Abriu a época das promessas eleitorais
Abriu a época das belas promessas de campanha eleitoral de tudo e mais alguma coisa explorando ao máximo os nichos temáticos da moda como o clima e os animais para atrair votos fáceis, sem qualquer responsabilidade, sem fazer contas, sem estudar profundamente os temas, tudo a granel como se de um campeonato de quem faz mais propostas “cool” se tratasse, sem coragem para fazer uma política de verdade. A pergunta que impera fazer é: mas vão fazer isso tudo como? Sim, porque o dinheiro não nasce nas árvores e se Portugal não ganhou o euromilhões e é sabido que todos os serviços estatais estão em ruptura, como diabo se pode prometer sem dizer como e onde se vão financiar sem ser à conta do sacrifício dos contribuintes?
A primeira medida para Portugal que todos deveriam garantir antes de qualquer outra seria prometer fazer um diagnóstico de norte a sul do país, com auditorias externas a cada organismo estatal, ao milímetro, para identificar e eliminar cada ponto crítico seja funcional seja financeiro do Estado – nesta fase é quando normalmente se descobre que há contratos para mudar duas lâmpadas por milhares de euros ou se paga serviços de jardinagem para espaços sem jardins, institutos e observatórios sem actividade ao estilo da Grécia – e depois avançar com uma reforma estrutural profunda na máquina estatal corrigindo esses erros de gestão para reverter o Estado obeso, deficitário e falido num Estado eficiente, económico, mais leve, mais justo e com mais qualidade de serviços. Não se pode prometer aos cidadãos menos impostos, mais e melhores condições de vida, mais investimento nos serviços prestados pelo Estado sem curar primeiro o país doente que desperdiça recursos financeiros preciosos. Isso é enganar o eleitor.
Com a reestruturação feita, criar depois objectivos ambiciosos a todas as administrações públicas não permitindo que ano após ano apresentem prejuízos sem consequências. O mérito tem de ser compensado, a incompetência penalizada. E os prevaricadores expulsos do sector público, responsabilizados criminalmente com julgamentos de processos mais céleres, penas pesadíssimas e responder com património pessoal para dissuadir qualquer um a seguir o exemplo dos “chicos espertos”, proibindo inclusive ligações de familiares nos governos e pondo fim, assim, à corrupção megalómana tentacular no erário público que é a principal causa da nossa desgraça há décadas.
Em paralelo liberalizar e desburocratizar imediatamente toda a economia devolvendo-a aos privados tirando do caminho o Estado cujo o papel é de fiscalização e controle e não de agente económico.
Depois da “casa” bem arrumada e gerida – e nunca antes – o Estado imediatamente começa a “ganhar oxigénio” e com contas equilibradas e superávits já pode aliviar os impostos das famílias e empresas e em paralelo criar grandes estímulos fiscais aos investidores para fazer crescer o país e aumentar o nível de vida dos portugueses.
Mas isto implica coragem para fazer uma política de verdade. E dizer a verdade não atrai votos fáceis. Não é para político mole, farsante, fingidor que tanto se diz de direita de esquerda ou de centro consoante a “opinião pública” só para enganar papalvos – isto é recorrente à esquerda. Promete-se tudo sem qualquer estudo ou responsabilidade porque já se sabe que não é para cumprir. Que basta chegar ao governo e dizer “ah e tal isto está pior do que pensávamos” ou “vem aí uma crise internacional” e vamos por isso manter ou aumentar impostos. Enfim, a conversa de sempre.
Pelo caminho fica a credibilidade e a sensação do costume de que se está apenas a fazer propaganda porque estamos em ano de eleições. Lamento mas não é assim que se chega aos abstencionistas, a classe mais exigente dos eleitores.
Se perdermos as eleições à direita não é porque aumentou as intenções de voto à esquerda é porque o abstencionismo de quem não se revê nesta palhaçada, aumentou. Porque o eleitor de esquerda vota sempre porque é o que vive ligado ao Estado, o da direita não. E são mais de 40% da população.
Sem política de verdade não há transparência na mensagem, sem transparência não há confiança e sem confiança nenhum abstencionista vota. Porque é neste grupo que estão os desiludidos, fartos de trabalhar para aquecer enquanto outros vivem à sua conta: políticos, subsidio-dependentes, preguiçosos, vagabundos, criminosos. É neste grupo que estão as pessoas que preferem emigrar a levar com mais política falsa de roubo fiscal. Mas também é este que manda à fava os políticos com mais facilidade e quando não vê ninguém a dizer preto no branco como vai acabar com esta injustiça, revolta-se abstendo-se.
