um aviso à navegação
A saída de Alberto Gonçalves do grupo de colunistas do Diário de Notícias, que teve lugar nesta “refundação” do jornal e tem passado praticamente despercebida, parece uma coisa vulgar, a não merecer grandes comentários. No fim de contas, comentadores políticos e jornalistas vão e vêm, e não será a primeira nem a última vez que o DN troca de colaboradores. É? Não é. Ou melhor, poderá não ser. Vejamos porquê.
AG era dos poucos colunistas regulares da imprensa portuguesa a criticar violentamente o governo. E era um dos mais lidos, senão mesmo o mais lido, do jornal que prescindiu da sua colaboração. Estes dois factos conjugados demonstram que houve, não uma intenção comercial, mas um propósito político na demissão de Gonçalves. Esta poderá ter tido uma de duas motivações possíveis: ou alguém no DN quis agradar ao governo ou alguém ligado ao governo pediu ao DN este agrado. A primeira hipótese é lamentável, mas não é excessivamente grave, porque apenas compromete um grupo de comunicação social; a segunda será lamentável e gravíssima, porque compromete o governo do país.
Evidentemente que, sem factos, permanecemos nas teorias da conspiração. Todavia, existem alguns sinais preocupantes que não podem ser desconsiderados. O primeiro é que não existe, na comunicação social portuguesa, ninguém que diga o que dizia AG sobre o governo, com a contundência e a assertividade com que o fazia. Evidentemente que – dir-se-á – existem mais jornais e revistas em Portugal, e nada aparentemente impedirá que AG escreva nalgum deles. Aliás, já o faz na Sábado, pelo que poderá fazê-lo noutro lugar. Contudo, há uma lição deste caso, que ficará como exemplo: uma coluna de opinião contrária ao governo e com anos de existência e sucesso, foi encerrada por decisão editorial dos responsáveis do jornal. Fica um aviso, e um aviso muito claro de que só a opinião mansa, a que não faz ondas nem causa mossa, é tolerada. A outra é mal vista e, assim que possível, silenciada.
Um aviso que não pode ser dissociado das crónicas dificuldades de António Costa em lidar com a comunicação social que lhe é crítica: com José Rodrigues dos Santos; com o email remetido a João Vieira Pereira; com as entrevistas azedas, nas televisões, sempre que é posto em causa, com o voltar de costas a jornalistas que o interpelam sobre assuntos que não lhe agradam. Depois recordem-se os episódios, ainda recentes, do envolvimento de Sócrates com a comunicação social – desde as tentativas de compra e silenciamento da TVI e de Moura Guedes, aos negócios ruinosos de Joaquim Oliveira, feitos à custa da Caixa e do BCP, passando pelas ingerências nas redacções, a criação paga de blogs amigos, etc. – e fica composto um cenário que se espera não volte a repetir-se. Infelizmente, não é isso que augura esta demissão de Alberto Gonçalves e é por isso que ela é importante.
Sempre achei estranho ao escolher ‘Opinião’ no site do DN (para tablet ou em browser) raramente me aparecer o Alberto Gonçalves, tinha que pesquisar e mesmo assim as crónicas que apareciam estavam desactualizadas. Ora sabendo eu que escrevia todas as semanas, estranhava a cada tentativa de o ler. Não percebia porque apareciam diversos artigos do mesmo colunista (de semanas distintas) mas nem um do Alberto. Como não sou dado a efabulações (do género estão a fazer de propósito para não ser lido), achei que seria a minha falta de jeito para pesquisar. Neste momento não tenho dúvidas de que não era pessoa grata ‘lá dentro’. E começo a efabular sobre o regresso das tentativas de controlo da opinião pública de que o PS é pródigo e que não iria deixar de praticar – muito menos com o aprendiz de feiticeiro que é o segundo-ministro.
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Idem… Sempre estranhei a minha dificuldade em encontrar os ditos artigos, mas sempre atribuí o caso a um design deficiente do site…
O Alberto Gonçalves é um dos meus colunistas preferidos.
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O meu caso pessoal é diferente.
