Não querem trocar umas ideias sobre o assunto?
Antes que daqui a horas comece a manifestação da viva preocupação com os resultados conseguidos pela Frente Nacional em França convém recordar que em Portugal um partido que defende uma ideologia totalitária, que defende os regimes mais iníquos do planeta e que nos breves meses em que controlou o país procedeu a centenas e centenas de prisões sem culpa formada, saneou e perseguiu funcionários públicos, destruiu a economia privada…, esse partido obteve nas últimas autárquicas mais de 11% dos votos, tendo mesmo num concelho conseguido mais de 40%. E mais fantástico ainda anda por aí todos os dias falando dos direitos dos trabalhadores, sendo os seus dirigente, que só vivem da política e que só fazem política, apresentados como representantes dos trabalhadores. Ao pé disto a senhora Le Pen não passa de uma amadora!!!
Pode crer. A nossa extre-direita está toda no PCP e satélites. Mas o PCP por cá é sagrado. Fica mesmo mal alguém duvidar do contributo que deu e continua a dar para a democracia.
Sem comunismo vivíamos no “facismo” e só foi pena não termos conhecido um pouco do paraíso com KGBs e STASIS para ficarmos vacinados como esses ficaram.
Assim continuam a vender mais um sebastianismo- até nesta imbecilidade há saudosismo de brandos costumes- todos os comunismos podem ser um bocadinho perigosos mas o tuga seria perfeito.
Além de que agora já nem o comunismo é perigoso. Essa malta consegue a proeza demagógica de garantirem que o “capigtalismo” (assim mesmo- o capitalismo como ideologia paralela ao comunismo) tem provocado mais mortes no mundo.
É o capitalismo e o automobilismo. Duas grandes ideologias que tornam brandos todos os gulags
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Muito bem Zazie.
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a origem comum da escória da humanidade.
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Nazismo, socialismo, fascismo, comunismo, têm todos a mesma raiz.
São ferozmente contra a democracia, o iluminismo, a discussão de ideias.
Só têm um ideal.
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Por acaso até são filhos das luzes.
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Olhe que não, olhe que não, sô Alexandrino.
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O PC, apesar de tudo isto e muito mais, não engana ninguém com 2 dedos de testa. O “peiésse” é muito pior… Paladino dos direitos “das portuguesas e dos portugueses” na oposição e um parceiro do melhor para o “grande capital” quando está no “governo”. Sim, não engana ninguém com mais de 3 dedos de testa… Mas entre os 2 e os 3 dedos está uma massa de votos considerável. E quase todo o pessoal da “cu-municação”.
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Sim também há muito avental envolvido…
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Provávelmente o partido comunista português não teria, hoje, a representatividade que tem, nomeadamente no Alentejo, se este zona não tivesse sido votada ao abandono. Sintomático é que nem a sede de distrito do Baixo Alentejo, Beja, seja servida por um terminal de via rápida. Repare-se que os investimentos estatais só surgiram em Évora quando a camara passou para o PS. Em Beja idem aspas. E atente-se que os últimos investimentos feitos no Baixo Alentejo foram o aeroporto de Beja, a autoestrada ou via rápida de Sines para Beja, ou o arranjo da linha férrea em que no meio do nada, Casa Branca, surgiu uma estação espectacular. Atente-se ainda nas razões porque algumas camaras regressaram à CDU, talvez pelo gastar à “fartazana” na gestão de outros partidos.
Talvez ainda pelo crescimento no norte entre os trabalhadores fabris sujeitos a desconsideração laboral.
Sintomático sobre o que se passa em França é ouvir os “jornaleiros” portugueses que buscam aquelas paragens para ganhar algum e a comparação que fazem entre o “agora” e “antes”.
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Conheço do Alentejo, os pezinhos de porco de coentrada.
E gosto.
Já não gosto do dinheiro que se gastou no “aeroporto” de Beja,
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De que investimentos estatais no Alentejo, aeroporto de Beja à parte, é que está a falar?
Talvez da A26 Sines-Beja, onde iriam passar umas poucas centenas de veículos por dia? Porque de resto não estou a ver mais nada. A recuperação e electrificação da linha de Évora-Lisboa, foi o minimo dos minimos.
Por outro lado quem é que iria investir um tostão no Alentejo, quando os presidentes de camara comunistas encabeçavam greves à porta das empresas, já para não falar das ocupações selvagens de milhares de propriedades e de empresas?
