Martim e Raquel num gráfico
21 Maio, 2013
Perdoar-me-ão o boneco à mão. Decerto não distrairá do seu conteúdo, que consiste em olhar para a distribuição salarial dos portugueses, abruptamente limitada artificialmente, por intervenção estatal, com vista a obrigar todos os que desempenhariam funções abaixo do Salário Mínimo Nacional (SMN) a fazerem parte das estatísticas do desemprego. Aqui estão Martim e Raquel ilustrados:
158 comentários
leave one →
Não é garantido que o limite de trabalho indigno para a Raquel Varela tenha como limite a mediana. Pode ser inferior ou superior a esta. Na realidade, segundo me pareceu, a definição de trabalho indigno para ela é em função de um valor absoluto, e não de um valor relativo.
Já agora, a distribuição de salários em Portugal está longe da distribuição normal indicada…
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São todas. Como não há salários negativos, a assimetria é devida à cauda longa. Exclua os do percentil 90.
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Penso que a assimetria (obliquidade) que a distribuição de salários apresenta não se deve apenas à ausência de salários negativos (ou aos efeitos do salário mínimo). No entanto, se fosse na realidade devido unicamente a isto e compensada pelo remover do percentil 90, isso significaria que o número de desempregados devido ao salário mínimo seria sempre inferior a 5% da população ativa (provavelmente bastante inferior).
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É indiferente quantos são excluídos pelo salário mínimo: o salário mínimo não protege, exclui.
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VC, obviamente não é de todo irrelevante. Como qualquer regulação, o salário mínimo tem custos e benificios, que não são uniformes (um conjunto de pessoas fica excluído do mercado de trabalho por não ter capacidades valorizadas suficientemente pelo mercado para corresponder a esse salário, um conjunto de OUTRAS pessoas fica protegido no seu valor salarial em relação a variações da avaliação suas capacidades).
Note que estou a usar capacidades em sentido extremamente lato (inclua lá tudo o que pode afetar o valor salarial e empregabilidade). Nada impede que as pessoas mudem de grupo (mas em cada momento podem pertencer no máximo a um deles, existe ainda quem não pertença a nenhum dos dois conjuntos).
Se não estivermos na posição irredutivel dos principios, a quantidade de pessoas em cada um dos conjuntos deve ser levada em conta na avaliação da bondade ou não da medida.
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Como é que salário mínimo permite que o trabalhador “fica protegido no seu valor salarial em relação a variações da avaliação suas capacidades”?
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Ao diminuir (de forma drástica) a elasticidade associada aos salários na proximidade do mínimo, o empregador tem de tomar a decisão entre manter o trabalhador a um valor superior ao que desejaria (que pode ser de facto superior à sua valorização actual para as suas capacidades), ou despedi-lo.
Se despedir/contratar outro, o valor adicional para o empregador será a vantagem adicional correspondente ao diferencial de capacidades aplicadas entre o novo empregado e o trabalhador actual, e o custo adicional para o empregador o custo associado ao processo de despedimento + nova contratação. Assim sendo, muitas vezes tal será considerado como não valendo a pena para o empregador, pelo que o empregado captura uma certa parte desse valor (ficando assim protegido contra variações na avaliação das suas capacidades até certo ponto).
Obviamente, leis que tornem mais fácil despedir e situações de alto desemprego diminuem os custos para o empregador, e portanto também as vantagens para o empregado.
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Obrigado pela explicação da baixa produtividade nacional.
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VC, se as causas da baixa produtividade nacional fossem só estas, ou mesmo predominantemente estas, ficaria extremamente satisfeito, porque seriam fáceis de resolver…
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Nao percebo porque é que se perde tempo com uma discusao ultrapasada à 100 anos. O salário minimo é uma restriçäo como sao as semanas de 40 horas, a segurança no trabalho, o trabalho infantil, etc. O efeito do SMN é residual e é uma estupidez a direita desgastar-se com este tipo de debate só para ter razäo. O mais interesante é que pessoas como o JM que defendem acabar com o SMN nao têm problemas com o estado de confisco que correntemente estamos. Qual é o efeito do aumento de impostos no desemprego?
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O efeito do SMN poderá não ser residual, já que este equivale a um custo efectivo de quase 800 euros por mês de trabalho efectivo, e muitas actividades não conseguirão gerar esse valor. (isto incluindo o impacto das férias, segurança social do empregador, etc).
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O que eu digo é que o efeito total no desemprego das actividades que deixam de ser rentáveis pela existencia de um SMN é residual e nao que o valor individual de un SMN é residual nos custos de uma empresa.
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Oh caro, por acaso quer que uma stalinista esteja preocupada
com essa coisa da distribuição dos salários não ser nunca, em
nenhumas circunstancias de Distribuição Normal ?
Desses escrúpulos está uma agit-prop bem livre . . .
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Quando é que a Raquel Varela cria uma Comuna?
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Quando deixar de acarraçar a função privada através do Estado. Que ela defenda o Estado com unhas e dentes, isso eu percebo. Nenhuma carraça deseja a morte do cão que a alimenta, apesar de a provocar.
A carraça morre com o cão.
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@joão branco: hoje são 10% com SMN, já foram muito menos (quando era inferior).
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Ali onde diz “impedidos de trabalhar pelo Estado”, não devia dizer “convidados pelo Estado a trabalhar na clandestinidade”?
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Também. Aliás, um dos que o faz é o próprio estado, que nem que seja condenado, só transfere de um bolso para outro.
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Esse gráfico é muito giro. A linha do SMN está traçada para aí nos 450 euros, o que indicia que há gente disposta a trabalhar por 200 euros e não deixam. E por 100. E por 0.
Nunca faltou quem explicasse que o fim da escravatura ia ser prejudicial para os escravos.
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Se não há gente disposta a trabalhar por 200€, então o SMN é irrelevante e pode ser abolido.
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VC, se existirem muitos poucos homicidios, as leis contra o homicidio são irrelevantes e podem ser abolidas? Não se esqueça que as leis não tem apenas um efeito punitivo, tem também um efeito sinalizador, mesmo que não sejam cumpridas a 100% (só deixam de ter esse efeito sinalizador quando deixam de ser consideradas na tomada da decisão pela maior parte dos agentes).
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Tal como as leis contra o canibalismo. Também não temos. Necrofilia também não, se não estou em erro.
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Errado, vitorcunha. Temos leis contra isso tudo.
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O homicídio envolve prejudicar outra pessoa. O canibalismo (assumindo que não-voluntário) também. O SMN só prejudica a pessoa que o aceita. Podem escorrer rios de tinta a dizer que é injusto alguém trabalhar por 50€ mensais, que isso não significa que possam impedir alguém de o fazer. As analogias extremistas são uma forma de argumentação baixa.
Já agora, se são contra o SMN como aceitam o regime de voluntariado, esse remunerado bem abaixo do SMN?
