Chegou a altura de escolher entre mais impostos ou mais deste “Estado social”
Hoje, no Público, defendi que o debate sobre as funções do Estado devia ter começado há ano e meio, mas que é melhor tarde do que nunca:
O jornalista, proclamou solene o douto professor universitário, é “um funcionário da Humanidade”. A frase é bonita, soa bem e a Fátima Campos Ferreira não deixou de acenar com a cabeça. Infelizmente, a frase não quer dizer nada. Nem responde ao que devia estar a ser discutido naquele Prós e Contras: se o jornalismo é importante, como é que o pagamos? É que eu, por exemplo, não me estou a ver a ir pedir o meu cheque às Nações Unidas.
O nosso espaço público está cheio de frases como aquela: grandiloquentes, capazes de arrancarem aplausos às plateias, mas mistificadoras, quando não abertamente idiotas. Lembram-se, por exemplo, de quando se andou para aí a glosar a ideia de que “o lugar onde se nasce nunca devia morrer” a propósito da Alfredo da Costa? Também era uma frase bonita, que dava títulos lindos, mas tão disparatada como capaz de bloquear qualquer debate racional.
Mais recentemente, o país comoveu-se com um enfermeiro que pediu ao Presidente que não criasse um “imposto sobre as lágrimas e muito menos sobre a saudade” e sucederam-se programas indignados sobre essa indignidade que seria ter de emigrar. Em momento algum, talvez em nome das tais lágrimas e da tal saudade, vi alguém interrogar-se sobre o facto de o número de enfermeiros em Portugal ter duplicado entre 1999 e 2010 (ver Pordata) e de, ao mesmo tempo, se terem multiplicado os cursos superiores de Enfermagem (muitos criados para satisfazer clientelas locais) que lançam para o mercado de trabalho milhares de profissionais que o sistema de saúde já não consegue absorver. Nada disso. O que dominou foi outra frase grandiloquente: “Estamos a perder a geração mais qualificada de sempre”. É possível, mas de novo ninguém se interroga sobre se essa geração terá as qualificações certas ou se, em muitos casos, não se fica pelas qualificações que foram mais convenientes às carreiras dos senhores professores universitários.
Confesso que eu, “funcionário da Humanidade”, tenho cada vez menos paciência para a esquizofrenia destes discursos que saltitam de emoção em emoção sem nunca colocar os pés na terra. É que isso tem um custo muito pesado quando chega a altura de perceber que caminho seguir.
Ferro Rodrigues, na intervenção que fez no encerramento do debate parlamentar sobre o Orçamento, acusou o Governo de “tentar pôr a classe média contra o Estado social”. Há uma certa verdade nesta afirmação, mas não aquela a que o antigo líder do PS queria chegar. O que está a colocar a classe média contra o Estado social são os impostos que vão ser pagos em 2013. Essa é que é a grande novidade da actual realidade orçamental e política: pela primeira vez em muitos, muitos anos, começa a ficar evidente que, para mantermos o actual Estado social, temos de pagar impostos e mais impostos e mais impostos. Talvez tenha sido essa a perversidade (ou a inteligência) do ministro das Finanças: tornar evidentes, nos bolsos da classe média, os custos do Estado que temos.
Num país menos esquizofrénico e com menos tendência para se deixar embalar em frases sonoras, a famosa discussão sobre as funções do Estado – com ou sem “refundação” pelo caminho – há muito que se teria iniciado. E ter-se-ia iniciado exactamente pelo Estado social, não fosse o tema ser tabu.
Esta discussão devia ter sido lançada pelo Governo há ano e meio, mas se calhar só vai ser possível porque esbarrámos no muro dos impostos. Já em 2004, o infelizmente desaparecido Ernâni Lopes, ministro das Finanças no momento de aperto de 1983/85, disse que “o modelo social europeu ou muda ou desaparece”. Foi numa entrevista a este jornal e não podia ter sido mais claro: “Não podemos esquecer que toda a lógica do modelo social europeu saiu de um período excepcional da História, que vai de 1947 a 1973, durante o qual o PIB das economias desenvolvidas cresceu cinco por cento ao ano, consistentemente. Isso hoje esqueça…”
Exacto então, ainda mais exacto hoje. Mas, até hoje, assumindo a posição confortável de “enquanto o pau vai e vem folgam as costas”, a opinião pública e a maioria dos que fazem opinião não quis saber. Ainda hoje há quem se recuse a aceitar que acabaram de vez os anos gloriosos do crescimento económico exponencial. Há mesmo quem, como um dos responsáveis pelo buraco em que estamos enfiados – o antigo secretário de Estado adjunto do Orçamento nos governos de Sócrates, Emanuel Santos -, escreva livros a defender esse tal quimérico crescimento. Um quarto da nossa dívida pública, mais de 50 mil milhões de euros, foi desbaratado entre 2008 e 2010 pelos governos em que ele participou precisamente a tentar estimular o tal crescimento, mas a única coisa que cresceu foram as dívidas, os juros e, vê-se agora, a teimosia de quem não quer mudar nada.
Durante anos, os portugueses ficavam furiosos de cada vez que fechava o mais pequeno e desajustado serviço de saúde, a escola mais isolada e inapropriada ou a esquadra de polícia mais podre. Os portugueses – sobretudo os portugueses da classe média – estão agora furiosos com o Governo por causa dos impostos. Ainda é um sentimento confuso, mas é uma mudança de estado de espírito que até Ferro Rodrigues foi capaz de perceber. E quando se está furioso com os impostos fica-se muito mais intolerante para com os gastos do Estado, mesmo quando estes são no Estado social.
É por isso que o PS hesita na retórica que há-de utilizar, uns dias mais inclinado para a esquerda ululante que diz não a tudo, outros dias tentado a não quebrar todas as pontes com o centro-direita e a troika. Mesmo assim, não acredito que o PS possa ficar de fora de um novo consenso derivado desta dura realidade de que “não há dinheiro”, ou pelo menos não há dinheiro para tudo. Mas não estou optimista quanto ao rumo da discussão.