Temos uma vantagem, os que vivemos no Alentejo: temos grande largueza de vistas, que infelizmente usamos pouco…
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Felizmente que a chuva chegou para reanimar os campos alentejanos, que já estavam a ressentir-se, e que promete uma primavera cheia de cor caracteristica da paisagem. No concelho onde vivo o dinheiro apareceu a rodos quando a camara mudou da CDU para o PS que deu para fazer umas “obras” à empresário, tal como uma pretensa zona pedonal que tirou o comércio da dita para outra menos caprichosa, o aparecimento de algumas rotundas, a promessa de uma via rápida que infelizmente perdeu-se na serra algarvia. Ah, a população foi diminuindo à medida que melhorava substancialmente a capacidade produtiva dos campos, as adegas e lagares deram lugar aos silos, e explodiram os centros sociais disputadissimos pelas forças politicas.
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Aqui há uns anos, o vocalista da banda francesa Noir Désir (creio ter sido essa) matou a namorada. Como a banda era conhecida pelas suas posições de esquerda e “progressistas”, os merdia franceses embarcaram num branqueamento do crime – tinha sido “por amor” e mais não sei quê. Claro que, se fosse uma banda afecta à FN ou à área identitária ter-se-ia tratado de um crime hediondo. Com os partidos comunistas é a mesma coisa: alinham com regimes asquerosos, quando estão no poder são responsáveis por todo o tipo de arbitrariedades, mas como os seus crimes são sempre cometidos em nome do progresso e da humanidade a coisa torna-se mais suave. Junte-se a isto o trabalho de historiadores e jornalistas militantes ou companheiros de viagem e continuamos a ter no comunismo um grande ideal, humanitário e etc. Mas, como diz o povo, o que nasce torto tarde ou nunca se endireita. E que dizer de um ideal cujo patrão era um chulo, que passou a vida às custas da mulher e do amigo, que engravidou a criada e deu o filho para adopção, mantendo a rapariga em casa para se ir entretendo e que só perto do fim da vida entrou numa fábrica?
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QUEM ???????
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Pois o querido Marx, claro! Quem é que havia de ser?…
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Xiuuuu….Na ditadura do politicamente correcto em que vivemos não se podem dizer certas coisas…A esquerdalha fica ofendida e ainda diz que estamos a violar a Constituição.
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é claro que o medo é o mesmo mas como tudo na natureza em equilíbrio todos fazem falta para a democracia se manter nos eixos
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O que é a vida! Em Loures conseguiram uma aliança – o homem que veio das Caldas da Rainha – com o representante da coreia do norte 🙂
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Como se comprova pelo manifesto é possível um consenso alargado para a salvação da nossa terra.Sim ,podemos passar de um país em bancarrota para um país não viável se continuar este “ajustamento ” que me recorda a estrada 66(vinhas da ira) do john Steinbeck.Será que reside alguém em Belém?
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Hó D.Helena,não se admire!Porque será que eu a lia com avidez,aqui há três anos atrás?Hoje,leio-a com muito menos admiração.E,então,no que toca alguns colegas ao seu lado,não consigo lê-los sem asia.Porque será que isto me acontece?Eu que venerava Cavaco como primeiro ministro,chegando a criar algumas animosidades.Interrogue-se por favor.Já agora acrescento que vocês,ao contrário do que pensam,podem agradar a uns poucos,mas não ajudam o partido do futuro.
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Prezado Eirinhas, olhe que asia é com letra grande e acento agudo, Já a Oceania é palavra aguda e não tem acento. Mas África é acentuada e Europa, não. Enfim, continentes e grafias para todos os gostos que poderá usar sempre que ler os artigos de Helena matos!
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Nica por nica, Nelson, depois de uma vírgula não se usam maiúsculas.
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pois a substancia não agrada ,como eu te entendo . Neste momento, o nosso drama, não é o PCP ou a frente nacional, é a incompetência atroz deste governo e dos seus “especialistas”.
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Caro Reprezas,agradeço a sua advertência,mas, já agora,devo dizer-lhe que a sua argúcia não chegou à calinada mais violenta – a interjeição oh!
Sou muito contra aos pontapés na gramática mas a azia era tanta que já trocava os caracteres.Obrigado.
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Por este andar o PPD/PSD vai ser ultrapassado pelo PCP.
