Em Lisboa não se morre
Sempre que se coloca a possibilidade de se construírem capelas funerárias temos polémica e invariavelmente nessa polémica surge o argumento do trauma das crianças. Agora é em Telheiras. Já foi em Alvalade… Enfim em Lisboa não se morre. Ou pelo menos não se morre em alguns locais porque naqueles em que já existem capelas mortuárias estas e os seus mortos convivem sem problema algum com escolas, cafés, paragens de autocarros, lojas de roupa, padarias, jardins de infância cheios de vivos. Num caso até que conheço bem de um lado do edifício estãs as crianças e do outro as ditas capelas. E até agora nunca houve trauma algum.
Mas enfim para as criancinhas não se traumatizarem o melhor será doravante e para o futuro ninguém morrer assim de forma desregulada quando calha. As pessoas depois da intervenção da morte assistida – ou derradeira liberdade como lhe chama uma daquelas manas cujo pai segundo elas fazia atentados a brincar e nessa por assim dizer brincadeira proporcionou ele e os seus amigos morte assistida por bala a um pobre que teve o azar de se cruzar entre o referido paizinho + amigos e respectivos intentos. Mas deixando de lado esta ditosa família voltemos às vantagens de uma nova política para a morte: depois de devidamente assistidos somos de imediato reduzidos a cinzas e pronta e higienicamente empacotados e minimizados. Depois nesse discreto preparo lá se fará a passagem do embrulho para a família que coitadinha a par das criancinhas é poupada ao trauma da morte.
Tiro na nuca e vala comum: a receita comunista para estas coisas. Ou então uma coisa mais higiénica: os que não morrem comem os que morrem. Técnica comunista na Ucrânia e Nazino.
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Já se fizerem filme sobre isso, o mais famoso é Soylent Gren
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Em lisboa não se morre… Enterra-se. A pena é não se enterrarem os esquerdalhos. Mas irá acontecer seguramente.
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Essa da derradeira liberdade, até dava para rir, mas ando cheio de cieiro.
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