Contudo, é bom ter consciência de como é estreito o nosso caminho e como pode ocorrer um desastre ainda bem pior do que o Orçamento de 2013. Ouvi, por exemplo, a esquerda ululante repetir, dentro e fora da Assembleia, que não devemos pagar os juros da dívida (a taxa média dos nossos juros está nos 3,5%, mas há quem considere isso usurário e especulativo) e que, desde que os impostos paguem os salários e as pensões, podemos dispensar o “financiamento à economia, que não é mais do que financiamento aos bancos”. Pior: senti que essas teses tinham acolhimento junto do jornalismo de microfone estendido e neurónios bloqueados, assim como de sectores do PS. E pasmei.
As pessoas talvez não saibam, mas na Grécia o Estado social não se está a desmoronar porque o Orçamento transferiu menos fundos para a saúde, por exemplo – os cuidados de saúde estão a cair a pique porque ninguém empresta dinheiro aos gregos, estes já nem remédios conseguem comprar às farmacêuticas e vão fazer fila de madrugada para as farmácias para comprarem alguma das raras embalagens que lá vão chegando. Se Portugal seguisse os cantos de sereia dos que se indignam contra o “financiamento da economia” chegaria muito depressa ao mesmo desastre: ainda se extorquiriam impostos para pagar os salários de médicos e enfermeiros, mas não haveria medicamentos ou intervenções cirúrgicas. O Estado social não se reformaria, entraria em colapso. E nem sequer os mais impostos que viriam a seguir nos salvariam.
Talvez fosse desejável ter esse debate noutras condições políticas e com um Governo com mais autoridade, mas é o que temos. Tal como temos um PS balcanizado e a esquerda arcaica de sempre. Nós somos nós e a nossa circunstância, e a actual circunstância empurra-nos, ao menos, para o debate há muito adiado. Ainda bem, acrescenta este “funcionário da Humanidade”.
Não há duas sem três . E a terceira encontra-se com engenho e arte . O resto é incompetência secular …
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Lendo a este tipo compreendese porque Portugal fica neste momento no buraco negro? gris? vermelho? azul?
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“……ainda se extorquiriam impostos para pagar os salários de médicos e enfermeiros, mas não haveria medicamentos ou intervenções cirúrgicas……”. Porreiro pá! Deixem de pagar a estes mandriões, a estas nódoas, estes é que representam o Estado Social !!!!! Continuem a pagar ás Fundações, aos amigalhaços dos partidos colocados por todos os intersticios de empresas ainda publicas, ou dependentes de alguma forma do Estado, através da regulação (ex: sector das energias). Continuem sem criar redes de transportes auto-sustentaveis como os metros. Não derrubem os estádios de futebol que nem ganham para os custos de manutenção. Não olhem para familias inteiras contratadas para as câmaras municipais, que em vez de racionalizarem custos e pessoal, são autênticas agências de emprego partidário. Não cortem nos cartões de crédito das Gebalis deste País…. Não vão atrás dos dinheiros gastos através da empresa que reformou centenas de escolas publicas. Nem responsabilizem (ainda que só politicamente) quem nacionalizou o BPN e salvou algumas familias influentes (abstenho-me de nomes, são conhecidos) encalhadas no BPP… Parece que só o Rendeiro foi o mau da fita…. Por fim e mais importante continuem a apoiar um sistema judicial que vive virado para si próprio, sem funcionamento atempado, equilibrado e que consiga transmitir á população que realmente a Justiça existe e não é só para o mexilhão. Já agora, faça lá uma crónica, sobre como é possivel existir corrupção na Alemanha por venda de submarinos e em Portugal (a nós que os pagamos!) nem um cêntimo, nem um nome, existir relacionado com o caso…. Sr.jmf, fica o desafio, venha “estagiar” ao menos uma semana com uma equipa hospitalar deste País, acompanhe a sua actividade diária, desde que entram até que cheguem a casa, ou de um centro de saude periferico, para avalizar melhor sobre a dedicação e esforço destes profissionais, em vez de crónica sim, crónica não, estar sempre a malhar nos mesmos. O resto da crónica e na sua essência até está correcta.
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Chegou a altura de escolher entre alimentar estes filhos da puta com mais impostos ou um Estado (um país) decente.
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Falta dinheiro, é verdade.
Quando é que acabam com as Fundações, com os Observatórios, com a RTP, quando é que terminam com uma requisição civil a greve dos estivadores, quando é que param a frota de milhares de carros do Estado, quando é que encerram as empresas públicas das Câmaras, quando é que começa a fusão das freguesias.
Tanta dúvida, tanto dinheiro.
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Uma lição sobre BANCARROTA ou um fundamento para um atestado de incompetência governativa isenta da pena de prisão !
Despesa Publica aumenta (Lei de Wagner) >Impostos aumentam >Receita Publica diminui(Curva de Laffer)>(R-DPIB diminui >Zona de Incumprimento >
>Fuga de capitais>INVESTIMENTO diminui>DESEMPREGO aumenta > ZONA de implosão social (Familias , Empresas e Estado)
SISTEMAS EM CRISE 4 x 4
Financeiro ; Politico ; Fiscal e Económico
Sub-Sistemas em Crise :
Educativo e Demográfico ; Saude ; Segurança Social e Juridico
NOTAS
1.Agricultura e Pescas para o Ministerio da Economia e Finanças (9 S.E’s.)
Ministerio da Defesa e da Administração Interna versus um Ministerio da Segurança
Ministerio dos Inactivos (mobilidade , racionalização e organização em vez de despedimentos na função publica)
Presidência do Conselho (inclui S.E.’s do Ambiente , da Cultura e da Justiça)
2. Necessidade de um Banco de Fomento e de uma Sociedade de Seguro de Crédito para Apoio às PME .
Regularização urgente do Sistema Financeiro
3. Apenas “desprivatização” das fontes de energia e aguas
4. Racionalização e organização do sector publico (apenas 6 Ministérios) e optimização na optica da redução de custos , produtividade , rentabilidade , qualidade e RESPONSABILIDADE .