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Helena, não confunda merda com trampa. Nos seus tempos de militância maoista, apelidava os comunas de social-fascistas, estes respondiam chamando aos meninos-família do MRPP fascistas. Sei que foi uma das “centenas e centenas” que foram presos pelo COPCON. Também sei que depois mudou de vida e de credo, mas ficou com as suas vingançazinhas por fazer, o que eu entendo. Deveria ter feito como alguns ex-camaradas seus que estão hoje muito bem na vida, foi essa a vingança deles. Mas a Helena ainda pode ir a tempo, só tem que se esforçar um pouquinho mais.
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Conta lá. Como é que sabes isso. Bota a fonte do Luta Popular ou algo do género porque nem imagino que idade teria a HM na altura.
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Tinha 14 anos. Mostra lá a notícia de uma menina de 14 anos presa pelo Copcon.
Força. Até acredito que possa ser da família do maluco do Arnaldo Matos. Agora presa pelo copcon não foi.
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Quem foi detida pelo copcon foi Maria José Morgado, peço desculpa à Helena pela confusão, não têm nada a ver uma com outra.
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até que enfim que alguém desmascara ess
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E o mito que o PCP esteve no Governo como líder continua.
Vá ler a constituição desse governo e veja que não foram só comunistas lá.
“um partido que defende uma ideologia totalitária, que defende os regimes mais iníquos do planeta e que nos breves meses em que controlou o país procedeu a centenas e centenas de prisões sem culpa formada, saneou e perseguiu funcionários públicos, destruiu a economia privada…, ”
E falar sem provas não vale 😉
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O partido que defende uma ideologia totalitária no País devia, única e simplesmente ser: ilegalizado neste País. Há 40 anos que o PC outra coisa não faz que não seja atentar contra a democracia.
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É mesmo importante trocar umas ideias sobre o assunto. Desde logo, perguntar quantos funcionários públicos foram obrigados nessa altura, para o serem, a declarar por escrito que, do coração, sempre partilharam da ideologia comunistas e combateram, por todos os meios, contra toda a direita social fascista e colonialista que durante os quarenta anos anteriores governaram o país. Do mesmo modo, quantos, em comparação com os primeiros três anos de Salazar como chefe do governo, foram os portugueses encarcerados pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) ou pelos governos provisórios de Vasco Gonçalves, e se neles, com excepção do último, (que durou breves meses) estiveram ou não representados, directa ou indirectamente, os principais partidos da direita portuguesa. Quantos foram torturados ou assassinados por se oporem aos ideais perfilhados pela Revolução. Quantos portugueses, e quais, se auto-exilaram, por comparação com o número de portugueses que depois do 25 de Abril regressaram do exílio. Qual a matriz ideológica do governo pós revolucionário que instituiu o salário mínimo obrigatório e se algum dos governos provisórios diminuiu salários ou pensões da função pública, como o faz agora a direita dos interesses financeiros. Quem lançou as bases e permitiu a legalização dos sindicatos. Quem deu fim à guerra colonial, numa situação sem regresso e, por isso, cheia de escolhos e de “erros” inevitáveis. É ou não verdade que foi a luta de classes que acabou por dividir o movimento sindical, até ao ponto de hoje ser cada vez menor o número de trabalhadores sindicalizados e a UGT não representar sequer um terço dos trabalhadores sindicalizados (aqui, sem qualquer juízo de valor sobre o mérito ou demérito da unicidade sindical). Quanto ao comunismo, enquanto ideologia totalitária, só pode caber numa cabeça de quem nada entendeu do marxismo e dos seus posteriores desenvolvimentos teóricos (Althusser, Gramci, Rosa Luxemburgo, etc), não alcançando que, sendo toda a vida do homem movimento, não pode ser, para efeitos de análise teórica, cristalizada num único momento (mais ou menos feliz ou infeliz) nem representa o fim da História. Afinal, a base do marxismo (a pirâmide invertida de Hegel) é tão só: tese-antítese-síntese…tese-antítese-síntese.
Convidando o blog a “indigne-se aqui”, será que me é permitido indignar-me, publicamente, aqui?
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Hipóteses ‘comunistas’:
a) PCP com elevada % de votos, pelos 20%.
b) PCP obrigado a participar no governo.
c) PCP exige nacionalização da banca, ou vai governar como em Loures?
d) PCP integra-se no regime democrático, ou prefere desaparecer,
isto é, adapta-se ou vai para implosão?
x) Ou prefere mesmo continuar a viver do ‘sistema’?
