Os comandos africanos foram traídos e abandonados durante a guerra colonial? E quem traiu?
29 Setembro, 2021

O DN tem hoje esta chamada de capa que dá conta da bizarra forma de falar dos crimes cometidos no âmbito do que se chama descolonização. Já se fala desses crimes mas correm por conta da guerra colonial. Não foram apenas os militares e os políticos que traíram. Os jornalistas e os activistas também traíram. Não quiseram ver. Calaram o que se sabia e que militares como Otelo não escondiam sequer: a célebre frase sobre o meter os reaccionários no Campo Pequeno foi precedida do exemplo de como na Guiné tinham sido fuzilados os reaccionários.
6 comentários
leave one →
escumalha social-fascista
Pensées de Blaise Pascal
Voilà l’état où les hommes sont aujourd’hui. Il leur reste quelque instinct impuissant du bonheur de leur première nature ; et ils sont plongés dans les misères de leur aveuglement et de leur concupiscence qui est devenue leur seconde nature
GostarGostar
Não foi só na Guiné. Em Moçambique procuraram, e mataram Comandos, GEs, GEPs para além de todos os que eram membros de outros partidos. Que souberam, na Metrópole, sobre os acontecimentos de 7 de setembro e 21 de outubro de 1974 em Moçambique? Vá, façam um esforço de memória… e vão aos arquivos da imprensa ver o que encontram.
GostarLiked by 1 person
À cerca de 50 anos estive em Moçambique a cumprir o serviço militar, assentei praça em Tancos Agosto de 1970, fui para Moçambique em Julho de 1971 cumpri a minha comissão e regressei 25 meses depois, integrei-me na vida civil, casei-me, constitui família, a minha carreira profissional e por fim a aposentação.
À cerca de 10 anos fui ao dia da unidade que se celebra em todos os 23 de Maio, nesse ano encontrei um camarada africano da minha companhia de Moçambique*), embora não fosse do meu tempo (era mais velho 2 ou 3 anos), a conversa evoluiu para saber de outros camaradas Moçambicanos que estiveram lá comigo, nomeadamente aqueles negros Moçambicanos que vieram para a Metrópole em Agosto de 1970 e no fim dos cursos regressaram a Moçambique para fazerem a comissão, juntamente com os militares oriundos da metrópole, onde eu também ia, quando comecei a perguntar por um , por outro, a resposta que tive foi que estão todos mortos, alguém ouviu falar deles? Alguém ouviu falar nos milhares de pessoas que serviram Portugal e depois foram traídos pelos abrileiros?.
*) O que diferençava as companhias do exército, dos Páras (pois era nos Páras que eu tinha ingressado, que na altura pertenciam à Força Aérea), era que quando se instalava uma unidade (companhia/batalhão) numa das Províncias Ultramarinas, essa unidade não se extinguia no fim da comissão (como acontecia no exército), pois após a instalação da unidade, os militares passavam a ser rendidos individualmente. Este sistema tinha a vantagem de ter sempre gente experiente em operações.
GostarLiked by 1 person
Então deve ter-se cruzado com o meu amigo 1* sargento pára-quedista Sereno, mais tarde capitão graduado GEP no Dondo. O que os militares abrileiros lhe fizeram ainda na Beira devia de ser de amplo conhecimento público para que a ignomínia não passe incólume. A vida do Sereno devia de ser relatada em livro como um exemplo de dedicação à Pátria.
Descansa em Paz, amigo Sereno.
GostarLiked by 1 person
DN esconde a verdade: Foi mais uma matança Marxista. Foi assim a Esquerda que os matou.
GostarGostar
Os serviços de informação militar portugas deram aos executores da Frelimo (no caso moçambicano) todas as informações possíveis para que eles os perseguissem e os executassem.
Ainda há no SIM comprovativos disso.
GostarLiked by 1 person