De joelhos
23 Janeiro, 2013
Se Portugal não negociar agora, irá fazê-lo daqui a seis meses de joelhos
Artur Baptista da Silva, quadro superior da ONU
65 comentários
leave one →
Se Portugal não negociar agora, irá fazê-lo daqui a seis meses de joelhos
Artur Baptista da Silva, quadro superior da ONU
Esse tambem e’ marciano……
GostarGostar
Tantos inteligentes em Portugal a dar conselhos ao governo e nenhum foi capaz, nenhum, de prever o grande sucesso do governo português no retorno aos mercados.
.
.
Eles sabem tudo. Como cortar no défice, melhorar o crescimento económico, baixar a despesa do Estado, etc., etc., etc., mas nenhum percebeu que o governo é que estava no caminho certo e todos os seus críticos é que eram os verdadeiros azelhas. Tantos treiandores de bancada abunda em Portugal. Tantos. Nunca foram capazes de prever o pior da crise e muito menos como sair dela. Tantos treinadores de bancada.
.
.
Mudam-se os tempos mas os chico-espertos continuam azelhas como sempre. Com ou sem doutoramentos, nos USA ou até na ONU. eheheheheheh
.
.
Parabéns ao Governo. Mostrou que sabia o era preciso fazer para tirar Portugal da bancarrota. Os seus críticos que fiquem a chorar pelos cantos, que pode ser que lhes saia o totoloto. lol
GostarGostar
“Tantos inteligentes em Portugal a dar conselhos ao governo e nenhum foi capaz, nenhum, de prever o grande sucesso do governo português no retorno aos mercados.”
.
sim, é mais um milagre…como é das exportações…
GostarGostar
“Nunca foram capazes de prever o pior da crise e muito menos como sair dela. Tantos treinadores de bancada.”
.
o pior da crise!!?? como sair dela !!!??? o que vale é que o histerismo “socretino II” vai durar pouco…pois a realidade nos últimos tempos anda muito muito imponente e não dá muito espaço para as fantasias…duram muito pouco tempo…
GostarGostar
anti-comuna, também na grécia, espanha ou italia baixam os juros
GostarGostar
Menos tempo e menos dinheiro
Com os juros a 2 anos abaixo dos da Troika chegou o momento de renegociar o Memorando de Entendimento. Queremos menos tempo e menos dinheiro.
Joao Miranda
Portugal pede mais tempo para pagar à troika
Portugal solicitou na segunda-feira aos parceiros do Eurogrupo a extensão das maturidades dos empréstimos recebidos no âmbito do programa de ajustamento para evitar “picos de refinanciamento” quando o país regressar aos mercados.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/portugal-pede-mais-tempo-para-pagar-a-itroikai=f781148#ixzz2Io0WXcoP
GostarGostar
“anti-comuna, também na grécia, espanha ou italia baixam os juros”
.
.
Pudera. Mais ou menos grau, estão todos a fazer o mesmo que em Portugal. Não é segredo. É preciso é ter menos ideologia e mais tino das células cinzentas.
GostarGostar
Eurostat dados publicados hoje
Compared with the second quarter of 2012, fifteen Member States registered an increase in their debt to GDP ratio at the end of the third quarter of 2012, eleven a decrease and one Member State registered no change. The highest increases in the ratio were recorded in Ireland (+5.9 percentage points – pp), Greece (+3.4 pp) and Portugal (+2.9 pp), and the largest decreases in Latvia (-2.6 pp), Malta (-2.5 pp) and Austria (-1.3 pp)
Portugal em Stembro ultrapassou a barreira dos 120% do Pib
GostarGostar
Continuamos na bancarrota, ainda pior do que quando para cá veio a “troika” (dívida mais elevada (ela não diminuiu!) e economia de rastos), e anda tudo contente com o “regresso aos mercados”…
Tá tudo doido.
GostarGostar
Aliás o que o governito de liberalóides / neo-liberalóides que nos desgoverna neste momento está a fazer, sem lhe chamar isso, é a renegociar a dívida ^^
GostarGostar
“Tá tudo doido.”
.
.
Doidos são aqueles que deviam estar calados por quererem debater assuntos que nada percebem e são autênticos cepos, sobre os assuntos. Esses é que são doidos. Mas os que acham que são capazes de dar lições a outros mas que se calhar, nas suas vidas profissionais, são incompetentes.
.
.
Parabéns ao Governo. Tirou Portugal da bancarrota. E os seus críticos continuam a ver navios e percebem tanto disto como o Seguro de liderança política. lol
GostarGostar
Parabens ao governo. Conseguiu uma taxa de 4,9% para financiar 1% da divida total que já vai em 120% do PiB., isto é, mais 25% do que há dois anos. Os sucessos, nos dias que correm, medem-se pela capacidade que os outros (Irlanda, BCE) têm em negociar a coisa. Mas o timming foi o correcto. Esta nesga de optimismo, alicerçado por boas negociações entre a Irlanda, o BCE e alemanha foi de facto brilhante. E portugal, como sempre, mesmo não fazendo os trabalhos de casa devidos, soube, ainda assim, estar do lado das pessoas certas. O mérito a quem o tem.
.
Portanto, depois disto, vem a parte mais fácil. E a parte mais fácil, já que a dificil tarefa de regressar aos mercados foi obtida, é pôr o país a crescer económicamente acima da taxa de juros agora conseguida no mercado – 4,9% -. De outro modo, se o crescimento do PiB se mantiver inferior à taxa de crescimento da economia, o melhor é mesmo não dispensar já as troikas. Pode ser que, como em 1981, voltemos a precisar dela novamente.
.
Rb
GostarGostar
JM, anti e restante tralha a saudar a espuma dos dias como se a austeridade tivesse terminado com esta operaçao combinada na zona euro. O especialista JM atè nos vai dizer quanto é que o sindicato bancario ganhou em comissoes por termos aumentado a divida …
GostarGostar
Parabéns ao governo tirou o pais da bancarrota.
Mas porque é que nao se nota nada?
Top 10 Most Risky Sovereign Credits
Position
Q4
Country
5 Year CPD (%)
5 Year CDS Mid
(bps)
Previous Ranking
1
Argentina
61.4%
1,450
3 (Down 2)
2
2 (No change)
Cyprus
60.5%
1,081
3
Pakistan
42.8%
779
4 (Down 1)
4
Venezuela
37.4%
641
5 (Down 1)
5
6 (Down 1)
Ukraine
36.3%
628
6
Portugal
32.6%
436
7 (Down 1)
7
Egypt
30.4%
502
10 (Down 3)
8
Iraq
New Entry
28.1%
462
9
Lebanon
27.5%
441
9 (No change)
10
Spain
23.5%
295
8 (Up 2)
Source: CMA Note: CPD is a function of the recovery level which varies according to several factors and distance to default, e.g.