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As hipoteses ‘comunistas’ sao para ja mesmo ou para dentro de 5 aninhos mais ou menos?
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O comunismo, epidemia que grassou no sec XX sofre à partida de uma incompatibilidade com o real que é insanável. O unanimismo que se propõe é uma falácia. A obsessão com a igualdade, coisa que em última análise nem sequer existe, mascára a inveja e desvirtua a solidariedade ao torná-la obrigatória, destruindo-lhe o humanismo
A limitação da vida privada, a subordinação da “imaginação” controlada e dirigida ao objectivo que pretende atingir, a morte da esperança, a ausência de sonho, as baias que limitam acapacidade criativa e a ausência de liberdade que lhe está no gene, foram o terror para milhões de vivos e mortos no sec. XX. Não valerá a pena comentar a teoria económica que “suporta” o comunismo por razões que a falência explica.
Tão pouco sobre o lado ideológico e político, onde se pode salvar alguma coisa de Hegel,normalmente insuficientemente entendido. O resto são teorias de finais do secXVIII, quando dos primeiros passos da revolução industrial. Para mais sempre falharam.
A paranóica ditadura que ainda hoje oprime os povos Cubano e Norte Coreano, é a vergonha da humanidade. A tragicomédia em vigor na Venezuela, o canto do cisne da ideologia, vai e já está a ser a desgraça de muita gente.
Esperemos que caia depressa, porque tal como as outras é irreformável por natureza. O próprio slogan “vitória ò muerte” , descontada a propaganda, é elucidativo.
Em parte nenhuma do Mundo existe ou existiu qualquer regime comunista que não fosse apoiado pela ditadura. Como nenhum destes regimes chegou ao poder através de eleições decentes.
Gostaria de manifestar a minha discordância relativamente a um aspecto que se vem tornando recorrente e que muito jeito dá ao esquerdalho sobrevivente. Refiro-me à ligeireza com que se qualifica como de extrema direita, aquilo que é pura e simplesmente de extrema esquerda.
Mais propriamente no comentário da Zazie que cumprimento, diz: “ a nossa extrema direita está toda no PCP e satélites”. Ora isto contém um juízo de valor favorável sobre a extrema esquerda, a qual se está a considerar implicitamente melhor do que a extrema direita, esta sim infrequentável. Ora, não sendo o caso, também não é verdade.
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eheheh Não. O que eu disse é que, em não havendo direita, é tudo de esquerda, incluindo a extrema-direita
AHAHHAHAHAHAHA
Não é pior nem melhor- é caceteira e estúpida. A diferença é que lá fora ainda se distingue em causas porque a esquerda é civilizada, por cá, como são todos selvagens, não se diferenciam
“:O)))))
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Só se diferencia pela Constituição. A Constituição promete um programa feito pelos comunistas- portanto, sagrado, e o “facismo” ou “extrema-direita” (o que quer que isso seja- basta eles dizerem que é e pronto) está proibido por lei.
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É mesmo uma questão de palavras que entraram no ouvido e se tornaram pensamento obrigatório- o comunismo vive por cá, sob o manto diáfano da fantasia. É uma coisa boa em nome dos pobrezinhos.
Podem perfeitamente apoiar todas as ditaduras que, noutros casos eles próprios se incubem de considerar fascistas ou nazis, que ninguém nota a semelhança.
Esta loucura há-de ser um fenómeno único na Europa. Em qualquer país que viveu o comunismo esse passou a ser probiido por lei e ninguém lhe chama “utopia de igualdade” ou algo no género- chamam-lhe terror idêntico ao nazismo.
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É perfeitamente habitual caracterizar-se algo que passa por ser mau e totalitário se for anti-comunista. Os tipos dizem até que é prova de “anti-comunismo primário”.
Perseguir o comunismo é uma marca de totalitarismo- já o comunismo é o arauto da democracia e tolerância.
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Concordo e acho que o seu comentário sobre o comunismo é muito bom.
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Excelente comparação! Tem toda a razão, perto destes “senhores” a senhora Le Pen não passa de uma menina de coro…
Não pactuo minimamente com as ideias da Frente Nacional, mas enoja-me a cara de pau e falta de ética destes “representantes” dos Trabalhadores que, nunca tendo trabalhado, enchem a barriga à custa dos Trabalhadores!
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Três Direitos que, na minha opinião, devem ser salvaguardados:
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1- O Direito à Sobrevivência de Identidades Autóctones : ver “SEPARATISMO-50-50“.