Desperdicio ? Com ENGENHO e ARTE , comecem pela PR ,que nos custa mais do que o Rei de Espanha custa aos espanhois e agora até parece que quer bater o record do Marocas nas voltas ao Mundo !…Pelo Conselho de Ministros , pelos salarios dos novatos amigos de PPC e pelos seus 32 carros . Acabar com o parque automovel do Estado . Todos têm automovel . Paga-se Km devidamente documentado .
Acabar com os financiamentos de Partidos , Entidades Patronais e Sindicais e similares , Fundações e Institutos . Acabar com o escandalo de 14 autarcas por Km2 !.Com as mordomias dos ex-PR e da AR e suas escandalosas reformas . .Limites máximos para ordenados e reformas .Com os escandalosos subsidios do Ministerio de(?) Cristas , verdadeiros caça votos tal como no nosso triste e recente passado … E depois da economia de rastos um ano e meio depois é que se lembram de ser necessário um Banco de Fomento .
Como gerentes de uma empresa iam para a prisão (num Sistema Penal civilizado…)
Para acabar com as duvidas interpretativas , criminalização do desrespeito orçamental , quer a nivel central , quer regional ou local .
E ainda a respeito das promessas de programas eleitorais não cumpridas .
Depois desta ficção : é possível acabar com os “interesses instalados” ???
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Não. Não vou por aí.
Chegou a altura de escolher entre pagar chorudas rendas criadas pelas políticas de privatizações [estradas, hospitais]. Continuar a alimentar entidades reguladoras que o não são, institutos, fundações, observatórios que só quem os gere sabe para que servem, que geraram a bancarrota do Estado, combinadas com as orientações europeis de gastar e consumir para alimentar a máquina do capitalismo selvagem, que geraram a dívida privada.
Chegou a altura de escolher manter a existência de privilégios dos senhores com 2, 3 ,4 e… reformas, manter asreformas de títulares de cargos públicos, as pensões vitalícias, os escandalosos ordenados de gestores e presidentes,… a lista é longa e a miséria.
Chegou a altura de escolher entre a miséria e a privatização de tudo o que dá(va) lucro para o Estado [edp, galp]. Nada escapa a estes abutres capitalistas, a ANA, a TAP e até os Centros de Saúde estão na calha e depois seguir-se-ão os transportes, a água e tudo o que mexer e der lucro.
Chegou a altura de escolher entre o Estado social que temos e aquele para onde nos querem levar. Que intencionalmente persitem nas políticas liberais falhadas de privatizações e na economia de mercado que arruinaram o país.
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O ovo da serpente começa a escaqueirar-se.
A administração da Lusa aceitou a saída voluntária de 18 pessoas, o que equivale a uma redução de quase 700 mil euros em salários. Mas já avisou que terá que fazer uma “redução drástica da massa salarial” e de todas as despesas.
É da serpente que se alimentam os mitos. É da serpente que se faz o copy paste miserável das notícias rosas e vermelhas. É entre a serpente e a tv que saem os enganos metodicamente calibrados para intrujar quase todos.
Haverá razão de alarme para aqueles mensageiros que levam aos domicílios das pivots aquele pó branco que as faz agitar durante aquelas entrevistas tontas, elas a falar mais do que os entrevistados, se não forem de esquerda?
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Qualquer aluno do secundário conhece isto:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Falsa_dicotomia
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FMI/ Banco Mundial andaram por cá a preparar a entrada de Portugal na Europa…apoiaram a entrada de Portugal na zona Euro…apoiaram a venda de 300 toneladas de ouro ao desbarato, para financiar a fantasia do crédito…e agora preparamo-nos para ter um Estado construido à imagem dos interesses estrangeiros do FMI/Banco Mundial…o resultado vai ser…quando é que Portugal sai do Euro!!!?? é inacreditavel que a vinda da Chanceler Alemã não seja exclusivamente para Portugal discutir a sua saida da Zona Euro !!??? A Alemanha vem dar apoio a Portugal, dona Merkl, não é necessario… a Alemanha deu apoio a Soares…a Cavaco…a Guterres…a Socrates…a Passos…seja qual for o Governo a Alemanha apoia…e Portugal está no Estado em que está!!!?? em derrocada económica…Portugal vai perder mais tempo ainda com uma moeda que não é a sua…portugal vai promover um Estado pensado e desenvolvido nos escritórios do FMI / banco Mundial…enfim, perder tempo…nunca tais modelos económicos chegarão aos calcanhares do desenvolvido por Salazar e a Geração de Ouro, a adopção de tais modelos judaicos FMI/BCE… mais uma vez vai ter como resultado uma catastrofe económica…vão tentar criar um estado em Portugal baseado em estados que tem uma moeda própria!!!???…um Estado com moeda própria é algo de muito diferente de um Estado sem moeda própria! é a diferença entre uma Nação Soberana e uma …
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Portugal, Nação Soberana não é de certeza…depois das afirmações do Embaixador de Israel…e ainda continua por cá…deve ser o elo de ligação de Portugal e o FMI/ Banco Mundial…ao ponto a que Portugal chegou…dominado pelos Israelitas…
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Hoje no Jornal das 9 da SICN:
“o estado tem que dar uma formação” (!)
“o diálogo é um elemento estrutural da forma do partido socialista se relacionar” (hummm!)
“o partido socialista é um partido institucional do diálogo democrático em Portugal” (!)
“o partido tem uma agenda reformista” (daqui para a frente a política é só agenda reformista: sacudir)
“qualquer diálogo não pode pôr em causa o estado social” (nem 100% de taxa de IRS chegaria, ou seja, conversa para boi dormir)
“soluções mais equilibradas” (boa medida!!! grande eficácia; serão leis com parágrafos simétricos?)