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O ponto do canibalismo não era comparar com SMN e sim demonstrar que nem tudo necessita protecção legal. O canibalismo é crime na Alemanha apenas desde o caso Meiwes. Antes não era preciso prever legislação nesse sentido.
Quem é contra SMN não pode ser contra voluntariado.
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Existem leis contra essas duas atividades (profanação de cadáver).
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Não é preciso estar morto para se ser comido.
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Nesse caso, pode ser enquadrado em ofensa corporal grave. VC, está a subestimar fortemente a logorreia legislativa nacional 🙂
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Ora aí está!
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Seguindo a logica do João Branco, a do “efeito sinalizador”, os agentes não teriam razões para pagar acima do salario minimo.
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Se ler o meu texto acima, verá que eu indico que existe um grupo que não é afectado directamente pelas leis de salário mínimo: são aqueles cuja avaliação pelo mercado lhes fornece constantemente uma valorização do trabalho superior ao salário mínimo. Para estes, a competição entre agentes é o único fator que determina o seu salário. Isto dito mesmo para estes o efeito sinalizador funciona indiretamente (se esta pessoa faz o trabalho de duas de salário mínimo, a sua valorização pelo mercado poderá ser aproximada a de dois salários mínimos, etc.). O mecanismo de construção de preços no mercado, nomeadamente no mercado de trabalho, não funciona no vácuo ou de novo em cada contratação.
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Pior do que negar o direito as pessoas trabalharem, mesmo por o que leio aqui ‘escravatura’ (a opcao de trabalhar ainda existe), o SMN retira a possibilidade aos jovens que estao no desemprego ganharem produtividade, para um dia almejarem salarios mais altos.
O SMN é uma discriminacao para as pessoas que o seu set de skills nao permitam que o mercado os remunere a um certo preco. Estamos a criar mais desigualdade a nao permitir estes jovens entrarem na curva de aumento de produtividade.
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João Branco (21 Maio, 2013 16:50),
Portanto, o mercado funciona acima do nivel do salario minimo. Não ha nenhuma razão para que não funcione ao nivel e abaixo do salario minimo.
Não é verdade que “se [uma] pessoa faz o trabalho de duas de salário mínimo, a sua valorização pelo mercado poderá ser aproximada a de dois salários mínimos”. A existencia e o aumento do salario minimo tende a “esmagar” a grelha salarial.
Mas é verdade que, mesmo assim, por pouco que seja, muitas vezes acaba por puchar para cima outros salarios, isto é, pucha-os para niveis superiores aos que seriam normalmente fixados num mercado de trabalho livre e aos que são mais ajustados às possibilidades de optimização dos recursos por parte da empresa empregadora. Ou seja, a existencia dum salario minimo acaba por funcionar como um limitador da procura de trabalho mesmo para funções e qualificações superiores.
Num caso como no outro, o resultado final é o desemprego de mão-de-obra que, de outro modo, mesmo com remunerações eventualmente mais baixas, poderia ser utilizada.
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Este gajo é *puchado* dos tomates. De analfabeto não se discute : CONSTATA-SE.
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A questão do salário mínimo está mal centrada, porque não se trata tanto da sua existência como quem o define. Por exemplo, na Alemanha não existe salário mínimo definido pelo Estado, mas, em contrapartida, as organizações sindicais cumprem a função social de negociarem as remunerações mínimas com cada empresa. Tal pressupõe a existência de sindicatos credíveis que assumam um papel activo na definição económica da nação, e não apenas grémios de passeatas proto-comunistas. Infelizmente, dada a tremenda politização e consequente limitação da acção cívica dos nossos sindicatos, estas práticas não podem ser implementadas na nossa sociedade. E, desta forma, para o caso português, concordo que seja o Estado a estabelecer o limite que separe remuneração de servidão.
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A maneira alemã é a maneira certa. Sindicatos e patrões (que sabem quanto vale o trabalho específico) sentam-se à mesa e batalham até encontrarem um valor que ambos finjam achar aceitável (embora resmunguem por trás).
Lembro que os sindicatos alemães aceitaram o congelamento dos salários na função pública quando a economia alemã se achou incapaz de fazer face às demandas do Estado, como contrapartida para não despedirem pessoas. Alguns salários foram mesmo reduzidos. Ali há sindicatos credíveis.
Os nossos sindicratas (grafia perfeitamente intencional!) defendem o seu direito próprio a não trabalhar e a andar a fazer campanhas pelos partidos (PS, PCP, alguns do PSD) pagas pelas quotas dos associados e pelas transferências do Orçamento do Estado. Nunca me revi nos sindicatos existentes em Portugal. São um bando se sápatras, com o credo dos tr-b-lh-dores na boca e Cuba no coração.
Ao menos os sindicatos que negociavam comigo (eu ajudei a preparar muitas vezes os dossiês dos sindicatos antes de irem à administração, pelos sindicatos), em África, eram compostos de gente séria, interessada e razoável. E, assim sendo, levavam mais.
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O que diz sobre a Alemanha é verdade, mas convém contar a história toda. Veja como a gestão da Autoeuropa é considerada um modelo excecional em Portugal, porque há um envolvimento direto dos trabalhadores na gestão. Se conhece a Alemanha (e não só), sabe que isso é perfeitamente vulgar.
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A senhora minha vizinha que trabalhou meses e muito para além do horário normal, recebendo apenas o salário mínimo, metido dentro de um envelope sem qualquer papel a acompanhar, e sabendo-se que nem ela, nem a sua empregadora, descontaram o quer que fosse para a SS, digam-me em que conjunto pode ser classificada?
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Onde chegamos…
A distribuição normal abordada em desenho infantil por alguém que evidentemente nunca estudou a dita curva em cadeiras sérias de Probabilidades e/ou Estatística…
Sic Transit…
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YHVH,
Desde quando é que o rendimentos de salários se encontram na distribuição normal?
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YHVH, Francisco:
Como já disse acima, retire o percentil 90, porque não estamos a falar dos Bagões ou Manuelas, e dentro dos salários dos “comuns mortais”, encontrará, como é óbvio, uma distribuição normal, se retirar as distorções bizarras como, vamos lá, o salário mínimo nacional. Isto é UK:
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YHWH, você é um cómico.
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É essa a sociedade que realmente queremos, onde uma pessoa trabalhe mais de 40 horas semanais por um salário inferior a 450 euros? Não se vislumbra aqui qualquer incidência ética, uma opção civilizacional? É humanamente lícito exigir a abolição do salário mínimo, argumentando que é melhor passar os dias numa prensa mecânica em troca de umas cascas de alho, do que estar desempregado? E conferir-se um carácter negativo ao salário mínimo, porque limita opções? Não é essa a natureza de uma lei: limitar, circunscrever? Nesse caso, o que é justo, quanto vale o trabalho de uma pessoa, quem limita a indignidade na oferta salarial? Fica ao critério do bom senso de cada empresário? O mercado, esse racional e compassivo líder político, que atingiu o auge da sua sapiência em 2008?
