Bem… Esta é mais uma (in)esperada falta de respeito pelos portugueses !
Sócrates e quem o apoia nesta decisão, não sabem nem conseguem imaginar o sentimento dos emigrantes para com Portugal.
Os emigrantes que poderão votar em 2009, deveriam pura e simplesmente abster-se, não só como solidariedade para com os seus compatriotas impossibilitados de o fazer, mas também para fazerem sentir a Sócrates e ao PS o desrespeito e falta de nacionalismo.
Mas, enfim, enquanto muita gente colocar a cruzinha por simpatia ou obrigação partidária nos carrascos…
O Gabriel Silva lembra-se daquelas disputas, no interior do PSD, aquando das últimas eleições internas, a propósito de militantes que pagavam as quotas de outros militantes?
O Gabriel Silva percebe o que estava em disputa, não percebe? Aquilo que estava em disputa era a prática de, no interior do PSD, alguns “caciques” comprarem o voto de uma data de outra gente.
Agora pergunto, Gabriel: Você tem alguma dúvida de que, nas eleições dos emigrantes através do voto por correspondência, haverá “caciques” do PSD que promoverão práticas análogas?
Eu não tenho dúvidas, Gabriel. Não tenho quaisquer dúvidas de que o voto por correspondência dos emigrantes tem vindo a ser utilizado, ao longo dos anos, para “caciques” do PSD votarem por outros.
Acho portanto eminentemente razoável que o PS tenha decidido acabar com o voto por correspodência.
Se assim foi, porque é que SÓ AGORA o PS vem publicamente denunciar a “golpada”, ou “chapelada” (segundo Vasco Franco, já nem quero decorar termos deste inócuos políticos) e não o fez antes, durante X anos ? Ou não a denunciou nas últimas legislativas ?
Porque o PPD nos círculos dos emigrantes vence quase sempre, tal como aconteceu em 2004 ? — a “golpada” é, isso sim, do PS !
FALTA-LHES O LELLO JUNTO DOS EMIGRANTES ? É isso ?
Mr. Luís Lavoura,
Vc. soube ou quer lembrar-se dums episódios com emigrantes manipulados pelo PS — questões de inscrições, quotas, etc, etc, protagonizadas também por Lello ?
Luís Lavoura,
em primeiro lugar, por acaso tenho sérias dúvidas sobre se os cidadãos imigrados deverão ter direito a voto. O voto deve ser reconhecido aos que vivem em determinada comunidade, como direito que tem de se pronunciarem sobre o que lhes diga respeito. Não me parece ser o caso dos cidadãos a viverem permanentemente no exterior.
Em segundo, os círculos da imigração distorcem gravemente o sistema representativo na medida em que se atribui um número fixo de deputados independentemente do número de eleitores, (fazendo com tais eleitores tenham mais poder do que os demais).
Em terceiro, atendendo ao sistema vigente de representação eleitoral dos imigrados, as questões do ma-shamba parecem-me relevantes, razão da linkagem.
Concretamente: não percebo porque passados 30 anos de um sistema em vigor se vem alegar apenas e só agora a probabilidade de cambalachos. Torna-se evidente que a prevenção que se pretende «corrigir» diz respeito á posssibilidade de o ps não vir a ter maioria nas próximas eleições, sendo que os 3 ou 4 deputados da emigração poderão ser decisivos. Acresce, com força de evidência que os dois deputados socialistas que deram a cara pelo assunto, com especial ênfase em José lello seriam os últimos a poder insurgir-se contra cambalachos atendendo á sua passada actuação em vários domínios e no presente também.
Soma-se a questão das tendências facilitadoras e descentralizadoras do processo de voto e mesmo de inscrição, que este governo em especial (e bem) tem vindo a implementar ou mostrou em tempos recentes desejo de dar continuidade, como seja o voto eletrónico, à distancia, etc., o que não se conjuga e entra em contradição com esta presente preocupação por eventuais desvirtuamentos.
Tudo junto, não duvido que a preocupação manifestada não seja propriamente pelos eventuais cambalachos do psd, mas sim pelo facto de o ps se vir arredado dos seus beneficios e tal poder vir a ser circunstancialmente determinante.
Como sabe, quantidade significativa dos emigrantes voltam a Portugal. Reformados ou por quaisquer outros motivos.
Entendo que “lá”, devem votar no seu “destino”, no futuro do seu país…que os acolherá.
Admito outro entendimento e eventual alteração da Lei Eleitoral, só para os portugueses que optaram em definitivo pela dupla nacionalidade ou unicamente pela nacionalidade dos países onde residem, trabalham e neles querem permanecer. Aliás,este caso, não podem votar em eleições portuguesas.