Sempre que abria a homepage do DN e depois avançava até à zona onde estavam os cronistas, nunca tive a mínima dificuldade em encontrar lá este excelente cronista.
E claro está nunca tive qualquer problema em encontrar todos os outros.
Um pequeno apontamento.
Todos autorizam comentários nas suas crónicas menos a Câncio.
Que uma direção autorize isto diz bem do que é, de momento, o DN.
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O que o Carlos diz não põe em causa o que dizem o João e a Susana. Se pela homepage não se acedesse à crónica do Alberto Gonçalves, então ela não estaria publicada. O que eles dizem e eu também senti, é que fazendo uma busca no google, com dn e Alberto Gonçalves aparecem ascrónicas dos parasitas xuxalistas e nunca as dele e isso significa que os nomes dos outros estão associados a dn e crónica no google e o dele não e isso é feito, propositadamente, por quem gere a página do pasquim xuxalista.
Mas eles que estourem e depressa porque, sem as crónicas do Alberto Gonçalves, não hei-de lá voltar (até porque, desde que inventaram os toalhetes, já nem papel higiénico uso).
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Obrigado, como sempre acedi da mesma maneira, não sabia desse por(maior).
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Já tardava este assalto do ps à imprensa…., primeiro é afastar as vozes incómodas, depois é colocar vozes amigas, pittas, câncios e quejandos e depois é o branqueamento do 44 e das políticas ruinosas que o discípulo kosta pôs em prática. 2011 está tão próximo, mas desta vez, a tugalhada, anestesiada pelos afectos do entertainer de belém leva com o supositório de sorriso nos lábios. Incha porco!
* referências aos lambe-botas e ao inquilino de belém propositadamente em minúsculas… que é aquilo que eles são…
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Estava convencido que a ausência de Alberto Gonçalves seria por este ter partido de férias festivas.
Tomo conhecimento que afinal é mais uma purga em que o DN é fértil e que faz parte da sua história. Basta lembrar que Saramago participou das purgas de 1974/75 no DN.
Estamos a viver um PREC tranquilo semelhante ao de 1974/75. A diferença é que os portugueses de então não eram carneiros e fizeram frente aos comunistas e derivados tendo acabado com esse PREC a 25 de Novembro de 1975. Os portugueses de hoje são mansos e cobardes e aceitam passivamente este PREC.
Enquanto as pessoas da direita democrática aceitarem a proibição de partidos fascistas mas aceitarem a existência de partidos comunistas este PREC vai continuar e agravar-se.
A bonomia de pessoas de direita, e outras que se dizem de direita mas que estão formatadas pela esquerda, para com os totalitários de esquerda (os de direita nem existem) ao longo destes 40 anos conduziram o país à realidade actual.
Ou se começa a caçar comunistas de todos os quadrantes à semelhança de 1975 ou vamos acabar todos amordaçados e mortos por eles.
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A diferença é que em 75 ainda havia a Igreja Católica. Hoje está rendida à gamela do orçamento do estado.
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Tem razão, o Patriarca não vale a ponta de um chavo, o clero está mais esquerdalho do que nunca. Veja-se o que estes marxistas que usurparam o governo fizeram com o financiamento dos colégios privados da igreja e quão manso ficou o clero em especial o Patriarca. Aquele bispo comedor Torgal Ferreira é um fóssil esquerdalho empedernido e abre a boca para esquerdalhar como um alarve. A igreja (ICAR) em Portugal não vale a ponta de um chavelho e está tomada por clérigos esquerdalhos.
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O que têm as pessoas de direita a ver com o fascismo? As bases do fascismo e do nazismo são de esquerda.
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Nem mais!!!!!!!!!!!!
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As crónicas de Alberto Gonçalves eram a única razão que me levava a comprar o DN ou ler na net. Não fiquei surpreendida com este desfecho que já esperava dado o seu desassombro sem obedecer a “patrões”. Procurarei acompanhar o seu pensamento nos locais em que escreva. Obrigada Alberto Gonçalves pela sua lucidez e seriedade.