Cabe o mais elementar bom senso, humanidade e moralidade nesta questão, ou não têm nada a ver? Eu acho que sim. Comparar com certas sociedades liberalizadas só fará sentido se essas tiverem uma sociedade igualmente empobrecida e envelhecida, com a economia exclusivamente focada na prestação de serviços, inserida numa união monetária titubeante, uma carga fiscal excessiva, um tecido empresarial iletrado e uma acção sindical fantoche.
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É isso mesmo: vamos decretar que vivemos no paraíso, e já agora que existem unicórnios, fadas, e, e, …. mas entretanto acordei, e percebi que tenho de ir dar jantar aos meus filhos, pois o Estado não o faz por mim. Boa noite.
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Quando vi o desenho até julguei que fosse uma análise à mama de Angeline Jolie.
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Á *mama* dos ratos do Largo andas tu, ó Piscoiso . . .
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Tric, ponha os títulos dos vídeos como texto também. Senão tenho que ir a um computador do povo que isto não se vê na app do povo.
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Não há nenhum motivo para pensar que a redução dos salários é por si só criadora de emprego. A teoria que propõe a solução da redução dos salários está errada. Os salários são uma parte dos custos das empresas e há outros custos com maior peso na estrutura, nomeadamente os custos financeiros e muitas empresas têm mais problemas com juros do que com salários, devido à sua dependência de financiamento.
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Não o vejo muito preocupado com o salário do pequeno empresário com um funcionário. Desde que o funcionário tenha o salário mínimo, é indiferente quanto o pequeno empresário recebe, mesmo que abaixo do tal mínimo.
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Não o vejo muito preocupado com o facto de considerar empresário um sujeito que não tem capacidade para pagar o salário mínimo a um trabalhador.
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Tem toda a razão, Portela: é um emigrante.
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Ainda bem que estamos de acordo de que a teoria da redução de salários está errada e não resolve o problema do desemprego nem da competitividade, porque cria uma economia especializada em produtos de baixo valor acrescentado e cada vez menos competitiva …
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Esse “ainda bem que estamos todos de acordo” funciona lá no Bloco?
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vai o vitorcunha demonstrar, com ou sem excell, que uma redução de salários cria emprego e isso é uma “lei geral” da economia ?
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Não precisa que eu o faça: tem acesso à internet. É usar o método do Pedro Lains: comparação internacional.
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Aposto que o Vitor Cunha é matemático, ou fisico ou um cientista maluco qualquer. Na economia há teorias nao há leis. Também está escrito nos livros que a baixa de juros implica aumento de investimento. Onde está o investimento agora que temos os juros a minimos historicos?
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no Bloco não faço ideia – mas no Blasf está a funcionar 🙂
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Gosto de o ver assim, tão Seguro de si próprio. O mais natural é nunca se enganar e raramente ter dúvidas.
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C M R
Construção, Manutenção, Reparação
Em qualquer altura, em qualquer lugar
Moradias em qualquer material
Areas Verdes
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Serviços agricolas
Abastecimento de Agua, Irrigação, Sistemas de Rega
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Projectos, Orçamentos
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O Vítor Cunha continua a defender patrões ociosos e pouco inteligentes, investidores de vão de escada, incapazes de contribuir para criar riqueza suficiente para viverem bem e darem melhor vida aos seus colaboradores.
Quando foi o desastre do Bangladesh eu tinha referido a necessidade de os capitalistas contribuírem para a melhoria de vida daqueles infelizes que lhes enchem quase gratuitamente as contas bancárias. O Vítor não pareceu favorável. Mas o que é certo é que esses capitalistas, se calhar envergonhados de o mundo estar a olhar para eles, resolveram melhorar a vida daquela gente. O próprio governo considerou a possibilidade de criação de sindicatos livres.
Portugal tem o salário mínimo e médio dos mais baixos da Europa. Se isso não serve ao empresariado português o caminho será aproveitar aquilo que os bangaleses já não querem e reduzir o salário tendencialmente para zero? Só assim serão capazes de desenvolver os seus negócios? E se mesmo com salário zero não resultar, põem-se os trabalhadores a pagar para terem emprego? Para onde desejaria o Vítor que fossem a totalidade das mais-valias?
——–
Já agora, quanto a Raquel Varela, que critiquei noutro comentário abaixo, devo dizer aqui, para repor a justiça, que, além da sua sensualidade, tomara eu que todas as elites portuguesas, de que ela faz parte, colocadas no ponto da curva escolhido pelo Vítor, tivessem opções de exigência capazes de não quererem “bengladeshar” o país. E quererem maior equilíbrio entre pobres e ricos já que, até nisso, somos a escória da Europa.
E cá ninguém tem vergonha como, pelos vistos, acontece no Bangladesh. 😉
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Estou estupefacto, Fincapé. Então são os *estados* que *deixam* formar sindicatos? Não são os trabalhadores que os formam? Isso soa a malefícios do estado.
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Não defendo ditaduras. Elas normalmente não permitem associações livres de trabalhadores. Algumas permitem apenas associações livres de patrões. 😉
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Sabe, gosto de pensar que o salário mínimo nacional não devia existir. O mundo devia ser cor de rosa e as pessoas deviam todas ganhar suficiente para comer sem que fosse preciso o Estado promover um salário mínimo nacional. Infelizmente, os sonhos não se concretizam, este país não é a Noruega e grande parte dos empregadores portugueses pagaria salários miseráveis (de um ou dois euros por dia) enquanto passava o dia a fazer compras em lojas de luxo.
Infelizmente, e o Vitor, apesar de frequentemente demagogo, sabe que isso é verdade, a economia não funciona sem consumo, e se não houver circulação de dinheiro não há consumo. Talvez fosse preferível haver maiores salários nas bases, em vez de acumulação de riqueza nos empregadores, mas claro, podemos todos viver felizes e pensar que a lei da oferta e da procura mantinha todos os trabalhadores alimentados.
Afinal, o que é a economia sem levar em conta as pessoas? Talvez um conjunto de números que só estarão corretos quando metade da população estiver a morrer à fome (mas esses não interessam, são baixas necessárias).
Desculpe o mau humor, mas esta semana já vou no quinto trabalho de grupo, já não posso ver números à frente (um dos trabalhos é de sociologia, com imensos gráficos, o Vitor ia gostar de o ver, faz mesmo o seu género).
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Sociologia não combina com matemática.
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por isso é que os números de VGaspar não combinam com pessoas 🙂
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Vítor, tem de concordar que o Portela esteve 100%. 🙂
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Esteve 100% com o discurso dos que faliram o país.
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Falácia qualquer coisa…
Ele nem falou no Socas. Falou só no Gaspar.
