Visitar sempre
4 Abril, 2009
Há blogues que são imprescindíveis porque têm opinião. Não que eu concorde, demasiadas vezes, com essa opinião. Mas esta existe sempre e é livre, diversificada, fundamentada, logicamente apresentada.
O José e eu já nos ‘pegamos’ por diversas vezes – algumas até foram feiinhas. Mas nem me passa pela cabeça perder um só dia de visita à Porta da Loja – teria muito a perder.
99 comentários
leave one →
COGITO LOGO CAGO DIVISA DO ps….
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O Sócrates, para além de porreiro, é o gajo mais sério de Portugal.
O homem está inocente.
Viva Portugal, D’Áquem e D’Álem Mar!
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Blog de leitura obrigatória.
Tal como o editorial do JMF que o José colocou lá num post:
via http://portadaloja.blogspot.com/
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De facto, o editorial de ontem de JMFernandes é tão cristalino como o mais puro cristal !
Só não o aceita quem do regime usufrui especiais favores.
O portadaloja é um blog interessante.
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O CAA hoje resolveu contar-nos uma história de ficção.
Acredite quem quiser.
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Não quer acreditar nessa ‘estória’ quem beneficia deste especial regime corrupto, ou quem é tolinho.
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Pois
É tudo a mesma pandilha cujo objectivo é manipular a suspeita para que se torne realidade
Não há memória de uma coisa destas, deste ódio de estimação
São resquícios de complexo de oposição do salazarismo e das reformas que eliminaram mordomias corporativas
Ainda se vai fazer História
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Porventura resquícios de complexos pró-salazaristas, levam indefectíveis de Sócrates a rejeitar tudo o que a PJ, o SFO, o MP, a comunicação social têm investigado e tormado público.
Para os novos-cristãos do “socialismo”-PS, o ideal seria ‘parar’ a ‘estória’ para não haver verdades inconvenientes na História…
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“..a comunicação social têm investigado e tormado público” (mal escrito como o caraças)
Investigado ??? Ou comentam fugas ao segredo de justiça ??
Não investigam nada. Vem tudo parar em cima da secretária. Nem levantam o tutu da cadeira.
O objectivo é manipular a informação de tal modo que a suspeita se torne realidade, a ficção assuma a vez dos factos e o País não fale de outra coisa (se ainda não leu atrás, repito)
Isto é, a merda está imparável
Para já estoirou no Ministério Público
A seguir……?????
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Emídio Rangel no CM dá tanta pancada violenta em quem não acredita em Sócrates que até salta à vista que não faça referência a um único facto grave revelado. Se calhar foi escrito antes do artigo do Sol.
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Lenine sempre (MRPP m-l)
Por um jornalismo unido ao serviço do povo
Jornalistas de todos os países uni-vos
Os jornalistas unidos jamais serão vencidos
A vitória é difícil mas é nossa
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“…a um único facto grave revelado. Se calhar foi escrito antes do artigo do Sol”
Facto grave revelado ?? Por quem ???
Pelos manhosos do costume
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9,
O que tem um lapso num texto, a ver com o assunto ?
A comunicação social tem investigado. Vc. só lê e ouve o que quer. Tem esse direito. E proveito.
E o SFO ? E a PJ ? E o MP ? — estão a mando da comunicação social ? De alguma parttido da oposição ?
E o Eurojust ?
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óh seu amorim! isso não se faz. manda-me à mercearia de um ressabiado da democracia, que passa a vida a dizer mal dos outros com recortes de jornal, para ler o facho a perorar sobre um artigo do fernandes. ninguém visita aquilo e você por aliança táctica manda para lá o pessoal fazer despesa. balha-nos deus onde já chegámos.
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zingzingzing (som de violino) CAA, não nos lixe.
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Ministro da Justiça vai processar jornal Sol
——-
“E o SFO ? E a PJ ? E o MP ? — estão a mando da comunicação social ? De alguma parttido da oposição ?”
De onde é que partem as fugas ao segredo de justiça ??
Tenho a impressão que você anda apardalado ???
Já agora o que é o SFO ??
Eurojust ?? Sei lá
Nem sabia da sua existência
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MJRB
Você não leu o artigo do Marinho Pinto exaustivamente comentado aqui e exposto para sua leitura ???
Quem começou, quem foi ???
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“Ministro da Justiça vai processar jornal Sol”
ainda vão culpar o homem pela falência do pasquim e desemprego da cambada
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16,
Não sabe o que é o SFO !?, nem o Eurojust !?… Aconselho-o a informar-se antes de opinar.
Note: concedo-lhe, sem favor, o direito a acreditar em quem, e no que quiser. Espero que retribua.
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16
S.A.C.O.
S.F.O.
Eurojust.
É só pesquisar na net!
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“É só pesquisar na net!”
não tenho esse programa.
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“Não sabe o que é o SFO !?, nem o Eurojust !?… Aconselho-o a informar-se antes de opinar.”
Tenho a impressão que também não sabes mas, de qualquer modo obrigado pelo esclarecimento.
“…o direito a acreditar em quem…”
Você acredite no que quiser não tem é o direito de manipular e difamar
Se não gosta, tudo bem, não há é necessidade levantar suspeitas sobre o que não sabe
Tem uma leva suspeita
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14,
V. anda distraído. Dolosamente, presumo…
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22,
Não pense no que outros sabem ou não sabem, quando se vê ao espelho.