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Os meus domingos não vão ser a mesma coisa…
Espero que que o Berto surja mais lancinante-gozão que nunca. É do Norte, por isso não desiste!!
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Faça como eu, a partir de agora DN para mim nem para limpar o traseiro. Quanto ao Alberto Gonçalves continuo a lê-lo na revista Sábado.
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Bom post. Mas no seu histórico recente, só mesmo por clubismo se pode esquecer o caso Relvas/Público.
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O comentário-ingerência desta semana do PM sobre sócrates é outro exemplo do silêncio venezuelano. Como foi o do trânsito entre justiça e governo da ministra da justiça. Ou o silêncio que se seguiu a ensurdecedoras semanas de pedidos de demissão do governador do BdP mal Elisa Ferreira foi nomeada.
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Uma forma de apoiar o Alberto Gonçalves é ler as suas crónicas.
Hoje, na Sábado, está mais uma excelente crónica que reproduzo um pequeno mas delicioso trecho:
“O BOM
O Natal é das crianças
Só ao fim de mais de um ano no poder é que o dr. Costa fez uma intervenção pública não inteiramente subordinada ao culto da mentira. Aconteceu no Natal, quando leu, com a dicção que Deus lhe deu, umas considerações sobre “educação” à frente de um cenário concebido por crianças de 5 anos – ou funcionários médios do PS. O dr. Costa admitiu que “o maior défice nacional é o do conhecimento”. E quem visse a criatura, ouvisse a criatura, reparasse nos bonecos junto à criatura e soubesse o cargo da criatura, não podia discordar. “.
O resto pode ser lido lá: http://www.sabado.pt/opiniao/cronistas/alberto_goncalves/detalhe/a_figura_do_ano.html
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A dicção é quase de um semi-analfabeto. É que são pontapés uns atrás dos outros, para não falar nas horas de declarações em que não diz absolutamente nada, para além de vacuidades politicamente inertes.
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A dicção que Deus lhe deu é aquela que come silabas segundo Alberto Gonçalves.
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Pobre jornalismo de causas que só se alimenta do esterco progressista. Pode ser que uma fuga de leitores lhes faça estremecer o mundinho politicamente correcto e progressista em que vivem.
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Fuga de leitores têm todos eles. Particularmente os mais activistas como o DN, Visão, etc. Mas apesar disso sobrevivem. O que levanta a questão do financiamento.
Quem financia os vários “DN’s” que pululam pela imprensa portuguesa?
Será interessante saber de onde vem o dinheiro para manter jornais falidos. Será da CGD? Por isso convém manter pública e não privatizar?
Vale a pena ler este post do Blogue A Porta da Loja: http://portadaloja.blogspot.pt/2016/12/o-estado-da-informacao-em-portugal-tal.html
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Quem ou como? 🙂
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Segundo João Oliveira Rendeiro o dinheiro para a Impresa vem do BPI e a Impresa está completamente dependente do BPI para o seu financiamento.
Quem quiser perceber mais está aqui pois zangam-se as comadres e sabe-se a verdade: http://joaorendeiro.com/wordpress/?p=2462
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Por isso já houve alguém a sugerir que o estado subsidiasse estes jornais que já ninguém quer ler.
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Quem se mete com o «Péiexe»…
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Se assim for é uma vergonha, pensei que o homem estivesse de férias, quando fui ao sítio do DN domingo passado. É um dos meus cronistas preferidos, vai fazer falta se se ficar apenas pela revista Sábado.
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Acho positiva a saída do Alberto Gonçalves do DN. É que me obrigava a dar “pageviews” ao DN, o que me envergonhava.
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Mais um caso lamentável, que ninguém aparece a explicar!
Esperemos que outro jornal diário de grande circulação aproveite para contratar um dos melhores colunistas nacionais.
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Bom, lá terei de ir teclar para encontrar a “Sábado”.
De certo modo é mais higiénico : aquele monte de trampa ,controlado pela prostipega, é infinitamente inferior aos produtos da Renova…
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Qual é a admiração?
Antes destes censores , outro houve, Saramago de seu nome, que saneou quase uma centena de jornalistas do DN.