De uma forma geral, deve-se poder votar onde se reside, porque geralmente é onde somos afectados mais directamente pelas decisões, tendo obviamente o direito de nos pronunciarmos sobre as mesmas.
Subscrevo, ponto a ponto, palavra a palavra, o comentário nº5 de Gabriel Silva (e agradeço-lhe a ligação ao post).
Gostaria de lembrar as eleições de 1999 quando José Lello era Secr. Estado das Comunidades – e quem o viu em acção “no terrreno” não esquece o baixo nível populista do então governante. Quando o PS ganhou, surpreendentemente, os deputados ao PSD nos círculos eleitorais. E ficou empatado no parlamento – dando origem ao vergonhoso pacto eleitoral PS-PP “clandestino”, que Jorge Sampaio aceitou (escreverá sobre o que lamenta isso nas suas memórias, creio). Esta deriva é apenas para sublinhar que o que aqui está em causa é uma manobra de pequena política, anti-democrática, com vista a obter/manter o poder, por parte de um partido (e de um Lello, também) que sabem muito bem o que significam estes círculos e como funcionam. Uma baixaria
(1) Mais vale que se procure corrigir agora os (eventualmente existentes) cambalachos, do que não os corrigir nunca. Logo, o facto de ser corrigirem agora é positivo.
(2) O facto de José Lello dar a cara por uma coisa qualquer não quer dizer que essa coisa esteja automaticamente errada.
(3) O voto eletrónico nada tem de mal se fôr feito presencialmente e se tiver uma contrapartida em papel. Se o Gabriel, em vez de votar na sua secção no Porto, puder votar eletronicamente em Chaves (por exemplo), sendo o seu voto imediatamente transmitido para a sua secção no Porto, e se houver um comprovativo em papel que permita verificar que o sistema eletrónico não foi falsificado, isso só poderá ser bom para o Gabriel.
(4) O facto de o PS ser circunstancialmente beneficiado pelo fim de algumas irregularidades não implica que seja mau o pôr-se fim a essas irregularidades.
Bem… Esta é mais uma (in)esperada falta de respeito pelos portugueses !
Sócrates e quem o apoia nesta decisão, não sabem nem conseguem imaginar o sentimento dos emigrantes para com Portugal.
Os emigrantes que poderão votar em 2009, deveriam pura e simplesmente abster-se, não só como solidariedade para com os seus compatriotas impossibilitados de o fazer, mas também para fazerem sentir a Sócrates e ao PS o desrespeito e falta de nacionalismo.
Mas, enfim, enquanto muita gente colocar a cruzinha por simpatia ou obrigação partidária nos carrascos…
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O Gabriel Silva lembra-se daquelas disputas, no interior do PSD, aquando das últimas eleições internas, a propósito de militantes que pagavam as quotas de outros militantes?
O Gabriel Silva percebe o que estava em disputa, não percebe? Aquilo que estava em disputa era a prática de, no interior do PSD, alguns “caciques” comprarem o voto de uma data de outra gente.
Agora pergunto, Gabriel: Você tem alguma dúvida de que, nas eleições dos emigrantes através do voto por correspondência, haverá “caciques” do PSD que promoverão práticas análogas?
Eu não tenho dúvidas, Gabriel. Não tenho quaisquer dúvidas de que o voto por correspondência dos emigrantes tem vindo a ser utilizado, ao longo dos anos, para “caciques” do PSD votarem por outros.
Acho portanto eminentemente razoável que o PS tenha decidido acabar com o voto por correspodência.
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Mr. Luís Lavoura,
Se assim foi, porque é que SÓ AGORA o PS vem publicamente denunciar a “golpada”, ou “chapelada” (segundo Vasco Franco, já nem quero decorar termos deste inócuos políticos) e não o fez antes, durante X anos ? Ou não a denunciou nas últimas legislativas ?
Porque o PPD nos círculos dos emigrantes vence quase sempre, tal como aconteceu em 2004 ? — a “golpada” é, isso sim, do PS !
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FALTA-LHES O LELLO JUNTO DOS EMIGRANTES ? É isso ?
Mr. Luís Lavoura,
Vc. soube ou quer lembrar-se dums episódios com emigrantes manipulados pelo PS — questões de inscrições, quotas, etc, etc, protagonizadas também por Lello ?