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2- O Direito à Monoparentalidade em Sociedades Tradicionalmente Monogâmicas: ver “Origem Tabu-Sexo“.
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3- O Direito ao Veto de quem Paga: ver “Fim-da-Cidadania-Infantil“.
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F.R.A.R.
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Tanta gente a bater na escardalhada e a besta do “Coiso” nem grunhe. Será que já foi internado ou achará que é pecado dizer merdas na Quaresma?
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Rui C: “O comunismo sofre à partida de uma incompatibilidade que é insanável” – A realidade do capitalismo e da sua apregoada “liberdade” (sonhada, criativa e cheia de esperança – o sonho americano), traduz-se num mundo de milhões e milhões de seres humanos reduzidos à pura mercantilização do trabalho (quando não ao desemprego), a um quotidiano infrene de competição e luta pela sobrevivência (sobreviver não é viver), que não lhes dá sequer tempo para reflectir sobre a sua condição e lhes mata o Ser e a Consciência. Isto já sem sem falar da execrável realidade do trabalho infantil (que se perpetua e é condição fundamental, sem a qual as chamadas “democracias” ocidentais e os ditos “mercados” deixariam de chorudamente lucrar, passe o pleonasmo, bastamente bastante), do tráfico de pessoas (uma nova forma de escravatura), de duas guerras mundiais capitalistas (com milhões de mortos e duas bombas atómicas lançadas sobre populações civis inocentes) do Iraque, do Kosovo,etc,etc.
“A obsessão com a igualdade” – capitalismo:a obsessão fatalista da desigualdade como destino natural, o que leva, ainda, a mais desigualdades.
“Não vale a pena comentar a teoria económica que suporta o comunismo por razões que a falência explica” – a falência do capitalismo, enquanto sistema económico, mede-se pelos seus resultados (expostos anteriormente) e pelas sucessivas crises que, ciclicamente, tem atravessado e anunciam, no tempo, a sua inexiquabilidade (pelo menos atá agora, todos os sistemas económicos nascem, crescem e morrem, originando outros, dialecticamente mais consentâneos com a emergência de novas realidades).
“Tão pouco sobre o lado ideológico e político (…) o resto são teorias finais do século XVIII” – hoje, o capitalismo político e ideológico na sua forma neo-liberal, é uma mera “recauchutagem” das teorias liberais do fim do mesmo século e dos princípios do sec.XIX.
Estou de acordo, embora com algumas reservas (que, por razões de tempo, espaço e “paciência” dos que me lerem, me abstenho de fundamentar), no que toca ao que se passa em Cuba e na Venezuela e, em absoluto, quanto à Coreia do Norte.
“Em parte nenhuma do mundo existe ou existiu qualquer regime comunista” – ponto final.
Relativamente aos comentários que se seguem ao seu, não respondo, uma vez que, ou se limitam a manifestar acordo com o que expôs, ou, num dos casos, mais do que roça o insulto.
Porque, afinal, o “Coiso” grunhiu, não me passa pela cabeça que este comentário não seja publicado.
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É realmente notável a indulgência com que o PCP tem sido sempre tratado, nomeadamente pela camada intelectual e universitária. Dando um exemplo, lembro que ainda há poucos dias saiu um trabalho da jornalista Felícia Cabrita sobre a execução pelo partido do seu antigo dirigente José Miguel, e esse trabalho não teve repercussão alguma. Se pensarmos um pouco, devia ter tido: estamos perante um partido que praticou activamente a pena de morte, mesmo para a sua gente, e o fez durante muitos anos, o que não é nada banal. Esse trabalho de Felícia Cabrita, aliás, não é propriamente inovador. Já há muitos anos o falecido Metzner Leone tinha publicado no semanário “O Diabo” uma sucessão de artigos sobre o tema (os assassinatos feitos pelo PCP, nomeadamente dos seus “traidores”) que estavam muito bem documentados e mostravam bem a dimensão dessa prática, e como ela se tinha mantido até às vésperas do 25 de Abril. Não é nenhum segredo, pois que até no Àvante essas acções foram por vezes reivindicadas… Todavia, isto é ignorado, ou olhado com indiferença, e passam sem reacção os discursos sobre o “humanismo” de Cunhal e de toda a velharia do PCP… Uns santos laicos, que generosamente andaram anos a bater-se pela liberdade…
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Boa malha! Também li. Ninguém ligou nenhuma nem então nem agora. Devemos estar em
vésperas da canonização democrática do beato Álvaro (Salú) Cunhal.