Não manipulo, nem quero influenciar — opino.
Não difamo — tenho o direito a desconfiar.
Note: por mais do que uma vez, eu escrevi aqui sobre a minha suspeita de que o nome Sócrates terá sido usado por alguém (e sem conhecimento do próprio), para colher subornos.
Mas face a tantas e gravosas peças do puzzle-Sócrates…
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Não manipulo, nem quero influenciar — opino.
Se opina, manipula e influencia
——–
“De facto, o editorial de ontem de JMFernandes é tão cristalino como o mais puro cristal !
Só não o aceita quem do regime usufrui especiais favores.
O portadaloja é um blog interessante”
Você não engana ninguém, a mim não
“
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“Note: por mais do que uma vez, eu escrevi aqui sobre a minha suspeita de que o nome Sócrates terá sido usado por alguém (e sem conhecimento do próprio), para colher subornos.
Mas face a tantas e gravosas peças do puzzle-Sócrates…”
Você emprenha pelos ouvidos ?????
Recomendo-lhe, novamente, a leitura do artigo do Bastonário Marinho e Pinto e para o resto deus o ajude
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MJRB
Vá à “Torre do Tombo”, arquivo do Blasfémias
Escolha o mês de Março 2009
Procure uma posta do CAA de 30.03.09 e vá ao link
Leia
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26
Li o artigo do Bastonário.
(…)”e para o resto Deus o ajude” — a quem ? A MPinto ? A Sócrates ?
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“e para o resto Deus o ajude”
isso é a parte da encomendação das almas, óbvio que é consigo.
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Com a devida vénia, isto é o que vernaculamente se pode apelidar de sugestão de mer… fezes.
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29 PIM !
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Fair play, meu caro. Aprecio. Também tenho mudado a impressão que tinha a seu respeito, para melhor.
Quanto aos corajosos do insulto habitual, o habitual também: passem bem.
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#30 não era para si, era para quem perguntou (#28). mas sirva-se à vontade.
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(…)”e para o resto deus o ajude” — a quem ? A MPinto ? A Sócrates ?
Para si
Para que fique mais lúcido, clarividente
Diversifique as suas leituras
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#23 dolosamente de acordo, afinal é barbearia, ver #32.
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Quem insulta em vez de argumentar; quem vê num opositor de ideias um inimigo…
Vocês insultam e não querem resposta ?
Por mim, passem bem. Tchauzinho.
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MJRB
Não desmoralize, homem
Há muitos burros mandando
em homens de inteligencia
que às vezes fico pensando
que a burrice é uma ciência
Isto não é da minha autoria
Também não me lembro agora de quem
Oliveira Salazar (?)
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Gosto muito do Porta da Loja, talvez o meu blogue preferido, visto que aborda matérias que me interessam e de uma forma que aprecio bastante.
Parabéns ao seu autor, e fez bem o CAA em divulgar.
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Esqueci-me de acrescentar que é delicioso observar os caciques que correm em defesa dos donos que lhes dão de comer. Delicioso mesmo, mas tão descarados que se topam à légua, aliás tal e qual o AZARADO e respectiva concubina reciclada.
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Ó CAA, neste momento gravissimo para a democracia, em que corremos o risco de ir para um novo tarrafal, imagino que qualquer merda dita em blogues, qualquer merda de blogue, é um pilar da democracia que interessa proteger, incluindo os insultos que lhe são dirigidos pelo Arroja…
Olhe, eu não tenho esse instinto democratico todo, Para mim, o blogue do josé podia bem desaparecer com vantagem. Esse e outros.
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Parabéns ao CAA pelo exemplo liberal. Ao contrário dos senhores sociais (fascistas, socialistas, comunistas) cujo credo passa por definir o bem dos outros (pelo que todos estão contra a liberdade alheia, tendo de malhar quem é contra a sua verdade, a única, e calar a mentira), os liberais têm de mostrar que o são na forma como lidam com a divergência e a pluralidade.
E daí o Blasfémias e a Porta da Loja serem ambos de leitura imprescindível, num país onde a liberdade é o inimigo principal de caramelos e quejandos, valem-nos pessoas como o CAA, o José e o João Miranda.
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Caramelo:
Fico muito sensibilizado pelo comentário, porque subscrevo o que dizes: o meu blog poderia desaparecer que não faz falta alguma… na democracia que tu defendes. Na que eu defendo também não, curiosamente: porque é de outro género em que não é preciso escrever o que escrevo.
No tempo do Guterres não era preciso escrever tanto. No tempo do Barroso também. No do Santana a coisa começou a declinar, com personagens como Rui Gomes da Silva e outros. Agora neste. é uma cornucópia. Como diz um certo anarca constipado, é carnaval todos os dias.
Mas podia ser pior: basta imaginar um governo orientado pelo Dias Loureiro e amigos. Tipo Ferro Rodrigues, por exemplo.
Capite?
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Por outro lado, blogs como o tal dos 5 dias, a jugular inanidades ou câmaras corporativas a singrar sectarismos ao minuto, são o must que merecem visita diária: dizem sempre o que o poder gosta de ler.
