Sobre a suposta saudação nazi no jantar do CHEGA
Não é a primeira vez que o Polígrafo, a partir de apenas um vídeo ou imagem, tenta colar a um partido uma ideologia que não defende. Na minha crónica “O Polígrafo tem de ir ao Polígrafo” já o tinha denunciado com o VOX (leia aqui). Repetiram a mesma artimanha com o CHEGA ao detectarem um indivíduo a fazer, supostamente, a saudação nazi num jantar do partido. Mas desde quando é que por haver alguém que vai ao engano, isso significa que o partido partilha esses ideais?
Vou lembrar que, com tamanha desinformação constante, ataques sucessivos, manipulação de discursos, adulteração e distorção de factos numa campanha difamatória sem igual da comunicação social, por parte de comentadores políticos (veja aqui Constança Cunha e Sá a combinar “fazer frente ao CHEGA”) e políticos, é perfeitamente normal que haja muita gente equivocada sobre o que defende o CHEGA. Por isso, até me surpreende é que não haja muito mais gente enganada por aí.
Como diz o Polígrafo – mas não faz o que diz -, vamos aos factos, que eu ao contrário deles, fui averiguar:
1 – O gesto que podia efectivamente ser feito por um patriota (a fazer saudação patriota romana), ex-combatente ou um infiltrado da esquerda, foi intencional e era mesmo uma saudação nazi;
2- O indivíduo foi confrontado logo ali – por pessoas que partilhavam a mesma mesa – num total desagrado quer pela atitude quer pelo discurso profundamente radicalizado durante o jantar e que motivou críticas severas e desconforto por parte daquele grupo (informação dada por um amigo que estava nessa mesa);
3 – O partido tomou imediatamente providências pedindo ajuda no sentido de identificar o indivíduo em causa e poder agir em conformidade tendo-lhe eu mesma fornecido esses dados conseguidos com a minha pesquisa;
4 – Tratou-se efectivamente de um caso isolado, impossível de controlar ou evitar;
5 – Um acto isolado não define um partido.
Agora pergunto a esse órgão de desinformação: Porque não se faz o mesmo com o gesto do braço em riste com punho fechado? Em que difere o Comunismo do fascismo?
O braço de punho fechado é o símbolo soviético de Lenine, utilizado na Revolução Russa (1917-1921) como saudação vermelha. Vemo-lo ainda hoje em todos os comícios do PCP, BE e PS. Em Portugal aceita-se os punhos fechados ao som do hino da internacional comunista nos encontros da extrema-esquerda. Isso incomoda alguém? Não. Muito estranho. Ou talvez não. Dizia João Brás num comentário no Facebook: “Esta é a resposta de um Gustavo Sampaio director e funcionário do Poligrafo quando questionado se a noticia sobre a festa dos nazis numa reunião no Porto ( um individuo de braço estendido) não era exagerada. Fala de vários motivos porque não gosta do Chega, e conclui com o parágrafo que se lê aqui:”
E continua: “Um individuo que escreve e pensa assim não é só funcionário de uma agenda ideológica, é outras coisas. Diz-me um bom amigo que se queremos pensar com a lógica deles damos em malucos. Porque isto não tem lógica, nem argumentos racionais, nem factos. É apenas o funcionário do partido a defender a doutrina do politburo”.
Vamos lá ser coerentes: se é para condenar, condene-se tudo e não só o que nos dá jeito. E chamar os “bois pelos nomes”, também: BE e PCP não são esquerda moderada, logo é preciso acrescentar “extrema” sempre que se fala neles. “Extrema” porque defendem o totalitarismo de Estado, apoiam ditadores e até emitem votos de pesar no Parlamento quando estes morrem. Sejamos sérios.