Nada é definitivo. A semanas das eleições todas as narrativas à direita podem ser ajustadas à verdade e transparência que se exige hoje mais do que nunca dos partidos que querem marcar a diferença. Basta dizer o que tem de ser dito de forma clara, objectiva e firme aos eleitores. Vamos a isso? Fica aqui o desafio.
Vem já aí uma brutal subida do preço dos combustíveis. Uma tremenda benesse para um governo viciado em impostos, que, a dias das eleições se revela um enorme pesadelo. Será que Costa vai obrigar a ANTRAM a servir de almofada por uns tempitos, como pagamento pela protecção estatal providenciada? Vamos ver se o testa-de-ferro sabe dançar…
Pode bem vir a ser o factor decisivo nos resultados eleitorais.
GostarLiked by 2 people
Dos combustíveis? Deixe começar a aparecer os buracos.
GostarLiked by 2 people
Se tiver oportunidade de chegar à fala com qualquer dos economistas profissionais dos que comentam na TV, ou com jornalistas e apresentadores de debates políticos, pergunte-lhes porque é que a balança comercial não faz parte do cardápio dos debates, qual o estado da dita, e o seu significado. A impressão com que fico é que o país é tratado como se fosse povoado por periquitos a quem se explica que o bife aparece no prato se houver respeitinho verde, LGBT e animal. Se depois o Costa ficar, não sou eu que o vou de lá tirar para pôr o caos novamente ao colo da direita. Depois aguentem-se firmes com a foice e o martelo.
GostarLiked by 3 people
Cristina Miranda, muito bem.
Bem bom que o pitrólio vai subir. O encosta não se pode encostar.
LTR e SAM também muito bem.
GostarLiked by 1 person
Deixai aumentar tudo, carago ! Que venham mais sobrecarga de impostos, hospitais com dificuldades, escolas sem condições de trabalho, greves nos transportes, criem mais taxas e taxinhas. Assim, talvez os tugas co-responsáveis por crises (e bancarrotas) comecem a tentar –já será bom se tentarem– apontar o dedo ao reincidente carrasco.
GostarLiked by 2 people
Ó c’um carago, o AC-DC continua a não respeitar os seus e até já os inclui na “igualdade de género”, bisexualidade ou qualquer coisa: ontem disse que o MSoares e o AArnaut “são o pai e a mãe do SNSaúde”.
GostarLiked by 1 person
Auditorias externas ? Já nos dois últimos auxílios financeiros externos se livraram de prosseguir o saneamento necessário para evitar recaídas.Dispensaram os técnicos do FMI e depois da tróika.perto do fim do programa.
Tem toda a razão,sem vigilância externa(competente,supõe-se)demorada às contas e procedimentos pouco ou nada se adianta.
É a primeira vez que vejo sugerida a auditoria de fora às contas públicas,demorada,acompanho-a nesse conselho.
GostarLiked by 1 person
Muito bom Cristina. Outro excelente “post” com umas quantas verdades (aliás, todas), mas que o portuguesito nédio se recusa a vislumbrar. Parecem miúdos birrentos mas que se lhes derem um pirolito depressa esquecem as birras. Dizem já há muitos anos que a literacia está a aumentar, e que os analfabetos estão substancialmente a diminuir. Custa-me a crer que seja verdade, já que, politicamente estamos a retroceder a grande velocidade. Um povo que a troco de um aumento de 10 euros se deixa enredar pelo paleio de burocratas corruptos, não pode nem nunca será um indivíduo com um mínimo de formação. A formação de um jovem não é só aprender a ler, a educação cívica e mental também é muito importante para que comecem a pensar pela sua própria cabeça. Infelizmente os pirolitos actuais são sem sombra de dúvida, os Smartphones para adoçar as birras e os políticos aproveitam-se disso, como todos sabemos.
GostarLiked by 1 person
Muito bem, Cristina! Tudo verdades! Mas quando nos interrogamos, chegamos à conclusão que é “chover no molhado”. Isto porque, como muito bem diz, os parasitas é que vão votar. Todos no sistema. Se as auditorias fossem por diante, dois terços dos penduras iam para a rua. Não foi por acaso que o Tribunal de Contas foi das primeiras instituições capadas logo que começou a chegar o dinheiro fácil da Europa. Acabar com o regabofe? Nem pensar! Os partidos não vão nisso, sejam de direita, sejam de esquerda.