“este ano pagamos 7.000 milhões só de juros da dívida” (a dívida caiu do céu laranja da tardinha)
“estamos todos os anos com esta dívida que temos a agravar….” (eram 60% do PIB em 2005)
“isto é uma bola de neve sem saída” (que se formou e rolou quando o querido líder foi embora)
“soluções de protecção social mais equilibradas” (outra medida excelente para encher telejornais barrocos)
“a política tem que mudar” (com as mesmas pessoas)
“a subida da dívida é atribuível às soluções recessivas” (Magalhães, estádio de Leiria e Aveiro, aeroporto de Beja são os melhores exemplos de medidas recessivas)
“…e também as transferências para o privado” (PPP, etc, que agora são monstros comilões)
Isto não saiu de um episódio do Benny Hill. Isto é o retrato da tragédia de Portugal a afundar-se a alta velocidade ao som de bombos e pífaros.
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Bom artigo se bem que evidenciando o erro de paralaxe de que padece a nossa sociedade.
Não estamos a discutir o estado social nem as suas funções mas sim, a quantidade de produtos e serviços que podem ser dispensados sem que se tenha de recorrer ao endividamento externo. Trocado por miúdos, o preço cobrado pelo estado (impostos) não cobre os serviços prestados e/ou prometidos.
Transformar em epifania pós moderna um mero exercício de contabilidade é obra.
A cortina de fumo necessária para permitir que a solução não seja discutida foi bem montada. O acto de sofisticado de ilusionismo que esconde as óbvias falhas de estratégia do governo e a intenção de alterar definitivamente o catálogo de serviços prestados pelo estado, sem aumentar o preço cobrado, não pode, naturalmente, deixar de ser aplaudido.
É assim como aquela operação de marketing realizada pela Coca Cola quando tentou introduzir uma Coca Cola com nova fórmula, apenas que, neste caso, a nova fórmula vai ficar.
Fora isso, tem o mérito de entreter muita gente e, mais uma vez, evitar olharmos para o espelho.
Cumprimentos
Adriano
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“um funcionário da Humanidade” faz lembra aquele menino ken que afundou a Espanha, advogado de refugo e de nome Zapatero “mon-ami zapatero” segundo Sócrates. ” La Tierra no pertenece a Nadie. Solo al Viento”. Enfim: bacoquices de marafados esquerdistas.
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Este governo tem sido acusado de não saber comunicar com o povo; resquícios do socretismo, cujo mentor era um especialista em comunicação, daquela que o povo entende bem.
Mas o ministro das finanças, há poucos dias foi muito explicito, e só não entendeu o que ele disse quem não quiz:
este (os impostos que vamos pagar em 2013) é o preço do estado social que temos; os portugueses têm de decidir de uma vez por todas, se estão dispostos a pagar por ele. Mais cruamente directo e frontal , não é possivel.
O problema, é que os portugueses se calhar gostam mais de ouvir a conversa do Seguro, que diz que não quer desmantelar o estado social, ( o Vitor Gaspar também não), mas não diz como é que se paga! E não saímos disto.
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“O que está a colocar a classe média contra o Estado social são os impostos que vão ser pagos em 2013. Essa é que é a grande novidade da actual realidade orçamental e política: pela primeira vez em muitos, muitos anos, começa a ficar evidente que, para mantermos o actual Estado social, temos de pagar impostos e mais impostos e mais impostos…”
Deduzo que jmf1957 tenha sido encerregue pelo Governo de ‘garantir’ aos portugueses que comprimindo (ou estourando com) o Estado Social, haverá uma ‘enorme’ descida de impostos.
É preciso que seja um ‘funcionário da Humanidade’ a fazer (mais) essa promessa porque se for um político, ninguém acredita…
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muito abatidos, os moços da claque deste governo!
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“Mais recentemente, o país comoveu-se com um enfermeiro que pediu ao Presidente que não criasse um “imposto sobre as lágrimas e muito menos sobre a saudade” e sucederam-se programas indignados sobre essa indignidade que seria ter de emigrar.”
Na realidade, dizer como Miguel Relvas que exportamos mão-de-obra, mesmo qualificada, é um pouco desqualificarmo-nos. Isso, fazem os cubanos, alguns países do leste e acho que mais ninguém. Mas concordo que as respostas do país não foram as melhores em termos educativos e foram respostas a lobbies.
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“Estamos a perder a geração mais qualificada de sempre”. Já isto é uma tolice de todo o tamanho. Todas as gerações foram as mais qualificadas de sempre, senão não havia evolução. A geração de 60 (mais coisa menos coisa), quando começaram a sair das escolas industriais técnicos bem formados, teve provavelmente mais influência na sociedade do que agora os licenciados e mestrados (estes com menores habilitações do que os anteriores licenciados). Tendo em conta os tempos, obviamente.
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“Um quarto da nossa dívida pública, mais de 50 mil milhões de euros, foi desbaratado entre 2008 e 2010 pelos governos em que ele participou precisamente a tentar estimular o tal crescimento”.
Mas isto não tem nada a ver com o Estado Social. E muitas outras despesas também não. Na campanha das eleições americanas, Romney acusa Obama de desperdiçar dinheiro, mas depois desfaz-se a falar de apoio ao crescimento, ao emprego (quase de imediato cria largos milhões de empregos, diz ele – vi dois dos debates).
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De resto, nem discordo muito.
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Continuo é com moderação de comentários, logo, filtrado para sempre.
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Continuo com moderação de comentários, logo, filtrado para sempre (exceto rui a. que teve a amabilidade de repôr um comentário e responder-me a esta questão). Penso que há quatro dias. Vou tentar com outro endereço.
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“Mais recentemente, o país comoveu-se com um enfermeiro que pediu ao Presidente que não criasse um “imposto sobre as lágrimas e muito menos sobre a saudade” e sucederam-se programas indignados sobre essa indignidade que seria ter de emigrar.”
Na realidade, dizer como Miguel Relvas que exportamos mão-de-obra, mesmo qualificada, é um pouco desqualificarmo-nos. Isso, fazem os cubanos, alguns países do leste e acho que mais ninguém. Mas concordo que as respostas do país não foram as melhores em termos educativos e foram respostas a lobbies.