GostarGostar
O PIB a crescer 5% nos próximos anos sao favas contadas. O dinamismo da economia portuguesa esta de vento em popa:
GostarGostar
“JM, anti e restante tralha a saudar a espuma dos dias como se a austeridade tivesse terminado com esta operaçao combinada na zona euro.”
.
.
Caro Portela, para bem de Portugal, esperemos que a austeridade não tenha acabado. Para bem de Portugal.
GostarGostar
eheheh
Esse vídeo do Duarte (14:46 )
parece do Tele-Vendas.
Estamos no bom caminho.
GostarGostar
este post merecia outro titulo. por exemplo “frases que impõem respeito”
GostarGostar
“O problema de mais tempo e mais dívida é que o tempo joga contra os sobreendividados. Quanto mais tempo, e logo mais dívida, mais difícil se torna gerir a dívida, mais longe se fica de uma solução suave para a dívida.”
João Miranda, vira-casacas.
GostarGostar
Vitor,
.
Vejo que não percebeu nada do que se está a passar ou do que eu escrevi.
GostarGostar
Mais duas grandes, mas mesmo grandes vitórias de gaspar et al.: i) de acordo com os últimos dados mensais do IEFP referentes a dezembro, o nº de desempregados registados nos Centros de Emprego atingiu 710.652, mais 105.518 (+17,4%) que no mesmo período de 2011 e mais 12.863 (1,8%) que no mês anterior. Face ao mês passado, há mais 415 desempregados por dia, ou 17 por hora; ii) a dívida portuguesa ultrapassou os 120% do PIB.
Melhor, mas mesmo muito melhores que a ida aos mercados!
Viva gaspar
GostarGostar
É incrivel como se nota onde está o extremismo (não de esquerda ou direita, simplesmente o ignorar o que se passa, de modo a bajular o nosso partido). Portugal regressou aos mercados, está a ter prazos melhores, etc. No entanto, o regressar aos mercados é uma falsa boa notícia, agora podemo-nos endividar de novo. Se bem entendo, aqueles que sempre defenderam que Portugal não se devia endividar, dão agora graças ao governo por ter voltado a pedir dinheiro emprestado. Depois, vemos também figuras que sempre estiveram ao lado do governo a dizer que não se devia aumentar os prazos, dizer agora que essa foi uma grande conquista do governo. Visto isto, só nos resta ver Vitor Gaspar a anunciar daqui a um ano que foi perdoada metade da dívida pública e que este é um grande acontecimento (e que também não pagaremos os juros).
Afinal, caros comentadores, nós estamos em guerra contra o quê? Contra a dívida, ou contra não a podermos contrair? Será que este governo (e todos os que o apoiam) não passam de simples pessoas que querem prolongar as políticas que sempre viram? Neste momento vê-se uma inversão de papeis quase tão rápida como a política de alianças no 1984. Os que defendiam tudo como ao início, alteraram-no, os que defendiam uma mudança de paradigma são criticados porque sempre foram do contra. Afinal, o que é mesmo bom é ser do governo: como se tem maioria absoluta acaba-se por não ter interesse no que os outros dizem, em tudo, uma democracia (género sovietizada, mas em nada parecida com a soviética, que isso repugna-nos, quando apetece).
GostarGostar
André,
outro dia considerei-o ingénuo. Hoje permito.me dar-lhe um conselho: não queira discutir assuntos que não domina minimamente.
Pelos seus comentários vê-se bem que está a leste destes assuntos que não estão ao alcance de um qualquer, mesmo que seja ou tenha sido ministro. Portanto, seja comedido.
GostarGostar
“Vejo que não percebeu nada do que se está a passar ou do que eu escrevi.”
JM,
Têm de admitir que com tantas piruetas, não está fácil… Afinal você até já subscreve o impagavel ABS:
“Se Portugal não negociar agora”…
ou deferir prazos não é negociar prazos?
GostarGostar
“Expatriado( at 13:16 )
“Esse tambem e’ marciano……”
Quem? O João Miranda?
GostarGostar
*diferir em vez de defereir, como é óbvio.
GostarGostar
No pedir agora mais tempo para pagar há uma má noticia e uma boa notícia.
A má noticia é que vamos pagar juros durante mais tempo. É um atraso no ritmo de saneamento das contas públicas.
A boa notícia é que o facto deste pedido ter sido aceite (mas foi feito precisamente porque já se sabia que ia ser aceite !…) mostra que, apesar das dificuldades e contratempos, o plano da Troika/governo portugues até está no bom caminho. O país está a ganhar credibilidade junto dos credores. A estratégia do governo é boa em termos objectivos e é boa em termos psicológicos e de comunicação. Se o governo tivesse assumido que poderia pedir mais tempo antes de ter ganho a confiança dos credores não teria conseguido o que conseguiu agora.
E está também a ganhar credibilidade junto dos mercados. O sucesso da colocação de dívida soberana portuguesa a taxas de juro cada vez mais baixas é a demonstração prática.
Tudo isto mostra que o governo português está inclusivamente a ganhar margem de manobra na gestão do conjunto da dívida de modo a poder ir baixando o respectivo juro médio.
A folga agora obtida com o prolongamento do reembolso da dívida à Troika permite ainda ao governo portugues fazer face em condições menos dramáticas aos efeitos da conjuntura recessiva na Zona Euro e às dificuldades politicas e institucionais internas.
Mas esta folga não deve servir de desculpa para se abrandar o ritmo da politica de austeridade e reformas para além do que é absolutamente indispensável em função dos factores que referi acima.
Continua a ser válido o principio de que quanto menos dinheiro se pedir e quanto mais depressa se reembolsar melhor é para o país.
GostarGostar
“mostra que, apesar das dificuldades e contratempos, o plano da Troika/governo portugues até está no bom caminho.”
Vamos , por um momento, imaginar que o plano estava no mau caminho e um país em recessão com uma dívida de 120% do PIB está insolvente. O resultado não seria o mesmo? Um prolongar nos prazos de pagamento?
GostarGostar
Diz assim o fernando s:”. O país está a ganhar credibilidade junto dos credores. A estratégia do governo é boa em termos objectivos e é boa em termos psicológicos e de comunicação. Se o governo tivesse assumido que poderia pedir mais tempo antes de ter ganho a confiança dos credores não teria conseguido o que conseguiu agora.
