornando o orçamento monetário
    num instrumento que reunia a contabilidade das autoridades monetárias e permitindo
    1 O prazo de resgate variava de 1 a 20 anos, e o valor nominal era reajustado periodicamente pelo valor da inflação passada mais uma taxa de
    juros de 6% ao ano. Os ajustes nos valores dos títulos eram, inicialmente, trimestrais, passando a ser mensais no decorrer da década de 1960,
    conforme os coeficientes de ajuste divulgados pelo Ministério da Fazenda. Além disso, para incentivar as ORTN, o governo determinou que
    quem comprasse o título até maio de 1966, poderia optar pela cláusula de correção monetária, ou pelo reajuste de acordo com a variação do
    dólar. A cláusula de correção cambial estabelecia que os detentores das ORTN, poderiam optar, ou pela correção do valor dos títulos em função
    dos coeficientes calculados pelo Banco Central, com base na variação da cotação da moeda em relação ao dólar oficial.
    agora é só pôr escudo no lugar de cruzeiro

    e junta de salvação nazionalle no lugar do coelho da madeira ou cubano tante fax

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  11. ricciardi permalink
    18 Setembro, 2012 07:27

    O Camilo tem se revelado uma espécie de Peres Mettelo dos tempos de Socrates.
    .
    Cada PM tem o seu Peres Metelo de estimacao.
    .
    Qando alguem repete uma k7 de que nao existem alternativas só pode estar de má fé .
    .
    Rb

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  12. PiErre permalink
    18 Setembro, 2012 07:59

    Uma coisa é certa: não é o Estado que vai resolver o problema. E muito menos o Governo, que conduz o Estado como uma motorista bêbado a conduzir um camião TIR.
    Se a sociedade civil , porque está dominada pela classe política, não sabe, não quer ou não pode resolver o problema por si própria, então o problema não tem solução.
    Vamos continuar a vaguear à toa, sem rumo e sem destino. É o salve-se quem puder!

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  13. Fernando S permalink
    18 Setembro, 2012 07:59

    ricciardi : “Qando alguem repete uma k7 de que nao existem alternativas só pode estar de má fé .”
    .
    Se percebi bem o Camilo Lourenço até avança uma alternativa ao aumento da contribuição dos trabalhadores para financiar redução da TSU : mais cortes nas despesas publicas, a começar pelo despedimento de funcionarios publicos.
    Mas é verdade que admite implicitamente que não ha actualmente alternativa aceitavel para a redução da carga fiscal sobre as empresas.
    .
    Concordo com esta segunda parte. Para além de continuar a consolidação orçamental, é indispensavel melhorar a competitividade das empresas reduzindo impostos. Ha sempre alternativas (subsidios, despesa publica, valorização salarial, etc) mas iriam na pior direcção (para além de serem inviaveis quando o Estado esta sem dinheiro e sem crédito). Assim sendo, não ha outra alternativa eficiente e viavel.
    Não concordo completamente com a primeira parte. Claro que é necessario continuar a cortar despesa. Mesmo com a medida de aumento da contribuição da SS dos trabalhadores. Mas não é razoavel e politicamente viavel despedir 100 mil funcionarios no curto prazo. Assim sendo, não ha actualmente alternativa mais adequada à redução da contribuição da SS dos trabalhadores.
    .
    Não vejo onde esta a má fé !

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  14. JMLM permalink
    18 Setembro, 2012 08:30

    No tempo em que os Bancos emprestavam dinheiro a torto e a direito, os comentadores diziam que era a economia a funcionar, é normal, são os cartões de crédito, é o crédito barato, é a economia.
    Rebentou a bolha, os mesmos comentadores sem explicação para o facto, diziam isto já era de esperar, tanto crédito, tanta casa…
    Chegou a crise, os mesmos comentadores desprovidos de valores morais:
    Acabem com as vidas das pessoas, o desemprego é a solução, 100.000,00 ou mais lançadas no desespero.
    E os filhos vão com os pais, ou ficam com os avôs, e os avôs enterram-se mais cedo ou criamos lares, e os filhos dos avós vão ao psicologo ou fogem para o estrangeiro?
    Realmente a economia não é uma ciência exacta, mas deve estar ao serviço das pessoas.
    Viva Portugal

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  15. ricciardi permalink
    18 Setembro, 2012 08:45

