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Vale a pena ouvir

10 Maio, 2021

Susana Prado, proprietária de uma empresa agrícola na região de Odemira, no Contra Corrente.

Porque não existem alojamentos para os trabalhadores em Odemira?

21 comentários leave one →
  1. Luís Lavoura permalink
    10 Maio, 2021 11:45

    A senhora está muito nervosa.
    Há que compreender que, de facto, deve ser proibido, e muito bem, alojar os trabalhadores nas propriedades agrícolas. Em parte nenhuma do mundo civilizado se permite tal coisa, que se edifiquem casas em propriedades agrícolas. Portanto, a senhora não tem razão, se as autoridades não permitem que ela aloje os seus trabalhadores na sua terra, fazem as autoridades muito bem.
    Os trabalhadores devem ser alojados nas povoações, em casas a construir para esse efeito. Os trabalhadores migrantes, tal e qual como os portugueses, devem habitar nas povoações.
    O que há que questionar é porque é que, havendo tanta necessidade de habitação para tantas pessoas, não há capacidade para construir novas casas (que, tipicamente, seriam casas comuns, tipo casas de hóspedes) nas aldeias ou vilas. E não são os proprietários agrícolas quem as tem que construir – são outros empresários, empresários do alojamento.

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    • weltenbummler permalink
      10 Maio, 2021 13:45

      onde viviam antes de 2016?
      todo o citadino fala do que não sabe

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    • chipamanine permalink
      10 Maio, 2021 14:29

      Num estado socialista os trabalhadores podem e até devem viver e comer dentro das respectivas empresas. É só ver os empregados da Huawai que até cama tem debaixo da secretária “a pedido”
      Num estado socialista invoca-se a saúde para aprisionar as pessoas em casa e nem num banco de jardim se pode sentar, mas não se aprova umas instalações habitacionais temporárias para lhes dar condições de higiene e alimentação condignas. Deixam-nos nas mãos dos traficantes como o senhor Lavoura quer. Até porque o senhor Lavoura acha que os “outros empresários” os de alojamento é que tem de investir lá no curral da burra, mas “ele tá quieto”. Meta lá um projecto “tipo casa de hóspedes” e vai ver se não tem o mesmo “destino” que a senhora fala, “nem daqui a dez anos”

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    • 10 Maio, 2021 14:44

      Mas na construção civil pode, e até existe legislação para isso: Decreto nº 46427/1965, de 10 de julho – (Aprova o regulamento de Instalações Sociais Provisórias destinadas a pessoal empregado nas obras) depois deste, sobre o mesmo assunto publicaram apenas isto: Portaria nº 101/1996, de 3 de abril – (Regulamenta as prescrições mínimas de segurança e de saúde nos locais e postos de trabalho dos estaleiros temporários ou móveis)

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      • Luís Lavoura permalink
        10 Maio, 2021 15:59

        Aqui não estamos a falar de habitações provisórias para pessoal empregado em obras. Aqui estamos a falar de habitações permanentes para pessoal permanentemente necessário numa atividade económica permanente existente. Ou seja, estamos a falar de casas, não de contentores.
        Essas casas têm que ser construídas nas povoações existentes, aumentando a área (ou volumetria) dessas povoações.
        É responsabilidade da Câmara Municipal prever, no Plano Diretor Municipal, áreas de expansão dessas povoações. É também obrigação da Câmara licenciar de forma célere projetos para a construção de casas destinados a estes trabalhadores. No caso de, como provavelmente será o caso, não haver privados que se cheguem à frente para investir na construções dessas casas, deverá ser a Câmara Municipal a fomentar, de todas as formas ao seu alcance, essa construção (por exemplo, cedendo terrenos infraestruturados a baixo custo).
        Infelizmente, em Portugal há pouca gente que tenha capital para investir em casas para arrendamento. Geralmente, só se arranja capital para investir em construção de casas vendendo antecipadamente boa parte dessas casas. É a sina do capitalismo sem capital.