E está também a ganhar credibilidade junto dos mercados. O sucesso da colocação de dívida soberana portuguesa a taxas de juro cada vez mais baixas é a demonstração prática”
Responde assim o aspirina b:http://aspirinab.com/valupi/its-a-bird-its-a-plane-no-wait-oh-my-god-its-a-super-rabbit/
E responde assim o Ladroes de bicicletas:eia e o Eurogrupo preparam-se para aceitar o pedido de prolongamento dos prazos de empréstimos que venceriam entre 2014 e 2016.
Desta forma conseguir-se-á reduzir a elevada concentração de refinanciamentos previstos para esses três anos e facilitar o regresso aos mercados. O governo tem assentado a sua narrativa no sucesso da sua governação no regresso aos mercados e na saída da troika do nosso país.
Primeiro importa lembrar que a possibilidade de o país regressar aos mercados para obter financiamento em nada se fica a dever ao trabalho do governo português.
Ficará a dever-se, exclusivamente, ao novo papel que o BCE decidiu assumir, na senda daquilo que foi sempre defendido pelo Partido Socialista mas nunca pelo governo PSD/CDS. Foi apenas a decisão e o anúncio do BCE da sua intenção de comprar títulos de dívida pública no mercado secundário que retirou pressão sobre as taxas de juro cobradas aos países em dificuldades. E será essa mesma decisão do BCE que permitirá o regresso aos mercados a taxas de juro mais baixas que as cobradas nas vésperas do pedido de resgate financeiro.
Segundo, importa também lembrar que o BCE só apoiará o regresso aos mercados mediante condições. O que isto quer dizer é que a receita da troika continuará a ser implementada em Portugal, mesmo depois de ela se ter ido embora. Olhemos para Espanha. Tem-se financiado nos mercados, não tem a troika fisicamente presente, mas está igualmente afundada numa austeridade imposta de fora. O país pode regressar aos mercados e a troika ir-se embora, mas isso não significar nada no que ao fim da austeridade e da espiral recessiva diz respeito.
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2013/01/o-milagre-da-descida-dos-juros.html
Fernando S,Anti-Comuna, embrulhem esta! Essa desculpa de todos fazerem o mesmo .Bestas mentirosas o que são
GostarGostar
Claro Anti-Comuna, mas você também é ideológico, ainda que não seja consciente, só que o seu género é mais Kim Il Sung, Chávez,Morales etc etc
GostarGostar
Renegociação dos juros e do prazo para Portugal e Irlanda
Eurogroup considers extension to Ireland’s bailout termPictured: Michael Noonan
Related Articles
Ireland and Portugal need support in move back to markets – Rehn
Ecofin group backs looking at loan extension
Dutch finance minister takes over from Juncker as eurogroup president
The 17 eurozone finance ministers have agreed to examine the possibility of extending the terms of Ireland and Portugal’s EFSF loans, Finance Minister Michael Noonan said last night.
The Minister said this will now be reported back to Ecofin, which he will be chairing for the first time this morning, and a summary request will be made there.
He said Ireland would be looking for the longest term available. He said extending the term would mean that the NTMA would not have to borrow to repay the debt as quickly, resulting in a reduction in interest rate going forward.
“We’re not talking about savings of hundreds of millions; we’re talking about savings of a certain amount of billions,” he said. “We’re talking about a significant further saving and that would help to enhance the sustainability of the debt, together with all the other things we have in mind.”
The Minister said negotiations on the prommisory note are continuing and are entirely separate.
Meanwhile, the eurogroup yesterday appointed Jeroen Dijsselbloem as its president for a term of two and a half years.
Dijsselbloem is finance minister of The Netherlands. He succeeds Jean-Claude Juncker, who has chaired the Eurogroup since 1 January 2005 and was its first-ever permanent president.
Prior to Juncker, the eurogroup was chaired on a rotating basis. Now, in line with the Protocol on the Eurogroup introduced by the Treaty of Lisbon, the president is elected by a majority of its members.
Grainne Rothery |
GostarGostar
“Vamos , por um momento, imaginar que o plano estava no mau caminho e um país em recessão com uma dívida de 120% do PIB está insolvente. O resultado não seria o mesmo? Um prolongar nos prazos de pagamento?”
.
Não necessariamente… Eventualmente….
Mas não seria do mesmo modo e com o mesmo ambiente. Compare-se com o que se tem passado com a Grécia. De cada vez que lhe são dadas novas condições mais favoraveis é sempre em ultima instancia, em troca de compromissos adicionais de austeridade por parte do governo grego e com advertencias insistentes e repetidas em como é a ultima vez. Nada do género nos casos de Portugal e da Irlanda. As novas condições foram concedidas com a maior das descontracções e acompanhadas de elogios à forma como o programa da Troika esta a ser aplicado. Tudo isto vem no seguimento de uma série de boas noticias em termos da evolução das taxas de juro da divida portuguesa nos mercados. E tudo isto é celebrado pelos mercados com a colocação de divida às taxas de juro mais baixas desde 2010.
Claro que não bastam estas noticias para poder dizer que o plano esta no bom caminho. E claro que as dificuldades e os riscos não desapareceram, a crise não foi ultrapassada, muito longe disso. Muito longe disso … E como disse, seria imprudente embandeirar em arco e baixar os braços, nomeadamente fazendo o que os criticos do governo sugerem invariavelmente. Mas não deixa de ser um sinal encorajador e um resultado concreto.
GostarGostar
Se Portugal não negociar agora, irá fazê-lo daqui a seis meses de joelhos
Seria um pouco melhor.
Ou não será a posição “de joelhos” um pouco melhor que “de rastos”, que é a posição actual?
GostarGostar
“É possível que não haja um segundo resgate. Através das novas regras do BCE, ele será trasvestido de idas aos mercados. Como a Grécia, estaremos ligados à máquina fingindo que há vida num cadáver económico e social.”
Daniel Oliveira, escrito semanas atrás.
GostarGostar
Tragam o Baptista da Silva de volta!
Ele acertou mesmo: o governo lá meteu o rabinho entre as pernas e lá foi renegociar de mão estendida com a Irlanda.
Agora, com o BCE e o Deutsch Bank a afiançaram o pimpolho entregue a selectos país adoptivos, eis que a «boa e alta sociedade do crédito» se abre às necessidades do pobrezinho…
GostarGostar
é o mercado, estúpido!
.
Olli Rehn said today Ireland and Portugal could draw on a European Central Bank bond-buying programme to help them become the first bailout countries to be weaned off official aid and move back to market financing
.