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Tenho dúvidas – que, aliás, já expressei várias vezes – relativamente ao facto de um magistrado ter um blogue. O que vale para todos os magistrados que têm blogues, não apenas para o José. Dito isto, ainda bem que o tem. Pessoalmente, gosto de ler o Porta da Loja. Visita diária nestes dias que correm.
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já faltou mais para a frente nacional. a mercearia do zé nunca teve tanta visita.
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José Barros:
Um magistrado não deve ter um blog. Eu não sou magistrado no blog, nem mesmo se o quisesse ser.
V. não entende isto que é tão simples?
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Como blogger estou-me nas tintas para a mercearia. Não vejo quem vai, quem frequenta, quem se interessa ou não por ler. Não sei se vai muita ou pouca gente e se vale a pena ou não para outros.
O meu blog é essencialmente para eu escrever o que acho que devo escrever, com o cuidado que devo ter e faço por ter.
Se aproveitar a outros, muito bem. São bem vindos. Mas se tiver apenas como leitor um único e ser eu próprio, fico na mesma…quase.
Não estou a ser hipócrita, mas a escrever o que penso dos blogs.
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Não vejo é um modo de dizer: não vou ver as estatísticas, nem tenho contadores ou controladores. Quem vai e comenta será sempre bem vindo. Faço por isso, mas por atitude de boa educação que procuro ter.
Em suma: não ligo muito a blogs, mesmo que pareça que não. Também não ligo muito a jornais, embora os leia compulsivamente. Não logo muito a tv embora veja os programas de informação.
Isto é apenas uma atitude para não dar importãncia exagerada ao que penso não deve ter. Mas às vezes, tem.
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#47 “O meu blog é essencialmente para eu escrever o que acho que devo escrever, com o cuidado que devo ter e faço por ter.”
um auto oprimido a falar com as paredes.
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#41#
Bem dizia o Salazar que “a burrice é uma ciência”
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#50 dizia isso quando citava ruy barbosa
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Ó Ferreira:
Não dê importância ao que não tem. Eu não tenho importância.
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Quem parece estar a dar importância a quem não a tem, desde os cromos caramelizados aos zombis a armarem-se em vivos, é o José. E tanta modéstia tambem lhe fica mal.
O José é uma referência na blogosfera.
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Eu também acho que tanta modéstia fica mal ao José. Ó José, não tem de concordar comigo quando eu digo que o seu blogue é dispensável. Você próprio se acha indispensável, apesar desse seu ataque de modéstia franciscana, e tem uma legião que o acha indispensável, mesmo até muitos dos que não concordam com o seu estilo e conteúdo. Não é o meu caso, é tudo. Sou imune ao seu poder.
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Caramelo:
Quem sabe se me acho ou não dispensável, sou eu. Nisso, não tenho apenas opinião…
Portanto, repito: considero o meu blog e os demais, dispensáveis. Mas considero indispensável lutar pela liberdade de expressão e de opinião, bem como lutar contra ideias políticas erradas e actuações de um governo que considero liderado por um medíocre, aldrabão e mentiroso. Isto, já é apenas uma opinião.
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#55 o que é feito da indefectível sopeira, comenta com outro nick?
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Anónimo #55: não sei a quem se refere. Sei que por aqui, assino sempre o nome próprio. Porque não faz o mesmo? Tem medo de quê?
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#57 as referências da blogoesfera intimidam-me e os fachos fazem-me pele de galinha. é apenas uma opinião. quanto ao nome, a minha mãe não deixa, diz que temos de ter cuidado com essas coisas na net. acho que é por causa da pedófilia, não leves a mal.
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Pois gosto de ler o José. Embora esteja em desacordo em muito comungo o gosto pela decência.
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Tá bem. Eu, se escrevesse “pedófilia” também teria alguma vergonha. E por isso não levo a mal que me chames “facho”. Nem sabes o que isso é, certamente.
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Se o blogue do José é tão bom como apregoam, porque anda a parasitar o dos outros?
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Bem observado, Mr Hyde. Pergunta ao Dr. Jekyll que talvez saiba a resposta.
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Um magistrado não deve ter um blog. Eu não sou magistrado no blog, nem mesmo se o quisesse ser.
V. não entende isto que é tão simples? – José
Caro José,
Eu sei que não é magistrado no blog. Mas desempenha essas funções na vida diária, profissional, tanto quanto sei. Ora, se eu entrasse no CEJ – o que não é provável – tomaria a iniciativa – que não recomendo, nem deixo de recomendar aos outros – de não participar em blogues, fosse como blogger ou como comentador. Pela simples razão – má ou boa – de mais tarde ou mais cedo isso se repercutir na imagem de independência de que um magistrado deve gozar. Suponha-se que tinha um caso “mediático” nas mãos: era meio caminho para se questionar essa independência, nos jornais e em todo o lado. E sem essa imagem, a Justiça não sobrevive. Percebo e aceito que tenha opinião diferente relativamente a este assunto.
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José Barros:
Tenho, sempre tive, opinião diferente sobre isso.
Um indivíduo que exerce profissionalmente como magistrado, tal como um advogado ou um médico ou um engenheiro ou um professor ou um outro qualquer profissional( e nisto a paridade é completa), pode e deve manifestar opiniões sobre o que bem entender, respeitando os limites da liberdade de expressão. Quanto a estes limites, é outra discussão.