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vá lá vitorcunha, eu confesso que a Raquel foi uma tontinha e vc confessa que a nossa Europa está a ir pelo cano 🙂
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Pois não, a disciplina de MACS era muito mais fácil (e estranhamente interessante), mas na minha escola não me deixaram ter economia (o ministério não quer contratar mais professores, se o número mínimo de alunos por disciplina ainda fosse dez, podia-se juntar a outra, como passou a vinte, já não conseguem arranjar alunos suficientes, assim, lá se foi o novo professor). É uma pena, aquilo que é interessante o governo não quer ensinar, talvez para nos manter estúpidos, não?
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Alvissaras! O Portela confessou-se…
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Excelente. A esquerda é uma infantilidade: são mais infantis que um puto de 16 anos
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Então, A.R, não sabia que a esquerda é o elixir da eterna juventude?
Vá lá, vire um bocadinho para ver se rejuvenesce. 😉
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Só agora vi o vídeo dos P&C.
BRAVO, MARTIM !!
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Sr. Vítor não sei qual a pior utopia. Se a do camarada Jerónimo se a sua.
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andpinto (21 Maio, 2013 17:35) :
“É essa a sociedade que realmente queremos, onde uma pessoa trabalhe mais de 40 horas semanais por um salário inferior a 450 euros? Não se vislumbra aqui qualquer incidência ética, uma opção civilizacional?”
.
Claro que todos queremos uma sociedade que pague mais do que isso.
Mas quando o resultado de uma obrigação imposta aos empregadores é deixar no desemprego muita gente que preferiria certamente ter um trabalho e ganhar algum dinheiro, mesmo que inferior ao que é obrigatorio, então é porque ha qualquer coisa que não esta bem.
Uma sociedade deve ter o nivel de salarios que é compativel com a produtividade da sua economia. Se a produtividade subir, se for criada mais riqueza por cada trabalhador, então o nivel de salarios pode subir. Fazer o contrario, aumentar artificialmente os salarios, cria desemprego, baixa a produtividade global da economia, leva a um retrocesso nas remunerações. Aconteceu em Portugal nas ultimas duas décadas, estamos agora na fase da factura, com mais desemprego e diminuições do salario real médio.
Ou seja, o preço a pagar por uma politica de salarios minimos e médios elevados é demasiado elevado : desemprego e empobrecimento.
Um salario inferior a 450 Euros é suficiente para se viver decentemente ?
Se eu quizesse fazer demagogia facil teria de dizer que não e seria aplaudido pelas “belas almas”.
Objectivamente terei de dizer que não.
Na verdade, mesmo em Portugal, ha quem viva com menos do que isso. A começar por uma grande parte dos que ficaram desempregados em resultado de politicas publicas erradas levadas a cabo ao longo de muitos anos, incluindo as que favoreceram salarios mais altos do que era recomendavel.
Na verdade, em Portugal, as gerações passadas viveram com rendimentos muito mais baixos. Basta recordar que em cerca de 3 décadas o rendimento per capita português mais do que triplicou em termos de poder de compra. Se os nossos Pais e os nossos Avos viveram com muito menos porque é que alguns de nos não podem viver com um pouco menos.
Mas é ainda mais verdade quando se pensa no que ganham mais de 2/3 dos habitantes do planeta, muito menos do que isso. Na maior parte dos paises africanos a generalidade da população vive com menos de 30 Euros por mes. Bem sei que as condições são diferentes e que existem outros expedientes (como seja a produção para consumo proprio) mas o que é certo é que vivem com muito menos dinheiro (e com muito menos “Estado Social”).
Porque ? Porque estes paises são ainda menos produtivos. Em grande parte por razões historicas, por serem muito menos desenvolvidos. Em parte também por erros de politica e governação.
No nosso pais, como em qualquer outro, mais ou menos desenvolvido, a unica maneira de conseguir um aumento generalizado das remunerações e do nivel de bem-estar é aumentar a riqueza produzida. E para o conseguir é indispensavel ajustar a economia, incluindo os salarios, de modo a que estes correspondam aos niveis que permitam aos agentes economicos empregar mais recursos e gerir estes recursos de modo mais eficiente.
Qualquer outra via é uma ilusão e as ilusões pagam-se caro, mais cedo ou mais tarde !
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CORRECCÃO : “Objectivamente terei de dizer que SIM.”
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Mas afinal vamos sair do euro e não me avisaram?
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O que o Fernando diz é verdade.Mas também,julgo,se a memória não me falha que os produtos eram mais baratos, do que são-no hoje,portanto,nesse sentido era possivel sobreviver com um salário mais baixo.Nesses paises que cita,é assim. Os tempos são um bocadinho diferentes.Todavia, o salário minimo não deve existir,pelo menos sem ser imposto pelo Estado,mas na versão do Norte da Europa, onde o salário minimo é negociado entre trabalhadores e patrões.Mas, em troca, os preços devem descer.Quer dos produtos, quer da energia(como a Troika assinalou.)
PS: Não sou adepto de uma decisão que decida baixar todos os salários por arrasto.Essa, é uma tarefa do mercado.Baixe-se aonde tiver de se baixar, mantenha onde for possivel manter, e porque não, aumente-se aonde for possivel. Coisa que tem acontecido.
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O que é que significa ‘poder de compra’?
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Nem tinha comentado a “falácia azul” do Vítor: “Impedidos de trabalhar pelo Estado”.
Bom, pelo Estado dificilmente trabalharão, uma vez que o Estado até está a despedir, libertando mão-de-obra para o setor privado.
Mas estão disponíveis para trabalhar pelo setor privado. Só que o setor privado não os emprega. Isto é, o Estado permite que eles trabalhem, mas o setor privado não.
O Vítor dirá que trabalhariam todos a baixo custo da mão-de-obra. E é aqui que está a falácia (azul): nem de borla a economia absorveria um milhão e quinhentos mil trabalhadores. Faria é disparar bem para baixo todos os salários, africanizando a nossa “riqueza”/pobreza. Ou nesta coisa de salários o Vítor não acredita nas leis do “mercado”? 😉
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Ai acredito, acredito. O salário é o valor de mercado para uma dada função, em trabalho executado, num determinado tempo. É ilegal contratar trabalhadores abaixo do SMN. É possível contratar serviços – portanto, o Estado sim, torna pessoas em prestadores.
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Como é simples a sociedade para o liberalismo. O mercado e os valores de mercado resolvem tudo. Quer dizer, tirando muita coisa. 😉
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Como é complicada a sociedade para o socialismo. A regulação e a legislação pela “justiça social” resolvem tudo.
Quer dizer, tirando muita coisa. 😉
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Vou dar-lhe razão, antes que não tenha mais nenhuma oportunidade. 🙂
A regulação e a legislação não resolvem tudo. E muitas vezes não aumentam a “justiça social”. O socialismo não sei, porque nunca o vi. Mas sabe porquê? Porque quem regula e legisla fá-lo debaixo de interesses individuais ou de grupo, pequeno ou grande. O Estado é mal gerido porquê se os gestores são como as pombinhas da Cat’rina andando de mão em mão? No privado gerem bem e no Estado gerem mal? 😉
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Mais um ou dois posts e o Fincapé torna-se apoiante do Ron Paul.