Em contrapartida, é preciso urgentemente repor a verdade e dizer que em Portugal NÃO HÁ partidos aprovados pelo Constitucional que sejam FASCISTAS. Logo, não temos nenhuma “extrema” à direita em terras lusas. Mais: querer controlo de imigração não é extrema-direita de coisa nenhuma. Quem foi o idiota que inventou isto? Extrema-direita, caso existisse, seria aquela que transformaria um país numa anarquia, onde a liberdade individual e colectiva seria absoluta. Perceberam? O extremo à direita é o oposto do extremo à esquerda: esquerda radical versus totalitarismo; direita radical versus anarquismo. Fascismo é um subproduto do socialismo. Estudem.
Mas vamos lá analisar – já que a imigração é a justificação do jornalixo para chamarem de “extrema” – o que diz o Chega sobre imigração e racismo:
Porquê então, tanto esforço em desacreditar junto da opinião pública um partido que nada tem de xenófobo? Medo, muito medo dos políticos e serviçais do sistema com as sondagens a subir.
O Establishment não tem medo da xenofobia, que sabem ser inexistente no André. Tem claramente receio da sua ascensão e, por isso, tal como nos EUA e no Brasil, da noite para o dia transformaram milhões de eleitores em “fascistas e xenófobos”, para travar desesperadamente essa ascensão semeando o “terror ideológico”. Vai correr mal para eles. Vai correr bem para o país. Portugal está a “acordar”.
O que esta comunicação social está a fazer na pessoa de alguns jornalistas e comentadores políticos nas TV´s é crime de difamação. E num Estado de Direito deve ser severamente punido.
O CHEGA tem de começar a processar sem dó nem piedade todos os “jornalixos” e “comentadeiros políticos de televisão”, obrigando-os a fundamentar sempre que falam e a repor toda a verdade sempre que falham. Porque os jornalistas não fazem opinião, informam. E mentir, manipular, distorcer, inventar não é informar. É crime de difamação.
A comunicação social(ista) ladra em uníssono, e a caravana do CHEGA acumula simpatia e votos.
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Bravo Cristina. Ainda estou de pé a aplaudir!
Para quando um polígrafo para este polígrafo?
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“Extrema-direita, caso existisse, seria aquela que transformaria um país numa anarquia, onde a liberdade individual e colectiva seria absoluta.”
Que delírio; mas que grande liberdade individual existia na Europa do Ancién Regime do “Trono e do Altar” (que é o que era suposto significar “extrema-direita” – De Maistre, Bonald, Maurras, etc- , antes do termo ter sido alargado para designar também os fascistas e afins)?
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Delírio tem a sua prima. Arrume lá as filosofias de gente morta e acorde prós factos. Não quero saber o q outros já defuntos ACHARAM sobre o assunto. O que me interessa é a análise do que efectivamente defende cada lado. Ora se à direita se defende a liberdade individual e colectiva obviamente que levada a ideologia ao seu extremo, seria uma anarquia. Exactamente o oposto da extrema esquerda.
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A Cristina Miranda está a usar outro eixo Miguel Madeira.
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Este blogue sofreu uma OPA do Chega?
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Claro que não. Não vê que o Blasfémias postou logo de imediato mais 1 ou duas postagens…para apagar esta?
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Anda perdido? Não reparou ainda q este blogue é de direita?
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Da minha costela (antiga) de esquerda, Cristina:
Eduardo Mondlane
A) 10/09/51 – Não sou cidadão da África do Sul, embora tenha sido educado em Johansburgo. Nasci na África Ocidental Portuguesa, na capital, chamada Lourenço Marques.
(…) Os problemas sociais, políticos e económicos do meu país são um pouco diferentes dos da União da África do Sul. Por exemplo, nós não temos uma barreira de cor ou discriminação racial no nosso país.
(…) Pessoalmente penso que há duas maneiras que ajudarão os africanos:
1.Educação massiva…
2.O espalhar da verdadeira cristandade.
(…) É esta a razão porque eu tenho a obrigação de regressar a África para fazer tudo o que puder para contribuir com a pequena parte de boa vontade com que eu sei que Deus quer que eu contribua na vida.
