Grandes Planos…Grandes Projectos: especialidade tusa, aliás lusa.
“O quinto império”
Cada cinquenta anos, o país sonha ser a primeira sociedade liberal avançada do mundo. Cada cinquenta anos, o libertário volta à superfície. Procura-se então um banqueiro ou um professor de economia capaz de casar meio século de bordel com O Espírito das Leis (223)
Sem endereços e todos com o mesmo nome, obedecendo a dois ou três pequenos princípios, entre os quais o de inventarem títulos… (302)
Dominique de Roux (1977, Paris)
Vale, que acaba de sair a Grande Reforma do Estado.
Há cinco ou seis anos, em França, as “Câmaras Municipais” andavam empenhadas em demolir bairros sociais, distribuindo as famílias desalojadas pelas diversas povoações da zona. Ao que me disseram, as primeiras experiências tinham sido muito positivas, não obstante a solução não agradar aos residentes nas povoações, para onde essas gentes estavam a ser transferidas.
Também é certo que há quem tenha interesse em manter esses bairros tal como estão – não era aí que se assavam porcos, para a compra de votos?
Sei de famílias que são acompanhadas por várias dessas comissões, às vezes apenas por causa de um membro – compreende-se que, quem vive disso, não queira ver a situação alterada.
Ainda temos um longo caminho a percorrer…
O problema dos ‘ghetos sociais’ é crónico e assentou arraiais na sociedade portuguesa. É uma questão de desenvolvimento e de redistribuição da riqueza. Problemas que não foram – durante anos e anos – enfrentados e muito menos resolvidos.
O acompanhamento destas situações – por mais vasto e multidisciplinar que seja – não chega.
Aliás, quase em simultaneo com o epifenómeno da bairro do Lagarteiro tivemos conhecimento de um ‘guião’ que nada acrescenta à indigência (política, economica, cultural e moral) que se colou ao País como uma lapa.
E finalmente temos um empecilho ‘energético’. O propalado ‘elevador social’ não funciona. Resta saber se foi porque lhe cortaram a luz ou não está preparado para ‘incluir’ mais gente. Um assunto a discutir no âmbito do plano em curso de empobrecimento generalizado do País cujos limites e objectivos não foram explicitados.
Continuamos na mesma: Olhamos para a árvore próxima que esconde a floresta distante. Cada vez mais distante.
Cara Helena Matos
Não sei quanto tempo mais vai ter de passar para se perceber que os maiores problemas da governação e da gestão da vida em comum estão muitíssimo mais dentro das universidades, em especial nas ciências sociais e humanidades, do que na classe política. É naquelas que esteve, está e estará a fonte das crises. Resvalamos para os piores vícios das repúblicas de filósofos sem darmos conta. É decisivo separar o campo político do campo académico e é sobretudo ao último que compete dar esse passo. Mas, por um lado, é bem mais fácil e popular culpar os políticos (os nossos universitários especializaram-se nisso) e, por outro lado, parte importante dos académicos não quer ou, pior, não sabe como é que isso se faz. Depois escondem a falta de qualidade daquilo que fazem com os cortes no financiamento ao ensino superior quando o problema é sobretudo um problema de conhecimento. Reflecte-se na assistência social, no ensino, na economia, nas políticas de habitação, na «cultura», etc. Os responsáveis pelo estado do saber nas universidades são os mesmos que correm para o espaço político para «ajudar a salvar o país» quando a maior ajuda para salvar o país é reformar a produção de saberes académicos. Caso contrário continuaremos agarrados a modelos de século XIX, no máximo dos máximos com prazos de validade caducados com o fim da guerra fria.
Cumprimentos
Obviamente que pessoas de estrato sociais mais pobres terão sempre mais problemas e piores indicadores. Mas mesmo assim é melhor que morem em casas e bairros sociais do que em barracas como acontecia ainda não há muitos anos em Lisboa e no Porto. Já se esqueceu disso? Obviamente que não basta a uma família ter uma casa para poder sair da pobreza, agora dizer que os bairros sociais não fizeram nada por quem lá mora é de uma falta de sensatez…
é a habitação social faz pobres uma nova métrica não os tira da rua ou debaixo da ponte ou da barraca que foi esse o objetivo, não fabrica pobres, pobres de espírito quem faz estas opiniões.
Perpetuar o estado de assistência é aquilo que garante milhares votos, porque para além de assegurar a dependência do politico filantropo, gera um ambiente de instabilidade propício à angariação de manifestantes disponíveis para tudo. E quanto piores as condições melhor.