Um profissional de qualquer ofício tem um dever nesse ofício: respeitar o estatuto ou a deontologia ou os usos e costumes da profissão. Um jurista profissional pode ser jurista num blog? Pode, se der pareceres jurídicos sobre matérias de que perceba. Com uma condição: totalmente grátis e pro bono, se for o caso.
Um médico pode dar consulta num blog? Já duvido, mas aceito que possa dar parecer sem comprometer a saúde alheia.
Um magistrado de profissão, pode escrever sobre política, assuntos judiciários, culturais, etc. num, blog? Pode, com um limite, a meu ver:
Esses assuntos não lhe calharem profissionalmente para análise. Onde e como podem calhar? Por exemplo, nos tribunais superiores.
Se for ao blog InVerbis apanha vários juízes a escrever sobre tudo. Usam geralmente pseudónimo e fazem muito bem, porque ninguém sabe quem são e podem dar largas ao seu direito de livre expressão sem prejudicarem seja quem for.
Se for ao blog Sine Die apanha vários juízes conselheiros e desembargadores. E aqui é que discordo. Quando leio Maia Costa ou Artur Costa que são juizes conselheiros do STJ, da secção criminal, a perorar sobre tudo e mais um par de botas, não me importo muito. Mas quando leio a sua opinião sobre o processo casa Pia já me preocupo. Por razões óbvias.
Preferiria que Maia Costa ou Artur Costa ( que já escreveu no JN) não dessem a cara e continuassem a escrever o que lhes apetece. Seria bem preferível.
Quanto a mim, é esse o limite para a liberdade de expressão de um magistrado ou advogado: o problema de lhes calharem para juízo profissional, algum caso sobre que já tenham emitido opinião.
Mesmo assim, podem sempre pedir escusa…
Agora, proibir um qualquer profissional do Direito, mormente magistrado de se exprimir em público sobre o que lhe apetecer, que razões é que encontra para tal? Substanciais, quero dizer…
É capaz de as dizer?
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A independência não se afere em relação ao que cada um escreve ou opina. Um juiz pode ser de direita, esquerda ou centro e continuar a ser um bom juiz. Há casos desses, aos montes, passe a expressão.
Um magistrado que se manifesta politicamente, desde que respeite certos limites, não compromete em nada a sua independência. A não ser que faça como o Rui Rangel que passa a maior parte do tempo a defender este governo. Será que perde a independência por isso? Nem tanto. Nas suas decisões terá sempre de fundamentar o que decidir.
E os magistrados do cachecol ( o desembargador Bernardino) ou os que se encontram em comissão de serviço na administração pública? Também perdem a sua independência?
Por outro lado, há os juízes que devem realmente ser independentes e por isso, sózinhos com a sua consciência e os magistrados do MP que são responsáveis e apenas autónomos. Isto é, devem investigar sem que algum poder político ou até mesmo da hierarquia os possa condicionar nas suas decisões. Mas não são independentes nem as suas decisões são definitivas, porque são sempre sindicáveis.
A Cândida de Almaida e a Maria José Morgado e até mesmo a Van Dunem ( PGD de Lisboa, a entidade máxima depois do PGR) são todas de esquerda. Pró-PS. Assumidamente. Isso significa o quê? Que não são independentes? Certamente que não são totalmente. Espero que sejam autónomas suficientemente e isso nos bastará.
A maior parte dos dirigentes do sindicado do MP era do PCP. Cluny é do PCP. Isso significa o quê, exactamente?
Dito isto, ainda quer condicionar os magistrados profissionais que dão palpites avulsos em blogs, não podendo aí exercer a profissão?
Acha que vale a pena continuar esta discussão?
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Então para terminar a arenga:
Para mim, o que cada um escreve deve valer por si. Não é por ser arquitecto ou trolha; electricista ou engenheiro; amanuense ou magistrado que alguém ganha valor especial e importância pessoal. Vale pelo que escreve e como escreve.
Os blogs têm essa característica interessante: não precisamos de saber se determinada pessoa é licenciada por isto ou por aquilo para lhe podermos dar valor intelectual, se realmente o tiver. É uma democratização fantástica do valor intrínseco de cada um.
Para quê colar-lhe a etiqueta de “jurista”, “médico” ou seja o que for?
Isso só terá algum peso específico para aquilatar o valor das opiniões sobre o assunto que aparece escrito. De resto, nada mais vale.
Tenho visto escritos de magistrados que são uma nódoa. E daí? E tenho visto escritos de especialista em tudologia geral que parecem interessantes.
É por aí que vou.
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José, permita-me dizer que, na minha opinião, está a dar demasiada confiança, ou importância, à Turma. E, parecendo que não, sou obrigado a concordar, em parte, com a afirmação de “José Barros”, (não com a forma). Acho que, as ameaças veladas desta gente, em jeito de ‘avisozinho’ tão do agrado do dono deles, podem condicionar futuras opiniões, mesmo sem dar por isso. Esperemos que não, continue que tem muitos do seu lado, que o compreendem e apreciam. E não ligue aos tipos, se me permite esta espécie de conselho. Melhores cumprimentos.
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#65 tá visto, juízes independentes só de direita. podias pensar baixinho e escusavas de alarvar. o tempo que gastas em maquilhagem e perseguições ortográficas podias usá-lo para pensar o que escreves. tiques de tribunal plenário.
