Já pediram desculpa à Moody’s?
O economista José Reis pedia em 2011 um inquérito às agências de rating. Uma das razões para o inquérito era a possibilidade de as agências estarem a dar ratings demasiado baixos sem qualquer fundamento.
Os economistas consideram ainda que as agências podem incorrer no crime de inside trading (informação privilegiada), além de porem em causa a “racionalidade” do quadro económico que está por detrás das constantes revisões em baixa dos ratings, nomeadamente de Portugal.
Em particular, José Reis considerou injustificado o corte de rating da Moody’s para lixo:
O professor José Reis, um dos economistas que apresentou queixa contra as agências de rating, entende que é impossível perceber a decisão da Moody’s de cortar o rating a Portugal para o nível de lixo.
Ouvido pela TSF, este professor da Universidade de Coimbra qualificou de «incompreensível como sempre, incoerente e não justificada» este decisão e considerou que «ninguém a entende» esta «lógica insaciável e cega».
José Reis é um dos subscritores do Manifesto dos 70. Vem agora dizer que a dívida portuguesa é insustentável.
João Miranda,
Pelo contrario, Carlos Moeda, já defendeu a renegociação da divida e agora defende que a divida é sustentavel…devia dizer era como.
Poderá desta forma??? ” O Governo da República recomenda à Madeira acelerar a venda de património ”
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=101373
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José Reis, AJSeguro, JPPereira, Bagões e Leites, novo elenco para…
Os Mutantes
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Estes posts em que se comparam declarações de há uns anos com actuais, sejam os declarantes de esquerda ou direita, não fazem sentido. É natural que as pessoas mudem de ideias. Neste caso concreto, José Reis seria capaz de explicar que considerava um rácio da dívida pública de 94% sustentável mas que já não tem a mesma opinião com um rácio de 124%.
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A sério?
Um professor universitário não sabia que o endividamento feito através do pedido de ajuda à troika aumentava a dívida?
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Em tempos havia um consenso em que dívidas até 120% do PIB eram sustentáveis, Se a memória não me falha era o próprio FMI que afirmava isso. De qualquer modo, o meu ponto é que toda a gente tem direito a mudar de opinião, não é se a dívida pública portuguesa é ou não sustentável. Eu acho que é.
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O que não altera a hipótese de a Moody´s estar a antecipar um cenário que veio a colocar-se…
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As agências de rating foram acusadas de não terem antecipado o cenário do subprime… Talvez por isso tivessem sido mais restritivas nas avaliações das dívidas soberanas
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Chama-se a isso flic-flack com pirueta dupla à recta guarda ou simplesmente troca-tintas
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Parente
Mudar de opinião é possível, excepto se for no caso da coadoção (como se tem visto desde ontem!).
Mas neste caso a cambalhota é brutal, e não se trata de uma questão de opinião pessoal relativa a assuntos de consciência, mas a matérias técnicas da especialidade académica do visado.
É mais ou menos como um professor de pneumologia vir dizer que o tabaco não causa nunca o cancro.
Mas num país que tem como catedrático de economia o Louçã tudo é possível!
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É natural que o José Reis tenha mudado de ideias. Mas se mudou, deve um pedido de desculpa à Moody’s.
Qualquer análise elementar da dívida permite prever que se hoje o défice é 10% e a dívida é 94%, dentro de 3 anos será, pressupondo um corte de défice de 2% ao ano: 94+10+8+6=118%
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Se 94% for o rácio dívida/PIB e como o défice é sobre o valor do orçamento (despesa/receita-1) as contas não serão bem assim…
O nosso défice real em 3 anos inclui a contabilização de dívida não considerada antes da troika (escondida ou fora do perímetro orçamental), daí a dívida ser (bem) maior em 2010 que a estimada/calculada na altura
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Jorge,
O défice é sobre o valor do PIB.
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tem razão!
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Não estou a pôr em causa que se mude de opinião.
Estou a pôr em causa que um professor universitário de economia não soubesse, em 2011 (antes ou depois do pedido de ajuda, não há diferença), que a dívida pública portuguesa ia “disparar”, nomeadamente com a dívida na saúde, sector empresarial do estado, empresas de transportes, etc e quebra de receita.
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Não se arranjam por aí as declarações de Carlos moedas de 2010?
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Para quê?
Se o Moedas disse algo contrário ao que diz hoje isso vem provar que o Reis é coerente a dizer uma coisa e a oposta?
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de todo, vem (só) provar que chamar, em 2010, anti-patriota a Moedas seria manifestamente exagerado.
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De modo nenhum, vem (só) provar que chamar, em 2010, anti-patriota a Moedas seria manifestamente exagerado.
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Do Moedas não arranjo mas penso que isto ajuda…
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Maravilhoso
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Para o Governo, o «resultado das eleições de 5 de Junho passado [uma votação de mais de 80 por cento nos partidos que subscreveram os memorandos] propicia inegavelmente condições favoráveis para o cumprimento integral dos objectivos macroeconómicos e das reformas estruturais acordadas com os nossos parceiros europeus e internacionais».
O Executivo também diz que o corte do rating pela Moody’s «ignora os efeitos da sobretaxa extraordinária em sede de IRS anunciada pelo Governo durante o debate do programa de Governo no final da passada semana».
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Há pessoas que um dia dizem ter certeza absoluta de uma coisa, no dia seguinte dizem ter a certeza, ainda mais absoluta, do seu contrário. A única certeza que fica destas pessoas é que as suas certezas não valem nada.