Os bairros sociais são uma praga que devia ser extinta. O dinheiro que o governo perde ao dar subsídios a essas pessoas e para que? Os filhos, os netos irão continuar na veia da marginalidade. Eu continuo a dizer, os parasitas sociais contribuíram e muito para o estado em que Portugal está, mas quem é o maior culpado são os políticos que alimentaram e continuam a alimentar o parasitismo social.
Sem tempo, neste momento, para ler o artigo da Helena, deixo-lhe apenas uma notícia que vale a pena ler sobre um dos seus “heróis”. A total e irreversível indigência política e o nível mais baixo a que se pode chegar estão aqui bem expressos.
Vícios do Partido Popular. Esse partido é conhecido por não se dar muito bem com horários. Mas um atraso destes, e sem explicações, de um membro do Governo, só tem de nos envergonhar.
este tema do atraso de Portas vai seguir aqui no Blasf. o caminho conhecido: primeiro os comentários dos indignados; passado o ruído, vem helenafmatos arrasar os “indignados politicamente correctos”. Uma agenda que nem precisa de estar escondida.
Tudo o que a Helena diz, já era conhecido. Mas nada do que diz justifica que se ignorem as dificuldades, reais, por que passam muitos daqueles moradores. Apenas justifica o que também já todos sabemos: é mais fácil fingir que se resolve um problema, do que resolvê-lo.
Os bairros sociais são guetos para onde os políticos varrem os problemas da sociedade, para que os eleitores (classe média baixa que não vive nos bairros) se sintam melhor.
É evidente que depois quem mora nesses bairros tem dificuldade em ser contratado para trabalhos de maior responsabilidade (o tal elevador social) tendo de comunicar à entidade patronal que mora no Lagarteiro, ou na Bela Vista.
Em vez das câmaras serem donas dos bairros, era preferível subsidiar as rendas.
“Presente envenenado”
Bom tema. Comentários apenas 13 até este momento. Poucos mas bons!
“Ou faz cair o governo ou se torna o bombo da festa”
Tema mediocre. 31 comentários até este momento… enfim!
Estes bairros de habitação social, transformaram-se em “ghetos sociais”, feitos sem rei nem roque, para onde se despejaram pessoas, deixando-as á sua sorte, sem planeamento, sem organização!
Sem equipamentos sociais, sem parques infantis, sem acompanhamento social, sem acompanhamento dos jovens, degradação rápida, transformando-se em autênticos tugúrios, mal cheirosos, alguns parecendo mais pocilgas que outra coisa!
Este País, não consegue sair da mentalidade do desenrascanço, do improviso, do chegando á altura logo se vê, mas somos imbativeis na diabolização, na maledicência,na choraminguice, na pobreza de espirito!
Siga o baile!
Os “bairros sociais” tal como o famoso “estado social” existem para “criação de publicos”
É uma plantação de votos para manter.
Não existem para resolver pobreza alguma. Para isso era preciso destruir a cultura do bairro social. E tal coisa não agrada ao Regime Soci@lista que precisa da vitimização e dependência para existir.
Helena, isso responde-se com pouco texto: há 33 anos aquelas famílias viviam em barracas, agora pelo menos têm um teto que não mete água todos os invernos. Ainda falta fazer muito, falta, mas pelo menos algo já foi feito, e nem isso a Helena parece aceitar.
A Helena para perceber bem a
situação, tinha que fazer a dita
pesquisa no bairro do Lagarteiro.
Olhando nos olhos os moradores,
dizendo quem era e ó que ía. Só
assim tinha matéria para em consiência opinar sobre o assunto.
casa gratuita-estou de acordo
saúde gratuita-estou de acordo
educação gratuita-estou de acordo
água gratuita-estou de acordo
só quero fazer uma pergunta-que faz esta gente na puta da vida?
Grandes Planos…Grandes Projectos: especialidade tusa, aliás lusa.
“O quinto império”
Cada cinquenta anos, o país sonha ser a primeira sociedade liberal avançada do mundo. Cada cinquenta anos, o libertário volta à superfície. Procura-se então um banqueiro ou um professor de economia capaz de casar meio século de bordel com O Espírito das Leis (223)
Sem endereços e todos com o mesmo nome, obedecendo a dois ou três pequenos princípios, entre os quais o de inventarem títulos… (302)
Dominique de Roux (1977, Paris)
Vale, que acaba de sair a Grande Reforma do Estado.
