Medidinhas
Das 50 medidas propostas pelo governo, quase nenhuma se aproveita. Caem quase todas num dos seguintes casos:
.
– medidas que criam burocracia e concedem poderes arbitrários aos decisores públicos: “Apoiar a criação e desenvolvimento de empresas de natureza inovadora e orientadas para os mercados de exportação”
.
– medida é um intervencionismo para corrigir outro intervencionismo: “Rever os mecanismos de formação de preços de bens e serviços essenciais à indústria”; “criação de condições para o acompanhamento de desempregados a 50.000 entrevistas a ofertas de emprego”
.
– medida ignora princípios básicos da economia de mercado (quase todas)
.
– medida não tem qualquer efeito prático relevante: “Incentivar modelos, nomeadamente associativos, de escoamento da oferta nacional, em especial no sector agrícola”; “Promover a contratação colectiva de trabalho, devendo o Governo fazer todas as diligências para a sua efectividade.”
.
– medida implica transferências de uns agentes económicos para outros via impostos: “Reforçar o apoio aos seguros de crédito comercial”; “Reforço do incentivo fiscal à internacionalização”
.
– medida propõe excepções legais justificados com boas intenções: “alargamento do regime dos projectos de Potencial Interesse Nacional (PIN) aos investimentos das PME para projectos superiores a 10 M€”
.
– medida dá um novo nome a um procedimento burocrático: “SIMPLEX Exportações”,“Balcões do Empreendedor”, “Licenciamento Zero”, “Dossier Electrónico da Empresa”
.
– medidas que consistem em adoptar medidas: “Adoptar medidas que visem melhorar a articulação entre a oferta de formação profissional e as necessidades presentes e futuras do mercado de trabalho”.
.
– medidas que anunciam que se vai fazer mais uma lei de contornos indefinidos: “Apresentar, até ao final do 1.º trimestre de 2011, uma proposta de lei que simplifique e torne rápidos e eficazes os procedimentos necessários para o senhorio poder obter a entrega do seu imóvel livre e desocupado perante o incumprimento do contrato de arrendamento, garantindo os direitos dos senhorios e salvaguardando de forma adequada os direitos dos arrendatários”

Super
GostarGostar
Curto. Sucinto. Eloquente. Excelente.
GostarGostar
o sr Amado, do palácio das necessidades, já se demitiu ou ainda não leu o El País?
GostarGostar
O ‘eduquês’ aplicado à economia
Cada vez é mais evidente que os socialistas não falam como as outras pessoas. Tal como no ensino, onde encheram o sistema com uma linguagem oca, redonda e pouco precisa, vulgo ‘eduquês’, também na economia estão a dar largas à sua fértil imaginação povoando essa área com expressões que não querem dizer rigorosamente nada. Exemplo disso são as medidas hoje aprovadas para estimular a economia:
– Incentivar modelos, nomeadamente associativos, de escoamento da oferta nacional, em especial no sector agrícola;
– Promover a contratação colectiva de trabalho, devendo o Governo fazer todas as diligências para a sua efectividade;
– Promover a negociação colectiva nas matérias em apreço, permitindo uma maior aceitação e consensualização das medidas concretas que venham a ser adoptadas em cada empresa.
– Dinamizar a criação de áreas de reabilitação urbana, especialmente em zonas de intervenção prioritária, e apoiar o lançamento dessas operações, em colaboração com a Associação Nacional dos Municípios Portugueses;
– Valorizar a facturação enquanto forma de combate à fraude e à evasão fiscal.
Nenhuma destas medidas pode ser aferida e daqui a 6 meses ninguém saberá se o Governo incentivou, promoveu, dinamizou, ou valorizou seja o que for. Trata-se daquilo a que vulgarmente se chama o ‘verbo de encher’, e que apenas têm como propósito fingir que se faz. Nada mais do que isso.
http://lisboa-telaviv.blogspot.com/2010/12/o-eduques-aplicado-economia.html
GostarGostar
Medida é a dimensão de um conjunto, estruturado ou não.
