Valorização da marca Portugal
Fiquei a saber que existe um “Movimento pela valorização da marca Portugal“.
Parece que os cândidos membros desta agremiação têm um “desígnio” e, como não poderia faltar a uma boa peça de lero-lero, um “compromisso de uma década“.
Estes líricos marketeiros não dizem apenas coisas patuscas.
Apresentam um programa concreto e focado em três pontos para cumprir o tal “desígnio”, que passo a citar:
- aumentar o valor dos produtos e serviços exportados
- atrair cidadãos do mundo para virem estudar, trabalhar, viver ou investir em Portugal
- promover a transição de uma economia de produção para uma economia de marcas de valor acrescentado
E pronto! Vêem como é simples? É só fazer o que está dito acima e cedo Portugal se tornará afamado por ser um país estupendo e, sobretudo, ter marketeiros magníficos.
Os promotores desta meritória iniciativa dizem que agora só “falta continuar a mobilizar o apoio de entidades públicas e privadas“. Acrescentam que o país tem de “colocar na agenda a transição para o valor acrescentado” e, obviamente, ter-se-à de “usar a bazuca europeia para isso“.
O conto de fadas estava maravilhoso até ao momento em que a história acaba (ou começa) no bolso dos contribuintes.
A elevada capacidade lusa, de apresentar ideias ligeiras, generalistas e inóquas, não desarma.
Com governos cujos PM formatados em Jota, sem percursos sérios na sociedade-académico, empresarial, profissional, fora da canga do Partido;
Com ministros incapazes de sonhos ou iusiones, ocupados pelas rotinas do gabinete, sobram grupos ad hoc.
Ou um ministro da 25ª Hora, Costa Silva, a reforçar o espírito de líder do PM, compensar os vazios de 19+1 ministros.
Não tráz o PRR uma solução para a década?
Em tempos, após a leitura do Programa Eleitoral/Governo do PS 2005, levantado no Rato, fiquei aviado:
Cerca de 150 páginas para um Portugal Novo.
Nada a fazer com os indígenas.
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Mas a Escola, Senhor?
Por que lhe dais tanto desamor.
Por que a fazeis tão pobre assim?
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Aqui no Reino Unido entro em qualquer supermercado, e há vinhos da Austrália, Nova Zelândia, Argentina, Chile, África do Sul, já para não falar dos três suspeitos Europeus do costume: Espanha, Itália, e França.
Vinhos Portugueses? Fora vinho do Porto, ou da Madeira, muito difícil encontrar. Algum verde, algum rosé, de resto, um deserto.
Nem aquilo que Portugal produz bem, e com qualidade tão boa ou melhor que a concorrência, se consegue uma posição de destaque internacional, querem revolucionar a economia?
Ganhem juízo…
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Não me recordo do ano (mas creio que em fins 90s) Portugal foi o convidado oficial do Sydney Royal Easter Show.
Desloquei-me cedo ao local. Dado a enormidade do então recinto, procurei saber onde ficava o pavilhão reservado a Portugal. Localizado, o cheiro a alguma barafunda de organização pairava no ar. Como nas minhas narinas ainda havia residios desse cheiro, não me intoxiquei. Todavia comecei a notar que havia muitas e variadas diferenças. Especialmente organizativas. Não obstante os habitantes locais serem morfologicamente como os portugueses. Isto é, tem olhos, cabeça, pernas etc. etc.
Fazendo fé na informação obtida, ainda hoje me interrogo se os 7 (sete) organizadores que Portugal enviou a Sydney, se limitaram unicamente a disfrutar um passeio de umas largas horas de voo.
Vinhos?! só no restaurante que diziam representar a cozinha portuguesa .
Sapatos? também não. A não ser os meus.
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Posso dizer o mesmo em Espanha, onde até vinhos sul africanos consigo comprar. Nem no país vizinho conseguimos vender!
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Os IDIOTAS dessa ideia estúpida precisam de se pôr em dia no que diz respeito à VONTADE das SFD e Bilionários relativamente ao que estes QUEREM para os próximos anos!
E a parte de andarem escravos boçais de um lado para o outro a POLUIR E EMITIR CO2 não faz parte do que eles QUEREM!
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Hoje em dia para “fazer carreira” , e algumas de sucesso, cada vez mais se usa as vacuidades de uma linguagem generalista muito politicamente correta, que nada diz e sobretudo que nada faz em concreto…… a não ser talvez se candidatarem e receberem um subsídio qualquer.
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Isto é para se fazerem ao piso para ganharem algum com a bazuca.
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