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Está enganado, Vítor. Não leu esta parte: “não resolvem tudo”. Mas resolvem muita coisa. Agora, falta melhorar a legislação e a regulamentação, afastar os maus governantes individualistas, colocar no Estado quem o defenda em nome do coletivo, desvincular o Estado dos interesses ligados aos liberais nos lucros e socialistas nos prejuízos… Quer dizer, ainda falta muita coisa. 😉
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“desta vez é que é”
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Não é, não. Estamos na onda de estragar mais. Nos tempos que corre está a dar-se uma transferência enorme do trabalho para o capital e dos pobres para os ricos. Repare que a Alemanha bateu o recorde de vendas de Mercedes o ano passado.
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http://mises.org/Literature/Format/9/ebook-epub
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o “amigo de Peniche” de vitorcunha:
.
http://www.publico.pt/economia/noticia/saida-do-euro-levaria-a-mais-emprego-mas-com-salarios-mais-baixos-diz-daniel-bessa-1595105
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É Lapalisse.
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eu diria, elementar meu caro: como os neo defendem que uma Baixa de salários induz à criação de Emprego, então, a saída do euro é uma boa solução para os neo 🙂
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Não sei quem são esses neo. Ninguém de bom senso trocaria disciplina orçamental por inflação engana-tolos.
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Os liberais estão num decalema… pelo menos. E confusos por não encontrarem a realidade em lado nenhum. 😉
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qualquer sensato liberal acha estranho a Europa ter um “banco central” cuja mission é (só) controlar a inflação 🙂
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Há liberais que até defendem a existência de múltiplos emissores de moeda privados e várias moedas em circulação. Não lhes chegam os truques que já usam para as suas orgias financeiras. 😉
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Nunca trocou a permissão da Arminda copiar o seu trabalho de casa pela oportunidade de espreitar pelo decote? Aí está: moeda é o que a Arminda quiser.
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A minha moeda é forte. Não basta olhar o decote. 🙂
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A saida do Euro levaria antes de mais a uma diminuição muito substancial do rendimento real dos portugueses. Ou seja, a um empobrecimento, muitissimo maior do que aquele que se verifica actualmente. No curto prazo.
Depois, mas apenas depois, numa segunda fase, é que poderia levar a um aumento progressivo do emprego. No médio-longo prazo.
Mas nada nos diz que a permanencia no Euro não permita também uma recuperação do emprego, também ela progressiva. Desde que, naturalmente, entretanto, o pais faça os ajustamentos reais que criem as condições para uma normalização do financiamento e uma melhoria da competitividade da economia nacional. Alguns destes ajustamentos estão em curso, teem de ser continuados, nos curto e médio prazos. A retoma do emprego é também uma questão de tempo, de médio-longo prazo.
A diferença entre estes dois caminhos é muito importante e é bem apresentada por Daniel Bessa : no caso da saida do Euro teremos emprego mas uma economia de baixos salarios ; no caso da continuação no Euro teremos emprego com uma economia mais sofisticada e com salarios mais elevados.
Onde não concordo com o Daniel Bessa é na observação anexa de que a permanencia no Euro, se tudo correr mal, pode levar ao “deserto” (seria desemprego ainda mais elevado e forte empobrecimento). Na verdade, se tudo começar a correr mal, muito antes de se chegar ao “deserto”, ja não estariamos no Euro mas sim no cenario fora do Euro. Não seria o “deserto” mas uma “savana com um muito lento crescimento da vegetação”.
Mais vale fazer os sacrificios necessarios para continuar noEuro !
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Click to access NeD115_JoaoFerreiraAmaral.pdf
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Uma analise interessante. Mas não partilho diversos aspectos nem concordo com a conclusão. Mas esta é uma discução que não “cabe” agora aqui. (Espero não ter feito nenhum erro de ortografia !… 😉 )
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E onde o VC se posiciona no desenho?
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rr (21 Maio, 2013 22:04),
Refiro-me a rendimentos reais, com paridade de poder de compra. Podem existir algumas diferenças consoante os correctores utilizados mas as conclusões são essencialmente as mesmas : o poder de compra e consumo dos portugueses aumentou significativamente nas ultimas décadas.
Este aspecto é importante porque os que se opõem à liberalização do mercado de trabalho e a uma eventual diminuição ou abolição do salario minimo utilizam como argumento a tese de que não é possivel viver com salarios inferiores.
Portanto, deduzo que o rr também não é a favor duma imposição do salario minimo pelo Estado. Isto significa que o ideal é que os salarios sejam negociados livremente entre empregadores e trabalhadores sem a intervenção do Estado. A partir daqui, é evidente que uns e outros são livres de se organizarem em associações e sindicatos. Que, por sua vez, podem perfeitamente negociar entre eles e estabelecer acordos quanto a remunerações e condições de trabalho. De resto, nestas condições, e como acontece por vezes noutros paises sem lei do salario minimo, podem acordar uma presença do governo nas negociações, por exemplo, com um papel garantista e arbitral.
Quanto à descida ou não dos outros preços, isso depende dos casos e, sobretudo, do mercado. Mais uma vez, a intervenção do Estado deve ser apenas no sentido de garantir que os mercados funcionem em condições de livre concorrencia.
Seja como for, a liberdade no mercado de trabalho é importante em si e não deve nunca ser limitada por qualquer outra condição exterior relativa ao comportamento dos outros preços (do género : se o preço do pão não descer o salario não deve descer). Senão o mercado de trabalho deixa de ser livre e passa a ser intervencionado.
De resto, a liberdade no mercado de trabalho é um factor de melhoria da eficiencia produtiva noutros sectores pelo que, consequentemente, deve contribuir para uma descida dos preços reais nestes sectores.
Não percebo bem o sentido do seu PS. Obviamente que quando se fala de liberdade no mercado de trabalho se parte do principio de que quaisqueres alterações nos salarios, para baixo, para cima, ou nenhumas, dependem apenas do mercado e não de qualquer imposição do governo.
Dito isto, não nos esqueçamos que o mercado de trabalho actual, muito embora tenha sido objecto de algumas medidas liberalizadoras recentes, ainda esta muito longe de ser verdadeiramente livre, e que a continuação ou não dessa liberalização depende da vontade politica do governo, do legislador e do conjunto das instituições.
Por exemplo, um não aumento do salario minimo, ou mesmo a sua eventual diminuição, como por vezes chegou a ser ventilada, passa necessariamente por uma decisão do governo em funções.
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http://linguamodadoisec.blogspot.pt/2007/10/qualquer-quaisquer-e-quais-queres_12.html
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Obrigado pelo reparo e pelo link. Pode então ser “qualquer alteração” ?
