Gonçalo Ribeiro Telles
11 Novembro, 2020
Muito há para recordar de Gonçalo Ribeiro Telles mas no meio desse muito fiquei com a memória da paciência infinita (ou saber de quem já tinha visto muito) que mostrava perante as perguntas dos jornalistas e daqueles que vindos das associações de ambiente o procuravam: “a hera cobre tudo” – respondia, creio hoje que com alguma ironia, às minhas exasperações com algumas construções humanas que eu achava desfearem a paisagem. E assim que podia levava a conversa dos esgotos, etares, poluições… que preenchiam o nosso discurso, para aquilo que o interessava – os jardins.
Tinha razão mesmo quando não a tinha: a hera cobre tudo.
11 comentários
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A única pessoa em que votei por gosto e admiração.
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Eu também.
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Por falar em gente que é Senador.
https://barradeferro.blogs.sapo.pt/james-a-baker-iii-accurate-38760
O nosso (ou um dos nossos) faleceu. Curioso como algumas pessoas morrem e sentimo-nos mais pobres.
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«« – o Sr viu o vermelho?
-é lindo »
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Isso da hera cobre tudo tinha outra variante quando isso acontecer já cá não estamos ou já morremos há muito.
Aconteceu comigo há mais ou menos 20 anos. Trabalhava mesmo ao pé da Gulbenkian e costumava ir lá almoçar ou dar umas voltas ao jardim a andar depressa nada, de “correrias” para não perturbar. Conhecia bem todos os recantos e as plantas pois já na altura tinha bonsais. Vi o V querido Arq. fazer alguns disparates e um dia em que ele estava a orientar uns trabalhos na destruição da traça original do Jardim (que não é dele) resolvi perguntar-lhe respeitosamente sobre uns pormenores já por ele implementados e como resposta entre o arrogante e o jocosa: Deixe lá quando isso acontecer já cá não estamos há muito!
Como é óbvio não gostei e pesquisei um pouco!
Pois o dono daquilo tudo, uma estrela da maior grandeza xuxa e que esteve à frente da Gulbenkian montes danos, recentemente voltou ao activo na CGD, e de quem agora não me lembro do nome, tinha a mania que era jardineiro e o que o V. querido Arq. fazia era albardar o burro à vontade do dono, dava cabo do jardim!
Como não me esqueci e ele já cá não está a ver se passo por lá para ver se já se verificaram os conflitos entre plantas que eu apontei ou segundo a previsão dele só a partir de agora …
Dizem que viver não custa, custa é saber viver! e há quem aplauda tanto ar quente.
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De alguém que tem bonsais…
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Deves ser o famoso Chico esperto! Mas com essa arrumaste-me. Vivo cá no planeta terra e mesmo como o outro que teve que lançar impostos porque já só tinha as ruas e as estradas para passear estas coisas a quem interesse no assunto não me escapam, sabes vem nos livros.
Repara bem, se num dado local plantares uma fileira serrada de coníferas (desenvolvimento rápido por exemplo por exemplo Ciprestes http://jardim.98905.com/plants-flowers-herbs/trees/1009027267.html ) num local imediatamente à frente de vegetação que precisa de forte exposição solar, para florir e ser apreciada, quanto tempo … deixa lá és burro e continuarás burro!
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Caro Nulo (permito-me o adjetivo já que nos tratamento por tu), dizia eu caro Nulo, se a fileira de coníferas estava serrada, qual é mesmo o problema? Um abraço, e não te esqueças de regar os bonsai, que eu vou dar palha ao burro.
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nos tratamos em vez de nos tratamento. Peço desculpa.
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Sem querer alongar reconheço a necessidade de esclarecer que na frase “plantares uma fileira serrada de coníferas” serrada corresponde a apertada, pouca distancia entre árvores e não serrada cortada com serrote, quanto muito poderia ter escrito cerrada.
São problemas que não afectam a maior parte das pessoas neste caso haverá aqui uma intromissão do francês serrer > apertar ex.: Serrer la main mas garanto que já me penalizei fortemente e esforçar-me-ei para que não volte a acontecer.
Quanto às coníferas a que me referi das imagens que ainda apanhei da parte 3 do programa de hoje na RTP3 penso que terá havido uma redução pois parece que um grupo de cíprestes que apareceu era mais extenso para o lado direito do que se via na imagem.
Cumprimentos ao burro.
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Como Português e antigo bolseiro da Fund. Gulbenkian: obrigado, Gonçalo! Portugal – e não a porcaria do “este país”- precisa de mais visionários assim. Descanse em Paz!
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