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“Estamos a perder a geração mais qualificada de sempre”. Já isto é uma tolice de todo o tamanho. Todas as gerações foram as mais qualificadas de sempre, senão não havia evolução. A geração de 60 (mais coisa menos coisa), quando começaram a sair das escolas industriais técnicos bem formados, teve provavelmente mais influência na sociedade do que agora os licenciados e mestrados (estes com menores habilitações do que os anteriores licenciados). Tendo em conta os tempos, obviamente.
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“Um quarto da nossa dívida pública, mais de 50 mil milhões de euros, foi desbaratado entre 2008 e 2010 pelos governos em que ele participou precisamente a tentar estimular o tal crescimento”.
Mas isto não tem nada a ver com o Estado Social. E muitas outras despesas também não. Na campanha das eleições americanas, Romney acusa Obama de desperdiçar dinheiro, mas depois desfaz-se a falar de apoio ao crescimento, ao emprego (quase de imediato cria largos milhões de empregos, diz ele – vi dois dos debates).
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De resto, nem discordo muito.
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A esquerda é mestre em embustes……..venda de ilusões, dizer mal dos “ricos” e fazer dos pobres coitadinhos…emvez de lhes dar condições para deixarem de ser pobres
nos governos, é ..regra geral……mestre em gestão ruinosa e criminosa……….vidé guterres e sókas
a esquerda política e com os lacaios nos media…e na justiça, muitas vezes….vidé Monteiro e cândida…. apaga os crimes da governação e intoxica com total descaramento e falsidade……os embustes para comprar votos
esta lenga lenga vem a propósito do Hollande
oui, Monsieur Hollande
ia mudar a História da Europa……ia acabar com esses criminosos das troikas……..austeridade? nem pensar……bastava ele pronunciar.crescimento…….e o PIB saltava logo
ouvimos isso de políticos..e de “jornalistas”..credenciados (???)…ou seja, de moços de recados dos esquerdóides criminosos vendedores de embustes
agora ficamos a saber q o Hollande tem uma das piores taxas de popularidade de PR francês após 6 meses de governo!!!!!!
http://www.publico.pt/Mundo/hollande-com-popularidade-em-queda-livre-1569783
onde está a campanha esquizofrénica mediática para falar do pobre diabo…qdo bastava olhar para ele e logo se via a incompetência crassa em governar……assim como o obama, + ou -.?
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Mais uma prova da gestão ruinosa e criminosa da esquerdalha.
muito gostam de viver nos luxos capitalistas á custa dos impostos do povo
SARAMAGO
tinha q ser:
a Cãmara de lisboa paga despesas da fundação que deviam ser pagas por esta……segundo protocolo
não bastava habitar um monumento classificado…casa dos bicos
não bastava ter recebido milhões de €€ da cãmara
a fundação.ou seja a viúva arrogante e cínica…não paga despesas normais.
é fartar vilanagem
é assim a esquerdalhada.política .e mediática
não se ouve……lê……..a mínima cr´tica a esta pouca vergonha de amiguismos…tráfico de influências .e de votos.comprados
tudo o que seja roubar ao povo
lá está a classe política esquerdóide…e os lacaios mediáticos a esconder e abafar essa roubalheira
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Chegou foi o tempo de escolher entre este governo e um governo decente.
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Chegou a altura de escolher entre um Estado Social suicida ou um Estado Social sustentável.
Mas não tenhamos dúvidas: o segundo só pode ser menor que o primeiro. Mas também pode ser mais justo e mais transparente. É sempre preferível um pássaro na mão que dois a voar.
Não sei se a democracia em que vivemos será capaz de gerir esta mudança. Essas são as nuvens negras que pairam por aí…
Ou nos reorganizamos (e refiro-me ao conjunto dos países desenvolvidos) ou estaremos todos ao serviço dos emergentes em poucos anos…
http://existenciasustentada.blogspot.pt/2010/11/11-estado-social.html
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“Falácia lógica que descreve uma situação em que dois pontos de vista alternativos são colocados como sendo as únicas opções, quando na realidade existem outras opções que não foram consideradas.”
in Wiki
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“A INSUSTENTABILIDADE DA SEGURANÇA SOCIAL
A propósito das notícias sobre as dificuldades da Segurança Social e que levou o Governo a suspender as Reformas antecipadas, é interessante relembrar o historial associado a esta matéria.
A Segurança Social nasceu da Fusão (Nacionalização) de praticamente todas as Caixas de Previdência existentes, feita pelos Governos Comunistas e Socialistas, depois do 25 de Abril de 1974. As Contribuições que entravam nessas Caixas eram das Empresas Privadas (23,75%) e dos seus Empregados (11%). O Estado nunca lá pôs 1 centavo. Nacionalizando aquilo que aos Privados pertencia, o Estado apropriou-se do que não era seu. Com o muito, mas muito dinheiro que lá existia, o Estado passou a ser “mãos largas”! Começou por atribuir Pensões a todos os Não Contributivos (Domésticas, Agrícolas e Pescadores). Ao longo do tempo foi distribuindo Subsídios para tudo e para todos. Como se tal não bastasse, o 1º Governo de Guterres(1995/99) criou ainda outro subsídio (Rendimento Mínimo Garantido), em 1997, hoje chamado RSI. Os deputados também se autoincluiram neste pote mesmo sem o tempo de descontos exigidos aos beneficiários originais. E tudo isto, apenas e só, à custa dos Fundos existentes nas ex-Caixas de Previdência dos Privados. Os Governos não criaram Rubricas específicas nos Orçamentos de Estado, para contemplar estas necessidades. Optaram isso sim, pelo “assalto” àqueles Fundos. Cabe aqui recordar que os Governos do Prof. Salazar, também a esses Fundos várias vezes recorreram. Só que de outra forma: pedia emprestado e sempre pagou!
Em 1996/97 o 1º Governo Guterres nomeou uma Comissão, com vários especialistas, entre os quais os Prof’s Correia de Campos e Boaventura de Sousa Santos, que em 1998, publicam o “Livro Branco da Segurança Social”.
Uma das conclusões, que para este efeito importa salientar, diz respeito ao Montante que o Estado já devia à Segurança Social, ex-Caixas de Previdência, dos Privados, pelos “saques” que foi fazendo desde 1975.