O rebanho é o mesmo
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É um caso de saneamento básico.
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ou alguém no DN quis agradar ao governo ou alguém ligado ao governo pediu ao DN este agrado, ou o homem é tão mau profissional que correram com ele. É que nem todos os críticos do governo respeitam a deontologia profissional. Esses não interessam à empresa que tem o jornal e, frequentemente, não interessam nem ao menino jesus… Vejam o que aconteceu à nelita beiçolas…
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“Muitos odeiam a tirania apenas para que possam estabelecer a sua.” Platão
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Esta latrina nauseabunda a que chamam democracia é bem pior que o Estado Novo. No Estado Novo era só o lápis azul aqui e ali, agora é o saneamento e o ostracismo em quem não encaixa nela.
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A. R.
Está muito enganado (ou melhor, quere levar-nos ao engano).
Saneamentos em Professores Universitários foram em barda.
Eu assisti, logo está muito enviezado nesta apreciação do
caso do A. Gonçalves, muito embora merecendo o nosso repúdio
mais enérgico, multiplicou-se durante a longa e dolorosa Ditadura-
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Se o que afirmas é verdade então como é possível o alvaro cunhal estando preso conseguiu tirar o curso de direito e com boa nota? Os atrasados engolem tudo que lhes colocam na boca e nem questionam as imparidades da taxa.
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Na faculdade de direito de Lisboa durante a ditadura houve 3 saneamentos. Na 1.ª república 2.Em 1974-75 houve “apenas” 20. E com o despacho final ,muitas das vezes, do professor Magalhães Godinho,pessoa sempre apaparicada pela esquerda e como exemplo moral da superioridade desta . Para já não falar da comissão de saneamento presidida por um tal militar de nome Judas. Fale do que sabe e não diga disparates porque uma mentira mil vezes repetida não se torna numa verdade.
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Ora se há perseguições a Profs foi depois do 25 de Abril: alguns levaram a suicídios pelo assédio constante das brigadas esquerdistas.
Na altura bastava ser resistente anti-fássista e desertor para ganhar uma cátedra.
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Alberto Gonçalves era o meu cronista preferido. Um homem inteligente, de uma prosa escorreita, que sabia escrever como poucos e que abominava o politicamente correcto e a hipocrisia, e, dizendo as verdades duras como punhos, batia forte e feio na esquerdalhada, em geral, e na geringonça, em especial.
Estranhei que as suas apreciadíssimas crónicas no DN não tivessem aparecidos nos últimos dois domingos. Julguei que estaria de férias. Mas não. Foi saneado. Ou directamente pela direcção sem tomates do DN para, antecipadamente, agradar aos seus patrões da geringonça, ou o próprio chefe da geringonça exigiu explicitamente que o brilhante cronista Alberto Gonçalves fosse posto no olho da rua.
Já exprimi a minha indignação numa caixa de comentários do DN.
Cambada de salafrários.
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Alberto Gonçalves é um cronista brilhante.
Não precisa do DN para nada, terá sempre leais leitores a segui-lo para qualquer jornal que vá, porque é um homem íntegro, inteligente e acutilante.
Graças ao link do Shiri Biri acabei de partir o cu ao ler mais uma brilhante crónica a propósito do homem dos afectos que, não se cansa de beijar criancinhas com longas ranholas a chegar à boca…
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O que eu não percebo é o que fazia o AG naquela trampa dos angolanos onde escreve a Cância.
Já devia ter saído há muito tempo pelo pé dele.
Mesmo recebendo, escrever no DN dá cadastro em vez de curriculo
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Não concordo: A.G. pensou que estávamos (mesmo no D:N) em
generalizada Democracia.
Estava enganado, por isso f…-se.
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É indizível como tenho sido alvejado pelos donos do “Blasfémias
Tivesse eu “cartão de entrada” no PSD (ou noutro qualquer Partido Político)
e estaria isento destes “moderatinices”
Disto não tenho dúvidas . . .