In a further concession, Mr Rehn said he favours giving Ireland and Portugal more time to pay back bailout loans, extending to them the same treatment granted to Greece last year.
.
The examination follows a new deal for Greece in which the maturity of its rescue loans was extended. The maturity of Portugal’s loans will also be examined in coming weeks.
GostarGostar
Para o Anti-Comuna:
Olli Rehn said today Ireland and Portugal could draw on a European Central Bank bond-buying programme to help them become the first bailout countries to be weaned off official aid and move back to market financing
In a further concession, Mr Rehn said he favours giving Ireland and Portugal more time to pay back bailout loans, extending to them the same treatment granted to Greece last year.
precedido disto, aquando do acordo com a Grécia:
The examination follows a new deal for Greece in which the maturity of its rescue loans was extended. The maturity of Portugal’s loans will also be examined in coming weeks. “ Irish times
GostarGostar
O desespero da situação económica portuguesa beneficiou a Irlanda
Loan deal came about because Portugal is tanking
Dan O’Brien
Economics Editor
In this section »
Cinema directors agree to mediation
French group agrees €130m investment in Irish hydro-power firm
Lack of political direction responsible for convoluted property registration system
Noonan stresses Ireland’s role as ‘honest broker’
Man claims promissory notes are flawed
Corporate leaders gather in Davos
Michael Noonan’s claim it was due to performance is poppycock
Minister for Finance Michael Noonan yesterday said the deal reached in Brussels on Monday night recognised “the efforts being made by well-performing programme countries”.
Poppycock.
Think back to July 2011. Better terms were granted to the euro zone’s three bailed-out countries on their European loans. The Government was quick to portray this as proof of its dynamic diplomacy. It was nothing of the sort.
Greece was sliding and something had to be done. To avoid singling Greece out and to maintain equality of treatment, all three bailed out countries were given easier terms on their loans.
The deal arrived at in Brussels last night is very similar. It will further ease the terms of bailouts for Ireland and Portugal, although it won’t be as significant as the July 2011 move (as the very limited reaction of bond market participants illustrated yesterday).
Growth
The deal was reached because Portugal’s economy is tanking. However diligently the Portuguese government has been in implementing the terms of its bailout, the reforms are not delivering payback in terms of growth.
Worse still, some of the reforms are giving plenty of short-term pain and creating uncertainty, while a credit crunch, austerity, private sector deleveraging and slowing export demand are causing deep recession.
Portugal led the push for this week’s deal because its situation is increasingly desperate. Lisbon focused on the precedent set last November when repayments on Greece’s debts to the rest of official Europe were hugely stretched out. As happened in July 2011, Ireland has benefited from decisions designed primarily to help others.
That said, what happened in Brussels will be good for Ireland and has no downside from this State’s perspective.
Having cleared that up, let’s focus on what the Government has been doing to ease its debt burden.
Twin track
For some time now, it has been following a twin-track approach in its efforts to persuade the rest of Europe to share some of the costs of rescuing the banks, bailing out depositors and most of their other creditors.
One track involves the promissory notes used to prop up the now-dead banks. The second track is to persuade others in Europe to chip in for past and possible future recapitalisations of banks.
The first track has been on the agenda for more than a year, the second since the EU leaders’ statement on June 29th last year on breaking the link between banks and sovereigns.
There is the potential that the first track will reach its end point in March. Whenever the promissory note issue is finalised, the outcome will be beneficial, even if the range of beneficial outcomes remains wide – from more than symbolic to truly significant.
The second track will take considerably longer and there is no certainty that it will ever lead to a benefit for Ireland.
Despite the specific mention of Ireland in the June 29th statement (a genuine diplomatic achievement ), creditor countries have since rowed back on the commitment made then. They are resisting picking up any legacy banking costs.
GostarGostar
Bem-vindo anti-comuna! Os seus comentários fazem falta.
GostarGostar
Boa malha Anti-comuna!
Socialistas! Em sentido. Marchar! 1,2,1,2…
GostarGostar
Ei, e foi preciso o golpe do suprassumo, que também dizem autista e excel, após toda a gente ver a coisa há bem dois anos, mas bastou o movimentozinho de um autómato, vejam lá, para Miranda descobrir, enfim, que era preciso o golpe, a façanha, agora, nunca antes e nem mais uma horita que fosse, não… bastou pois o dito autista mexer sobrancelha, só mesmo uma, para um anticomunas reaparcer, qual ressuscitado, após morte de alguns meses… mero dito e um sorriso, para um parolo de ribeiro e castro, alto aí, que isto é façanha nunca vista e nem sequer sonhada, imaginada antes por alguém…
Senhores, ó meus senhortes, não sejam aberrantes, parolos, saloios e tão provincianos de lisboa como o coelhone mentiroso para aqui virem fazer assim pouco da gente. Esse gajo já fez mais mal à portuga que o mesmo tratante do sokras com seu teixeira.
E de qualquer modo não vai além de mesmo mandante de polvo do partido único que nos trama, rouba e tem a serviço, após mandar ao desemprego bem mais de um milhão de gente e emigrantes como nunca dantes, que nem botas de santa comba assim deu .
GostarGostar
Resumindo e concluindo
1 a situação económica de Portugal desesperada com austeridade em cima de austeridade , zero crescimento e divida acumulada , levou o ecofin a conceder mais tempo aos empréstimos concedidos. Ou seja renegociou através de uma reestruturação a divida.
2 aproveitando os mecanismos criados pelo Draghi, que asseguram aos mercados que se houver problemas com Portugal o BCE compra os bonds , Gaspar aproveitou para dizer que foi ao mercado e assim propagandear que conseguiu um objectivo. Sendo certo que se não fosse este mecanismo criado em Agosto de 2012 , os juros das obrigações estariam a taxas incomportáveis , pois o problema principal de Portugal que é a sua solvência que só se resolve com crescimento continua por resolver.
3 uns por militância e frete ao governo anunciam o oásis outros por ignorância também estão contentes, como os patetas.
PS isto mantém se tudo na mesma, ou seja, tem de continuar o processo de empobrecimento e de desvalorização salarial dos portugueses , bem como a destruição e privatização das funções sociais do Estado. Tudo como dantes quartel geral em Abrantes
GostarGostar
Quando cavalheiros daqui citam o Daniel Oliveira,
é porque o mundo está perdido.
R.
GostarGostar
Boa, ó Johnes, boa, anti-comunas e outras coisas, ao almoço, é boa, pessoal, no general, que tudo, sem o parecer, va, afinal,i como dantes…
Duarte disse : “Tudo como dantes, quartel geral em Abrantes.” !
