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Ética e Escolas de Gestão

11 Janeiro, 2023

Todos assistimos pelos jornais e televisões ao desenrolar das telenovelas deprimentes envolvendo Alexandra «Quinhentos Mil» Reis e Rita «Porta Giratória» Marques.

O primeiro caso é o de Alexandra, uma senhora que andou a saltitar entre administrações de empresas públicas até aterrar na secretaria de estado do Tesouro com uma indemnização milionária indevida e calçada em sapatos Louboutin, caríssimos.

O segundo caso é o de Rita, uma senhora que veio para a praça pública de forma fanfarrona e gabarolas, na prática dizer que se estava a marimbar para o cumprimento da lei e que estava absolutamente segura de que 30 dias após deixar de ser secretária de estado do Turismo poderia tornar-se administradora de um grupo privado do sector que tutelou directamente.

A semelhança óbvia entre os casos é o amiguismo e a falta de vergonha típica dos socialistas que tratam o país como um feudo para explorar até ao tutano, em benefício próprio.

Mas faço notar outra semelhança curiosa: Rita «Porta Giratória» Marques foi diretora executiva da Porto Business School para área de MBAs e pós-graduações. Trata-se de uma escola de negócios na órbita próxima e directa da Universidade do Porto a maior universidade pública do país. Por sua vez, Alexandra «Quinhentos Mil» Reis é professora na AESE, a mais antiga escola de negócios do país e lecciona cadeiras para gestores de empresas de referência.

Ora, se a Universidade do Porto tem uma Comissão de Ética que visa “promover o cumprimento dos mais altos padrões éticos em todas as atividades da Universidade” e a AESE se apresenta como tendo um corpo docente que visa transmitir aos executivos seus alunos “valores centrados na ética e no humanismo”, o que está a falhar nestas instituições?

Em geral todas as escolas de gestão do país sucumbiram à moda dos chamados “princípios ESG” que, na prática, são mandamentos de uma seita evangelizadora e uma artimanha para dirigentes e empresas manterem privilégios à margem do livre mercado e da sã concorrência. (ver aqui e aqui, pex)

Portanto, como é que as universidades e instituições de ensino de executivos compaginam o perfil do seu corpo docente com os lirismos e sinalização de suposta virtude das bandeiras anti-capitalistas ESG que agitam?

Valeria a pena haver um escrutínio mais rigoroso sobre quem se convida para ensinar aos outros princípios éticos que os próprios docentes não praticam.

A minha crónica-vídeo de hoje, aqui:

12 comentários leave one →
  1. voza0db permalink
    11 Janeiro, 2023 21:39

    “telenovelas deprimentes”… longe disso!

    Ide mas é votar em salafrários e corruptos e continuem a fazer de conta que estão deprimidos com a telenovela.

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  2. 11 Janeiro, 2023 23:15

    Digamos senhor Telmo que a ética deles é igual aos dos carteis de compadrio ou à lealdade militante doutrinária, tal e qual como estes com que o Telmo se alinha e também se recusa ou se omite de criticar e condenar.

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    • 11 Janeiro, 2023 23:22

      Vamos lá, justifique-nos senhor Telmo a ética do “direito à propriedade” de 70 biliões de dolars que a criminosa Pfizer lucrou com as vacinas covid.

      Fica aqui o desafio à “ética” dos pro-capitalistas .

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      • André Silva permalink
        12 Janeiro, 2023 18:19

        Blá blá blá mamões?

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      • 13 Janeiro, 2023 19:43

        Como você que é um gay-homo-larilas pode ir mamar à vontade. LOL

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  3. passante permalink
    12 Janeiro, 2023 00:09

    bandeiras anti-capitalistas ESG

    Por amor da santa, os grandes gestores de fundos estão cheios de ESG isto e aquilo para impingir à clientela.

    É só um cacete para dar na tola do Musk e similares – ameaçando expulsar a Tesla das listas aprovadas – tal como os “direitos humanos” são um cacete para bater no Catar, na China, etc. quando dá jeito.

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  4. freakonaleash permalink
    12 Janeiro, 2023 08:46

    “Em geral todas as escolas de gestão do país sucumbiram à moda dos chamados “princípios ESG” que, na prática, são mandamentos de uma seita evangelizadora e uma artimanha para dirigentes e empresas manterem privilégios à margem do livre mercado e da sã concorrência.”

    Sim e destas escolas saem muitos dos arautos do liberalismo económico aka crony capitalism.
    Sem valores vincados de humanismo e fraternidade, o liberalismo para mim vale zero. É igual ao “venha a mim o €€€ e os outros que se phodam” à la PS!
    Mas sim é óbvio amiguinho PS é o costume!

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  5. RC - beirão permalink
    12 Janeiro, 2023 10:40

    Estas tipas e estes tipos esquerdalhos que têm como única preocupação de vida quando cavalgam as instituições do poder tirar todo o proveito da oportunidade que camaradas esquerdalhos lhes deram de mão beijada, enchendo os bolsos deles próprios, da família e dos amigos da família, não têm um pingo que seja de vergonha nas trombas e jamais serão capazes de se regenerar. Apenas existe nelas e neles uma ideia: sacarem o mais que puderem e lhe permitirem ao estado depauperado, de cabeça baixa e mão estendida nos corredores de Bruxelas, sem emenda nem remédio. Puta que pariu para isto!

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  6. 13 Janeiro, 2023 00:13

    “Por sua vez, Alexandra «Quinhentos Mil» Reis é professora na AESE, a mais antiga escola de negócios do país e lecciona cadeiras para gestores de empresas de referência.”

    Isto é um aparte que não tem a ver com o essencial, mas essa escola de negócios é assim de referencia? É que eu nunca tinha ouvido falar nela até hoje (e nos anos 80-90, todas as pessoas que eu conheço que queriam seguir gestão de empresas iam era para a Católica, a Nova – já na altura famosa pelo seu MBA – ou o ISCTE, ou quanto muito para o ISEG ou o ISG; mas essa AESE nunca ouvi falar de alguém que lá tivesse andado ou quisesse ir para lá – ou é só pós-graduações e coisas dessas?)

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  7. JgMenos permalink
    13 Janeiro, 2023 12:24

    Não percebo nada disto.
    Dizer que não se vai da política para as empresas é dizer que não se vai das empresas para a política.
    Não seria mais fácil dizer que a transferência do Governo – ou da administração pública – para a empresa que recebeu benefícios directos implicava uma auditoria asseguradamente independente, sem o escarcéu mediático.
    Poderia mesmo determinar-se que a empresa contratante ficava obrigada a um qualquer adicional dever de transparència.

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  8. carlos rosa permalink
    14 Janeiro, 2023 11:38

    No meio disto tudo quem ficou a ganhar foi a empresa para onde ia o estafermo Rita Marques.
    Recebeu os subsídios mas em contrapartida tinha que gramar o estafermo.
    Como já não vai gramar o estafermo, fica aliviada e já marcou um jantar de gala para festejar o facto de se ver livre do estafermo.
    E a cereja em cima do bolo o que é?
    Convidam o estafermo para a festa, pregam-lhe uma valente bebedeira de Vinho do Porto e vão levá-la a casa num carro de luxo.
    No dia seguinte vai curtir a ressaca no Largo do Rato.

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  9. Augusto Faria permalink
    16 Janeiro, 2023 10:59

    Oh Telmo. Que ingénuo. Então achas que a falta de vergonha é só típica dos socialistas? Antes isso fosse verdade e a solução era simples: substituíam-se por comunistas, liberais, conservadores,….

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