GostarLiked by 1 person
.
Exemplos sugestão para a Campanha Eleitoral ser de e para todos os Portugueses em vez de temas e discursos que na esmagadora maioria não interessam a ninguém, uns ‘ossitos’ de taxas e taxinhas sem ir ao fundo dos essências do sistema para o sec XXI:
:
Mácron anunciou o projeto de acabar em 2020 com o IMI, a renda do novo senhorio do proprietáro dum imóvel, (taxe d´habiation), que funcionava assim em França:
.
La taxe d’habitation est un impôt local qui dépend des caractéristiques de votre logement, de sa localisation et de votre situation personnelle (revenus, composition du foyer…) au 1er janvier. Vous devez la payer si vous êtes propriétaire, locataire ou occupant à titre gratuit de votre habitation principale. Vous devrez également la payer pour votre résidence secondaire, si vous en avez une. Vous pouvez bénéficier d’exonération dans certains cas.
.
https://www.service-public.fr/particuliers/vosdroits/F42
,
.
E Mácron é de Direita e não marxista.
.
Surge a contradição demolidora para o nosso Sistema interno da Democracia, Liberdades e Eleições do doutrinário de ‘igualdade e mais poder de compra para os trabalhadores e reformados’ dos que se dizem anti-totalitários e anti-estatistas (em polititugalês ‘anti-salazaristas’).
.
Por vezes os sinais são sempre cruéis: até parece que regressámos ao ‘marcelismo’, fase transitório do ‘caetanismo’ da Ditadura para a Democracia.
.
.
GostarGostar
.
Mais para a nossa campanha eleitoral insossa que nada diz de importante aos eleitores, afasta-os da Democracia:
.
Proposta de Mácron (Direta francesa não marxista), reforma da SEGURANÇA SOCIAL assente nestes dois piçares básicos de Justiça e Igualdade Social (tão ‘queridas’ dos marxistas):
.
cada Euro descontada vale o mesmo sejam de Empregados do Estado ou Empregados Privados.
.
as regras para pensões de reforma são exactamente iguais para todos sejam empregados do Estado ou não.
.
.
Por cá nem Esquerda nem Centro nem Direita nem Extremas nem Liberais nem Comunicação Social se ‘atrevem, antes ‘varrem para baixo do tapete’ ))
.
Surge absurdo, a Esquerda em França já se manifesta a favor da continuação da desigualdade e regalias dos Empregados do Estado contra todos os outros Cidadãos. !!!????
.
GostarLiked by 1 person
.
Budget 2020 : après une année marquée par les « gilets jaunes », le choix social de l’exécutif
.
Le texte porte la trace des quelque 17 milliards d’euros de mesuresannoncées par le chef de l’Etat entre décembre 2018 et avril 2019. Il actera la baisse de 5 milliards d’euros de l’impôt sur le revenu au 1er janvier 2020 et la réindexation sur l’inflation des petites retraites, qui s’ajouteront à la poursuite des mesures d’urgence annoncées en fin d’année dernière (revalorisation de la prime d’activité, défiscalisation des heures supplémentaires). Le dernier tiers de la taxe d’habitation (TH) sera supprimé pour 80 % des Français.
.
https://www.lemonde.fr/politique/article/2019/09/13/budget-2020-le-choix-social-de-l-executif_5510263_823448.html
GostarGostar
O RRio esteve óptimo !
Provou também que o AC-DC se não estiver acolitado e não estudar a cartilha, é um flop !
Mas o RRio acordou tarde, tem estado bem só desde há 1 semana.
O Pacheco Pereira já enoja. Bastou menos de 2 minutos a elogiar o RRio e passou despropositadamente a desancar, menorizar os opositores internos ao RRio; vontade não lhe faltou para picar o ponto “batendo” no Passos Coelho…
GostarGostar
Sim. Rui Rio foi, dos dois socialistas, o mais bem preparado. Não espanta. O outro figurão é apenas um trapaceiro.
Se este Rio corresse para o mar, tinha arrastado o burlão.
Com a prima do Toino e os dois outros socialistas que faziam de jornalistas, eram quatro barqueiros a remar contra o Rio.
GostarGostar
Isso consegue-se com o Orçamento de base 0 proposto pela IL.
O Louçã do Bloco de Esterco também propunha o mesmo. Curiosamente o BE esqueceu-se do Orçamento de base 0 quando começou a meter a mão no pote…
GostarGostar