GostarGostar
http://arrastao.org/2737057.html
GostarGostar
O dentista além de ignorante é mau caracter.
GostarGostar
Hoje regressei ao mercado
23/01/2013 Por Carla Romualdo 6 Comentários no Aventar
8 0
No Bolhão, era dia de amolador de facas e tesouras. Foi um dos sons da cidade durante muitos anos, a gaita do amolador. Chegava à cidade à quarta ou à quinta, vindo de alguma vila do interior, e as donas de casa faziam bicha à porta para entregar-lhe as tesouras da costura, a faca de arranjar o peixe, a lâmina da barba dos maridos ou dos sogros. O amolador já não deve ser o mesmo mas voltou a ter gente à porta, sinal de que já se afiam outra vez as lâminas.
No piso de cima, para quem entra pela porta de Fernandes Tomás, estão as vendedeiras de hortaliças. Nabo, couve-galega, lombarda, brócolos, penca, coração, acelga, pés de salsa. E pimento, chuchu, alho-francês, cebola, cenoura, curgete. E sacos de feijão: amarelo, catarino, canário, moleiro, fradinho, rajado. Muita variedade e poucos fregueses. Tudo cheira a humidade, a tinta das paredes descascou, podiam crescer cogumelos naquele recanto mais escuro. As vendedeiras estão sentadas entre caixotes, com as mãos escondidas debaixo dos aventais. De Outubro a Março passam o dia cheias de frio. Trazem camadas de roupa, calças justas, saias, camisolas, xailes, um avental rendado, outro de pano mais grosseiro por cima, meias grossas dentro das socas. Basta-lhes olhar quem se aproxima para saber se vale a pena levantar-se. Uma corta à conversa às outras com a frase que corta todas as conversas. “Não há dinheiro, é o que é”.
Tenho que voltar atrás porque o corredor está vedado. Não há dinheiro para as obras. Há andaimes, é certo, mas parecem servir unicamente para escorar as paredes. Para isso e para varandim de pombas. Pesadas e sonolentas, dormitam pousadas sobre os ferros e pouco se importam com os turistas que se aproximam.
Os telhados estão cobertos por lonas, os corredores entre bancas estão tapados por lonas, as bancas mais expostas ao frio e à chuva estão tapadas por lonas. No piso de baixo, ziguezagueia-se pelos corredores entre bancas, para escapar aos pingos grossos que se escapam por entre as lonas. Os gatos espreguiçam-se lá em cima, empoleirados nos ferros, caminham sobre os plásticos. Se calhassem de pisar os charcos sobre as lonas (mas isso nunca acontece) cairia um jorro de água sobre a cabeça de quem fosse a passar.
Tudo parece improvisado, como se tivessem sido os vendedores a ocupar um espaço que se destinava a outra coisa qualquer. Foram convertidos em feirantes ilegais, vestidos para a intempérie, capas de chuva, agasalhos. Este não é um mercado, é uma feira, provisória, semi-clandestina, a qualquer momento cerra-se a banca e desata-se a correr porta fora, como as vendedeiras de meias e collants de Santa Catarina, que estão sempre preparadas para fugir à polícia.
Ninguém compra queijo terrincho, nem o de cabra transmontano, nem o amanteigado de Nelas. Nem peixe fresco, marmotinha de rabo na boca, chicharro, polvo. Nem saquinhos de caril, colorau, piripiri, açafrão, nem chá de cidreira, erva-lúcia, mistura de barbas de milho, raiz de morango e pés de cereja.
Num dia como hoje, ninguém parece querer estar aqui. Nem os turistas assombrados com as ruínas, nem os vendedores transidos de frio, nem eu que saio com um molho de gerbérias e não era dessas que vinha à procura.
GostarGostar
O Tudólogo Duarte amuou.
GostarGostar
Universidade Católica revê em baixa queda do PIB em 2013 para 2,4%
A pagar divida a 5% , e a chutar para a frente o pagamento da divida só pode haver um resultado. Aumento brutal da divida e empobrecimento generalizado do país. Grande regresso aos mercados.
GostarGostar
Metro de Atenas em greve há sete dias
.
Os trabalhadores ignoraram a decisão do tribunal, que declarou a greve ilegal, e dizem não ter medo das ameaças de requisição civil do governo de Samaras. Os elétricos, autocarros e comboios urbanos também promovem greves parciais contra os novos cortes salariais.
ARTIGO | 23 JANEIRO, 2013 – 12:56
.
“Com estes últimos cortes, quem como eu ganhava 1300 euros por mês vai passar a ganhar 700 euros”, disse o dirigente sindical Antonis Stamatopoulos à Associated Press. “Vale a pena ir trabalhar assim? Vamos para debaixo da terra, com um frio gelado no inverno e muitas vezes à noite e não conseguimos viver com o que ganhamos”, acrescentou o sindicalista, antes de desafiar as ameaças do governo da troika.
“Requisição civil? Podem fazer o que lhes apeteça. Talvez devessem trazer os tanques para nos obrigar a voltar ao trabalho”, afirmou Stamatopoulos.
GostarGostar
O Artur Baptista da Silva, não foi aquele tipo que redigiu o relatório da troika?
GostarGostar
Duarte (23 Janeiro, 2013 at 19:39)
.
Duarte (23 Janeiro, 2013 at 19:39) : “A situação económica de Portugal é desesperada”
** É verdade. Mas não é por culpa do governo actual. É por culpa daqueles que contribuiram para que durante anos e anos o país gastasse e consumisse mais do que tinha e produzia. Sabemos como : mais Estado, mais gastos e investimentos públicos, mais subsidios e mais créditos bonificados, mais aumentos de salários sem correspondentes aumentos de produtividade e competitividade, mais consumo e menos investimento produtivo, etc… Isto é, por culpa das politicas despesistas e intervencionistas que o Duarte defende e deseja que voltem !
.