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Há cinco ou seis anos, em França, as “Câmaras Municipais” andavam empenhadas em demolir bairros sociais, distribuindo as famílias desalojadas pelas diversas povoações da zona. Ao que me disseram, as primeiras experiências tinham sido muito positivas, não obstante a solução não agradar aos residentes nas povoações, para onde essas gentes estavam a ser transferidas.
Também é certo que há quem tenha interesse em manter esses bairros tal como estão – não era aí que se assavam porcos, para a compra de votos?
Sei de famílias que são acompanhadas por várias dessas comissões, às vezes apenas por causa de um membro – compreende-se que, quem vive disso, não queira ver a situação alterada.
Ainda temos um longo caminho a percorrer…
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O problema dos ‘ghetos sociais’ é crónico e assentou arraiais na sociedade portuguesa. É uma questão de desenvolvimento e de redistribuição da riqueza. Problemas que não foram – durante anos e anos – enfrentados e muito menos resolvidos.
O acompanhamento destas situações – por mais vasto e multidisciplinar que seja – não chega.
Aliás, quase em simultaneo com o epifenómeno da bairro do Lagarteiro tivemos conhecimento de um ‘guião’ que nada acrescenta à indigência (política, economica, cultural e moral) que se colou ao País como uma lapa.
E finalmente temos um empecilho ‘energético’. O propalado ‘elevador social’ não funciona. Resta saber se foi porque lhe cortaram a luz ou não está preparado para ‘incluir’ mais gente. Um assunto a discutir no âmbito do plano em curso de empobrecimento generalizado do País cujos limites e objectivos não foram explicitados.
Continuamos na mesma: Olhamos para a árvore próxima que esconde a floresta distante. Cada vez mais distante.
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as”tres gargantas” acionistas da edp vão por a coisa no lugar
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Cara Helena Matos
Não sei quanto tempo mais vai ter de passar para se perceber que os maiores problemas da governação e da gestão da vida em comum estão muitíssimo mais dentro das universidades, em especial nas ciências sociais e humanidades, do que na classe política. É naquelas que esteve, está e estará a fonte das crises. Resvalamos para os piores vícios das repúblicas de filósofos sem darmos conta. É decisivo separar o campo político do campo académico e é sobretudo ao último que compete dar esse passo. Mas, por um lado, é bem mais fácil e popular culpar os políticos (os nossos universitários especializaram-se nisso) e, por outro lado, parte importante dos académicos não quer ou, pior, não sabe como é que isso se faz. Depois escondem a falta de qualidade daquilo que fazem com os cortes no financiamento ao ensino superior quando o problema é sobretudo um problema de conhecimento. Reflecte-se na assistência social, no ensino, na economia, nas políticas de habitação, na «cultura», etc. Os responsáveis pelo estado do saber nas universidades são os mesmos que correm para o espaço político para «ajudar a salvar o país» quando a maior ajuda para salvar o país é reformar a produção de saberes académicos. Caso contrário continuaremos agarrados a modelos de século XIX, no máximo dos máximos com prazos de validade caducados com o fim da guerra fria.
Cumprimentos
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Obviamente que pessoas de estrato sociais mais pobres terão sempre mais problemas e piores indicadores. Mas mesmo assim é melhor que morem em casas e bairros sociais do que em barracas como acontecia ainda não há muitos anos em Lisboa e no Porto. Já se esqueceu disso? Obviamente que não basta a uma família ter uma casa para poder sair da pobreza, agora dizer que os bairros sociais não fizeram nada por quem lá mora é de uma falta de sensatez…
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estado social
“Governo bate recorde em gastos com escritórios de advogados”
http://www.dn.pt/especiais/interior.aspx?content_id=3513321&especial=Revistas%20de%20Imprensa&seccao=TV%20e%20MEDIA
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é a habitação social faz pobres uma nova métrica não os tira da rua ou debaixo da ponte ou da barraca que foi esse o objetivo, não fabrica pobres, pobres de espírito quem faz estas opiniões.
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A propósito do título do post: http://www.youtube.com/watch?v=5YOnCK79cpw
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Perpetuar o estado de assistência é aquilo que garante milhares votos, porque para além de assegurar a dependência do politico filantropo, gera um ambiente de instabilidade propício à angariação de manifestantes disponíveis para tudo. E quanto piores as condições melhor.
