Rua… disse ele!*
“Na semana passada, todos fomos confrontados, de forma inesperada, com uma grave crise política. Os efeitos fizeram-se sentir de imediato no aumento das taxas de juro e na deterioração da imagem externa de Portugal”. Foi assim que Cavaco Silva começou o seu (até agora) mais importante discurso.
Na verdade, ontem, a bolsa de Lisboa abriu e continuou em perda e em contraciclo com as suas congéneres europeias e as taxas de juro da dívida soberana subiram cerca de 0,2 %. Ou seja, parafraseando o Presidente, os efeitos do seu próprio discurso fizeram-se, também, sentir, de imediato, no aumento (se bem que mais moderado, ainda controlável) das taxas e na imagem externa do país. Esta terá sido, pelo menos, repensada pelos nossos credores, caso contrário a Comissão Europeia não teria emitido um comunicado, com a tradicional linguagem de pau diplomática, saudando o apelo ao consenso de médio prazo de Cavaco e dizendo que tem confiança nas Instituições portuguesas. Mas isto terá sido o efeito imediato, uma espécie de emolumentos provisórios que Cavaco terá implicitamente aceitado pagar, para poder dar, com o seu estilo institucional, um murro na mesa. E o que é que foi que Cavaco disse? Simplesmente que é fundamental mudar de protagonistas políticos, para salvar o país e, por conseguinte, o regime; há que encontrar prementemente novos políticos e uma forma diferente de fazer política. Mostrou claramente a porta de saída às tropelias de Portas, às ignorâncias da realidade dos partidos do Governo e ao PS, ao rumo errático da política de Passos Coelho e, no fundo, a todo um quotidiano político viciado nas táticas politiqueiras habituais (inconsequentes e sem dimensão de Estado), da anterior má “normalidade” que vivíamos. Portas, o causador imediato desta crise que, no fundo, bem vistas as coisas, resulta do estado geral do país muito próximo do da Grécia, teve um mérito imprevisto (pelo próprio). Pôs a nu a matéria de que são feitos os protagonistas da atualidade, incluindo, ele próprio: impreparação para agirem como estadistas, inconsequência e incapacidade para fazerem política a sério e não apenas politiquice. De facto, mesmo o exigir – e ser-lhe dado! – o controle económico da ação governativa, também pareceu (não sei se bem ou mal) ir depressa demais e ostensivamente ao pote de certos interesses próprios e próximos. Pareceu, tudo isso, uma prova de que o Estado é, de facto, permeável e “capturável”. Creio que o que Cavaco gostaria mesmo – se bem que não o faça – seria de um novo governo tecnocrático (para ele, de “salvação nacional”). Perante essa impossibilidade, sempre vai pedindo que se tirem ilações quanto aos políticos que nos governam ou que “aspiram a ser governo” (numa referência clara ao PS).
* Grande Porto, semanário, ed. 12.07.2013
Tudo aprovado!
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«Cavaco, é sabido, não esquece e não perdoa»
Nuno Saraiva, DN hoje, “magistratura de vingança”
nas excelentes visões do DN ao Sábado, a par das do director.
Em suplemento e sobre o melhor banqueiro do ano e o seu sucesso em Londres.
Horta Osório:
«é melhor perder em equipa, do ganhar sozinho»,
nos antípodas desta forma lusa de fazer política.
Parece, pelos idos de Belém,
que condenados a nem em equipa nem sozinho.
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O que o Cavaco diz em privado, é que Deus manda perdoar, mas não manda esquecer.
O DN que já foi o melhor jornal português, está hoje entregue à dupla Marcelino/Saraiva, que fazem a melhor parelha de cretinos ignorantes do jornalismo português, que só podiam chegar à chefia de um jornal cujo proprietário é um absoluto analfabeto.
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O que Cavaco não percebe é que ele é igual aos que critica. Em tudo.
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Como em tantas coisas, a emenda presidencial piora o soneto. Juízos definitivos sobre Passos e sobre Portas devem ser emitidos em eleições. Não pelo Presidente que temeu Sócrates e transigiu com a sua governação devorista.
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Concordo relativamente ao Sócrates. Por isso mesmo, o presidente não podia suportar mais estes ,Portas e Passos) também irresponsáveis pois em breve repetiamos o filme de Chipre. Os multibancos secos e uma fila de camiões blindados a partir do BCE (com notas frescas ), com destino ao banco de portugal .Com estes senhores no governo ,se calhar, até iria funcionar uma caderneta de racionamento e fotocópias de notas!A carta de Gaspar ditou a sentença.Não chorem sobre leite derramado ,venham outros.