Duarte (23 Janeiro, 2013 at 19:39) : “com austeridade em cima de austeridade , zero crescimento e divida acumulada”
** A divida foi quase toda acumulada antes do governo actual. O crescimento começou a baixar, mesmo apesar dos rios de dinheiro que eram deitados para cima da economia pelas políticas públicas expansionistas, muito antes do actual governo e graças à progressiva perda de competitividade da economia portuguesa, sobrecarregada de impostos e condicionada pelo intervencionismo estatal e pelo sindicalismo laboral. Foram estas politicas e práticas que trouxeram o pais para o desastre. Quando este governo entrou o crescimento já era zero, o déficit orçamental já era de quase 10%, a dívida pública acumulada já era largamente superior ao Pib anual. O governo actual apanhou um comboio descontrolado e a caminho do precipício. A austeridade veio depois. Veio precisamente para evitar o desastre, para reduzir os déficits, para parar o crescimento exponencial da divida, para corrigir os desequilibrios macro-económicos, para reformar a economia de modo a que esta possa vir a ser competitiva, para criar as condições de um futuro crescimento sustentável. Apesar da austeridade o crescimento não voltou, até baixou ainda mais, a dívida aumentou, o desemprego aumentou, os portugueses estão ainda mais pobre ?!… Pudera !! Um doente grave não se salva nem se recupera numa noite de festejos. A austeridade é feita precisamente para começar a reduzir os gastos e os consumos excessivos do Estado e dos portugueses em geral. Não se aperta o cinto comendo tanto ou mais do que antes. Austeridade é forçosamente menos consumo. Menos consumo de bens e serviços importados. Mas também menos consumo de bens de consumo supérfluos que o pais produzia à custa de menos investimento em sectores produtores de bens mais essenciais que são importados e de bens que podem ser exportados. Trata-se de reequilibrar a famigerada proporção entre bens não transaccionáveis e bens transacionáveis. Este desequilibrio foi uma das consequências nefastas das políticas estatalistas e está na origem dos nossos saldos comerciais externos crónicamente deficitários e da nossa insuficiência e má orientação do investimento produtivo. O ajustamento necessário na economia portuguesa significa que há recursos que estão mal aplicados, em excesso em certos sectores, sobretudo os não trasaccionáveis, em falta noutros, sobretudo os transaccionáveis, e que devem por isso ser desinvestidos de uns e transferidos e investidos noutros. Este processo de ajustamento representa, num primeiro momento, que leva o seu tempo, quebras de produção e desemprego, antes de permitir, num segundo momento, a retoma da produção e do desemprego, desta vez em bases mais equilibradas e produtivas. Como Portugal não fez um ajustamento progressivo e nos momentos apropriados, deixando aparecer e acentuar os tais desequilibrios macro-económicos, até chegar à situação de emergência financeira actual, tem agora de o efectuar de modo brusco e acelarado. Por isso, a austeridade e a recessão e o desemprego que dela resultam são inevitáveis. De quem é a culpa da inundação que acompanha o combate a um incêndio, de quem pôs o fogo ou do bombeiro ? Já o aumento da dívida acumulada durante a fase de austeridade não é sequer uma consequência directa da própria austeridade. Resulta tão só do facto dos orçamentos, embora em recuperação, serem ainda deficitários. Enquanto houver déficits orçamentais o endividamento público tem forçosamente de aumentar. É matemática. A politica de austeridade destina-se precisamente a diminuir o ritmo deste processo de endividamento, a pará-lo e a criar as condições para que a dívida possa um dia começar a ser reembolsada. Se não fosse a política de austeridade do governo actual, que permitiu já uma redução importante dos déficits orçamentais anuais, de 9 para 5%, a dívida seria hoje muito maior do que é. Ou melhor, nem seria, porque sem a assistência financeira da Troika e o plano de austeridade que lhe está associada, o país estaria hoje em total “seca” financeira, sem a possibilidade de se financiar. Mas o desastre seria ainda maior, muito maior !
GostarGostar
CORR : “num segundo momento, a retoma da produção e do emprego”
GostarGostar
Duarte (23 Janeiro, 2013 at 23:40) : “A pagar divida a 5% , e a chutar para a frente o pagamento da divida só pode haver um resultado. Aumento brutal da divida e empobrecimento generalizado do país. Grande regresso aos mercados.”
.
Por sinal, a divida que esta a ser “chutada para a frente” é a do empréstimo da Troika, cujo juro médio é de 3,5%… Mas isto é apenas um detalhe.
Quanto ao fundo da questão, querem ver que o Duarte agora acha que o governo deveria manter-se fiel à regra de não pedir nem aceitar mais tempo para pagar a divida e deveria antes endurecer e acelarar ainda mais a politica de austeridade de modo a gerar rapidamente excedentes orçamentais para antecipar o pagamento da divida e assim economizar uma data de dinheiro em juros nos proximos anos !…
Preso por ter cão e preso por não ter !!
GostarGostar
Duarte (23 Janeiro, 2013 at 19:39) : “aproveitando os mecanismos criados pelo Draghi, que asseguram aos mercados que se houver problemas com Portugal o BCE compra os bonds , Gaspar aproveitou para dizer que foi ao mercado e assim propagandear que conseguiu um objectivo. Sendo certo que se não fosse este mecanismo criado em Agosto de 2012 , os juros das obrigações estariam a taxas incomportáveis ,…”
.
Bom, pelo menos isso significa que o mecanismo do BCE, por mais discutivel que seja, está para já a servir para alguma coisa e que os juros já não estão “a taxas incomportaveis” …
E mal seria se Gaspar não tivesse “aproveitado” …
Mas não basta, naturalmente. Após uma descida inicial devida ao efeito directo do mecanismo, os juros continuaram a descer e voltaram já para níveis de 2010, ou seja, anteriores à constação pelos mercados da situação de grande fragilidade financeira do Estado portugues e ao pico atingido após o inicio da ajuda financeira da Troika. Para este resultado contribui em primeiro lugar a maior confiança (ou menor desconfiança, como se queira) na capacidade e na vontade do país em reembolsar as dividas por parta da generalidade dos intervenientes no processo de financiamento. É apenas uma etapa, mas é uma étapa importante, no caminho de regresso do país aos mercados, isto é, a uma certa normalidade no financiamento, não apenas do Estado mas também do conjunto da economia portuguesa. Se não é uma boa notícia ?!…
GostarGostar
Está a custar engolir! É maior que um elefante! Imagine-se que o governo conseguiu voltar aos mercados antes do previsto! E parece que também conseguiu atingir a meta dos 5% de deficit em 2012! Contra todas as previsões, contra todos os políticos de esquerda, contra todos os comentadores e economistas! E parece que o governo não pediu mais tempo para atingir as metas previstas em termos de equilíbrio das contas públicas, apenas pediu um reescalonamento da dívida a pagar em anos futuros, equilibrando as quantias a pagar em 2014 e seguintes, o que faz todo o sentido. Lembro-me que as dívidas contraídas com as PPP começam a doer no ano que vem. E essas dívidas foram contraídas principalmente por Sócrates. Mas disso não é bom falar. Teremos que pagar mais por isso? Talvez não, dependendo da capacidade de negociação do Gaspar. Uma boa notícia para o governo, uma péssima notícia para a propaganda da esquerda, PS incluído. O sapo continuará com as perninhas de fora por mais algum tempo.