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Uma foto que é todo um programa: uma Maioria, um Governo, um Presidente
.
http://www.publico.pt/politica/noticia/cavaco-falhou-declaracao-de-compromisso-para-o-postroika-1595112
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Não sei se o PCP, se convidado há anos, recusou a presença no Conselho de Estado.
Idem, o meu equívoco para o BE.
Se nunca foram convidados, sinceramente não percebo essa discriminação.
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Será que alguèm no Palácio de Belém pensa que o PCP e o BE são “magrebinos” ?
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O mês de um Fulano solteiro com o seu salário mínimo de 566 euros, tirando 11% para a SS, deve andar à volta dos 500 euros, ou dito de outra forma, aquilo que o gráfico do Vitor não mostra.
– Uma renda para um barraco, 250 euros (1)
– Alimentação, 120 euros2 (2)
– Transporte, 30 € (3)
– Electricidade/água/gás, 75 euros (4)
– Bens essenciais/Guarda-roupa (5): 25 euros.
– Tudo somado dá aproximadamente os 500 euros.
Posto isto, penso que não se trata de saber se é indigno, mas se é suficiente.
(1) Vítor, se arranjar mais barato avise, tenho gente interessada.
(2) 4 euros/dia, 2 euritos por refeição, sim eu sei que é um luxo, mas o Fulano só come 2 refeições por dia, bem merece comer ao fim de semana (1).
(3) Já sei, podia ir de bicicleta ou pé, mas tínhamos que investir mais na alimentação/sapatos. certo? (1)
(4) Só na minha imaginação (1)
(5) Não sei se um Fulano que ganhe o salário mínimo está impedido de utilizar palavras caras, mas penso que não.
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O salário não existe para assegurar subsistência mínima. Existe como troca por serviço ou tarefa executada. Lamento o caso apresentado e só lhe posso sugerir mesmo considerar a alternativa da emigração.
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Puxa que é difícil entenderem: se acabarmos com o salário mínimo, os preços baixam em conformidade, permitindo que a pessoa compre o mesmo cabaz com menos dinheiro!
Como é que pensam que a Alemanha se tornou tão competitiva nos últimos 10 anos? Na Alemanha NÃO EXISTE SALÁRIO MÍNIMO imposto pelo Estado.
Daí o custo de vida ser pouco mais elevado que em Portugal, para um rendimento muito mais elevado.
O SMN apenas impõe um nível de preços mais elevado que torna o país pouco competitivo, e consequentemente cria desemprego.
Nota importante:
Como hoje apenas 10% dos trabalhadores recebem o SMN (o meu conjuge está incluído nesse grupo, pelo que falo com conhecimento de causa), a sua abolição pouco impacto teria na diminuição do desmprego.
Mas a sua subida, seria arrasadora na criação de mais desemprego!
PORQUE É QUE A ESPANHA E A GRÉCIA TÊM UM DESEMPREGO MAIOR QUE O NOSSO???????
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Esqueceu-me de identificar o Fulano.
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Esquecem-se de uma coisa: “o burro” anda mais depressa se lhe colocarem a cenoura à frente. Ninguém tem vontade de trabalhar a troco de nada ou a troco de uma sopa. Mesmo o salário mínimo, excluindo as despesas básicas de manutenção da casa e de transporte dá para a sopa e pouco mais. salário mínimo não é para pessoas altamente qualificadas, como vemos arquitectos, e pessoas formadas em humanidades por vezes a dominar 4 línguas. é para pessoal indiferenciado. A exigência de pessoal licenciado a receber salário mínimo é pura e simplesmente falta de vergonha e exploração. Assim nenhum jovem tem vontade de prosseguir os estudos para além da escolaridade obrigatória e mesmo assim…
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Estive a ver o vídeo. A Raquel Varela, na sua categoria de extrema esquerda parasita, prefere ver o Povo a morrer de fome do que a receber salário mínimo: birra de crianças na infantilidade da esquerda.
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Um comentário no Arrastão sobre o tema Martim:
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by José Luiz Sarmento
O Martim fez-me lembrar um filme que vi há muito tempo, “A Escolha de Sofia”, em que a protagonista foi obrigada por um oficial nazi a escolher qual das filhas iria para um campo de extermínio e qual se salvaria – sob pena de irem as duas para o campo de extermínio.
A escolha entre o desemprego e um salário de miséria é uma escolha cruel. E não é uma escolha livre, porque é imposta depois de todas as outras alternativas terem sido sistematicamente, friamente eliminadas (o oficial nazi poderia facilmente ter feito com que ambas as filhas de Sofia se salvassem).
O Martim, na sua inocência, limitou-se a reproduzir uma das “evidências” que o poder neoliberal tem conseguido introduzir no senso comum. E quero crer que o aplauso que recebeu tenha sido igualmente inocente. A “evidência” não deixa por isso de ser uma mentira obscena. Veiculada por gente como José Manuel Fernandes e os gestores do Millenium BCP, gente que é tudo menos inocente.
Teria Raquel Varela sido mais sensata se deixasse a sua resposta para um lugar mais adequado, um tempo mais adequado e sobretudo para interlocutores mais adequados, por menos inocentes? Sem dúvida que teria. Mas a inocência do Martim, quer queiramos quer não, faz parte do problema porque é ela que o que o torna vulnerável a um senso comum que é, não tenhamos dúvidas, fabricado.
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E o Martim “pecou” porquê, em quê, e desde quando ?, numa sociedade como esta dum país competitivo, selvático e simultâneamente falido e sem futuro progressivo nos próximos 7, 8 anos ?
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BRAVO, MARTIM !!
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Essa pessoa foi ao cinema.
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Quer então dizer que o senso comum está errado.
Concluo então que quando os adeptos do Arrastão chegarem ao poder, tratarão de reativar o Tarrafal, convertendo-o num campo de reeducação de onde os cidadãos só sairão depois de “convencidos” da qualidade do senso dos Arrastões.
O Martim já tem uma cela reservada.
Esta gente é perigosa!
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Ou seja, o Martim é um “inocente” (como “inocente” foi “o aplauso que recebeu”) “vulneravel a um senso comum” “fabricado” pelo “poder neoliberal” (“que é tudo menos inocente”) !!…
Claro que para esta esquerda Arrastão (“inocente ?!… “não inocente” ?!…) tudo se resolve com um bom emprego a tempo indeterminado e um bom salario !… Basta pedir, o que digo eu ?…, exigir e conquistar pela luta, pois claro !… Para que precisamos de “empreendedorismo” ou “caridadesinha” ?!…
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A interlocutora Raquel teve momentos hilariantes… Como aquela interrupção ao Martim, a um jovem com 16 anos(!), que não é patrão de nada(!), se sabia se na fábrica que produz as suas criações havia empregados explorados…
Mais um pouco e perguntava ao Martim se estava colectado nas Finanças, se pagava impostos, o que fazia ao dinheiro, etc. e tal…
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Claro, para a militante era indispensavel parar e calar de qualquer forma aquele puto que não estava ali a queixar-se e a estender a mão mas antes a dizer que tinha criado o seu negocio, dando trabalho a outros, procurando mesmo exportar, etc, etc … Era demais !!…
Saiu-lhe o tiro pela culatra !… Agora anda esta esquerda bem pensante e que, no fim de contas, despreza e snoba o povo e os jovens de quem se arvora em representante e porta-voz, embaraçada a procurar aguentar a maré e a preparar a contra-ofensiva …
Até espanta a facilidade com que esta Varela se espalhou … porque, nestas coisas e nestes ambientes, esta esquerda bem pensante até é normalmente bastante competente e habilidosa no usar da demagogia facil para calar quem eventualmente pode não pensar como ela e captar os aplausos de quem concorda ou, pelo menos, sente uma necessidade aguda de afirmação e demonstração uma boa consciencia social e moral !!
