A improbabilidade de um país provavelmente seu (mas não)
Ao cair do pano de mais uma estimulante campanha eleitoral, impera que se salientem os aspectos mais positivos do amplo debate nacional sobre a situação económica mundial, o papel nacional na diáspora da cultura covid e a galáxia de portugalidade influenciadora no fortalecimento da integração europeia como obtido através do encerramento de fronteiras.
Da miríade de aspectos amplamente positivos desta campanha, tomando por critério a monumental contribuição para o debate popular obtido pelas estimulantes xingarias de vão de escada de candidatos — como transmitidas pela televisão — e posteriormente comentadas de forma épica por profissionais do marketing, cabeleireiros e outros discípulos de mindfulness avançada da escola Paula Bobone, pretendo salientar apenas um deles pela inquestionável influência na geração mais bem preparada de sempre: O Meu Primeiro Voto, do jornal Observador. Para o efeito recorrerei ao método científico de criar um jovem típico para ilustrar uma potencial contribuição real para o programa.
— Dionísio Nume, estudante do mestrado em Interseccionalidade pós-colonial de gaivotas de perna curta, concedeu-nos uns preciosos minutos da sua tentativa diária de masturbação para partilhar as suas emoções acerca do seu primeiro voto.
— Eu penso que o meu primeiro voto vai ficar marcado na história como sendo um voto essencial à sucessão de posteriores votos, até porque este sendo o primeiro é essencial que se realize para que possa existir um segundo voto.
— Dionísio, pensa que os políticos falam para os jovens?
— O que eu penso é completamente original, pelo que terá que ser consequentemente diferente daquilo que os outros pensam. Por isso, devolvo a pergunta para que depois lhe possa responder ao contrário da sua.
— Qual considera ser a maior lacuna na comunicação política para os jovens?
— A maior lacuna é a escola. Os horários escolares dão demasiada ênfase a coisas demasiado factuais e até a outras sem sentido prático como a matemática ou a ciência pré-colonial e pouco tempo às emoções. Nas escolas deveriam ensinar aos jovens como votar, quais são as ideologias, quais as certas e as erradas, quais os partidos que representam essas ideologias e como devemos ser cidadãos informados para votar certo num regime democrático. É com muito pesar que vejo colegas meus completamente inconscientes, que caem no canto do peru…
— …cisne…
— …avestruz da extrema-direita, como o Chega, que quer exterminar todos os esquimós, e o Livre, que quer calar a Joacine Katarina Nogueira.
— Joacine Ka… katar Moreira.
— Isso é racismo. O papel dos jovens é abrir portas que estejam escancaradas através do sistema de ensino de forma a revolucionarmos as mentes das pessoas para a originalidade de um sistema comunitário de redistribuição que permita que nos dediquemos a estudar fenómenos antro e ornitológicos de coação psicológica formatante de uma psique de aceitação da repressão não reparadora de danos do colonialismo expropriador amorfanhante das aves não binárias.
— Essa frase foi densa e em simultâneo desprovida de semântica. Uma mera aglutinação de palavras sem ligação entre elas.
— É uma opinião, a minha é diferente, como já disse.
— Dionísio, obrigado e votos de um bom primeiro voto.
— Foi um prazer. Quer dizer, ainda não, mas vou voltar ao trabalho pelo que em breve será.
Manter a ordem, em vez de corrigir a desordem, é o princípio básico da sabedoria. Curar a doença depois que ela aparece é como cavar um poço quando se tem sede, ou forjar armas com a guerra iniciada.
Nei Jing, século II a.C.
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O Vitor Cunha é o maior!!!
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Vitor Cunha a PM. Já!!! Os votos de pilas sem pelos serão contabilizados a seu favor. Pode ser que ganhe por exclusão de vaginas depiladas.
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Isso não é blablabla de panascas de perna aberta?
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Muito bem e vice-versa. Fica então combinado que vamos votar, ou talvez não.
Paz na terra aos homens de boa vontade e também aos de má vontade.
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Verifica-se que o Bidé e o Putão andam às turras para ver qual é o mais fanfarrão. Desconfio que são os dois, pelo menos…
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In Alvitrando
“Eu vivo na cidade e o meu amigo Zé Rocha, que é da minha ougalha, já entradote portanto, ficou sempre na terra que o viu nascer. Eu melhorei a minha vida mas ele sobrevive com uma pensão de 367 euros por mês. Quando lhe perguntei se ia votar, respondeu-me logo, vão todos para a puta que os pariu.
Eu sei que alguns candidatos exibiram as suas mascotes na campanha eleitoral, lustrosas, e sei que o Zé Rocha também tem. Várias. Tem ratos. Eu sei que o Zé Rocha tem uma mesa muito pobre por causa dos ratos. A maior fatia que perde é-lhe roubada pelos ratos de Lisboa que se costumam juntar no Largo do Rato. Do que sobra ainda os ratos de casa roem alguma coisa.
Sabendo eu o que gasta a casa do meu amigo Zé Rocha, pensei cá para comigo, tu não votas mas este ano eu vou votar por ti.
No Domingo vou votar no CHEGA.”
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Concordo
https://sol.sapo.pt/artigo/760621/vendedores-de-ilusoes
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” (…) o Presidente deve estar doente por estar há tanto tempo isolado…”
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Nem mais. Transcrevo por estar de acordo com o pensamento.