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tanto ódio e ignorância. perdoem-lhes que eles não sabem o que dizem. é só destilar veneno!
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Na grande França, o líder espiritual do nosso Tozé Seguro, ficou em terceiro lugar nas eleições de Domingo, atrás da Extrema Direita, abaixo dos 20% de votos.
Xupa que é cana doce!
O nosso Tozé Seguro calou-se que nem um rato, não fosse ele um habitante habitual do Palácio do Largo dos Ratos.
Pois, não queiram lá ver, o tal grande figurão, Presidente Hollande (Eu é que sou o Presidente da República), já deu a entender que vai fazer uma remodelação governamental que pode incluir a substituição do 1º Ministro.
Ele é que não pode ser substituído, porque ele é que é o Presidente da República.
Cada vez cheira mais mal esta Europa dos Direitos Adquiridos para corruptos, mentirosos, vigaristas e malandros.
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Não sou sequer simpatizante do partido de António José Seguro nem simpatizo particularmente com o Presidente Hollande (só pode ser esta a personagem que refere como líder espiritual do secretário-geral do PS). Mas, Sousa Pinto, não posso deixar passar em branco o seu comentário.Todos temos o direito de defender as nossas convicções, mas não se devem atirar pedras aos outros quando se tem telhados de vidro. A mentira tem perna curta e a propaganda tem limites. Mesmo que se queira, não podemos alterar os factos. Toda a comunicação social portuguesa não deixou de dar o devido relevo às eleições municipais francesas, publicando os seus resultados. A unanimidade é geral, nem podia deixar de o ser: uma clara vitória da direita, com o reforço da extrema-direita. Inversamente, uma clara derrota da esquerda. Mas também houve unanimidade quanto à percentagem dos votos obtidos por cada uma das forças políticas presentes. Vejamos quais foram:
UMP – 46%
PS – 40%
FN – 7%
Conclusão: O partido do líder espiritual do PS não ficou em terceiro lugar, atrás da extrema-direita, nem ficou abaixo dos 20% de votos, como afirma. Pelo contrário, obteve o dobro dos votos. Moral da fábula: nem sempre a realidade se adequa aos nossos desejos.
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O fortalecimento da extrema direita em França e o papel – melhor, a responsabilidade – de Hollande nesse processo, deveria fazer com que alguns demagogos refletissem…
A retórica “anti-austeridade” pode dar a vitória nas eleições de 2015 mas, o que sucederá no dia seguinte?
http://jornalismoassim.blogspot.pt/2014/03/hollande-sem-ti-esta-vitoria-nao-seria.html
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O Comunismo é uma ideologia de gente que se arroga do direito de decidir a vida dos outras pessoas ao mais infímo pormenor.
Ora para alguém controlar muitos aspectos da sua vida dos outros só o consegue com terror e assassínio em massa, pois as pessoas são diferentes e resistem.
Todos sabemos que o poder corrompe. Ora poder extremo que a ideologia comunista se arroga sobre os outros corrompe ainda mais facilmente a sociedade.
Não admira depois que os Comunistas depois se matem uns aos outros.
Só possível devido ao poder extremo de que se arrogam.
——————————————–
Quanto à tonta Le Pen as suas ideas económicas estão mais próximas do PCP do que de outro qualquer partido em Portugal.
Só se odeiam porque são dois concorrentes para o mesmo mercado.
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Só pode ser mentira do 1.º de Abril.
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Hoje é o dia dos enganos. Por isso vou abrir uma excepção e responder ao comentário de Joam Ruiz. Não respondo por sistema a comunistas de quaisquer tendências, pelas seguintes razões.
Desde logo porque não sendo um “inocente útil” não colaboro na pretendida publicidade. Não digo que seja o caso.
Estratégia àparte, vivemos em mundos diferentes, atribuímos às palavras significados diversos, temos sobre a ideologia política conceitos incompatíveis. Ora sendo o comunismo hermético e irredutível, datado e fora do prazo de validade, é totalmente incapaz de discutir ideias a não ser com o único objectivo de tentar impor as suas. Daí as baias. Daqui se conclui ser a tal discussão uma completa perda de tempo.
Quando e para além do mais, se negam evidências com argumentos falaciosos (não há outros), valerá a pena discutir ? O quê ?.