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Toda a gente pode mudar de opinião; creio que isso ainda não é crime. Mas eu também tenho o direito de ter opinião sobre as mudanças de opinião alheias, sobretudo quando são tornadas públicas. Porque isso mexe na credibilidade de quem assim procede. Tudo vai de essa opinião ser ou não bem explicada. O que, no caso dos 70, nem atrasa nem adianta.
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Chama-se Passos Coelho. Ei-lo em todo o seu esplendor, afirmando em Julho de 2010:
“Nós não olhamos para as classes médias a partir dos 1000€, dizendo: aqui estão os ricos de Portugal. Que paguem a crise”. E em Agosto de 2010: “É nossa convicção não fazer mais nenhum aumento de imposto. Nem directo nem encapotado. Do nosso lado, não contem para mais impostos”. Em Março de 2011: “Já ouvi o primeiro-ministro (José Sócrates) a querer acabar com muitas coisas e até com o 13.º mês e isso é um disparate”. Ainda em Março de 2011: “O que o país precisa para superar esta crise não é de mais austeridade”.
Em Junho de 2011: “Eu não quero ser o primeiro-ministro para dar emprego ao PSD. Eu não quero ser o primeiro-ministro para proteger os ricos em Portugal”
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os subscritores que paguem a dívida
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O João Miranda a investir largo num lugar de trabalho num futuro governo estrangeiro que até poderá passar pela Moddy´s. O outro não ficou à espera do FIM, nem o outro por ficar Poor´s, nem aquele para empunhar o sacho do homem de ouro.
De qualquer modo as agências de cotação ficaram muito mais “calmas” quando Obama ameaçou retaliar. Estranhamente tem estado muito caladinhas sobre a China ou a Russia, nem com a divida astronomica que “gira” na economia mundial.
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E tu investes largo onde? Viva o comité…
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…Nem sorte
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O que não hà è contradiçao nenhuma entre o que josè reis disse sobre a moodys e a subscriçao do manifesto.
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Será que esta atoarda tem a ver com a mudança de rating da Moody´s para com a dívida pública da UE que transitou de ‘negativa’ para ‘estável’?
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/moodys_melhora_perspectiva_do_rating_da_uniao_europeia.html
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O “antes” e o “agora” tem um Coelho no meio. Talvez isso faça toda a diferença…
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Afinal quem tem sido o campeao de mudancas de pensamento (eu chamo-lhe “campeao de mentiras)? Conhecem um individuo que fez centenas de afirmacoes num sentido e, pouco depois, fez exactamente o contrario. Os politicos sao gente especial que pensa uma coisa, diz uma segunda e vai fazer uma terceira – nao sao mentirosos, isso nao. Apenas mudam de opiniao. Porque nao se lhes leva a mal isso e se condenam outros que fizeram o mesmo? Cor politica? Nao se grama um e adora-se o outro? Assim nao esta certo – deve-se usar sempre a mesma bitola, nao acham?
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Acima, já estão justificações para a diferença de opiniões. Há três anos, além de a dívida ser muito inferior (sabendo-se obviamente que iria crescer no imediato), poderia supor-se que o governo se portaria menos mal do que se portou.
Já Calos Moedas não conseguiu justificar, embora tentasse, porque defendia há três anos a reestruturação e agora acha o manifesto “triste”. E o mais é um génio ex-Goldman. 😉
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Não há justificação nenhuma para as contradições de José Reis.
Mas é pior, muito pior.
Os 70 combateram cada corte, isto quando o Défice estava em mais de 12% ou seja cerca de 25% do que o Estado gastava era pedido emprestado.
José Reis tal como todos os 70 defenderam e defendem que a Dívida deve continuar a crescer.
Pois virá aí um crescimento mitológico se o Estado desatar a investir voltando aos 12% de défice…
Para gente que não sabe fazer contas a não ser para os seus bolsos um crescimento de 3% com 12% de défice até será uma coisa boa.
Que tal crescimento só pague 1/4 défice não conta para nada.
Estamos no domínio da política totalitária onde só a política conta.
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“E o mais é um génio ex-Goldman.”
Sendo assim Pacheco Pereira é um dos que mais ajuda a Goldman.
Os estados Soci@listas são dos melhores clientes da Goldman Sachs.
É só dívida para vender nos mercados.
É mais uma investigação que não interessa aos jornalistas fazer…
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Não me diga que, afinal, acha que as dívidas são um bom negócio para o capitalismo predador?! E eu a pensar que eram mau negócio por não haver garantias de pagamento. 😉
PS: Já agora, informo o meu caro lucklucky que o senhor Lloyd Blankfein está a fazer o trabalho de Deus. Ora, os “socialistas” não têm muita tendência para acreditar em Deus. 😉
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Não me diga que é uma surpresa para si que o Estado Social dá muitos bons negócios ao sistema financeiro, e como o “capitalismo predador” gosta do soci@lismo das moedas “flexíveis” .
E é negócio de intermediário…
Caso não saiba é muito mais seguro que investir numa empresa.
E como o capitalismo financeiro abomina os capitalistas neoliberais que não querem défice.
Já há muito que o capitalismo financeiro percebeu que compensa muito mais os altos impostos do Estado Social pois os bónus sobem muito mais que os baixos impostos do neoliberalismo onde há muito poucos negócios seguros pelo Estado.
É que um programa eleitoral ainda não é reconhecido como um contrato, logo mudar o contrato para aumentar impostos é coisa de somenos.
E sim os soci@listas acreditam em Deus. Basta serem soci@listas para serem boas pessoas, tal como quem no passado ia à missa o era…
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