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Anónimo de esquerda troglodita:
Conheces alguma pessoa com cargos públicos que se afirme de direita? Ninguém o faz.
Mas, pelo contrário, há muitos que se afirmam garbosamente de esquerda como se esse patamar de glória lhes conferisse maior legitimidade para estar na praça pública a escrever.
Então, em magistrados, isso é o mais notório: desde o PGR ao presidente do STJ, passando pelo Bastonário dos advogados e aos presidentes dos sindicatos, todos, mas mesmo todos se proclamam de esquerda sem problema. Nos blogs onde escrevem magistrados é quase o mesmo fenómeno.
Imagine-se por um instante que aparece um só a dizer: eu sou de direita! Caía o Carmo, a Trindade e os Clérigos no momento a seguir.
É por isso que costumo dizer que a sociedade portuguesa está dominada intelectualmente pela Esquerda. Que se lhe perguntarem o que significa verdadeiramente nem sabem dizer o que é. É a Esquerda e está tudo dito.
Portanto, se quiseres saber, eu digo: não sou de esquerda típica. Mas de direita também não me sinto afim E muito menos das extremas.
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Caro José, acrescentaria que o exemplo do que diz é o Partido Socialista que foi o albergue espanhol dos vira-casacas no pós 25 de Abril. Geneticamente é um partido de oportunistas com o único fito de repartir entre si os dinheiros públicos. Sempre o foi e será.
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65.
José, acho bastante confusa a sua análise da independência dos magistrados. Se ler com atenção o que escreveu, perceberá.
Quando ao juizo sobre a indispensabilidade do seu blogue, confesso que também não percebi. O josé reserva parte do seu tempo a lançar suspeições e a fazer denúncias sobre o carácter dos outros no seu blogue, inclusive, com muita frequência, sobre assuntos do foro judicial. Seria razoável julgar-se que o José acha que cumpre um importante dever civico. E vem dizer que não se acha indispensável? Mas tudo bem, não insisto mais nisso.
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Quanto à história de um magistrado ter ou não um blogue… pode, pois. Para começar, acho que um magistrado pode perfeitamente ter um blogue de receitas de culinária. E sendo um técnico da justiça e percebendo do ofício, pode até com muita vantagem para todos ter um blogue, um consultório radiofónico, televisivo, qualquer coisa, onde informe sobre a aplicação da lei a casos hipotéticos. Na TSF há uma crónica diária, penso que feita por juizes, que eu por vezes ouço, onde se explicam coisas do direito. Não me parece é que o deva fazer em relação a casos concretos, como faz o José.. O José Barros que me corrija, mas penso que é isso que ele quis dizer.
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Eu concordo plenamente com o 72: um magistrado só pode escrever em blogs sobre assuntos em que é ignorante.
Um jurista não deve falar sobre leis.
Um médico não deve falar sobre medicina.
Um engenheiro civil não deve falar de obras.
Um professor de inglês não deve falar de assuntos germânicos.
Um professor de português não deve falar sem erros ortográficos.
Por sua vez um burro, como é burro, pode escrever sobre tudo, sendo até a pessoa indicada para julgar magistrados.
É o triunfo dos burros!
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“José, acho bastante confusa a sua análise da independência dos magistrados. Se ler com atenção o que escreveu, perceberá.”
É tão confusa que eu não percebi, mas se você ler com atenção o que escreveu, perceberá.
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Caramelo:
Desafio-te a mencionar um único caso concreto sobre o qual escrevi em exclusivo e sem referência ao facto de já ser do domínio público.
Escrevi sobre o caso Casa Pia do modo que pode ser lido. Não lancei suspeitas directas ou indirectas sobre ninguém. Nem mesmo sobre Paulo P. indivíduo que me merece desprezo cívico e pessoal, embora não o conheça sequer. O que tenho dito sobre Paulo P. e sobre os socialistas apanhados na rede de suspeições de pedofilia lançadas por indivíduos -vários, meia dúzia pelo menos- é que a dinâmica destas coisas, depois de certo ponto, aconselha a que se retirem da política. Completamente. É uma opinião de que não abdico.
Nunca disse nem direi que são culpados de algo, mas não escondo quem os menciona como tal, porque isso é um facto relevante a tomar em conta para a apreciação do assunto.
Quanto ao caso Esmeralda, escrevi depois de o assunto ter saltado para os jornais.
Quanto a outros casos concretos só depois de os mesmos serem notícia.
Portanto, essa acusação que fazes, é caluniosa.mas desculpo-a, pelo desconhecimento que revela.
Por outro lado, eu não sou juiz de direito que pode julgar casos concretos quando lhe aparecem.
E no entanto há juízes de direito como o Rui Rangel que escrevem sobre os casos concretos, como sejam os que apontei, sendo juizes desembargadores e da secção criminal ainda por cima. Ficamos a saber como julgariam o caso se lhe fosse apresentado…
O estatuto dos magistrados proíbe que os mesmos se pronunciem sobre casos concretos, mas não é explícito em dizer se são apenas os que lhes podem calhar em rifa ou se são todos e quaisquer casos que aparecem citados nos media.
Obviamente que não me parece que seja este o caso, porque seria inconstitucional.
Percebes, caramelo?