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É indizível como tenho sido alvejado pelos donos do “Blasfémias”
Tivesse eu “cartão de entrada” no PSD (ou noutro qualquer Partido Político)
e estaria isento destes “moderatinices”
Disto não tenho dúvidas . . .
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Bolas, por isso não o encontrei nem na edição impressa! Pena. A sua ironia era do mais higiénico que se podia ler… Adeus DN.
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Não é o PS.
O que se passa é transformar o DN num jornal de combate do establishment.
E só ler o que escreveu o Pedro Marques Lopes, estão lá clarinhos os objectivos. O simbolo que ele quer para o DN é o esquerdista, desonesto e “Fake News” New York Times.
E o Pedro Baldaia respondeu a um comentador que lhe perguntou a razão da saída de Alberto Gonçalves, “escolha da direcção” e apresentou a lista por uma data de gente importante do PSD mas claro do sistema.
O comentador respondeu-lhe a letra, parafraseando: “Parece que o Alberto Gonçalves era muito valioso para valer essa gente toda” Incluíndo uma ex-ministra das finanças.
Esperar censura ainda mais alargada no DN.
Mais e mais coisas os leitores do DN não vão saber, nem conhecer.
Só quando for tarde de mais.
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Incluíndo uma ex-ministra das finanças.
Correcção: Ministra da Educação.
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Boicote ao DN impresso e digital.
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Há anos que não compro nem leio DN, JN, Público e Expresso. Não conhecia o Alberto Gonçalves e fiquei assim a conhecer. Votos das maiores felicidades para o Alberto. Claro que já tratei de divulgar o homem pelos meus contactos. Os socialistas têm dificuldades em lidar com a crítica é isso só os torna mais fracos.
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Alberto Gonçalves é dos meus cronistas favoritos e a única razão das minhas visitas ao site do DN.
Em minha opinião, a estranha decisão editorial de o afastar deve ser vista como apenas uma decisão editorial tomada pelos donos do jornal – que são, segundo sei, privados e portanto legitima.
No entanto não deixo de pensar que é “estranho” que num país onde as vendas de jornais poderiam ser três ou quatro vezes superiores, sejam tomadas decisões como esta que me parece não vir numa lógica de aumentar as vendas / visitas ao site do DN. O que me faz pensar em quais os motivos que levam os donos dos jornais a suportar o mau (ou o não tão bom quanto poderia ser) investimento de ter um jornal.
Quanto a mim, ficará a ganhar quem contratar o Alberto Gonçalves, pois eu irei a lê-lo onde ele for escrever.
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No Mercado Livre é que a torna possível a critical seja esta negativa, positiva ou neutra.
Os Socialistas sejam de Esquerda ou Direita é que quando criticam uma coisa querem sempre o Estado a intervir.
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Qual foi, afinal, a razão substantiva invocada pelo DN para a demissão de Alberto Gonçalves?
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José Vítor Malheiros também vai abandonar a coluna que tinha no público há 16 anos.
https://www.publico.pt/2017/01/04/sociedade/noticia/a-ultima-cronica-1756915
Mas não deixemos um facto estragar uma boa teoria.
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O Marxista que rebentou com os foruns do Publico.
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Quem é o Marxista que rebentou com os foruns do Publico?
O José Vítor Malheiros ou o Vasco Barreto?
Ou os 2?
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Calma, pode ser que o Malheiros vá para o DN (ou,quem sabe, para assessor).
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Por favor, divulguem imediatamente o novo local (para além da “Sábado”) onde se possa encontrar o higienista, perdão, cronista Alberto Gonçalves. O mesmo (tal como a Helena Matos) deveria ser de leitura obrigatória.
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Sem Norte PERMALINK
4 Janeiro, 2017 05:50
Ao Corpo Clínico do Hospital Psiquiátrico onde Sem Norte está internado:
Eu fiz notar que vários Professores Universitários foram perseguidos e expulsos
durante a Ditadura, o que são factos. É-me retorquido, que A.Cunhal obteve aprovação em Licenciatura enquanto em prisão.