“UMA NOVA RELIGIÃO
( À direita, a igreja católica; ao lado, o culto Covid. A testagem maciça de assintomáticos é, nos últimos meses, a nova religião de vários milhões de portugueses, porque assim foi imposto pelas autoridades políticas e sanitárias – perdidas em dúvidas, mas exibindo a soberba de certezas que não têm, porque não existem. Trata-se apenas de uma questão de fé, e a fé de cada um deve ser respeitada. Mas esta fé é oficial, por decreto, vigiada, com perseguição aos ateus e uma nova inquisição. Uma nova religião, uma nova fé: é por isso que não se lhe pode chamar ciência…
A testagem maciça de assintomáticos (já o escrevi aqui há 1 ano e meio) é um absurdo médico, é uma medida meramente política, é (há que dizer isto com toda a clareza) uma estupidez. Há poucos dias, em entrevista ao jornal “Público”, o Dr. Germano de Sousa, ex-bastonário da Ordem dos Médicos e dono de uma das maiores empresas de análises do país, disse claramente isto: “Uma testagem em massa só seria realmente eficaz se fosse possível fazê-la quase todos os dias. De outro modo, não sei se será muito útil. Os testes antigénio fora do período sintomático não têm sensibilidade suficiente para positivarem. Por isso, não sei se este esforço enorme vale a pena. Mas também não posso dizer que não vai ser útil: há uma dimensão psicológica que tem de ser levada em conta e a única forma que existe, do ponto de vista psicológico – político até –, de manter as coisas em funcionamento é fazer qualquer coisa como isto.” Entenderam bem? A testagem maciça é mais uma daquelas medidas com um mero “efeito psicológico” mas que nos é servida como “ciência”. As actuais regras, de isolamento, de contactos de alto risco, de exigência de terceiras doses, e por aí fora, são uma verdadeira vergonha científica. Haver tanta gente que ainda acredite em medidas que mudam ao mesmo ritmo a que as vacinas deixam de ser eficazes é, para mim, surpreendente e preocupante.
Perante isto, perante o avolumar do embuste, as pessoas sentem-se naturalmente enganadas (e em boa parte foi o medo que lhes foi instilado que as fez acreditar nas mentiras). Perante isto, as pessoas perguntam: “mas então para que andamos a fazer isolamentos, sacrifícios, vacinas, testes, tele-trabalho?”… Perante isto, as pessoas perguntam: “porque é que estamos a empobrecer tanta gente e a dificultar o acesso à saúde para tratar das outras doenças?…” Perante isto, e acontecendo tudo isto em vésperas de eleições, as pessoas querem naturalmente mudar. É a única coisa que se pede: uma mudança, ainda que ténue, ainda que duvidosa, ainda que irreal. Não tenhamos ilusões, a pandemia irá ser extinta por decreto (como já foi na Irlanda e na Bélgica), quando se tornar demasiado óbvio para a maioria que a sua evolução natural a transformou numa outra virose respiratória a somar às demais. Sim, a evolução natural, sublinhe-se. As medidas tiveram o relevo que tiveram, mas a verdadeira solução foi o surgimento natural de novas estirpes, que por um lado “fintaram” completamente a eficácia das medidas, mas por outro a reduziram a uma clínica cada vez mais irrelevante.
Enfim, tenhamos fé, mas não no que nos querem fazer crer… A minha fé na humanidade está doente, e é essa que eu gostaria de ressuscitar.
Dr. Pedro Girão )“
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Victor Cunha , gostei muito de ler a sua criação . Fez me muito bem . Força .
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MARCELO TAL E QUAL
Depois da feira das promessas e dos apelos ao voto vindos de todos os quadrantes, que legitimidade tem o presidente saído das nuvens para vir furar o dia de reflexão bem ou mal instituído e mantido a que temos direito?
Ainda por cima aproveita este dia especial em que todos se devem pautar pelo silencio politico para reclamar uma revisão eleitoral.
Fique a saber que com esta arenga reconhece que a atual lei eleitoral padecendo de muitos males e pecados não merece confiança, pelo que acaba de me conferir o direito de não ir votar.
E ao fim e ao cabo para quê, se antes de o primeiro voto cair nas urnas já as direções partidárias nos escolheram os deputados através dos famigerados lugares elegíveis.
Haja maneiras!
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Caro expatriado eu não vejo as coisas assim pois as pessoas recebem muito bem aquilo que lhes querem incutir no cérebro.
As pessoas que já levaram 3 doses e continuam na mesma já esperam pela quarto e pela quinta quantas os politicos queiram.
O povo têm pouca informação não a procuram e aceitam de bom grado o que os politicos e a CS lhes transmite.
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Possas Catano
Tanto texto
Rebuscado, pensado.
Será que tem alma?
Ou será a martelado e alinhavado.
Agora que estamos a ver o fim!
Ou seja a luz ao fundo do túnel.
A quem faremos oposição amanhã?
Será que o querido do capital?
Terá uma equipa de peso?
Tão picuinhas este país?
Que sobrevive endividado
Mas continua a ser o melhor de todos para cantar o fado.
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Feche esta coisa. Já acabou.
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300 000 votos no domingo antes das eleições.
Porque não foram logo contados nesse domingo?
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