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Ó Ritinha, essa do “72”, faz-me parecer o namorado magala da Maria Papoila 😉
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Sobre o caso Freeport o que tenho feito é analisar o que escrevem os jornais. E hoje há mais matéria interessante e importante.
No entanto, nada tenho a ver com o processo e nada terei a ver com o mesmo. Não indago informação junto de pessoas que possa conhecer para escrever sobre isso e nem me interessa tal coisa.
Prefiro escrever do ponto de vista do mero observador que percebe um pouco mais, por entender o modo de funcionamento da máquina.
É só isso.
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#69 – “…cargos públicos que se afirme de direita? Ninguém o faz.” – pudera, são cobardes.
“há muitos que se afirmam garbosamente de esquerda … para estar na praça pública a escrever.” – hipócritas há em todo o lado.
“em magistrados, … todos, mas mesmo todos se proclamam de esquerda sem problema. Nos blogs onde escrevem magistrados é quase o mesmo fenómeno.” aqui, começa a confusão útil, misturar justiça, sindicatos e política. bloqueiam reformas, fazem intriga e votam na coligação pcp/psd.
“…eu sou de direita! Caía o Carmo, a Trindade e os Clérigos no momento a seguir.” isso são complexos de classe.
” Que se lhe perguntarem o que significa verdadeiramente nem sabem dizer o que é. É a Esquerda e está tudo dito.” pois, tu é que sabe tudo e és honesto, os outros, tirando os teus amigos, são todos uns filhos da mãe.
“..não sou de esquerda típica. Mas de direita também não me sinto afim E muito menos das extremas.” nota-se, para mim é direita rústica.
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É confuso o que escrevi? Não me parece.
O essencial é isto: qualquer pessoa tem o direito de se exprimir publicamente, seja em blogs seja nos media. É esse o fundamento da regime democrático.
Um magistrado ou outro profissional qualquer não poderá exercer a profissão quando assim escreve. Os únicos que podem são os jornalistas porque é inerente à profissão, a informação e até a opinião muitas vezes travestida ou enviesada.
Portanto, quem escreve, fá-lo na qualidade de cidadão. E só nessa qualidade. O facto de ser isto ou aquilo pode apenas trazer vantagem de conhecimento.
No caso dos magistrados, não podem escrever ou falar sobre os casos que têm. Não percebo porque a Cândida de Almeida o faz constantemente.
Mas mesmo sendo magistrados, podem escrever sobre casos que sejam mencionados nos media. E dar palpites desde que não infrinjam o estatuto.
Alguém sabe o que diz o estatuto a este respeito? Nada que o proíba.
Portanto…
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Anónimo corajoso:
O que é a “direita rústica”? Queres ver que é um grande elogio que me fazes?
Sou católico e acredito na tradição. Isso é ser de direita rústica? Como dizia o outro, bimbo: com muito gosto!
Defendo um certo liberalismo económico e uma intervenção do Estado como havia no tempo de Caetano: isso quer dizer que sou facho? Essa aí, não aceito, porque Caetano era mais social-democrata que este José S.
Defendo a qualidade e profissionalismo de quem manda. O conhecimento e o saber verdadeiro, do que é português. Os que conhecem a História e a não renegam em nome de internacionalismos bacocos. Isso é ser de direita rústica?
Não é, mas se fosse, aceitaria a classificação.
A Esquerda julga que manda no país, desde o 25 de Abril. É essa a causa da nossa desgraça. Isto é ser de direita rústica?
Pois seja. Também gosto de Hunter Thompson e PJ O´ROurke. Vai o Google e vê quem são. Uns rústicos.
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portantos isto virou corner-do-zé, especialidade em nails encravadas
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Ó pá! Tens algum problema com isso? Isto é algum reservado, porventura?
Achas que me dou muita importãncia, é?
Não dou, pázinho. E tenho pouca consideração por quem se dá.
Sempre achei curioso que os pachecos pereiras e os vitais moreiras preferissem ficar nos redutos e não se misturarem em comentários avulsos. Apesar de os lerem, claro.
Isso denota da parte deles, uma insuficiência e um complexo: não sabem lidar com o vulgo, com quem lhes pode atirar lama em directo e ainda quente…
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Uma das razões porque aprecio a Zazie ( que muitos de vocês não gostam, mas têm dor de cotovelo), é por isso mesmo: a ausência de importância que se dá e ao mesmo tempo que diz e escreve coisas importante e mostra perceber os assuntos como poucos.
A rapides de raciocínio e de escrita e ao mesmo tempo acertadamente, não é para todos. E não estou a falar de mim, naturalmente.
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Infelizmente resvala frequentemente para o insulto. Não vejo o José fazer isso. É a diferença entre vinho de qualidade e uma zurrapa avinagrada numa garrafa de cristal, não deixa de ser zurrapa e o travo avinagrado vem logo ao de cima.
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Com um bom vinagre também se tempera uma boa salada.
Bebê-lo é que não.
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Caro José,
Antes de mais um esclarecimento. Quando me refiro à questão de magistrados terem blogues não o faço tendo em mente o que os respectivos estatutos profissionais dizem a esse respeito. Faço-o como jurista e filho de um magistrado, na interpretação que tenho, como leigo, da profissão em causa (especialmente da de juiz, que conheço melhor).