Pois, esse montante apurado até 31 de Dezembro de 1996 era já de 7.300 Milhões de Contos, na moeda de hoje, cerca de 36.500 Milhões €. De 1996 até hoje, os Governos continuaram a “sacar” e a dar benesses, a quem nunca para lá tinha contribuído, e tudo à custa dos Privados.
Faltará criar agora outra Comissão para elaborar o “Livro NEGRO da Segurança Social”, para, de entre outras rubricas, se apurar também o montante actualizado, depois dos “saques” que continuaram de 1997 até hoje.
Mais, desde 2005 o próprio Estado admite Funcionários que descontam 11% para a Segurança Social e não para a CGA e ADSE. Então e o Estado desconta, como qualquer Empresa Privada 23,75% para a SS? Claro que não!…
Outra questão se pode colocar ainda. Se desde 2005, os Funcionários que o Estado admite, descontam para a Segurança Social, como e até quando irá sobreviver a CGA e a ADSE?
Há poucos meses, um conhecido Economista, estimou que tal valor, incluindo juros nunca pagos pelo Estado, rondaria os 70.000 Milhões €!… Ou seja, pouco menos, do que o Empréstimo da Troika!…
Ainda há dias falando com um Advogado amigo, em Lisboa, ele me dizia que isto vai parar ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Há já um grupo de Juristas a movimentar-se nesse sentido.
A síntese que fiz, é para que os mais Jovens, que estão já a ser os mais penalizados com o desemprego, fiquem a saber o que se fez e faz também dos seus descontos e o quanto irão ser também prejudicados, quando chegar a altura de se reformarem!…
Para finalizar e quem pretender fazer um estudo mais técnico e completo, poderá recorrer ao Google e ao INE.” Via: mendesmartins@net.sapo.pt
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Concordo mesmo com o texto, como já tenho vindo a comentar neste blog, os portugueses devem pagar o Estado Social e não ter apenas as regalias do mesmo. Agora, que culpa tem o modelo de Estado Social de John Rawls de que grande parte da Europa (excluo os países nórdicos por motivos mais que evidentes, que decerto o autor do post compreenderá) não tenha sido responsável ao ponto de associar impostos de IVA a 25% e de IRS a valores exorbitantes para sustentar a Estado que depois nos facilita a vida, seja dando-nos cuidados de saúde dignos (em que não morremos com o cancro que estávamos a tratar porque o seguro de saúde que fomos capazes de pagar tinha um plafon muito limitado), seja dando educação àqueles que ganham 485€ por mês (que já agora, também é uma invenção do mesmo Estado Social) e não têm dinheiro para pagar o colégio dos filhos, seja dando reformas àqueles que se reformam depois de trinta ou trinta e cinco anos a trabalhar. O Estado Social é necessário se não quisermos um fosso entre aqueles que tiveram oportunidades e aqueles que as não tiveram. No entanto, se os senhores sempre cresceram com famílias abastadas (como grande parte da direita portuguesa) ou foram daqueles que foram protegidos e auxiliados pelo Estado (como a outra parte, que quer negar aos próximos os direitos que teve), peço-lhes que se lembrem que com o fim do Estado Social podemos passar a ter uma grande parte da população analfabeta a viver na miséria e uma pequena parte da população muito culta, com acesso a tudo, mas que escraviza todos os outros por completo. Pensem que há pessoas que não têm tanta sorte como os senhores e pensem que o Estado Social bem gerido (porque como disse, grande parte dos estados sociais foram mal geridos) pode evitar situações como as previstas neste comentário, mas também evitar crises como as que atravessamos. Basta votar na competência e não nos que nos dão muitos serviços com poucos impostos (como o PS e o PSD de Cavaco).
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Infelizmente, não posso discordar da maioria do que consta do posta mas o que posso, certamente, dizer é que não é apenas a questão do sacrifício que nos esmaga; o que, também, nos esmaga são os BPP e BPN em que ninguém ou quase ninguém apanha, são os Paulo Campos e afins desta vida, são os Catroga e afins.
Num país em que mais do que folgar o pau nunca aquece as costas de quem devia, é difícil mantermo-nos centrados naquilo que deveriamos.
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Acresce, naturalmente, que somos constantemente enganados pelo Governo que nem em canas se bambu se vai aguentar por muito tempo.
São um infindável número de medidas que escondem ou encapotam o que verdadeiramente se pretende e, por mim falo, não gosto particularmente que me enganem ou me entendam como demasiado parvo.
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Alguém o ouça Fenris. Adoraria que o governo caísse para das duas uma. Ou ir para o governo o PS e assim poder corrigir os 93 mil milhões com que o filósofo nos encravou nos ultimos 5 anos, ou mesmo ficarmos sem governo com mandato para discutir com troikas e afins todos esses agentes do mal, e podermos chegar lá para meados do ano seguinte e deixar de pagar fundições fundações BPP BPN salários e pensões. Nunca se esqueça das sábias palavras do Teixeirinha dos Santos que em Abril disse que tinha dinheiro para mais um mês mês e meio .
Adoraria ver pois acho que a maioria deste povo bem o merece.
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A grande questão é: será decente pagar impostos segundo o modelo nórdico e ter um Estado Social terceiro-mundista?
Já sei que estamos à beira da bancarrota. Mas, como PPC argumenta, estas medidas são para durar e será de esperar que, daqui para a frente, os portugueses não vão atrás de foguetes.
Portanto, seria de esperar que, dentro do espírito (ultra)liberal que norteia a projectada ‘refundação’, uma ineludível compressão das prestações sociais sejam acompanhadas de um reescalonamento fiscal condicente. E que esse compromisso ficasse inscrito na Constituição, como exigiu a Srª. Merkel em relação aos limites do défice.
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Tiradentes, é por estas e por outras que o lamaçal não nos larga.