Portanto, Senhores Clínicos, não parece que o paciente afinal, para meu desgosto,
mostra evidentes sinais de aumento de confusão mental?
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Tanto respeitinho pelos Catedráticos de Catedratices infinitas…
António Aleixo – que não era Prof. Universitário… – conhecia bem os Catedráticos das Catedratices dominantes:
És um rapaz instruído,
És um doutor; em resumo:
És um limão, que espremido,
Não dá caroços nem sumo.
Os Catedráticos não podem ser afastados porque – são muito inteligentes e ‘lobbistas’ inveterados…
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Fica bem claro que A. Aleixo, tal como Kubo, desconhecem
completamente, quanto de Disciplina, Método, Sacrifício pessoal
de descanso e divertimento são necessários para se obter qualquer
Grau Académico além de amplas qualidades intelectuais.
Mas Kubo e António Aleixo, esses, resumem a sentença numa quadra popularuça
O não ser instruído
Leva a dizer disparates
É tudo apenas ruído
De analfabetos remates.
(e esta, heih???)
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Brilhante apologia do Estado Novo.
Foi uma ditadura de professores catedráticos: Salazar e Marcelo Caetano.
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Bem, o saneador tem nome e parece que ninguém o quer referir. E sim, é de ‘direita’, o que quer que essa merda da esquerda e direita signifique. O saneador é o socretino mefistofélico do doutor Proença do carvalho…
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Não há esquerda nem direita mas o saneador é de direita.
Se não há esquerda nem direita como é
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Se não há esquerda nem direita, como é que o saneador é de direita?
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Raios, se não sabe porque pergunta?
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É tudo um bando de comunas de merda.
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Bom aviso. o DN já tem história, lembro-me dos saneamentos do Saramago. Voltaram os tempos do 44 e do assalto à comunicação social e, quando mais perto estiver a bancarrota, maior vai ser a tentativa para calar os insubmissos. Temos de partir para a acção: boicote total à compra e à leitura digital das folhas de couve. Voltaram os tempos da claustrofobia! Vou comprar a revista onde escreve o AG.
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Pergunto-me se o António Barreto se vai aguentar por lá. Num estilo diferente, claro, ele não tem sido menos ácido do que era o AG.
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Tanto comentário de infoexcluido…. Nunca tive qualquer problema em encontrar as crónicas do Sr. que agora saiu. Ainda bem que saiu, porque era um troglodita do antigamente. Quem não gosta do DN tem bom remédio: vá comprar outro jornal!
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No blogue Blasfémias existe por estes dias um Rififi (nickname) que comenta os posts aos artigos. Não os artigos, os posts. É importante perceber a diferença – quem comenta os artigos tem uma opinião sobre o tema, quem comenta os posts expressa opinião sobre as opiniões. O rififi geralmente é do contra, e o tipo de argumentação que usa dá a entender que sim, que até acredita mais ou menos no que escreve, mas está ali por obrigação.
Faz parte dum problema mais vasto, a censura.
Os moderadores de blogues que optam por gravar os IPs sabem que por vezes há dezenas de nicknames que vêm do mesmo computador – e já aconteceu ser um computador dum ministério a horas estranhas.
Actualmente há muito disso nas redes sociais. Foi um método pioneiro, na política nacional, do Primeiro-Ministro socialista José Sócrates, que pagava mesmo blogues inteiros para dizerem bem dele e mal dos outros. Noutras esferas, o BES pagava a ministros e jornalistas para esconderem o que se passava no Banco – infelizmente, e porque a lista dos corruptos (que existe) só pode ser publicada por jornalistas e com alto aval dos políticos (presumivelmente os que estão na lista), nunca deve ser publicada.
Os rififis fazem parte duma nova censura.
Censura à moda antiga já voltou, todos os posts que coloquei no JN a discordar de João Quadros e Leonel Moura foram apagados em minutos, que a brigada dos bons costumes não dorme.
Vale a pena referir que no JN, quando se tenta publicar um post, aparece muitas vezes a expressão “o seu post contém palavras não autorizadas”. Por tentativa e erro descobri que a lista de palavras não autorizadas é bizarra, e acompanha as modas.