Relativamente aos casos que mencionou, independentemente de concordar consigo relativamente a certos magistrados “mediáticos”, a mera circunstância de tais magistrados indicarem a sua cor política ou de se pronunciarem publicamente sobre assuntos políticos, faz gerar na opinião pública a suspeita – infundada é certo, mas decisiva na imagem da Justiça – de que tais magistrados decidiriam da forma X ou Y caso o político ou o partido A ou B lhes aparecesse em tribunal, fosse em que qualidade fosse. Exemplos: o facto de se saber que Maria José Morgado é simpatizante do partido socialista – para mais, casada com outro simpatizante do partido – necessariamente se repercute na maneira como a opinião pública veria a sua actuação profissional relativamente a um caso que envolvesse esse partido ou algum seu membro proeminente. Um arquivamento do processo, por exemplo, assumiria, desde logo, uma forte suspeita de falta de isenção, sem que objectivamente houvesse razões para suspeitar da credibilidade da magistrada em causa. Dirão alguns que isso faz parte da coisa e os magistrados não têm culpa da opinião que têm deles; ora bem, sendo isso, em parte, verdade, ponto é que o problema subsiste: passa a haver um problema de imagem do Ministério Público ou da magistratura judicial que não se apaga com apelos ao bom senso. Se quer que lhe diga, muito, mas muito mesmo, do que se passa hoje no MP tem que ver com o aparecimento dos magistrados “mediáticos” e com a falta de credibilidade que – justa ou injustamente – hoje lhes anda associada.
Dito isto, o anonimato salva muita coisa, a começar pela preservação da imagem de independência por via do desconhecimento por parte dos leitores da identidade de quem escreve. Mas se o José tivesse nas mãos o Freeport podia assegurar que não lhe descobriam a identidade? E que depois disso não apareciam “perfis” com citações do seu blogue sobre Sócrates e o governo PS? Não sei, tenho dúvidas quanto a isso.
O meu problema não é tanto legal, pois que não creio que isto passe por se proibir seja o que for. Passa pelos magistrados interiorizarem – e essa mensagem ser passada através das gerações – que a sua função é tanto mais valorizada quanto eles menos aparecerem como protagonistas de uma vida pública e mediática.
Enfim, respeito a sua opinião, e é possível que o tempo venha a mudar a minha, mas não estou muito convencido.
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#80 e #82 lá se foi o fairy play, de ser o mesmo fornecedor do verniz do camorim.
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Foi o verniz porquê? Por te tratar por tu? É para estar ao mesmo nível. Não gosto de me sentir inferior, sem razão…
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José Barros:
Dou-lhe razão neste aspecto: se eu tivesse qualquer tipo de responsabilidade no caso Freeport, não escrevia sobre estes assuntos. Ponto. Tivesse ou pudesse vir a ter. Acho que esse limite deve ser respeitado.
Por isso acho estranho e não aceito bem que alguns indivíduos que “dão a cara” também dêem a opinião que não deveriam dar, porque podem vir a interferir no caso. Caso do Rangel que já escreveu e atestou a inocência de suspeitos…
Quanto ao assunto mais profundo e complexo de saber se a pertença ideológico-partidária tem influência determinante na função de magistrado: claro que tem. Mas deve ter o menos possível.
Ninguém é uma ilha e por isso, aos magistrados não está vedado o excercício de direitos cívicos como é o de pertencer a ideologias partidárias, seja do PS seja do PCP, seja do CDS etc.
O que não devem é expor-se demasiado em defesa dos interesses politico-partidários, por motivos óbvios: para não deixaram que possam ser influenciados nas decisões que tomam por serem simpatiantes do partido a b ou c.
È inevitável a diminuição de independência o isenção se num caso em que estão envolvidas pessoas de um certo partido, os factos tiverem a ver com a actividade desse partido. O caso Casa Pia é exemplar: por coincidência alguns dos suspeitos eram dirigentes de cúpula do PS. Tanto bastou para que o partido se reunisse a toque de caixa de Ana Gomes e outros, para defender o reduto ameaçado e de modo grave. Tanto bastou para que esse facto inquinasse a isenção, imparcialidade e independência de quem teve o dever de apreciar em sede de recurso.
Porque para mim, foi isso que se passou. É uma opinião que ilustra o que pretendo dizer.
Mas como evitar isto? Não há modo. O único modo seria cada um ser verdadeiramente independente, mesmo de si próprio, das suas idiossincrasias. Mas isso, nem os santos.
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Neste caso Freeport volta a suceder o mesmo: o que está em causa é a cúpula do PS e por isso se reunem outra vez a toque de caixa.
A ausência de vontade de investigação a sério e de modo eficaz, revela essa falta de isenção, para mim notória, embora subtil nas afirmações públicas. Toda a gente já percebeu isso.
As mulheres na magistratura são mais desavergonhadas nesse jogo, porque nem se dão conta dele.
Para mim é notório que a cúpula do MP entende este processo como um ataque a um poder que está e com o qual se sentem de algum modo solidários. Por isto ou por aquilo.
Não deveria ser assim, mas é. E sentem muita dificuldade em lidar com a real eficácia da investigação. Sentem dificuldade em ouvir e investigar a sério e a fundo, o suspeito José S. Arranjam mil e uma desculpas para apresentar o caso de um ponto de vista inócuo para este, etc etc.