Vai uma enorme diferença entre o que escrevi e uma vontade de ver o PS lá de novo. Na verdade, o que mais me angustia nem é a dívida nem os impostos nem quase nada disso, o que me tira o sono é a ideia, que me parece certa, que não há qualquer escolha possível, desde a esquerda à direita; é tirar estes para ir quem? É tenebrosa esta idade em que estamos que não nos permite acreditar em coisíssima nenhuma.
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Ainda assim, é inadmissível esta palhaçada em que nos enregelam: é TSU que ia acrescer aos impostos que agora nos caem em cima (ACRESCER, não substituir como nos dizem ad nauseum), é carregar nos impostos para salvar um estado que, agora, afinal, não tem salvação…
Repito: não gosto que me mintam, que me tomem por parvo e que comuniquem enormidades antes de um jogo de futebol por pensarem que não vamos notar.
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As pessoas talvez não saibam, mas na Grécia o Estado social não se está a desmoronar porque o Orçamento transferiu menos fundos para a saúde, por exemplo – os cuidados de saúde estão a cair a pique porque ninguém empresta dinheiro aos gregos, estes já nem remédios conseguem comprar às farmacêuticas e vão fazer fila de madrugada para as farmácias para comprarem alguma das raras embalagens que lá vão chegando. Se Portugal seguisse os cantos de sereia dos que se indignam contra o “financiamento da economia” chegaria muito depressa ao mesmo desastre: ainda se extorquiriam impostos para pagar os salários dez tem médicos e enfermeiros, mas não haveria medicamentos ou intervenções cirúrgicas. O Estado social não se reformaria, entraria em colapso. E nem sequer os mais impostos que viriam a seguir nos salvariam.
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Deixamos aquí o epissodio da tal Grecia (e como lhe foi ou terá aconteçido para entao) e dentro de um par de anitos falamos de homem a homem; digo de neotonto para neotontaina que nao vé mais além dos seus narizes. Dize-se que nao há maior cego que aquele que nao quer ver.
E ´certo. Na Grecia cada utente tem que pagar ja os seus fármacos e remedios. Mais a pergunta´´e o que agora está em causa é o cómo e porqué se chegou a aquela situaçao tao demoniaca digo neoliberalizante ?- De feito ja faz tempo que adelantaram aos USA nas privatizacoes. Que era do que realmente ia a tal “ajuda dessinteressada da Troika”
Mais para aquele momento o sr. ja talvez tenha mudado o discurso…Talvez repare que um euro-merkel (nas condicioes que hoje estao estabelecidas ) e uma boa cicuta para os paises latinos do sul…E há governos que atém parecem degostar de esse veneno.´E bebem até apurar os restos.
Qual a novidade? Um economista- professor neste mesmo blogue ja anticipava todo esto uns quantos anos atrás…
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Outros funcionários da humanidade: os sindicalistas de “dietas a 100 Euros”: 820 milhões ao ano
Vayamos ahora con el capítulo de los liberados sindicales. Las cifras que se han publicado sobre este asunto son muy dispares y, a veces, seguramente muy infladas; se ha llegado a afirmar que en 2010 había unas 57.000 personas dedicadas a tiempo completo a las funciones sindicales. Teniendo en cuenta los datos que han publicado recientemente tanto el Estado central como las comunidades autónomas para sustentar su política de recortes en este terreno, así como los difundidos por la CEOE y por algunas Administraciones locales, creo que 26.000 sería una cuantificación razonable para el momento previo a dichos recortes –a comienzos de 2011–. Esta cantidad se verá reducida a unos 12.000 cuando se complete, seguramente en 2013, el proceso emprendido por las Administraciones Públicas para ajustarla a los mínimos legalmente establecidos. En términos de coste, puede estimarse que la sociedad ha dedicado unos 820 millones de euros a pagar los salarios de los liberados en 2011, y que dejará reducida esa cifra a 372 millones cuando culmine el ajuste mencionado.
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Quando se lança para cima da mesa temas fracturantes como a ‘refundação do Estado Social’ ou a ‘discussão das funções do Estado’ não seria melhor encarregar algum dos conselheiros governamentais para avisar o Prof. Eduardo Catroga que deveria permanecer mudo e quedo.
Ainda não entenderam que o senhor não ajuda nada?…
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hehehe
Vai-nos passar como ao burro do cigano que quando ja havia acostumado a passar fome…
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http://economia.publico.pt/Noticia/merkel-pede-austeridade-e-esforcos-durante-mais-cinco-anos-1569911
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isto está tudo inquinado, desde que o passos e o gaspas tomaram o poder ninguém sabe já ao certo por onde andráa a verdade, aliás, parece, isto acontece desde que os maçons, vulgo pedreiros e trolhas do poder, se confundem com a finança dos judeus do mundo .
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E que tal as autarquias serem devidamente admoestadas e responsabilizadas por muitas dessas tais “soluções” à medida das tais clientelas? Que tal todos os partidos, incluindo o PSD, cumprir algo do que prega e não fazer das autarquias a base política a troco de despesa e desperdício? Ou essa conversa é apenas mais um editorial para alemão ler?…
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José Manuel Fernandes:
O senhor não sabe do que fala. O sienhor, sim, atira frases “grandiloquentes” para limitar qualquer debate. Na geração que está a emigrar, estão não só enfremeiros, mas também médicos e cientistas de várias áreas. A parolice nacional desculpa-se, dizendo que essa é uma prova da qualidade dos nossos cursos. O bom senso mais elementar, interroga-se que país teremos dentro de 10 anos, sem “massa cinzenta” para suportar qualquer “retoma”. De facto, o jornalismo está pela hora da morte, com pessoas que confundem o seu papel com o de meros especialistas em agit-prop partidária.
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Belo artigo, caro jmf. Já se sabe que a esquerdalhada toda se desvanece e empolga com tais frases grandiloquentes, que outra coisa não são que pura pieguice e parolice, como aquela cena ridículamente foleira do dito enfermeiro a emigrar não sei para onde, com as têvês, patéticas e patetas, a repetirem durante dias a ‘foleirice’… Este país não tem emenda porque a esquerdalhada não quer mudar de rumo e de vida. Não lhe doam, pois, as mãos jmf e continue a vergastar, com verdades, as lombeiras desta canalha esquerdóide que só pensa em tacho, sem fazer a ponta dum corno, à custa do erário público.