GostarGostar
Estamos no bom caminho para gerir a dívida, ou seja, gaspar não faz outra coisa senão gerir a dívida!
E não está em Paris…. está em Lisboa.
GostarGostar
Duarte (23 Janeiro, 2013 at 19:39) : “o problema principal de Portugal que é a sua solvência que só se resolve com crescimento continua por resolver.”
.
Claro que o crescimento económico é um factor favorável ao equilibrio das contas de um pais e, por isso mesmo, à sua solvência. Inversamente, no caso de Portugal, a quase insolvência actual também foi uma consequência da insuficiência de crescimento económico.
Mas, à partida, a insolvência não depende sobretudo do crescimento económico. Podemos mesmo dizer que a questão da solvência, de um país como de uma familia ou de uma empresa, se pode colocar independentemente do crescimento económico. Uma entidade é insolvente quando gastou e gasta mais do que tem como rendimento e tem uma divida que não consegue pagar. Nestas condições, a entidade não consegue sequer financiar as suas necessidades aumentando o seu endividamento.
Portugal chegou práticamente a esta situação. Ou melhor, chegou ao limite extremo da solvência. Isto porque, felizmente, houve quem se dispusesse a financiar uma parte das necessidades imediatas do país. Falo naturalmente da Troika e das instituições e paises que estão por detrás. Mas fê-lo com condições bem precisas. É o famigerado plano da Troika : Portugal deve reduzir os seus gastos e deve reorganizar a sua economia para produzir mais.
Deve reduzir os gastos linearmente e no imediato. Ou seja, deve antes de mais reduzir rápidamente o déficit orçamental, atingir o equilibrio e começar a gerar excedentes. Para tal o Estado tem de cortar nas despesas e aumentar receitas pela via fiscal e outras. É a famigerada austeridade.
Ao mesmo tempo, para além de reduzir as necessidades de financiamento do Estado, que por sua vez diminuem as disponibilidades para a economia, devem ser criadas condições que favoreçam o investimento produtivo no sector privado e, deste modo, a produção de bens e serviços que permitam que o país gaste apenas o que tem e não tenha de aumentar o seu endividamento. São as chamadas reformas estruturais, básicamente a liberalização dos mercados, incluindo o mercado de trabalho. Ou seja, estas medidas têm como objectivo principal favorecer a retoma do crescimento, mas agora em bases mais equilibradas e produtivas.
O plano tem assim duas vertentes, a redução dos gastos e o aumento da produção, que devem contribuir em conjunto para corrigir os desequilibrios do país. Um pouco como duas lâminas de uma tesoura. Mas, atenção, as duas lâminas não intervêm do mesmo modo : uma move-se mais cedo, com maior amplitude inicial, e mais rápidamente ; a outra começa a mover-se mais lentamente e com menor amplitude inicial, mas vai durar mais tempo. Ou seja, o timing, o ritmo, a dimensão, e a duração no tempo, não são iguais.
As medidas destinadas a reduzir rápidamente o déficit orçamental, os cortes nas despesas públicas e os aumentos de impostos, devem ser aplicadas a muito curto prazo. Devem ter efeitos rápidos. Primeiro é preciso parar a hemorragia. Têm inevitávelmente efeitos económicos e sociais : uma diminuição dos rendimentos médios das familias e das empresas mais afectadas, uma queda na procura global, sobretudo nos sectores de bens não transaccionáveis, uma diminuição da produção, um aumento do desemprego.
As reformas estruturais, embora comecem a ser implementadas desde o inicio, serão muito mais progressivas, durarão ao longo do tempo. Terão efeitos escalonados ao longo de um periodo bem mais longo. Mais precisamente, os efeitos que implicam custos sociais, decorrentes da fase inicial do processo de ajustamento, a de desinvestimento, e que são sobretudo o aumento do desemprego e uma diminuição dos salários médios, acontecem primeiro, num prazo relativamente curto, enquanto que os efeitos económicos e sociais positivos induzidos pelo ajustamento, já na fase de investimento de recursos realocados e de novos recursos, e que são sobretudo o aumento do emprego e a subida dos rendimentos médios das famílias, acontecem mais tarde.
Ou seja, a aplicação do conjunto das medidas do plano tende a ter efeitos recessivos numa primeira fase, de curto prazo, e de retoma do crescimento da actividade e de todos os indicadores que lhe estão associados numa segunda fase, a mais longo prazo. Dito de outro modo : o ajustamento da economia é recessivo a mais curto prazo e condição de crescimento a mais longo prazo.
A austeridade e o inicio das reformas estruturais são necessáriamente recessivas. Não é concebivel que se possa ao mesmo tempo restabelecer os principais equilibrios macro-economicos e reformar estruturalmente a economia assegurando ao mesmo tempo um crescimento sustentado do Pib.
É assim pelo menos no caso de paises que, como Portugal, têm de ajustar as respectivas economias em pouco tempo e num contexto económico e financeiro muito desfavorável, tanto no plano interno como externo. Existem certamente exemplos históricos de ajustamentos, inclusivé através de programas da assistência financeira, sobretudo do FMI, sem recessão económica e sem aumento muito significativo do desemprego. Mas tal acontece ou porque os ajustamentos puderam ser feitos no momento oportuno e com bastante mais tempo, não sendo por isso traumatizantes, ou porque, como é o caso de muitas economias do Terceiro Mundo, pouco desenvolvidas e com baixos rendimentos per capita, a ajuda financeira representa uma percentagem muito elevada dos respectivos Pibs e é em grande parte a fundo perdido. São casos muito diferentes.
Há quem sustente que, no caso português actual, seria possível ultrapassar a emergência financeira e ajustar a economia sem austeridade, sem recessão, sem desemprego, sem diminuição do rendimento médio das famílias portuguesas. Quando se vai ao fundo deste argumento constata-se que este cenário implicaria que o governo português tivesse uma margem de manobra financeira que não tem. O país chegou às portas da bancarota, depende de terceiros para não entrar em descalabro total, o governo não tem dinheiro para mandar cantar um cego quanto mais para aplicar medidas de crescimento económico a curto prazo. Estas medidas seriam as habituais receitas keynesianas : o Estado endivida-se ainda mais para gastar e, deste modo, estimular a procura efectiva e, com ela, a economia. Obviamente, ninguém nos emprestaria agora um centimo para fazer uma politica destas. O governo de José Sócrates utilizou a última oportunidade que existiu em 2009/2010, aumentando as despesas e os investimentos públicos, e o resultado é o que se sabe, foi pior a emenda do que o soneto. Actualmente não é sequer possivel. E, de certo modo, ainda bem. Porque as políticas keynesianas de relance da economia, deitando dinheiro para cima de tudo o que mexe, já mostraram os seus limites e os seus efeitos perversos : têm resultados a curto prazo mas desequilibram as economias a mais longo prazo. Ou seja, não resolvem o problema, adiam a resolução e, assim fazendo, agravam o problema inicial.