B) 24/09/51 – Lembra-te que eu próprio não sou cidadão sul-africano. Sou cidadão português. No meu país não temos leis de segregação… Eu farei tudo para lutar pelos direitos do meu povo no meu próprio país…
C) 24/04/54 – O meu desacordo com o governo tem pouco a ver com a sua política racial porque, embora não seja a ideal, não é tão má como a dos países vizinhos… O que não posso suportar é a falta de liberdade de expressão. Isto é verdade para todos os cidadãos portugueses, em Portugal e em África.
PS: enxertos das cartas de Mondlane a sua mulher Janet.
Livro de Nadja Manguezi, Maputo 2001, Centro de Estudos Africanos e Livraria Universitária:
Com “Uma história da vida de Janet Mondlane” com o título “O Meu Coração está nas Mãos de um Africano”
PS: futuro primeiro presidente da FRELIMO.
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Este blogue, em tempos, foi liberal. De direita, sim, mas liberal.
Agora parece que está totalmente tomado por apoiantes do Chega.
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Este post fala no título de uma “suposta saudação nazi” para logo a seguir dizer que afinal a saudação nazi foi bem real, não foi simplesmente “suposta”. Fica-se sem se perceber bem se, de acordo com a Cristina, se tratou mesmo de uma saudação nazi ou não.
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Ora ora… ler português é uma coisa e entende-lo é outra completamente diferente.
A análise que é feita pela Cristina é em relação ao que o poligrafo analisou e deu como verdadeiro acerca de terem feito supostamente uma saudação Nazi num jantar do Chega e a conotação subentendida de fazer crer que é a ideologia que o partido defende. A Cristina, e bem, apresenta os factos do que realmente aconteceu admitindo que a saudação efectivamente aconteceu, feita por alguém isolado e desconhecido pela maioria causando indignação e estranheza às pessoas mais próximas do individuo. Foi solicitado a sua identificação e condenado o acto por membros do Chega, demarcando-se de tal ideologia.
Uma explicação melhor só com um desenho a cores!!!
Passe bem…
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Pois. Nem todos estão devidamente habilitados para interpretar textos.
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Se a malta do politicamente correcto continua a ladrar, sou bem capaz de meter férias na altura das próximas eleições, só para ir ao rectângulo meter na urna um voto no CHEGA.
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É o que vai fazer muita gente.
Estes politicos continuam a ser os mesmos de há 45 anos.
Esta politica já tem teias de areia a mais.
É preciso fazer-se outra constituição. A que temos ainda lá tem a escarradela do “rumo ao socialismo”. Desta forma não sairemos nunca da cepa torta!!!
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Está na altura de a extrema esquerda começar a ser incomodada com o apoio a ditaduras e ditadores, com o desprezo que demonstra pela história de Portugal e pelos portugueses a quem insultam com o epíteto de fascista e racista se não são da cor deles. É está na altura de fazer frente a agenda politicamente correcta e revisionista da história que pretendem implementar nas escolas. Toda vida me chamaram fascista por ñ ser de esquerda. Já não metem medo a ninguém.
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Quanto mais a esquerdalhada chega ao Chega, mais gente ao Chega se chega.
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E nos juramentos de bandeira são todos uns nazis e o Cabrita mais o Cravinho não se impõem? Tudo uns tontos.
E nos comentários podia começar pelo Marques Pentes que ainda ontem, classificou o André Ventura como o pior da semana. Porque é que eu já muito não estranho a arenga do dito?
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Há anos, alguém e correctamente, chamou à gentalha que se excitava, bajulava, dependia, do Sócrates, “tralha socrática”. Pronto(s), está emergente a tralha ventura, já com ejaculações precoces.
O que é que o bitaiteiro já disse ou escreveu de relevante para além de tiradas futeboleiro-trauliteiras, para ter pessoas que eu considero inteligentes como seus apaniguados, defensores incondicionais, correlegionários ? Só pode ser por orfandade de líder, qualquer um serve desde que tenha palco — é esse tolo vaidoso o líder da desesperada “direita”, pior, é isso a “Direita” ?