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    • jppch permalink
      10 Maio, 2021 17:49

      Desculpe… não quero e não sou mal educado, mesmo com pessoas que pensam diferente de mim… Luis Lavoura… tenho uma quinta, se quiser investir num espaço para ele, um trabalhador viver, tenho de fazer um projecto para a Câmara, o ICNF, a Proteção civil, os Bombeiros e tudo o mais… é Reserva Agrícola, é Reserva Ecológica… acresce (pense nisso) o ICNF está em Lisboa… não está no Interior… se o espaço tiver uma placa de betão, pior ainda… e sobre isto tudo recaem impostos e taxas … e quando você quiser saber como está o processo, do Estado tem uma resposta de coisa nenhuma…

      Sabe uma coisa, Sr Luis Lavoura… saia de Lisboa e vá estudar e sabe que mais? aqui não damos votos… somos poucos

      JPPCH

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      • jppch permalink
        10 Maio, 2021 17:57

        somos poucos para contrariar a depressão urbano depressiva que muitos como o Luis Lavoura nos querem impor… se não fosse o respeito que este blogue me merece eu dava-lhe uma resposta e formalizava

        O português tem palavras para isso, seu anormal

        JPPCH

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  2. 10 Maio, 2021 13:44

    Muita gente por aqui, queixa-se da ditadura que o “Estado Socialista” exerce sobre a sociedade civil, nomeadamente sobre os empreendedores, através da burocracia e dos impostos.
    Porém quando os empresários conseguem fugir a esses espartilhos, só fazem me&#$%!
    Ver aqui:
    https://www.dn.pt/sociedade/centenas-de-vitimas-de-trafico-mas-faltam-provas-para-condenar-13702009.html

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  3. chipamanine permalink
    10 Maio, 2021 14:22

    O Galvao, vc tem défice cognitivo? O link que post logo nas primeiras linhas diz quem são os exploradores destes escravos? Será essa deficiencia ou não sabe ler mesmo? São empresários agrícolas que o fazem? Ou é mesmo profunda má fé da sua parte?
    Sim é o estado socialista, aquele que permite e até convida a dita imigração ilegal. É só ver a suas posições tomadas. No caso quem aprovou o visto de “procura de emprego”?
    É o estado socialista que cria departamentos e instituições onde mete os seus boys que entravam qualquer processo, apesar da propaganda dizer que funciona.

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    • 10 Maio, 2021 14:31

      A ASAE multou um produtor de suínos, no Alentejo, porque dava a comer aos porcos restos de carne dos talhos, restos de comida de restaurantes, etc. Isso é comida imprópria para estes animais, disse o agente.

      Dois meses depois a ASAE voltou lá e não viu comida nos comedores. O que é que você está a dar aos animais, perguntou.

      O criador retorquiu: Quando chega à hora do almoço dou 5 euros a cada um e digo para irem comer aonde lhes apetecer…

      É a isto que me refiro.

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      • chipamanine permalink
        10 Maio, 2021 14:42

        Nota-se que além da tal dissonância cognitiva vc já padece de um estado catatónico. É precisamente a isso que eu me refiro

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  4. chipamanine permalink
    10 Maio, 2021 14:43

    Nota-se que além da tal dissonância cognitiva vc já padece de um estado catatónico. É precisamente a isso que eu me refiro

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  5. 10 Maio, 2021 15:07

    Não está nada mal para quem usa palavras caras sem saber o que elas significam…

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    • chipamanine permalink
      10 Maio, 2021 15:45

      Diz o que só tem dois neurónios desligados que as palavras são “caras”. Não sabe se se referem a rostos , a preços, ou até a algum sentimento/consideração pessoal referente a outro. Algures na juventude perdeu o dicionário e andou a faltar às aulas de português e agora acha “caras” certas palavras. nem todos foram baldas como vc.

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  6. Maria Sousa permalink
    10 Maio, 2021 15:11

    Eu sei bem como funciona a CM de Odemira. Foi um inferno para tratar da legalização da minha casa. E as outras CM são, geralmente, a mesma coisa. Só burocracia e os funcionários a trabalharem ao ralenti… se trabalharem muito ou pouco o vencimento é igual…

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    • chipamanine permalink
      10 Maio, 2021 15:52

      Se trabalharem num ritmo normal e nem é preciso ser muito exigente, ficam sem ter que fazer mais de metade dos dias. Ora essa. Por isso é que eles acham que “50 Kg de morangos” (fake) é uma tarefa impossível. Eles apanham 200 g por dia e assim dá para a semana inteira. Depois de “picar o ponto” vão tomar o pequeno almoço. Ás 10 h fazem um intervalo e ao meio dia vão almoçar. Depois é que são elas porque não apetece nada fazer o que quer que seja.

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  7. 10 Maio, 2021 20:25

    O socialismo no seu melhor! A profusão de organismos burocráticos, o desprezo por quem investe e trabalha, os Luís Lavouras, enfim, tudo o que destrói a alma de um povo e a performance de um país!