GostarGostar
Já mão consigo ouvir todos estes «ignorantérrimos» a ‘falajar’ de medidas..
Porque é que não vão medir as barriguinhas demasiado gordas que (quase) todos têm, não deixam de comer tanto, e depoix vêm contar ?
**enojado/enjoado**
GostarGostar
*mão = não*, temos pena, typo …
GostarGostar
Foi tudo dormir e ninguém viu as últimas. Os voos.
GostarGostar
Para mim a melhor:
medidas que consistem em adoptar medidas: “Adoptar medidas que visem melhorar a articulação entre a oferta de formação profissional e as necessidades presentes e futuras do mercado de trabalho”.
GostarGostar
Que é que têm os voos?
GostarGostar
Ao menos o Governo fez o seu trabalho (não digo necessariamente que é bom ou não mas pronto… lá o fez).
GostarGostar
“Ao menos o Governo fez o seu trabalho”
Trabalhar para aquecer!
GostarGostar
Falta só pôr a foice e o martelo na bandeira nacional.
GostarGostar
Desculpem o vernáculo:
MEDIDINHAS = MERDIDINHAS
GostarGostar
As medidas provavelmente são boas. Estava lá o João Proença da UGT a dar o seu apoio!
GostarGostar
Mais uma vez a montanha pariu um rato. O governo podia anunciar 5, 8, 17 medidas uteis para serem implementadas, mas não, tiveram que ser 50(!!!) para fazer a propagandazinha do costume, e ficar tudo na mesma. Numa altura em que o país precisa de um governo serio, que tome medidas que ajudem efectivamente a resolver os problemas, temos mais do mesmo. E o mais grave, é que ninguem denuncia isto. Os do costume, lá foram às tvs dar a mãozinha ao amigo Socrates.
Defendi neste blog há dois dias, que se Cavaco for eleito deve presidencializar o regime, pôr o Socrates em sentido porque o governo é minoritario, o que dá campo de manobra ao PR para influenciar a escolha dos ministros numa remodelação que terá que ser feita depois das presidenciais; e exigir presidir ao conselho de ministros .E o 1º ministro ou aceita esta situação, ou vai pra rua. Portugal não aguenta mais este regabofe socialista.
Se antes estava convencido que esta solução será a melhor para o país, depois do que se passou ontem, fiquei sem duvidas absolutamente nenhumas. Este governo vive na estractoesfera.
GostarGostar
“Se antes estava convencido que esta solução será a melhor para o país, depois do que se passou ontem, fiquei sem duvidas absolutamente nenhumas.”
.
.
Mas o que se passou ontem? Os opinion makers foram elogiar o Sócrates nas TVs?
GostarGostar
A diferença entre Portugal e o RU é esta: uns governam outros fingem que governam, para depois fazer a propaganda do costume.
.
.
“CORTE DA DESPESA
.
Reino Unido vai despedir 100 mil funcionários públicos.
.
In http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1736451
.
.
Por cá, só propaganda, propaganda e mais propaganda.
GostarGostar
Podia começar pelos prof.s do ensino dito superior. já ultrapassaria os cem mil f.p.s do RU! e a seguir despedir os ditos formadores, que devem já começar a pensar em mudar de vida…
GostarGostar
São medidas mais Estado ou seja pró-corrupção como seria de esperar.
GostarGostar
Estamos tramados.
GostarGostar
Tenho uma melhor: tendo em conta que a região de Lisboa é responsável por mais de 100% do défice da balança comercial portuguesa (ou seja, as outras regiões são superavitárias), ou se promove a secessão desta região sanguessuga, ou se aumenta lá o IVA para 30%, o ISP, etc., de forma a conter a continuo delapidar de recursos portugueses. A redução dos salários dos funcionários públicos já foi um bom começo.
GostarGostar
Despedir os 200’000 funcionários públicos em Lisboa que estão a fazer que fazem nos ministérios, também não era má ideia.
GostarGostar
Os ministérios são alguma espécie de robots que eu não conheça?
GostarGostar