    Fernado S,
    .
    A alternativa à intencao da medida da TSU é anular a medida. Quer alternativa melhor?
    .
    Nao tem impacto significativo na receita do estado.
    .
    O estado tem de repor os salarios abduzidos da FP. Os dois. Se existem FPs a mais tem de dizer aonde. Mais a mais ja vao despedir 80 mil contratados a prazo. E se considerar que existem a mais deve ser tomada de imediato medidas que corrijam de vez o excesso para o futuro. Cancelar admissoes. Nao precisa de despedir. Se no ano passado sairam 80 mil fps… basta nao contratar mais. Mas nao, parece que tem de ser tudo a correr. É tanta a correria que nem pensam no q fazem.
    .
    vejamos, o saldo primario é superavitario. É falso, pois, que nao exista dinheiro para salarios e pensoes e saude e educacao. É falso. Existe. E tanto existe que o saldo primario é positivo. O defice advem de emprestimos obtidos com s juros da divida criminosa contraida por politicos a soldo. O resto é conversa.
    .
    Alternativas?
    .
    Ora, se a parte da despesa que nao é salarios e pensoes representam 30% e se isto significa m valor de 30 mil milhoes de euros, um corte de 15% neste valor reduz de imediato o defice em 4,5 mil milhoes.
    .
    Alternativas?
    .
    Porque nao pagar DOIS salarios (em 14 salarios) atraves da compra compulsiva de Divida Publica. A privados e publicos. Empresa e particlares. Podemos manter o nivel da divida, mas deixamos de depender dos mercados. Pelas minhas contas, se esta opeacao fosse efectuada, o estado colocaria cerca de 8 mil milhoes de euros por ano em Divida Publica. Em cinco anos pagava metade da divida da troika… e com a vantagem de que as pessoas nao consideravam estar a ser roubadas.
    .
    Ha muitas coisas a fazer que nao passam pela FATALIDADE de cortar cegamente salarios e pensoes que, ja sabemos, é o caminho mais directo para a depressao economica do pais.
    .
    Rb

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  16. neotonto permalink
    18 Setembro, 2012 10:00

    Abraço liberal,

    El Mariachi (tenho a agenda cheia, felizmente)

    Ia començar a sustituir a panda-dos-neotontos pela panda dos mariachis.
    De feito sao os neo -da -América -Latina. Por esta parte indo para o origem até caveria.
    Logo reparei …Nao dá esta comparaçao e ainda mais completamente inútil, desconcertada e dessafinada: Uma quadrilha de mariachis (tudo ao contrario destes outros) podem fazer as veladas bem amenas e divertidas.

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  17. fredo permalink
    18 Setembro, 2012 11:50

    A cassete de que não existem alternativas já está um bocado riscada. Cá no Blasfémias o JM tocou-a até ao limite.
    Mas a cassete deste senhor é melhor: as pessoas, antes de discordarem do corte dos seus salários e pensões de reforma deveriam propor alternativas!
    Seria muito giro, e sobretudo muito útil lermos as centenas de milhares de propostas de alternativas de todos os portugueses que discordam destas medidas…

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  18. Fernando S permalink
    18 Setembro, 2012 11:51