Assim mesmo e tal como disse, vou-lhe responder brevemente a um ou outro comentário.
De modo nenhum considero sequer o capitalismo susceptível de comparação com o comunismo. Aquele não é mais do que a tradução, nem sempre bem feita, é verdade, de uma realidade que é própria à natureza humana, a qual não muda conforme as épocas. Não é uma questão de moda. O comunismo não tendo compreendido pelo menos esta realidade fundamental, pretendeu a propósito propósito de uma evolução civilizacional, subverter a essência da humanidade.
Como não poderia deixar de ser e como sempre à força. De resto nunca se viu ninguém derrubar muros para fugir do Paraíso na Terra rumo à ambicionada escravatura.
“Em parte nenhuma do Mundo existe ou existiu qualquer regime comunista”. Não errava se tivesse acrescentado “ou existirá”. E a razão é simples: os mitos não existem. E ainda bem porque este se fosse realizável, seria muito injusto.
Sem qualquer acrimónia pessoal é o que lhe posso dizer.
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Conforta-me a excepção que abriu, respondendo-me. Fico-lhe grato por o ter feito (acredite que não é ironia) e, na verdade, reconheço quanto que lhe deve ser penoso responder a um comunista (os comunistas devem constituir para si uma espécie de encarnação do diabo). Também lhe agradeço a educação da sua resposta. É que, verdadeiramente, o que mais me choca e até entristece, é ver o Blasfémias dar cobertura a comentários como, por exemplo, o comentário vergonhoso de “Chico”, de 31 de Março. Tenho vários amigos de direira (um deles é mesmo um dos raros a quem qualquer um de nós chama “amigo de peito”, amigo para a vida e de uma vida) e esse amigo é um exemplo privado e público, enquanto autarca, de como a direita não precisa de ser grosseira, arrogante e trauliteira para defender os seus pontos de vista.
Sobre o conteúdo da sua resposta, sem pretender alimentar polémica, apenas duas ou três considerações:
“O comunismo é hermético, datado e fora do prazo de validade” – a táctica é conhecida. Varre-se para debaixo do tapete, sem fundamentar (o que ser quer dizer com “hermético”: confuso? obscuro? complexo? De difícil apreensão?), ou enunciam-se como verdades apodíticas (“datado e fora do prazo de validade”) o que precisa de demonstração, para não se ter de considerar e lidar com as ideias de que não gostamos.
“Aquele (o comunismo) não é mais do que a tradução (…) de uma realidade que é própria à natureza humana, a qual não muda conforme as épocas” – Concedo que a natureza humana (seja lá ela qual for) não muda conforme as épocas. Mas muda a organização económica e social. Nenhum historiador ou economista de direita, que eu saiba, o nega: o sistema económico e social capitalista foi precedido pelo comunismo primitivo, pela escravatura e pelo feudalismo. Todos diferentes entre si no modo como organizaram a vida política, económica e social. Isto, aliás, no meu tempo, aprendia-se logo entre o terceiro e o quinto ano do Liceu (hoje sétimo, oitavo e nono ano do ensino secundário) na disciplina de História. Só não se falava, por razões óbvias, do comunismo primitivo. Quanto à “essência da humanidade”, ao contrário, creia que ainda andamos todos à procura dela (filósofos, teólogos de todas as religiões, sociólogos, cientistas, cientistas políticos, antropologistas e, mais do que todos eles, o homem comum, individualmente considerado, na sua busca, mesmo que não consciente, do Absoluto Inominável – o que somos, para onde vamos?). Exceptuam-se, julgo, os economistas da Escola de Chicago, mas eles lá sabem porque o fazem.
Quanto à existência e realidade, ou não, do mito, e da sua importância, sem qualquer pretensão de superioridade intelectual, permita-me sugerir-lhe, se o não leu, a leitura do “Mito do Eterno Retorno” de Mircea Eliade, autor muito longe de poder ser ligado a qualquer ideologia de raiz marxista.
Também sem nenhuma acrimónia pessoal.
NOTA: Porque não deixo de reconhecer a boa fé e a honestidade intelectual na conduta do Blasfémias no que toca às “relações” que até agora comigo tem mantido, espero que a mesma se mantenha no que respeita à publicação deste comentário.
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No início de quarto parágrafo do meu anterior comentário, onde se lê ” Aquele (o comunismo) não é mais do que a tradução(…)”, deve ler-se ” Aquele (o capitalismo) não é mais do que a tradução(…)”.