Tal como aconteceu no caso do fax de Melancia em que Mário S. ficou de fora embora com fortes suspeitas reforçadas pelo livro de Rui Mateus.
É esta a minha opinião.
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#89 comarca blasfémias, especialidade processos sumários. postas com ordenado e net pagas pelo estado e chamas nomes aos outros. o que te vale é o fairy play.
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Anónimo do insulto soez e repetido:
Não posto com net do Estado nem posto com ordenado do dito. Pago impostos. Também pagas?
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#92 a estas horas? queres convencer quem? cadê o fairy play?
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#92 contribuo para o teu ordenado e renda de casa. há bocado eras magistrado, agora se calhar já não és, licença s/ vencimento, excedentário ou fostes corrido.
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Anónimo:
Eu não minto. Nada devo ao Estado e não estou a postar com coisas do Estado. Além disso, pago os impostos todos.
Por último: como é a segunda vez que dás o mesmo erro, corrige lá esse fair play se o quiseres fazer valer.
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Fairy é marca de detergente…
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#96 – “Eu não minto. Nada devo ao Estado e não estou a postar com coisas do Estado. Além disso, pago os impostos todos.”
e portanto, eu devo de acreditar nessa equação mal feita, de onde se deduz que quem paga impostos teria direito a mentir. uma espécie de créditos de co2.
nota: esse é o primeiro pensamento de um merceeiro, estava a ver que não caías. não explicastes se hoje é feriado na comarca.
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Caro José,
Tenho a mesma ideia relativamente ao caso Freeport. A vontade de investigar por parte da hierarquia parece-me nula, salvaguardando o que os procuradores encarregues do caso poderão estar a fazer (veremos quando o segredo for levantado). Mas isso é uma indício claro de partidarização ou, pelo menos, de politização do Ministério Público que se revela agora em actos quando, no passado, se revelava, nas entrelinhas, em palavras e entrevistas dadas por certos magistrados “mediáticos”. Ou seja, os sinais estavam lá e são resultado de uma evolução, a meu ver, muito negativa que passa por uma promiscuidade com a política e os partidos consentida pelos próprios magistrados. É possível que o MP sempre tenha sido assim (o José poderá avaliar melhor do que eu), mas o que me parece é que agora a politização está à mostra de forma, parece-me, despudorada. E o ponto reside nisto: não é nada que à luz das declarações passadas do PGR e dos procuradores “mediáticos (Maria José Morgado, Cândida Almeida), não se esperasse e se antevisse. E mesmo que não se confirmasse, como se confirmou, pairaria sempre a suspeita, porque tais comportamentos no passado não criaram na opinião pública uma expectativa de imparcialidade. Ora é precisamente essa expectativa que os magistrados devem preservar e, por isso, a meu ver, o melhor que têm que fazer é evitar o circo mediático. Pode ser-se mais ou menos exigente quanto a esse afastamento (nisso temos opiniões diferentes), mas o mesmo tem de ser uma exigência principalmente no MP, onde estas coisas são mais evidentes (o que não quer dizer que o fenómeno não exista na magistratura judicial). Resta a questão da carreira: haverá uma correlação entre a posição de certos procuradores conhecidos e a sua posição política? Correlação parece existir no MP sem que isso signifique existir causalidade, sem que uma coisa seja decorrência da outra. Mas em todo o caso, também importa apurar isso, porquanto, se for esse o caso, o caldo estará entornado.
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José Barros:
O problema quanto a mim é ainda mais bicudo. Por um lado, a reserva ajuda a esconder as inclinações de quem decide pleitos. Mas sabemos que ninguém é quimica e bacteriologicamente puro de influências político-partidárias. Se alguma vez votamos por um partido que nos agrada, tendemos a desculpar as asneiras políticas dos seus líderes com maior facilidade. Se formos juízes ou magistrados do MP e nos aparecer algum prócere desse partido, tenderemos a olhar para os factos e circunstâncias com uma vista mais atenuadora ou mais acerada, se o assunto se integrar em matéria de índole politico-partidária e em conformidade com as nossas próprias idiossincrasias.
Isto é necessária e obrigatoriamente assim? Pode não ser se o magistrado tiver realmente uma formação moral e um carácter reforçados a princípios sólidos. Conheço muitos assim. Muitos é um modo de dizer que são poucos os que conheço e não são assim.
Mas…esse fenómeno vê-se melhor nos casos limite, como o caso Casa Pia, Freeport, António Preto, Isaltino, Fátima Felgueiras, etc etc. O bispo do Porto não colocou ele mesmo, as mãos no fogo por dona Fátima?
É humano isto tudo.
O que se deve esperar no entanto, dos magistrados é o carácter suficientemente formado e independente para serem capazes de ver a verdade e a justiça, nesses casos, mesmo que os visados sejam pessoas que lhes estão próximas politicamente.
Há indícios que um Carlos Alexandre é assim. Há indícios e provas que um Souto Moura foi assim. Há indícios muito fortes que alguns outros, com grande responsabilidade não são assim.
E que fazer, nestes casos, para evitar que isto suceda? Será que o recato e a reserva resolvem alguma coisa deste género? Não resolvem e é esse o problema.
O recato e a reserva só resolvem o problema da imagem pública. Não da essência.
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