    ricciardi : “A alternativa à intencao da medida da TSU é anular a medida. Quer alternativa melhor?
    Nao tem impacto significativo na receita do estado.”
    .
    Ou seja, a sua alternativa é não fazer nada para melhorar a competitividade !…
    Temos uma situação critica de curto prazo, o desclabro das contas publicas. Mas esta situação resulta de factores que se fizeram sentir ao longo do tempo, estruturais, de longo prazo. Um dos mais importantes, senão mesmo central, é a degradação da competividade da economia. A descida da TSU é uma medida destinada a melhorar a competitividade das empresas. Não é a unica possivel, mas é fundamental. Incide directamente sobre o custo do trabalho e tem um efeito imediato benéfico sobre o emprego. A subida da contribuição dos trabalhadores para a SS não tem como objectivo aumentar as receitas do Estado mas sim o de financiar a descida da TSU sem diminuir as receitas do Estado.
    .
    .
    ricciardi : “O estado tem de repor os salarios abduzidos da FP. Os dois. Se existem FPs a mais tem de dizer aonde. Mais a mais ja vao despedir 80 mil contratados a prazo. E se considerar que existem a mais deve ser tomada de imediato medidas que corrijam de vez o excesso para o futuro. Cancelar admissoes. Nao precisa de despedir.”
    .
    Se o Estado repuzer os salarios cortados na função publica falha largamente as metas para o déficit orçamental. Mesmo tendo em conta que o numero de funcionarios publicos tem vindo a diminuir lentamente através do cancelamento de admissões e da não renovação de contratos a prazo, sem despedimentos. Existem obviamente funcionarios a mais no conjunto da administração publica. A reforma do Estado deverá reduzir signifivamente o numero de funcionarios. Mas é algo que, pelas implicações sociais, politicas, e até economicas, deve ser feito com tempo, faseadamente, com modalidades que minorem as consequencias negativas, sociais (para os FP) e financeiras (para o Estado). Despedir de imediato 100 mil FP não é efectivamente uma alternativa razoavel. A redução dos rendimentos dos funcionarios, que para todos os efeitos continuam a ter um emprego e um vencimento, é preferivel ao despedimento, que aumentaria o desemprego e os custos imediatos para o Estado.
    .
    .
    ricciardi : “O defice advem de emprestimos obtidos com s juros da divida criminosa contraida por politicos a soldo. O resto é conversa.”
    .
    Não é conversa… A divida excessiva existe porque o Estado é demasiado grande. O saldo primário não é negativo (agora) porque a carga fiscal é (antes e agora) elevadissima. O Estado financiou o crescimento regular da maquina estatal e das politicas despesistas com mais impostos e mais divida. Para corrigir a situação, para reduzir a divida e baixar a carga fiscal, é preciso diminuir as despesas publicas de modo significativo e estrutural. Isto é, reduzir a dimensão do Estado. O orçamento primário deve ser equilibrado, mas com muito menos despesas e muito menos impostos.
    .
    .
    ricciardi : “Ora, se a parte da despesa que nao é salarios e pensoes representam 30% e se isto significa m valor de 30 mil milhoes de euros, um corte de 15% neste valor reduz de imediato o defice em 4,5 mil milhoes.”
    .
    Representa menos de 30% … mas não é o mais importante. Claro que é também necessario cortar este tipo de despesas. Começou a ser feito, com críticas e protestos de muita gente. E estão já programados cortes mais importantes para os próximos anos. Mas, como todos os cortes, não é assim tão facil. No fim de contas, cortar salarios e pensões é o mais facil em termos técnicos. Temos visto a dificuldade em cortar nos consumos intermédios, nas rendas das PPPs e subsidios, nas dividas e prejuizos das empresas publicas, nas transferencias para as autarquias, etc. Muitos destes custos deverão ser cortados à medida que a estrutura do Estado for sendo reduzida. Progressivamente. De qualquer modo, estes cortes possíveis não serão nunca suficientes. Não são suficientes para continuar a consolidação orçamental. Não substituem medidas destinadas a melhorar a competitividade da economia.
    .
    .
    ricciardi : “Porque nao pagar DOIS salarios (em 14 salarios) atraves da compra compulsiva de Divida Publica. A privados e publicos. Empresa e particlares. Podemos manter o nivel da divida, mas deixamos de depender dos mercados. (…) Em cinco anos pagava metade da divida da troika… e com a vantagem de que as pessoas nao consideravam estar a ser roubadas.”
    .
    Falsa alternativa. Não resolve qualquer problema de fundo. Não ataca nem o endividamento publico nem a fraca competitividade da economia.
    A dívida não desaparece, é apenas parcialmente transferida para os contribuintes portugueses. Para nunca mais ser paga. Sem a pressão da Troika e dos mercados nenhum governo tomará alguma vez as medidas de austeridade necessárias para a pagar. E se tomasse seria de qualquer modo sempre pelo menos tão mau como a austeridade actual. Seria ainda pior porque fora de tempo e sem ajuda.
    Manter um Estado pesado, com uma fiscalidade excessiva e com uma divida elevada, não permitiria a adopção das medidas necessárias para melhorar a competitividade da economia. As empresas e as famílias continuariam a suportar impostos elevados e o Estado continuaria e limitar a concorrencia nos mercados.

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  19. votoembranco permalink
    18 Setembro, 2012 12:38

    Este Camilo está a despachar um recado!
    E não refere, o que faz toda a diferença, que passos coelho, que antes de ser eleito dizia conhecer muito bem o estado a que o Estado chegou, começou logo por “sacar” meio subsídio de natal, em 2011, aos portugueses à conta de um desvio colossal!
    Em 2012, para cumprir os compromissos da troica, entendeu IR MAIS ALÉM e aumentou todos os impostos abundantemente, violou a constituição e “sacou” dois subsídios aos pensionistas e aos funcionários públicos e … nada teve resultado.
    Fracasso completo!
    A seguir, da mesma forma que o fez no ano passado, sem explicar como é que vai resolver os problemas do país, avança com a TSU e vai aliviar a tristeza e cantar a NINI.
    E os portugueses, que para 2013 já estavam preparados para perderem X feriados, menos Y horas extraordinárias, Z aumento brutal de IMI, menos férias, ainda mais IRS, e agora mais TSU, perguntam o que é que está a correr tão mal, pois apesar de despejarem rios de dinheiro nas mãos do primeiro a coisa vai de mal a pior, continuando sem compreender porque é tão fácil cortar nessas coisas todas e, nas rendas da EDP e Galp, PPPś, Institutos, Fundações, Câmaras, empresas municipais, assessores, etc é tão difícil.