Os criticos da austeridade e das reformas estruturais avançam ainda com duas outras alternativas.
A primeira alternativa é uma ainda maior ajuda da Europa, com mais dinheiro, mais tempo para pagar, juros mais baixos, reestruturação e perdão parcial da dívida, etc, etc. Há aqui 3 problemas. O primeiro, que deveria arrumar o assunto de vez, é que os visados não estão para ai virados. O segundo é que, mesmo que estivessem, a perda de credibilidade do país que daí adviria teria consequências financeiras e económicas muito mais graves e durante muito mais tempo. A terceira, mais de fundo, é que uma ajuda financeira “generosa” deste género faria com que o pais adiasse as reformas estruturais para as calendas gregas. Ou seja, o verdadeiro problema ficaria por resolver.
A segunda alternativa é sair do Euro e voltar a uma moeda nacional desvalorizada. Não vou entrar agora na análise deste cenário. Digamos que, sem própriamente resolver o problema da dívida e dos financiamentos externos, já que estes seriam sempre em moedas mais fortes, representaria um empobrecimento real e imediato do país e dos portugueses, fala-se de pelo menos 50%, muitissimo mais importante do que os cerca de 10% a 20% do processo de ajustamento dentro do Euro. Com a agravante de que Portugal voltaria às velhas práticas inflacionistas e ficaria definitivamente fora da maior e mais estável zona monetária do mundo. Péssimo negócio.
As teses sobre a necessidade de substituir a politica de austeridade por politicas de crescimento são meramente incantatórias. O crescimento não se decreta. No fim de contas, toda a gente sensata sabe, ou pressente intuitivamente, que não pode haver crescimento sem primeiro pôr ordem em casa e corrigir o que estava mal e nos trouxe para a situação de “desepero” actual. Falar em crescimento antes de garantir o saneamento financeiro e a reforma do modelo económico é pôr a carroça à frente dos bois !
GostarGostar
“Falar em crescimento antes de garantir o saneamento financeiro e a reforma do modelo económico é pôr a carroça à frente dos bois !”
Sem pôr em causa, com o qual concordo, acho que não deveria ser feito mediante o aumento das transferencias dos cidadão para o estado, ou seja, impostos não devem moldar o que cada um consome, manipulando assim
GostarGostar
Outra coisa Fernando: Este assunto não é uma questão apenas de medidas mas também de timing.O Medina Carreira diz algo que tendo a concordar muito, (não é um esquerdista, como sabe), que o memorando devia ter sido de mais tempo para ser menos traumatizante, mais calmo e tranquilo.Pelo menos, assim fazem-se as coisas com mais tranquilidade e racionalidade
Acho que concorda não?
GostarGostar
TRIC
Tem razão . Há aqui comentadores que não passavam sequer no primeiro ano em finanças publicas com qualquer professor de Coimbra …
GostarGostar
Fernando S, (Posted 24 Janeiro, 2013 at 14:33)
Inteiramente de acordo consigo. Custa-me até a entender que, afora alguns políticos profissionais (os que entendem o seu papel como devendo ser sempre do contra), apareçam pessoas, até com formação escolar superior, que não entendam o que escreveu, clarinho como água.
GostarGostar
Onde estaria esta gente toda preocupada com a insolvência quando em cinco anos duplicamos a dívida e “provocamos” um crescimento económico “monstruoso” de 6%?
Estariam eles tão preocupados com os 12% de desemprego tanto como com os 16.5%?
Se continuamos a ter défices nos orçamentos de cerca de 8 mil milhões de euros querem que a dívida diminua?
Não querem cortar nas despesas do estado porque são ganhos civilizacionais?
Quando 80% dessas despesas são os tais ganhos civilizacionais quanto resta para a dita “política de crescimento”?
Se não há para ela vamos buscar que dinheiro e aonde para a financiar? Mais défice? Mais do que 120%?
GostarGostar
anti-comuna, o regresso aos mercados já tirou quantas pessoas do desemprego? já temos melhores hospitais? melhores escolas? melhores universidades? já ninguém passa fome em Portugal? já acabou a precariedade laboral? já temos melhores redes de transportes públicos? já não temos dependência de energias finitas?
Quando isso entre muitas outras coisas melhorarem, então eu festejo consigo e nessa altura direi que Portugal tem um bom governo.
GostarGostar
A não PROGRESSIVIDADE do IRS (2013)
com violação do artigo 104º da C.R.P.
Dentro de cada escalão do IRS , o imposto é proporcional(%) .
Quanto menos escalões tiver o imposto não progressivo mais proporcional ele se torna . No limite , apenas um escalão , o imposto é simplesmente proporcional .
Para que o imposto seja progressivo , é necessário e suficiente que se verifiquem as seguintes inequações relativamente às crescentes taxas do imposto :
t2 > t1 ; t3 > 2 x t2 – t1 ; t4 > 2 x t3 – t2 ; t5 > 2 x t4 – t3 ; t6 > 2 x t5 – t4
No artigo 68º do CIRS(2013) , o Governo teve necessidade de reduzir o número de escalões de 8 para 5 , pois com o par inicial de taxas 14,50%/28,50% , para haver progressividade , o 8º e
último escalão teria de ser com 100% !… o que aliás viria a
acontecer com o adicional artigo 68º-A do CIRS (2013) , o
que revela bem a agressividade fiscal que existe nestes dois primeiros escalões .
De facto o Governo através do artigo 68º-A do CIRS (2013)
acabou por legislar com 6 escalões , mas violando ainda o
principio da progressividade .
Na verdade ,
250.000 53,00 % (99,70%)
Entre parênteses indicam-se as taxas mínimas para a
existência de uma progressividade no IRS(2013) , onde o último escalão (6º) teria que ser 99,70% .
Verifica-se assim mais uma censurável forma de anestesia fiscal, onde o também numericamente iletrado contribuinte não está em condições de avaliar o modo como lhe é fiscalmente exigido o IRS(2013) . Vicio formal ?
GostarGostar