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Nem mais…
Pôs a nu a matéria de que são feitos os protagonistas da atualidade, incluindo, ele próprio: impreparação para agirem como estadistas, inconsequência e incapacidade para fazerem política a sério e não apenas politiquice. De facto, mesmo o exigir – e ser-lhe dado! – o controle económico da ação governativa, também pareceu (não sei se bem ou mal) ir depressa demais e ostensivamente ao pote de certos interesses próprios e próximos.
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Cavaco parece confundir o papel de PR com o de senador do PSD que avaliza ou não as novas gerações de governantes oriundos do seu partido, segundo critérios demasiado pessoais e emotivos para alguém em funções de estado.
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“Na semana passada, todos fomos confrontados, de forma inesperada, com uma grave crise política. “
Desculpa lá ó palhaço, mas fazes parte da crise.
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Há um aspecto, no meio de todo este desprezo pelo País, que me parece muito relevante: um dos protagonistas tem revelado uma estatura, para muitos desconhecida, que, nitidamente, o coloca acima dos outros: o PM.
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Como?! Importa-se de repetir.
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Osório,
É verdade. De resto, aquele discurso na noite da demissão do Portas (e da nomeação da nova Ministra) foi um por a a´gua na fervura que, muitos, não esperariam.
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Desde Junho de 2011 que Portugal está a sofrer um resgate, que implica um ajustamento da economia, que já foi assumido e práticamento feito pelas empresas privadas e pela maior parte das familias. Falta o estado fazer a sua parte que representa um corte de 5000 milhões de euros nas suas despesas, que representam menos de 3% do PIB e que pode ser feito em dois anos, e com um pouco de jeito talvez em três.
Depois do que os portugueses passaram nestes ultimos dois anos se os politicos do PSD do PS e do CDS não forem capazes de se porem de acordo para fazer em três anos um corte de 3%, TRÊS POR CENTO, nas despesas publicas, não andam cá a fazer nada. É isto que está em causa, e é isto que o PS e o Portas não querem, e por isso é que se demitiu daquela maneira vergonhosa.
O PS e alguns sectores do PSD acham que é possivel renegociar o memorando, como se os credores fossem a Santa Casa da Misericórdia. Não são, e a Grécia não paga há três meses aos reformados e aos funcionários publicos porque não cumpriu os compromissos, quer renegociar, e não recebe o cheque de oito mil milhões que devia ter recebido em Abril ou Maio.
O que temos de fazer é o nosso trabalho, o PS tem de comprometer-se com o corte nas despesas do estado para que a troika saia de cá dentro de um ano, e Portugal possa enfim arranjar maneira de começar a crescer de maneira sustentada.
Na altura que de acordo com os numeros do 1º semestre, a economia deixou da cair e o desemprego começou a descer, e as noticias podem começar a melhorar, morrer na praia por causa da falta de tomates de politicos como Paulo Portas ou o Seguro é atirar os sacrificios dos ultimos dois anos aos porcos..
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Isso não é responsabildade do govenro.É dos empresários.Antes pelo contrário, o estado aumentou impostos.E os cortes serão recessivos, e mais recessão significará economicamente que se torna mais dificil cumprir..Quanto mais o PIB cair, mais dificiln será combater o défice.Não é má vontade das pessoas, é a forma como a Economia reage aos estimulos.enquanto ciência
Já agora, porque é que o PS tem de se comprometer Alexandre? Quem governa é o PSD e o CDS.Tal como o Presidente disso, têm em conjunto uma maioria mais que suficiente para aprovar esses cortes,e um governo que está na plenitude das suas funções..Pois portanto, trabalhem!
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Makarana
Mas toda gente sabe isso: a grande novidade.
Em vez de disso a única saída possível é a Exportação . . .
que diminui o desemprego, aumenta a riqueza e torna menos penosa
a necessidade de pagarmos a dívida. SIMPLES, NÃO ?
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a nexexidade de pagarmos?
mas se nós não a pagamos
a nexexidade é de dar tempo a que 40% da populaça morra e 30% emigre
até 2043 era uma boa moratória para a dívida
mas a europa nã deve chegar lá
o japão atão quina muito antes disso
se chegar a 2020 é milagre
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Já agora Alexandre, porque é que esta reforma não foi feita há 2 anos antes quando tinham mais condições politicas e sociais para o fazerem.
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porque é impossível mexer com os interesses de 6 milhões de pessoas e 50.000 potenciais autarcas e sair sem levar uma chumbada ou uma coça dos dois filhos da autarquia defunta
o soares bem disse por menos do que isso a máfia cultural e a fenprof mataram el rey Dom Carlos o último
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