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CORR : “… duma boa consciencia social e moral !!”
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Recuso-me a ler uma linha que seja deste Cunha, como a ouvir uma palavra sequer da Raquel. A julgar pelo uso que dão ao bestunto, são primos.
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Gostava de ver a bolinha Vitor Cunha nesse gráfico. Mas acho que não vou ter essa sorte.
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O Vítor Cunha já esteve à direita da Raquel no gráfico e já esteve na área azul. E esta informação é gratuita para poder tirar outra conclusão falaciosa.
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Falácia multicor. A resposta não corresponde à pergunta. 🙂
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Têm que se decidir. Ou sou um gajo à procura de tacho (portanto, área azul), ou sou um gajo que não procura tacho (portanto, vizinho da Raquel Varela no gráfico).
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Como nunca entendi como o SMN impede alguém de trabalhar, pode me exemplificar com o seu caso? Já esteve na área azul…
P.S. 1: Teoria não vale. Não acredito numa teoria que afirma que é quando menos de consome que mais se investe.
P.S. 2: A bitola dos meus comentários é a qualidade do post!
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Posso.
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Jose Ferreira (23 Maio, 2013 04:31) : “Não acredito numa teoria que afirma que é quando menos de consome que mais se investe.”
.
Um pescador, apanha 100 peixes num periodo determinado.
Hipotese 1 : Consome 100. Investe 0. Continua a pescar com os mesmos meios e, consequentemente, com a mesma produtividade : 100.
Hipotese 2 : Consome 70. Poupa 30, que decide investir. Por exemplo trocando-os por meios de produção para a sua actividade (barco, canas, etc). Normalmente, com mais e melhores meios de produção, passa a apanhar mais peixes. Por exemplo, 120. A sua produtividade aumentou.
Hipotese 3 : Decide trabalhar menos tempo na pesca. Apanha apenas 70 peixes. Que consome na totalidade. O resto do tempo, que lhe permitiria pescar mais 30 peixes, dedica-o ao fabrico de instrumentos e meios para a pesca. No fim de contas, investiu o equivalente a 30 peixes em meios de produção. Deste modo aumenta igualmente a sua produtividade futura.
Conclusão : para um determinado nivel de possibilidades de produção, quanto menos se consome mais se investe !
Este raciocinio é valido no essencial tanto ao nivel individual como ao nivel duma comunidade ou dum pais (com as devidas adaptações).
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Uma resposta à Vitor Cunha (como dizem os meu amigos brasileiros, à português):
Vitor Cunha: “Pode me dizer as horas?” Zé: “Posso”. Silêncio.
Caro Fernando S.
Essa é a diferença entre que acha que o todo é maior que a soma das partes em que acha que não é. Só estes últimos acham que a economia global funciona como uma empresa.
A sua história tem esta conclusão: Se todas as pessoas do mundo reduzissem o seu consumo a metade e depositassem a sua poupança do banco, pressionavam tanto a taxa de juro para baixo que os investidores desatavam a criar a empresas para vender a gente que deixou de querer consumir. Obviamente, as empresas faliam por falta de clientes.
É por isso que o dinheiro que realmente gera crescimento económico é o que os bancos criam a partir do ar.
É difícil discutir a crise com quem não aceita o B-A-BA da macroeconomia.
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“É por isso que o dinheiro que realmente gera crescimento económico é o que os bancos criam a partir do ar.”.
Então criem dinheiro a partir de ar. Toneladas dele. Tera-toneladas. É ver o crescimento económico do Zimb-A-B-we.
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Não. A proposta é a inversa. Proíba-se a alvancagem bancária.
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Meu caro! Reformulando com cuidado.
1. Evidencia: Sem que a produção de dinheiro permite que a procura antecipe a oferta não há crescimento económico. Há um consenso entre os economistas sobre isso desde 1935.
2. Medida política que implica. Não sei. Mas gostei desta. http://www.telegraph.co.uk/finance/comment/9623863/IMFs-epic-plan-to-conjure-away-debt-and-dethrone-bankers.html
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Impedidos de trabalhar pelo estado.. essa é genial.. inverte-se o conceito de “impedir os patrões de explorar abaixo do minimo de subsitencia” para “impedir os trabalhadores de trabalharem”.. é o revisionismo no seu melhor
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O Vítor Cunha diz que o salário não existe para garantir “um mínimo de substistência”, sem que lhe trema a pena, ou se lhe embargue a voz. Sem o suspeitar, e se tiver alguma decência, concordará que forneceu uma forte razão para defender a existência de um salário mínimo.
A não ser que aposte numa tremenda industrialização, praticando salários inferiores aos da China, por exemplo, o comportamento da economia seria totalmente inverso ao que preconiza. A abolição do salário mínimo provocaria uma descida generalizada dos salários, que, combinada com a absurda carga fiscal praticada e a diminuição aprofundada dos níveis de consumo, levaria ao colapso do que resta do nosso mercado interno. A única vantagem seria para um punhado de empresários de vão de escada, com um período de rápido enriquecimento como prelúdio de uma falência certa, uma vez que a quase totalidade das nossas empresas produz para o mercado interno. E o desemprego seria ainda mais alto. Como se vê, o mais provável é que a abolição do salário mínimo redundasse em ainda mais desemprego, ao contrário do que defende.
O Vítor Cunha faz fé cega no mercado, que se comporta da forma que sabemos. Daí a sua visão distorcida da realidade. Eu, como Maquiavel, espero sempre o pior do Homem, sobretudo se tiver um poder desproporcional à sua formação cívica.
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A Alemanha, a Suíça, e outros países ditos desenvolvidos não SMN imposto pelo Estado.
Os EUA têm SMN imposto pelo Estado.
Para onde prefere emigrar?
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Georgia: salário mínimo só acima de 6 empregados.
Ohio: ajustado anualmente de acordo com índice de preços.
Arkansas: salário mínimo só acima de 4 empregados.
Colorado: sobe e *desce* com inflação.
Illinois: menores de 18 anos podem receber menos 50c que o mínimo estatal por hora.
Iowa: estabelecimentos com facturação inferior a 300,000 estão isentos de pagar salário mínimo.
