Primavera Blasfema
Enfim, este rapaz não está propriamente na primavera da vida, mas mantém a energia e a dinâmica de um vintinho. E se dinâmica é algo de que os blogues vêm carecendo, ele tem o perfil adequado para refrescar e dar umas sacudidelas nesta trupe algo entorpecida de burgueses em teletrabalho.
O Ricardo Luz é pois a nossa “contratação” da Primavera do desconfinamento e um estreante na blogosfera que nos vem ajudar a rejuvenescer. Nosso fiel leitor desde os primórdios, é um conhecido de longa data e parceiro de alguns eventos co-organizados visando a expansão da “fé liberal”. Mas enquanto usávamos a pena e a palavra, ele espadeirava. Enquanto teorizávamos de forma diletante nas teclas, ele combatia no terreno a criar, a inovar, a assumir riscos.
O Ricardo é aquilo que se pode chamar um empreendedor de corpo inteiro, um espécime valioso de uma colecção rara em Portugal. Ao longo dos anos, manejando as “ferramentas” da formação, consultadoria e capital de risco, criou e ajudou à criação de uma miríade de empresas, juntou empreendedores e financiadores, articulou e federou vontades com vista à livre contratualização. Pelo meio ainda fez uma “perninha” como gestor de uma empresa pública, irritante nódoa em pano requintado e logo nele, que sempre considerou não deverem as empresas do Estado concorrerem com as privadas, porque financiadas de forma compulsiva por estas. Mas contradições e pecadilhos são um direito que também assiste aos liberais e a um Dragão dos 7 costados a absolvição é garantida…
Ele tem o sonho de um dia viver num país liberal. Está consciente que é uma utopia, mas sabe que só pela acção humana é possível torná-la realidade. Daí que persista em incansável trabalho de formiguinha a semear, a ensinar, a divulgar, acreditando que alguém poderá colher no futuro.
Obviamente que um tipo deste calibre e com tamanho potencial herético, tem de integrar o Blasfémias. Porque este é e continuará a ser um espaço de liberdade – e eles vão escasseando como se pode aferir pela censura crescente nas redes sociais – mas também pela importância de termos entre nós um “fazedor”, alguém que está ciente da importância das Instituições e que sabe como criá-las e dinamizá-las.
Caro Ricardo, muito bem-vindo a esta Loja. E a partir de agora, terás de actuar como o Camões, numa mão sempre a espada e noutra o teclado.
Para um dragão dos 7 (?) costados como eu julgo que sou, espero que ele diga ao Sérgio Conceição que o resultado que o FCP conseguiu no último jogo com a Juventus foi o pior possível: uma derrota.
Se for assim, está bem, está bem …
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Bem vindo e bom trabalho!
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