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  20. Ricciardi permalink
    18 Setembro, 2012 12:39

    Caro Fernnado S,

    O problema é que v.exa. acha que a falta de competitividade do país se deve a custos de trabalho elevados. Eu discordo em absoluto. Vc só consegue aumentar a competividade do país pelo lado das receitas. Fomentando muito o empreededorismo, è bom de ver, depois dos cortes todos já efectuados os CUT em Portugal subiram mais do que o esperado. Vc sabe porque, não sabe?
    .
    É que não tem nada a ver com os custos laborais, mas sim com o Valor que esse trabalho acrescenta aos produtos exportados. Está a ver a diferença? Por mais que vc corte salarios a competitividade não aumenta. Porque esse indicador pressupoe um numerador e um denominador. O denominador é reduzidissimo.
    .
    Quanto ao endividamento. Eu sei e referi que o endividamento, com a solução que apresentei, não se altera, mas o que é importante é não depender dos mercados. O reembolso da divida contraida da forma como eu sugeri pode ser efectuado atraves do tempo em forma de beneficios fiscais.
    .
    Rb

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  21. Fernando S permalink
    18 Setembro, 2012 13:12

    Caro Riciardi,
    .
    A falta de competitividade deve-se a muitos factores. O custo do trabalho é um deles. Não é o unico, mas é um dos mais importantes. O trabalho não é “caro” em absoluto mas sim relativamente à produtividade. Ou seja, a produtividade do trabalho é insuficiente para suportar salarios tão elevados. Trata-se da sua “estoria” sobre o numerador e o denominador. A relação é pertinente mas acontece que vc ve a coisa ao contrario. A produtividade é historicamente o que é, depende de muitos factores, e não se muda facilmente e rapidamente. Num prazo relativamente curto, o pais ainda pode influir parcialmente no denominador, o custo do trabalho. Mas tem muito pouca influencia no numerador, no valor de venda dos produtos. Sobretudo no que diz respeito à parcela dos bens e serviços transaccionaveis, as exportações e os consumos internos sujeitos à concorrencia internacional.
    Não é verdade que os custos unitarios do trabalho em Portugal tenham subido em resultado da austeridade. Oscilações trimestrais não tem qualquer significado para o efeito. O que é certo é que subiram constantemente ao longo das ultimas décadas degradando sériamente a competitividade de muitas e muitas empresas nacionais. Não é por acaso que a esmagadora maioria dos economistas refere a necessidade de um ajustamento para baixo do custo do trabalho, para alguns mais modesto, para outros podendo ir até 30%, 40%, … No passado este ajustamento fazia-se pela desvalorização monetaria. Hoje tem de se fazer por outras vias, incluindo a fiscal.
    Não é possivel dizer neste momento qual é a dimensão e o tempo do ajustamento necessario. Vai depender de muitos factores actualmente em evolução. O importante é que as empresas tenham uma maior margem de manobra, mais flexibilidade, no sentido de adaptarem os seus niveis salariais às respectivas condições de mercado. O João Miranda referiu aqui varias vezes, a meu ver acertadamente, que a possibilidade da descida da TSU poder ser financiada pelos salarios corresponde a uma flexibilização efectiva do mercado de trabalho.

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  22. Fernando S permalink
    18 Setembro, 2012 13:17

    Ricciardi : “O reembolso da divida contraida da forma como eu sugeri pode ser efectuado atraves do tempo em forma de beneficios fiscais.”
    .
    Para que este hipotese fosse minimamente viavel o Estado teria de emagrecer muitissimo. Não creio que faça parte do seu cenario nem acredito que pudesse vir a acontecer com todas as suas premissas.
    .
    .
    Ricciardi : “…é importante é não depender dos mercados. ”
    .
    Acho precisamente o contrario. Os mercados são a fonte de financiamento mais eficiente numa economia aberta e dinamica. Os mercados são a melhor garantia de que os agentes economicos e os poderes publicos não tomam decisões anti-economicas.