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    • jose valeriano permalink
      10 Maio, 2021 21:04

      Sou Alentejano e estou estupefacto pelo que por aqui se diz, talvez muitas pessoas que por aqui andam não sabem nem têm a mínima noção do que é o mundo agrícola.
      Toda a vida os vaqueiros, pastores ,tratoristas, porqueiros e outros funcionários agrícolas viviam nos montes por isso qual é o problema.
      Por sua vez em explorações de suinicultura quando as porcas estão para parir estas têm que ser vigiadas dia e noite, pois ainda existe muita gente que pensa que quando estão a comer um bife este caiu do céu.
      Hoje em dia muitos dos agricultores eles mesmo residem nas suas explorações.
      Tanta parvoíce que por aqui anda sem ter uma noção da realidade pois o que está a acontecer em Odemira passa-se também em Pegões na região de Évora de Elvas e mais tudo onde haja olivais e amendoais.
      Para que fiquem a saber não é só na agricultura pois se vissem um estaleiro que está escondido numa encosta que não é muito visível da estrada entre o Redondo e o Alandroal então é que vocês tinham uma pequena ideia de como tudo se processa.
      Nesse estaleiro que serve para os funcionários das grandes construtoras que andam a construir a linha férrea entre Évora e Elvas que são de fora da região onde iriam arrendar tantas casas para que estas obras sejam feitas.
      Sou a favor de que as pessoas tenham condições de vida, mas em situações destas não tinham como resolver.
      Podem chamar-me o que quiserem mas eu vivo numa casa que têm menos condições que certos contentores em que estes trabalhadores vivem.
      Aqueles contentores têm mais condições que 50% cas casas dentre das Cidades mais velhas e as pessoas vivem lá.
      O que eu não admito isso sim é a sobre lotação aí todos têm razão pois todos devemos ter direito a nossa privacidade.
      Assim por aqui me fico pois grande percentagem da Sociedade não conhece como se vive no interior do País.

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      • 10 Maio, 2021 21:42

        No caso da entrevista à indiana com a filha deu para perceber como a coisa funciona.
        Eles são muito machistas e tal e coisa mas daquela família quem é que trabalhava?
        Ela! apenas e exclusivamente ela!
        O marido tem dores nas costas e não pode trabalhar a apanhar morangos. O amigo que também veio, igualmente nada faz e toma conta da filha .E ela ganhava 900 euros para sustentar toda aquela gente e até tinham casa com 3 quartos.

        E depois isto é exploração.
        É exploração mas é entre eles!

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      • 10 Maio, 2021 21:44

        A questão é que isto é tráfico de gente e tanto vão para os campos uma data deles e apenas uma percentagem trabalha, como vão para a cidade e lá lhes passam aquelas pseudo-lojas de 1 euro ou de telemóveis apenas para conseguirem a papelada e instalarem-se no Estado Social Europeu que mais paga.

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      • chipamanine permalink
        11 Maio, 2021 07:10

        Está mais que visto que a exploração da dita “mão de obra” é feita desde a origem passando por todos os intermediários incluindo os cá residentes (indianos paquistaneses, nepaleses entre outros) é feita por eles próprios. Quase nada ou nada mesmo feita pelos empresários agrícolas.
        A dita “mão de obra” necessária serve é de motivo para estes “agentes” a começar nos próprios países de origem passando pelos locais para todo o tipo de escravidão. Tem de pagar na origem ( endividando-se), tem de pagar viagens, tem de pagar alojamento (muitas vezes miserável) ficando na mão dos traficantes.
        É esta migração que a esquerda adora e propicia. De escravos do trafico humano moderno. O mesmo ou pior se passa no norte de África com aqueles barcos que naufragam. Matam-nos depois de terem pago, mas só depois de pagarem.
        Depois há aqui uns papalvos que além de hipócritas vem debitar boas intenções sobre a migração, fazendo de conta que são eles que estão preocupados com os pobres migrantes e sintomáticamente “atacar”, neste caso os empresários agrícolas, como se fossem eles autores da dita escravidão.
        Eu sei que a consciência suja de um dialéctico marxista nunca o incomoda pois ele só se vê como um poço de virtudes e que o “mal” está sempre nos outros.
        Mas repito. Todo e qualquer que tenha essa postura deve ter algo a ganhar com isso. Não é inocente essa postura. Eles tiram dividendos da sua postura e não são dividendos “ideologicos” como muitos podem pensar.

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