Cunha na (R)evolução Blasfema
Não é costume, mas de vez em quando também temos de falar um pouco de nós próprios. Com toda a frieza que nos caracteriza, não deixamos de ter aquela vertente narcísica própria dos pecadores. Injustificada, sabemos disso, que exceptuando a cara bonita e charmosa da Helena, o aspecto de todos os outros não se recomenda minimamente.
Certo é que a idade vai-nos mudando e moldando. Sem ainda termos chegado à lamechice da 3ª idade, fase em que se tende a hiper valorizar as minudências, já começamos a dar mais atenção ao etéreo e ao simbólico, à estética e à imagem, a tal ponto que me questiono se não estaremos a sofrer uma anestesiante e preocupante viragem à esquerda. Cruzes, canhoto, temos de estar alerta e manter a vigilância (r)evolucionária.
Dizem para aí que ela é quando um homem quiser. Tretas! É como a gente quiser, que a (R)evolução não tem dono nem modelo, é sim uma forma de estar. A gente tem a nossa que pode ir (r)evoluindo, mas numa firme continuidade e consistência. Daí que defendamos políticas de ajustamento graduais e sem grandes rupturas – excepto no corte da despesa, que deve ser abrupto, por muito que custe ao JPP & quejandos.
Mas pequenas mudanças, mesmo que não se afigurem necessárias, dão outra dinâmica. E como subsistem muitos a olhar para a forma antes do conteúdo, vamo-nos adaptando aos gostos e caprichos do mercado que saberá sempre mais do que nós. Daí a pequena alteração no nosso visual, um new look mais modernaço, a substituição do fundo laranja algo démodée por um tom mais distinto, mais de acordo com a assertividade blasfema.
E como se fala tanto em renovação, nós tratamos de a praticar, aproveitando para nos reforçar. E aqui retornamos ao espírito fundacional, em que prevalece o conteúdo sobre a forma. Este blogue começou sem craques, com ilustres desconhecidos assaz individualistas e que se conseguiu impôr como um dos colectivos mais eficazes da blogosfera. Os craques vieram depois e ajudaram a consolidar a nossa posição na Premier League.
Mas como os craques que por aí andam se estão a esgotar e nós estamos em contenção, deslocámos os nossos “olheiros” para as camadas jovens onde se “compra” barato e com maior potencial.
E a nossa (R)evolução também se comemora desta forma, com uma nova contratação, Vítor Cunha de seu nome, um desconhecido que ainda não é ilustre mas reúne todas as condições para lá chegar. Engenheiro electrotécnico de formação, programador de profissão, um peixe no oceano das novas tecnologias já com alguma experiência internacional e digam lá se não temos feeling para a “modernidade”. Melhor do que isso, é liberal (condição sine qua non), azul e branco na cor (uma opção a que subjaz espírito ganhador) e sabe escrever, a sério e a brincar, sempre rico em conteúdo.
Ainda imberbe, na verdura dos seus 38 anos, tem o mundo à sua frente e tempo para outras (R)evoluções, marcando o início da transição geracional desta Loja. Bem vindo Vítor, contigo começa o Grande Salto em Frente. Avante Camarada, toca a blasfemar!
Já estou no Terreiro do Paço e nada!
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Caro LR,
Percebeu-se desde há dias e não deixou de ter piada : o Blasfémias aproveitou a onda 25/4 para anunciar uma (r)evolução.
Mas, o novo “visual” do Blas não é “mais modernaço”. Tornou-se normal e básico para a criação dum blog, exceptuando a tira que suporta o logótipo, rectilínea e não em diagonal. E acor é tranquilizante, nada blasfema… Todo ele (posts e comentários) ficou envolto numa brancura, num nevoeiro…
Quanto aos bonecos que identificam cada comentador (há um ou dois anos surgiu primeira tentativa), são absolutamente desnecessários, kitchsosos e piroseiam a ambicionada sobriedade post “(r)evolução”.
Mas, obviamente, longa vida ao Blas e aos intervenientes.
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exceptuando a cara bonita e charmosa da Helena
Prepare-se para levar um porradão (se ela o ler) da Câncio, seu machista!
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“… exceptuando a cara bonita e charmosa da Helena,”
Cheguei a pensar que era o único que pensava isto! Os homens de esquerda que por aqui andam, neste assunto concreto estão em decadência. Menos um, claro. 😉
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“…a tal ponto que me questiono se não estaremos a sofrer uma anestesiante e preocupante viragem à esquerda.”
É natural. A idade traz sabedoria, meu caro.
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“Mas como os craques que por aí andam se estão a esgotar e nós estamos em contenção…”
Eh! Eh! Eh! Foram todos para o governo.
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Azul e branco na cor??!!
Não augura nada de bom…
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teste
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