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Luís Lavoura,
em primeiro lugar, por acaso tenho sérias dúvidas sobre se os cidadãos imigrados deverão ter direito a voto. O voto deve ser reconhecido aos que vivem em determinada comunidade, como direito que tem de se pronunciarem sobre o que lhes diga respeito. Não me parece ser o caso dos cidadãos a viverem permanentemente no exterior.
Em segundo, os círculos da imigração distorcem gravemente o sistema representativo na medida em que se atribui um número fixo de deputados independentemente do número de eleitores, (fazendo com tais eleitores tenham mais poder do que os demais).
Em terceiro, atendendo ao sistema vigente de representação eleitoral dos imigrados, as questões do ma-shamba parecem-me relevantes, razão da linkagem.
Concretamente: não percebo porque passados 30 anos de um sistema em vigor se vem alegar apenas e só agora a probabilidade de cambalachos. Torna-se evidente que a prevenção que se pretende «corrigir» diz respeito á posssibilidade de o ps não vir a ter maioria nas próximas eleições, sendo que os 3 ou 4 deputados da emigração poderão ser decisivos. Acresce, com força de evidência que os dois deputados socialistas que deram a cara pelo assunto, com especial ênfase em José lello seriam os últimos a poder insurgir-se contra cambalachos atendendo á sua passada actuação em vários domínios e no presente também.
Soma-se a questão das tendências facilitadoras e descentralizadoras do processo de voto e mesmo de inscrição, que este governo em especial (e bem) tem vindo a implementar ou mostrou em tempos recentes desejo de dar continuidade, como seja o voto eletrónico, à distancia, etc., o que não se conjuga e entra em contradição com esta presente preocupação por eventuais desvirtuamentos.
Tudo junto, não duvido que a preocupação manifestada não seja propriamente pelos eventuais cambalachos do psd, mas sim pelo facto de o ps se vir arredado dos seus beneficios e tal poder vir a ser circunstancialmente determinante.
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Mr. Gabriel Silva,
Como sabe, quantidade significativa dos emigrantes voltam a Portugal. Reformados ou por quaisquer outros motivos.
Entendo que “lá”, devem votar no seu “destino”, no futuro do seu país…que os acolherá.
Admito outro entendimento e eventual alteração da Lei Eleitoral, só para os portugueses que optaram em definitivo pela dupla nacionalidade ou unicamente pela nacionalidade dos países onde residem, trabalham e neles querem permanecer. Aliás,este caso, não podem votar em eleições portuguesas.
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Errata:
Último parágrafo, “aliás neste caso”
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De uma forma geral, deve-se poder votar onde se reside, porque geralmente é onde somos afectados mais directamente pelas decisões, tendo obviamente o direito de nos pronunciarmos sobre as mesmas.
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Subscrevo, ponto a ponto, palavra a palavra, o comentário nº5 de Gabriel Silva (e agradeço-lhe a ligação ao post).
Gostaria de lembrar as eleições de 1999 quando José Lello era Secr. Estado das Comunidades – e quem o viu em acção “no terrreno” não esquece o baixo nível populista do então governante. Quando o PS ganhou, surpreendentemente, os deputados ao PSD nos círculos eleitorais. E ficou empatado no parlamento – dando origem ao vergonhoso pacto eleitoral PS-PP “clandestino”, que Jorge Sampaio aceitou (escreverá sobre o que lamenta isso nas suas memórias, creio). Esta deriva é apenas para sublinhar que o que aqui está em causa é uma manobra de pequena política, anti-democrática, com vista a obter/manter o poder, por parte de um partido (e de um Lello, também) que sabem muito bem o que significam estes círculos e como funcionam. Uma baixaria
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Isto também é relacionado:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u446971.shtml
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Gabriel Silva
(1) Mais vale que se procure corrigir agora os (eventualmente existentes) cambalachos, do que não os corrigir nunca. Logo, o facto de ser corrigirem agora é positivo.
(2) O facto de José Lello dar a cara por uma coisa qualquer não quer dizer que essa coisa esteja automaticamente errada.
(3) O voto eletrónico nada tem de mal se fôr feito presencialmente e se tiver uma contrapartida em papel. Se o Gabriel, em vez de votar na sua secção no Porto, puder votar eletronicamente em Chaves (por exemplo), sendo o seu voto imediatamente transmitido para a sua secção no Porto, e se houver um comprovativo em papel que permita verificar que o sistema eletrónico não foi falsificado, isso só poderá ser bom para o Gabriel.
(4) O facto de o PS ser circunstancialmente beneficiado pelo fim de algumas irregularidades não implica que seja mau o pôr-se fim a essas irregularidades.
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