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ó dr., o problema do nosso País não é haver dinheiro para manter o nosso actual modelo de Segurança Social, ou como o podemos prolongar no tempo esse mesmo modelo, não é necessário “refundações”! é Imperativo e isso sim alterar as a forma como ele é gerido, a forma vergonhosa como se atribuem reformas milionárias a doutores da Política, Justiça, Hierarquias Militares ou aos Gestores da coisa Publica, toda essa cambada sanguessuga que através de “Lobbies” (do inglês lobby, ante-sala, corredor[1]) é o nome que se dá à actividade de pressão de grupos, ostensiva ou velada, com o objectivo de interferir directamente nas decisões do poder público, em especial do Legislativo, em favor de interesses privados) vem sugando o erário Publico todos os seus recursos desde o 25 Abril até a data sem que ( nomeadamente os dirigentes da chamada sociedade civil, jornalistas e os ditos pensadores políticos ) façam ou digam alguma coisa contra tal estado de coisas!
Com este actual estado de coisas no nosso País o que me admira é ver pessoas como você tentarem dirigir o pensamento e atenções para a “Inevitabilidade” da refundação!.
PS: eu digo que me admira, mas na realidade não é de admirar, afinal é para isso que você é pago ( controlar as massas pensantes ) não comesse você na mesma mesa do poder instituído.
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Começar por aqui seria um bom começo.
Meus caros, alguém tem de ir para a cadeia.
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Sobre o Estado Social, já paguei mais do que devia e nada devo.
De facto, alguém tem mesmo de ser preso.
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Beirão:
O José Manuel Fernandes ficou com os sapatos bem engraxados. Mas se você tivesse que contratar pessoal altamente qualificado e se confrontasse com a concorrência das ofertas de países como a Austrália, os Estados Unidos, a Áustria, etc., sabia que não teremos futuro se não estancarmos esta emigração de cérebros. Os que defendem o contrário, são os mesmos que pensaram que poderíamos viver eternamente com brincadeiras financeiras, sem setores produtivos a funcionar. Aliás, agora que se fala em “refundar”, era nesse setor financeiro que podemos encontrar muito lixo para lançar fora.
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Caminho Sem Ideias
Temos o governo da troika, com medidas, metas e obrigações a cumprir.
Temos o governo eleito, que se esforça , à sua maneira, com medidas para cumprir metas e obrigações.
Temos oposição, “ex-qualquer coisas”, comentadores, jornalistas, agentes de todas as áreas e idades, plenos de opiniões e nenhuma ideia quanto a medidas, metas ou obrigações a perseguir.
Páginas e páginas de jornais, horas e horas de discussões parlamentares pagas a peso de ouro pelos contribuintes, mais horas de emissões televisivas, mesas redondas ou quadradas, opiniões para todos os gostos e feitios, e no entanto, espremidas, nem uma ideia concreta nem um programa completo, consistente ou alternativo.
Retórica, retórica e mais retórica. A partidocracia tornou-se numa máquina de assalto ao orçamento do Estado, em que a retórica faz o lugar da infantaria. Como foi possível embrenhar-nos tão cegamente num novelo de tácticas de curto prazo em desfavor de objectivos de longo prazo?
Voltando uns blogs atrás, não deixa de me ocorrer a explicação Camoniana para este déjà vu da História: Dinheiro a rodo de crédito fácil e fundos (in)esgotáveis, rendimentos garantidos, em vez das especiarias e riquezas do Oriente, conduzindo ao acomodamento, ganância e esquecimento dos valores essenciais à autonomia, independência e perenidade de uma nação. E no meio da corrente caótica dos acontecimentos, um Povo “temperado com árduo sofrimento” capaz de todos os sacrifícios em defesa da “virtude justa e dura”, vai sendo arrastado num turbilhão de opiniões e clamores sem ideias, ideais ou propostas concretas de trabalho, opções, possibilidades e consequências.
Estamos longe de estarmos longe do “olho do furacão”. Mais do que nunca precisamos de que, quem tem voz sobre a multidão, use essa oportunidade para apresentar ideias , programas, soluções, alternativas concretas , consistentes e duradoiras. De preferência integradas na comunidade europeia a que todos desejamos pertencer e que queremos preservar tal como foi idealizada.
Precisamos de lideres de serviço para o futuro dos nossos filhos. Com ideias,planos, programas e orçamentos. Menos demagogia e mais compromisso e responsabilidade.Precisamos do que não estamos a ser capazes de fazer.Diz-se que muito se fez em pouco tempo , pelo menos em termos financeiros.
Infelizmente não se está a fazer o necessário e suficiente para mobilizar uma nação num caminho de reforma do Estado e da sociedade. São várias as razões dessa insuficiência, entre as quais uma manifesta incapacidade de comunicação permanente, clara, transparente, coerente e assertiva, sobre , porque chegamos aqui, como estamos, como podemos sair e, das opções de saída, qual a que vamos escolher.
Parece faltar senioridade a quem está no leme do poder, e seriedade a quem está no contrapeso da oposição.O que é uma péssima combinação de factores, sobretudo num ambiente sócio económico adverso.
Resta-nos esperar que a liderança enviesada alemã na Europa, se realinhe, com uma pequena ajuda do BCE, e do mal o menos, se não vamos por nós próprios, acabemos por sair, por arrasto, deste buraco em que os últimos quinze anos de desgovernação nos meteram.
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ih, percebi agora, dizer no ‘eixo’ que o passos, dito primeiro ministro, é afinal um assaltante a serviço das empresas que desejam tomar conta dos serviços de saíude, da educação e segurança de Portugal. Eh, desonesto, já sabia, o gajo está lá só para nos desgraçar !
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O dito jornalista, Manuel Fernandes, devia saber que, a qualquer título, um país de emigrantes é um país pobre.
Triste é a sina do emigrante forçado. Nem as lágrimas e a saudade são redenção!
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