Seja como fôr, o aviso apareceu-me, pela primeira vez, num post sem qualquer palavrão, apenas jargão técnico sobre economia. Dei-me ao trabalho de eliminar uma palavra de cada vez até descobrir a marota não autorizada – era “PS”, e ainda por cima no contexto post-scriptum, mas claro, eles não sabiam e não se pode falar do PS.
Mas o que é verdadeiramente espantoso é haver palavras “não autorizadas”. Há, como dantes, uma lista negra. E quem, no JN, decide quais são as palavras proíbidas?
Podiam ao menos dizer que eram palavras ofensivas, racistas, xenófobas, sexistas, ou que de algum modo magoassem os sentimentos delicados dos leitores do JN, mas continuava a ser censura.
Mas “não autorizadas”? Por quem? Quem é o PIDE de serviço? Como é que palavras que vêm no dicionário são “não autorizadas”? A coisa chegará um dia aos dicionários? É preocupante, lembra demasiado Orwell. Nem Salazar mexeu nos dicionários.
Os rififis têm um método simples e eficaz de censurar; entram numa discussão até aí civilizada e produtiva, e postam um insulto genérico sobre um comentário ou sobre o autor do comentário. Se não resultar despejam mais uma pázada deles, mais específicos e agressivos. Às tantas os insultados estão a contra-atacar acusações obscenas e a discussão proveitosa descamba e termina. Mais ou menos como nos talk-shows com políticos, onde o representante da esquerda interrompe toda a gente com inanidades e exige que o deixem falar quando é a vez dele. O espectáculo termina com todos os outros a discutirem a falta de boas maneiras, e não se fala mais da CGD até ao final do programa, que é o objectivo.
Vale a pena argumentar isto com os rififis? Não. Os rififis fazem parte do sistema que nos engana. Os rififis não são pagos para discutir factos, são pagos para discutir, ponto.
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@ABC
Excelente comentário. É mesmo isso.
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ABC
Absolutamente de acôrdo: todas as palavras do léxico da Língua
são para ser utilizadas escolhidas pelos Autores conforme o contexto.
NEM MAIS . . .
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Manuel PERMALINK
4 Janeiro, 2017 13:10
Fez muito bem em lembrar quanto os Socialistas são violentamente
contra a liberdad de expressão.
Manuela Moura Guedes foi a vítima mais mediática de José Sócrates . . . .
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O silêncio também acontece por cá:
https://historyjack.com/2017/01/03/starvation-and-silence-the-british-left-and-moral-accountability-for-venezuela/
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E o Tirano que o Presidente eleito pela Direita tuga foi ver todo babado:
http://littleatoms.com/news-world/romanticisation-fidel-castros-cuba-must-die-him
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A crônica do Alberto Gonçalves era o meu primeiro momento divertido de domingo. Apenas acordada, puxava do iPad e era um consolo. Era evidente que o modo como o dn tentava esconder a indicação da crónica dele não deixava dúvidas sobre o pouco apreço em que a direcção tinha as suas ironias. E a mossa que os seus artigos faziam era evidente na quantidade de avençados que, nos comentários, deitavam o seu fel sempre do mesmo jeito e com a falta de educação e instrução que caracteriza essa horda que anda para aí a sujar um espaço que deveria ser de elevado debate de ideias.
Claro que isto é mais uma demonstração da idade da pedra em que ainda se exerce aquilo a que chamam a nossa democracia ( eu acho que não vivemos em democracia, mas esse é outro debate ).
Limito-me agora a chamar a atenção para outro facto que me fez desistir de intervir nos comentários dos jornais: é que mesmo aqueles de quem menos se espera, censuram os comentários. Deixam passar as ordinarices mas uma opinião que, em Portugal, possa ser considerada politicamente incorrecta pelos bem-pensantes de esquerda – que em qualquer país civilizado é tão normal como qualquer outra intelectualmente fundamentada – não passa. Imaginem que, em tempos, reproduzi um parágrafo de um livro de investigadores economistas americanos e trás: guilhotina.
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