O bitaiteiro populista e popularucho –“dentro de quatro anos estamos no poder !”, gritou o tipo na noite das legislativas…– e o seu partido nunca mentiram para obter apoios na opinião pública ? Nunca, de certeza ?
Quem está por detrás da tal agremiação, a mexer a marioneta ?
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Cristina,
Cerca das 24h00, coloquei um bitaite sobre o caso Azevedo-Tancos.
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Para não fugir à regra, outro grande texto. Parabéns Cristina.
Deixei há dias um comentário no Porta da Loja no qual dava um conselho ao André Ventura para ele poder enfrentar a extrema esquerda deixando-os sem resposta. A esquerda só sabe acusar todos os que não são da sua cor política de fascistas e racistas. Desde há uns tempos que a esquerda deixou cair no discurso os cediços “Estado Novo”, “fascismo” e “ditador Salazar”. Tendo sido esta uma lavagem cerebral ao povo que durou mais de quatro décadas e que foi surtindo efeito, já que o povo foi engolindo tudo pois não sabe distinguir os discursos verdadeiros dos falsos. Agora a mesma esquerda resolveu ir repescar o epíteto “racismo” que está na moda desde há uns tempos nos restantes países europeus. Como se o povo português tivesse algum dia sido racista!?! Isto não passa de pulhice da parte deles.
O Ventura leva demasiadamente a sério as boutades indignas e falsas que lhe são dirigidas pela extrema esquerda e resolve responder-lhes (e bem) pela mesma moeda ou seja, contra-argumentado de modo igualmente muito sério. Mas não pode! Ou melhor, poder pode mas com nuances. Eles não merecem argumentações inteligentes e patrióticas, porque desconhecem (ou fingem) o que significa ser patriota. Eles falam pela cartilha, tudo quanto saia fora desta passa-lhes ao lado. O André deve começar a gozá-los e a ironizar tudo quanto afirmem; deve contraditar os seus argumentos mentirosos com argumentos sólidos e verdadeiros mas cheios de humor. A esquerda e extrema esquerda desconhecem a ironia fina e são falhos de humor (a ideologia comunista não admitia nem uma nem outro e este dogma, qual doença incurável, não abandonará jamais os seus descendentes) por isso odeiam uma e outro.
Portanto, André: comece a gozar com tudo quanto eles dizem e fazem com verdade mas a que junte muita ironia e humor (e alguma contundência se for preciso, como faz Abascal em Espanha e é muito aplaudido e tem cada vez mais adesões ao VOX) e verá que os deixará desarmados e sem argumentação. E ganhará mais uns milhões de votos nas próximas eleições.
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O Chega não precisa, nem deve, processar nenhum jornalista nem comentadeiro…isso seria cair no jogo deles e o Chega não precisa disso para se afirmar…é deixá-los difamar à vontade. Os, eventuais, processos por difamação, mesmo com resultados a favor do Chega, nunca vão convencer os “empedernidos” do costume.
O potencial do Chega está principalmente naquele que não votam e o sinal que precisam para voltar a votar repete-se sempre que JKM abre a bocarra ou os media atacam André Ventura. Depois há sempre a malta que vota PSD e CDS que estão desiludidos e à espera de um líder com os ditos cujos no sítio.
Eu votei IL, mas para repetir o meu voto preciso de ver mais e acho que neste momento não chega apenas pedir por menos impostos e menos estado é urgente combater o politicamente correto e a emigração que não quer ser “romana em Roma”.
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E pronto, está tudo explicado.
Afinal não passou de um cidadão com um braço dormente.
https://inimigo.publico.pt/2020/02/01/senhor-que-fez-a-saudacao-nazi-em-encontro-do-chega-no-porto-esclarece-que-so-estava-a-esticar-a-mao-depois-de-ter-dado-um-mau-jeito-no-braco/
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