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Tendo surgido um ou outro mal entendido, permitia-me um breve acrescento.
“O comunismo deve ser para si a encarnação do Diabo”. Acho que embora extremamente pernicioso, não chega a esse ponto. Nem poderia, dado o seu materialismo intrínseco. O que neste caso entendo por hermético é simples: totalmente fechado sobre si próprio. Um sistema construído para atingir um determinado objectivo – o Paraíso na Terra – presumindo deter para tal a verdade única e Universal, com exclusão de quaisquer outras ideias. Se não fosse o carácter ateu provavelmente seria uma religião. Daí decorre ser toda a percepção da realidade, inquinada pela sujeição à concordância com o objectivo último definido. Este datado e fora de prazo, obsoleto.
Pretender que esta ofuscante realidade carece de demonstração, só confirma a inutilidade da polémica. A negação do óbvio não é racional.
“Muda a organização económica e social”. Justamente. O problema está em que quer no feudalismo quer em qualquer outra forma de organização social digna desse nome, sempre foi o capitalismo, como continua a ser- no mercantilismo, na fisiocracia e por aí fora -, a regra em que se baseia a economia para funcionar. De acordo com a natureza humana, seja ela qual for.
No meu tempo desenvolvia-se mais no antigo sexto ano de História, que frequentei. O livro se bem recordo chamava-se “A História das Civilizações” e o autor era não o Mircea Eliade mas o Doutor Adriano Vasco Rodrigues, que creio foi militante do CDS.
Quando é o próprio sistema que é subvertido, como se propunha fazer o comunismo, in ilo tempore, não se trata somente de uma qualquer reorganização económica e social, mas de liquidar o próprio sistema as a hole. O mito do homem novo, como o mito do bom selvagem que remete para os primórdios da humanidade, lugar para onde suponho não nos quereria reenviar.
Tal como o livro de Mirsea Eliade, cuja sugestão agradeço. Conheço-o como filósofo e uma referência nas religiões Orientais.
Interessante a sua deriva filosófica, a propósito da minha “essência da humanidade” expressão que noutro contexto poderia remeter para voos mais altos. Não foi essa a minha intenção.
Referia-me tal como antes à natureza humana. Tout court.
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Agradeço o “acrescento”, embora julgue pela não existência de qualquer mal entendido. Na verdade, como o Rui C antes disse, vivemos em mundos diferentes, atribuimos às palavras significados diversos e, fundamentalmente, sob o ponto de vista ideológico, temos conceitos incompatíveis e isso ficou aqui suficientemente demonstrado. Por isso, ser-me-ia difícil explicar-lhe que a sua visão do ideal comunista vem manifestamente distorcida. Desde logo, ainda que inconscientemente, pelas experiências do dito socialismo real, que acabaram, no melhor dos casos, por o adulterar, usando-o apenas em proveito duma oligarquia partidária totalmente afastada do povo que devia servir, e não servir-se. Dizer-lhe que o comunismo, para além de uma ideologia, constitui-se para muitos comunistas numa ciência do político e do social e, portanto, não é nem deixa de ser ateia (é verdade que se espalhou por aí a ideia peregrina de que a religião é o ópio do povo, sem atender ao contexto real da frase escrita por Marx), que nos sistemas económicos anteriores ao capitalismo, pelo simples facto de serem completamente distintos o modo e as relações sociais de produção, o funcionamento da economia em nada obedece a qualquer regra capitalista, tocando-se somente, ainda que em graus diferentes, nos seus efeitos (a exploração do homem pelo homem), ou o “Paraíso na Terra” (objectivo, que eu saiba, nunca proposto pelos teorizadores marxistas de qualquer escola) só pode, quanto muito, ser visto como uma (má) metáfora, nada acrescentariam à discussão. Julgo, no entanto, que ela não foi totalmente inútil, pelo menos para mim. Para além do óbvio prazer intelectual que sempre acompanha qualquer troca ou confronto de ideias, ajudou-me mais ainda a reforçar as minhas convicções.
Sem qualquer acrimónia pessoal, até com cordialidade.
NOTA: Considerando que dou aqui por terminada esta “troca de impressões”, só posso esperar pela publicação deste último comentário.
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Na oitava linha do meu comentário anterior, onde se lê “(…) usando-o apenas em proveito duma oligarquia (…)”, deve ler-se “(…) usado apenas em proveito duma oligarquia (…)”.
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