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De facto, acha que é esse o nosso termo de comparação? Compara a sociedade portuguesa e correspondente tecido empresarial com os da Suíça, Alemanha? Acha que o resultado da abolição do salário mínimo teria resultados comparáveis aos da Suíça e da Alemanha? Se ler mais lá para cima, tem exposto o caso alemão.
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P.S: Está a inverter, por sugestão e falácia, o nexo de casualidade entre desenvolvimento e a lei do salário mínimo. Esses países não são desenvolvidos porque não tabelam legalmente o salário mínimo. É ao contrário! É exactamente por serem muito desenvolvidos e terem salários altos que não precisam de o instituir. Desafio-o a demonstrar o nexo de casualidade inverso, i.e. a prática sistemática de salários baixos levou ao desenvolvimento e industrialização da Suíça, ou Alemanha ao longo dos anos.
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Não quero que lhe falte nada:

Isto é a evolução do salário médio da Suíça confrontado com a evolução do salário mínimo português.
Adenda: Se quiser consultar dados sobre a Suíça, tem aqui um exemplo de transparência muito interessante Estatísticas da Suíça, Administração Federal.
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Non sequitur??
E porque é que o contrário (SMN elevado levar a desenvolvimento) há de ser Sequitur?
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“Isto é a evolução do salário médio da Suíça confrontado com a evolução do salário mínimo português.”
Vítor, tem de concordar que esta falácia é a mãe de todas as falácias. 😉
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Não sei porquê: o que importa é primeira derivada, a inclinação da coisa.
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Da última intervenção do Vítor Cunha não se pode concluir que o salário mínimo seja mau. Apenas que certas leis devem ser aplicadas com bom senso, tendo em conta as especificidades sociais dos estados. Também se poderia deduzir, um pouco abusivamente, que a distribuição espacial de bom senso não é homogénea, muito menos nos Estados Unidos.
A posição defendida como “liberal”, ou “neoliberal”, é na realidade próxima à prerrogativa divina do Absolutismo. O poder real seria uma atribuição celeste, insondável, infalível. Mãos nos bolsos e fé em Deus através do rei. Aqui é fé nos mercados, igualmente insondáveis, fazendo fé na sua infalibilidade (e aqui escuso-me a comentar o que é histórico) para deixar cada qual no seu justo lugar. No altar do liberal, arde uma velinha ao mercado e à economia, divindade que supervisiona a nossa felicidade. E todos sabemos a noção de humanidade e justiça que os mercados deixados à solta têm….
Não se entende esta esquizofrenia liberal com a intervenção do estado na economia: quando foi o subprime esganiçaram-se todos, pedindo a intervenção do estado federal para salvar instituições em dificuldades pelas suas práticas ultraliberais. Passado um “buffer” de memória, tornam à carga.
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O andpinto conhece liberais esquisitos. Diga lá o nome de um desses estranhos que pediu intervenção federal para salvar instituições para o riscar da lista de postais de Natal.
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Procure no google, use “bailout”, “subprime”. Vá lendo as notícias do sector republicano. Quando acabar, pode poupar em selos uma pipa de massa no Natal.
Mas não deixo de registar que, para contra-argumentar, foi a única coisa que arranjou. A isso se chama dar um debate por perdido. 🙂
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E os nomes dos liberais a favor de bailouts são?
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Milton Friedman on Minimum Wage
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Estive a ler este tópico.
Intrigante, um facto. Ninguém (além de um comentário do “Incognitus”, que passou ao de leve a mão sobre o assunto… ou será que me falhou a leitura de algum comentários? Se sim, por favor indiquem-m’o) sugeriu o abaixamento dos descontos, a cargo da entidade patronal, para a Segurança Social. Como disse em televisão, tantas, tantas, tantas vezes, o actual presidente da CIP (cito de cor) “um ordenado mínimo, como sabem, não nos fica em 485 euros!”. Ninguém aqui pode desconhecer as contribuições para a SS a cargo do empregador.
Intrigante como quase ninguém discute isto. E não é só aqui no Blasfémias. É no País todo, nos Jornais de Economia e Negócios, excepto na CIP e análogas. Gente que até quer empregar mais. Mas não pode. Gente empregadora que concorda que o SMN é baixo, e que queria aumentá-lo, mas não pode. Por causa da porcaria (para não lhe chamar outra coisa que aqui, em público, ficaria mal) dos descontos para a SS.
Nota-se, por óbvio, que sou a favor do estabelecimento de um SMN. Entendo que o actual SMN se encontra em valores incompatíveis com a CRP em vigor, sendo a norma que lhe estabelece o valor inconstitucional. Entendo que deveria ser aumentado. Como isso pode ter prejuízos para a economia, entendo que se deveria baixar consideravelmente a % da contribuição, para a SS, a cargo do empregador. (E mesmo talvez aquela a cargo do trabalhador.)
Claro que isso traria, no futuro, a consequência de uma reforma mais baixa ao trabalhador.
Mas já estou como o outro: se tenho uma casa para pagar, se recebo pouco, se a carga fiscal aumenta, se tenho filhos para alimentar e educar, que se lixe a reforma. Se é para dar um tiro na cabeça por desespero, antes aos 70 que aos 35.
E além disso sempre se poderia, para compensar esse efeito nefasto – a diminuição do valor da reforma – aumentar a idade de reforma. Acho que é menos mau do que trabalhar até aos 65 mas ganhando uma miséria.
Que acha, Vitor Cunha? (Acho que o Sr. discute sinceramente de boa fé e com honestidade intelectual. Mas quanto ao SMN, não estamos de acordo. E discutir o SMN sem discutir as contribuições para a SS é como discutir o valor de um automóvel sem curar de saber quantos litros ele gasta aos 100.)
E que acha do que acham os banqueiros do facto de às pessoas sobrar cada vez menos dinheiro e termos o nível de incumprimentos perante a banca que temos?
Vamos a caminho de um estoiro colossal.
Grato pela troca de ideias, envio-lhe os meus melhores cumprimentos,
Gabriel Órfão Gonçalves
lic. Direito Fac. Direito Univ. Lisboa (2002)
doutorando não bolseiro da Fac. Direito Univ. Nova de Lisboa na área da Responsabilidade Civil (doutoramento suspenso, por razões económicas: não tinha dinheiro para pagar propinas; fui trabalhar noutra área)
nascido em 1977
(há 11 aos que não voto em nenhum partido com assento parlamentar, se a alguém interessar esta curiosidade)
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Não tenho estudos por opção, não tenho trabalho, por não haver e a única coisa que digo é:
Rendas no nosso país são ridículas, preços de todos os bens, são ainda mais ridículos e os ordenados nem vou comentar.
Os patrões querem tudo e infelizmente não querem dar nada.
Retribuição mínima garantida 485€ ( com tudo incluído), uma aberração (http://www.cite.gov.pt/pt/legis/CodTrab_L1_006.html)
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