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Os bairros sociais são uma praga que devia ser extinta. O dinheiro que o governo perde ao dar subsídios a essas pessoas e para que? Os filhos, os netos irão continuar na veia da marginalidade. Eu continuo a dizer, os parasitas sociais contribuíram e muito para o estado em que Portugal está, mas quem é o maior culpado são os políticos que alimentaram e continuam a alimentar o parasitismo social.
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Sem tempo, neste momento, para ler o artigo da Helena, deixo-lhe apenas uma notícia que vale a pena ler sobre um dos seus “heróis”. A total e irreversível indigência política e o nível mais baixo a que se pode chegar estão aqui bem expressos.
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Vícios do Partido Popular. Esse partido é conhecido por não se dar muito bem com horários. Mas um atraso destes, e sem explicações, de um membro do Governo, só tem de nos envergonhar.
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este tema do atraso de Portas vai seguir aqui no Blasf. o caminho conhecido: primeiro os comentários dos indignados; passado o ruído, vem helenafmatos arrasar os “indignados politicamente correctos”. Uma agenda que nem precisa de estar escondida.
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Aqui o ruído não passa, permanece. Ou não se apercebe destas benditas caixas de comentários e de alguns posts?
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Tudo o que a Helena diz, já era conhecido. Mas nada do que diz justifica que se ignorem as dificuldades, reais, por que passam muitos daqueles moradores. Apenas justifica o que também já todos sabemos: é mais fácil fingir que se resolve um problema, do que resolvê-lo.
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Os bairros sociais são guetos para onde os políticos varrem os problemas da sociedade, para que os eleitores (classe média baixa que não vive nos bairros) se sintam melhor.
É evidente que depois quem mora nesses bairros tem dificuldade em ser contratado para trabalhos de maior responsabilidade (o tal elevador social) tendo de comunicar à entidade patronal que mora no Lagarteiro, ou na Bela Vista.
Em vez das câmaras serem donas dos bairros, era preferível subsidiar as rendas.
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“Presente envenenado”
Bom tema. Comentários apenas 13 até este momento. Poucos mas bons!
“Ou faz cair o governo ou se torna o bombo da festa”
Tema mediocre. 31 comentários até este momento… enfim!
Estes bairros de habitação social, transformaram-se em “ghetos sociais”, feitos sem rei nem roque, para onde se despejaram pessoas, deixando-as á sua sorte, sem planeamento, sem organização!
Sem equipamentos sociais, sem parques infantis, sem acompanhamento social, sem acompanhamento dos jovens, degradação rápida, transformando-se em autênticos tugúrios, mal cheirosos, alguns parecendo mais pocilgas que outra coisa!
Este País, não consegue sair da mentalidade do desenrascanço, do improviso, do chegando á altura logo se vê, mas somos imbativeis na diabolização, na maledicência,na choraminguice, na pobreza de espirito!
Siga o baile!
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Excelente artigo Helena. Os meus parabéns!
R.
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Os “bairros sociais” tal como o famoso “estado social” existem para “criação de publicos”
É uma plantação de votos para manter.
Não existem para resolver pobreza alguma. Para isso era preciso destruir a cultura do bairro social. E tal coisa não agrada ao Regime Soci@lista que precisa da vitimização e dependência para existir.
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Yep.
R.
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Helena, isso responde-se com pouco texto: há 33 anos aquelas famílias viviam em barracas, agora pelo menos têm um teto que não mete água todos os invernos. Ainda falta fazer muito, falta, mas pelo menos algo já foi feito, e nem isso a Helena parece aceitar.
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Os “bairros sociais” são remeniscências das “ilhas”, “pátios” e “vilas”, que irão perdurar e substituídos por outras denominações.
Click to access 1223049300Z1dLD4ro1Jn31VT6.pdf
Click to access DPR462df3cd04e3f_1.PDF
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vila_d'Este
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e porque não a solução final gasear todos ficam sós os que tem dinheiro loiros e bonitos, fixe não, todos temos dentro de nós um Hitler, e esta em
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A Helena para perceber bem a
situação, tinha que fazer a dita
pesquisa no bairro do Lagarteiro.
Olhando nos olhos os moradores,
dizendo quem era e ó que ía. Só
assim tinha matéria para em consiência opinar sobre o assunto.
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Errata
consciência
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casa gratuita-estou de acordo
saúde gratuita-estou de acordo
educação gratuita-estou de acordo
água gratuita-estou de acordo
só quero fazer uma pergunta-que faz esta gente na puta da vida?
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