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  23. trill permalink
    18 Setembro, 2012 15:41

    não sei pq, olhando para esse comentador, lembro-me dos árabes déspotas que não hesitam em tomar quaisquer medidas e socorrer-se do exército para as aplicar. Não sei porquê…

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  24. Victor Alves permalink
    18 Setembro, 2012 18:15

    Coitado do Camilo, tem de ir estudar Ciência, Economia, Lógica, Retórica… de argumentos falaciosos estão as televisões cheias, além disso a televisão só serve para análises superficiais, por isso caríssimos telespectadores, são se sirvam das televisões para criar uma opinião informada, façam um papel melhor que os comentadores nas vossas casas, peguem na informação disponível, usem o vosso cérebro e cheguem às vossas próprias conclusões. A televisão não é mais do que um instrumento para implantar nas vossas cabecitas, ideias concebidas por outros, sem suficiente validação, deixem de ser preguiçosos portugueses.

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  25. Paulo permalink
    18 Setembro, 2012 18:54

    Em 2009 haviam 700000 funcionários públicos, atualmente são 610000.
    Se derem condições razoáveis, mais 100000 reformam-se amanhã. E não é para explorar, basta que paguem a proporção de anos de desconto de cada um (centenas de milhar estão aos 50 anos com 30 anos de descontos).
    Se levar mais 2 anos, o desconto de 2/14 compensa isso e sobra muito dinheiro.
    No final estão menos 100000, eu desconfio é que o Camilo depois vai querer outra vez menos 100000, só não diz e que serviços ele dispensa, quer a escolaridade obrigatória no final do ciclo preparatório (atual 6º ano)?, quer pagar a saúde toda?, quer menos policias, fechar tribunais, acabar com as finanças? Se faz favor diga lá onde começa, porque emagrecer já foi, reduzir 90000 no espaço de uma legislatura foi significativo.
    No imediato a redução de despesa será curta, mas tenho ouvido alguns debilóides a dizer que nao é estrutural, e é, pois faz-se o mesmo com muito menos gente. Claro que alguns serviços passaram a ser contratados a privados, que em muitos casos engordam com isso (como a treta dos carros, que ficam muito mais caros em aluguer operacional que na modalidade anterior, qualquer caloiro de contabilidade pode demonstrar isso).
    Depois aquelas contas de despesa corrente são muito para lá de demagógicas. O valor de salários fica em cerca de 9 MM€, os juros são quase o mesmo, e a segurança social gasta 40 MM€. Só a RTP custa tanto como 5% de todos os funcionários. 70% em salários só se estiver a somar todos os reformados, públicos e privados, aos funcionários atuais. Mas para isso só vejo uma solução, o extermínio, pois esses já não vão a tempo de emigrar.
    .
    Depois volta às empresas publicas, de facto muito endividadas, na maioria dos casos de transportes.
    Então fechem lá uma, e depois digam quem é que sofre com isso!
    Experimentem fechar a Carris, a CP, Metro, TAP, e depois quero ver se são os funcionários públicos a perder!
    Essa conversa de despesa até faz parecer que ninguem faz nada, e que os funcionários públicos andam de um lado para outro a ocupar o tempo em beneficio próprio.
    .
    As fundações e alguns institutos são outra conversa, mas todas juntas custam menos dinheiro que os 3 clubes grandes de futebol.
    É mau na mesma, resolva-se.

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  26. 18 Setembro, 2012 20:42

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  27. JOSE permalink
    19 Setembro, 2012 18:03

    com a direita ou com a esquerda no governo, com a troika ou sem a troika, dentro do euro ou fora dele a verdade é que se acabou o dinheiro. Por muita baba e ranho que chorem os media, os sindicatos e os portugueses ( entre os quais eu me incluo ) os nossos ordenados daqui a 3 ou 4 anos perderão 20 a 30%. E será uma sorte se mantivermos o emprego. É assim tão díficil perceber que deixaram de nos emprestar dinheiro e estamos a viver com um empréstimo extraordinário da troika ?..mesmo aumentando a tsu, o irs, cortando nas PPP e outras rendas, se calhar tudo junto não chega para resolver a situação. Não se esqueçam que as empresas públicas devem 30 mil milhões de euros e isto é metade do empréstimo da troika !!!!!!

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    • Victor Alves permalink
      19 Setembro, 2012 20:47

      Isso é falso, não se acabou o dinheiro. Aliás se não tivéssemos de pagar os juros da dívida, nem a própria dívida, teríamos um superavit e não teríamos de pedir dinheiro emprestado. Por isso, a melhor opção é não pagar mais nada!

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  28. Nespereira permalink
    19 Setembro, 2012 18:14

    Ainda há pessoas lúcidas e inteligentes em Portugal. Camilo Lourenço é um desses casos, cada vez mais raros.

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